Estudantes criam projeto para produção de biocombustível a partir da árvore quixabeira na Bahia

  • G1/BA
  • 01 Mar 2020
  • 16:50h

(Foto: G1 | BA)

Estudantes de um colégio estadual em Itatim, cidade a cerca de 213 km de Salvador, criaram um projeto para a produção de um biocombustível a partir da árvore quixabeira. O projeto sustentável tem como objetivo combater o aquecimento global. A árvore, comum na região, tem potencial para produzir um etanol e evitar o uso de gasolina, além de outras substâncias que contribuem para o efeito estufa e o desmatamento. O projeto foi desenvolvido pelos estudantes do Colégio Estadual Geovânia Nogueira Nunes, Marinaldo Mendonça e Jessica Oliveira. Eles informaram que o estudo foi moldado a partir da crise que o Brasil enfrentou em 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros e muitos postos ficaram sem combustíveis. Jéssica destaca que o projeto também surgiu com o objetivo de ser uma alternativa para os obstáculos dos biocombustíveis atuais, pois as opções no mercado apresentam desvantagens, como baixa rentabilidade, necessidade de muita água e desmatamento de áreas florestais. Os estudantes revelam que até o momento, o nível de produção do biocombustível criado por eles ainda é pequeno, mas testes de qualidade são realizados para comprovar a eficácia do produto. Eles contam que o projeto ainda está limitado a pequenos produtores para uso próprio, por causa das normas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Entretanto, com apoio de universidades ou de empresas ele pode ser produzido e distribuído em larga escala. Se o projeto for concluído, os jovens pesquisadores afirmam que os benefícios serão inúmeros, e podem contribuir para impedir mudanças climáticas, uma problemática atual. "Nosso biocombustível tem rico potencial energético, não é um recurso finito como os fósseis, não necessita de muito recurso hídrico, promove o reflorestamento e possui impacto zero. Todo o resíduo da produção volta para natureza sem agredi-la, podendo gerar plástico biodegradável e fertilizante para plantas”, concluiu Jéssica Oliveira.


Comentários

    Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.