Quase tudo certo: as eleições vão ser mesmo adiadas para novembro

  • Levi Vasconcelos
  • 30 Jun 2020
  • 11:42h

E se as eleições forem adiadas, 40 dias a mais vão fazer diferença? Seja como for, a eleição vai ocorrer em plena pandemia | Foto: Brumado Urgente Conteúdo

E até outubro, como estará a pandemia no Brasil? Os nossos governantes estarão dando sinais de que estão ganhando a parada? A situação é parecida com a de hoje ou estaremos numa situação descontrolada em calamidade plena?

A resposta aí seria uma exercício de futurologia, mas o ministro Luís Barroso, presidente do TSE, reuniu os presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e especialistas, inclusos virologistas e infectologistas. A posição é unânime: ganhar tempo é fundamental.

Dá cá

E se as eleições forem adiadas, 40 dias a mais vão fazer diferença? As autoridades trabalham com a tese de que a partir do fim de julho, a curva vai começar a cair.

Mas seja como for, a eleição vai ocorrer em plena pandemia. E Barroso diz que esse é o xis da questão:

— Precisamos de tempo, sim, para organizar eleições em condições tão excepcionais como essa.

Transformar essa determinação de Barroso em lei é o nó do gargalo. Mas as reações do Centrão, especialmente de PL, PP e Republicanos, os que mais resistiam, aplacaram. O deputado Elmar Nascimento (DEM), que é a favor do adiamento, diz que o acordo está quase selado.

Pelo que está posto, os prefeitos, que estão em campanha dose dupla, contra a Covid e a eleitoral, ganharão uma compensação de R$ 6 bilhões por causa das perdas do FPM. É o ‘dá cá’.

Convenções remotas

Os que dizem que a sociedade em rede acelerou a pavimentação do caminho do futuro ganham mais um argumento: o leque de atos oficiais gerados e paridos pela via remota se amplia com a definição, pelo TSE, das regras para os partidos realizarem suas convenções partidárias.

Os pontos-chave da questão são dois:

1 – As atas serão registradas no módulo Sistema de Candidaturas (CANDex), do próprio TSE.

2 – Para o quórum das convenções, vão valer assinaturas eletrônicas, como hoje nas urnas, no ato de votar.

Conforme as regras atuais, com o primeiro turno em 4 de outubro, o prazo das convenções é de 20 de julho a 5 de agosto.

Se a PEC do Adiamento passar, como tudo indica, o prazo muda para entre 31 de agosto e 6 de setembro.

Pandemia à parte, o sistema remoto veio para ficar.

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