‘Se em 2010 ele estivesse vivo, não aceitaria ser vice’, diz Otto sobre ACM

  • Redação
  • 06 Mai 2020
  • 14:42h

(Foto: Reprodução)

O grupo petista poderia não ter o senador Otto Alencar (PSD-BA) em seus quadros, da forma que foi em 2010, quando saiu candidato a vice do então governador Jaques Wagner. Em entrevista ao jornalista Matheus Morais, nesta quarta-feira (6), na live promovida pelo bahia.ba no Instagram, o parlamentar explicou que, àquela altura, devia lealdade a Antonio Carlos Magalhães. “Se em 2010, quando Wagner me convidou para ser convidado a vice com ele, e Antônio Carlos estivesse vivo, eu não aceitaria, porque eu só devia satisfações a Antonio Carlos”, declarou. Como ACM já não estava mais vivo, Otto aceitou a disputa. O senador fez uma cronologia de sua trajetória na política pra justificar a declaração. Depois de 20 anos ao lado do cacique do antigo PFL na Bahia, Otto fechou seu ciclo no carlismo para atuar no Tribunal de Contas dos Municípios, em 2004. Três anos depois, em 2007, ACM faleceu. Naquela época, o parlamentar lembrou que todos os seguidores do político seguiram um caminho, e não seria diferente com ele. “Se em 2010 ele estivesse vivo, eu não aceitaria ser vice. As pessoas não conhecem minha história e acham que essa história não foi construída com muito trabalho e muita ética. Ninguém podia me impedir no meu desejo de voltar pra política”, reforçou Otto. Já na sua “segunda fase” como político, assumiu a Secretaria de Infraestrutura, onde, conforme contou, construiu 4 mil quilômetros de estradas e levou energia a quase 200 mil domicílios na zona rural. Segundo ele, a política é assim. “Não sou excludente. Não nasci pra excluir as pessoas. Até aqueles que me criticam muito, eu relevo isso, porque não tenho esse sentimento de guardar dentro de mim o ódio. Não guardo porque sou livre. Não posso me escravizar a alguém que está me criticando. Não posso ser acumulador de ódios, de mágoas, de ressentimento. Tenho liberdade de tomar meu caminho”, acrescentou.


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