Novo coronavírus se espalha e causa novas mortes, quarentena em hotel e suspensão de voos

  • G1
  • 25 Fev 2020
  • 14:43h

Policial e pedestres usam máscaras para se proteger do novo coronavírus em Teerã, no Irã, no dia 23 de fevereiro. — Foto: Ebrahim Noroozi/AP

Novos casos de Covid-19 e mortes causadas pela doença foram confirmados nesta terça-feira (25). O Irã anunciou que 15 pessoas morreram no país por causa da doença - rejeitando um anúncio anterior feito por um parlamentar de que 50 pessoas teriam morrido no país por causa da Covid-19. O vice-ministro da Saúde do país, Iraj Harirchi, foi diagnosticado com a doença nesta terça, anunciou a pasta. Ele estava na "linha de frente" do combate ao vírus, de acordo com o anúncio. Por causa das infecções, que já são 95 no território iraniano, de acordo com o governo, os Emirados Árabes Unidos proibiram, nesta terça-feira (25) voos indo ou vindo do Irã por pelo menos uma semana. Os Emirados informaram 13 casos da doença, a maioria deles ligados a viagens à China, onde começou o surto do vírus

 

A Turquia e o Paquistão também fecharam as fronteiras terrestres com o Irã há dois dias. A Turquia cancelou voos por conta da doença, mas, nesta terça, um avião da Turkish Airlines foi desviado para Ancara, a capital turca, a pedido do governo, por haver suspeita de que um passageiro estava infectado com o vírus. O voo saiu da capital do Irã, Teerã, e seguia para Istambul, na Turquia. O Bahrein suspendeu voos vindos de Dubai e Sharjah, ambas nos Emirados Árabes. O país anunciou que há, agora, 8 pessoas infectadas com o vírus em seu território, 4 delas cidadãos sauditas. Segundo o ministério da Saúde bareinita, todas chegaram lá vindas do Irã por Dubai. Ainda no Oriente Médio, o Afeganistão, o Kuwait, o Iraque e o Omã também informaram seus primeiros casos da doença na segunda-feira (24), todos ligados a viagens para ou saindo do Irã. Nesta terça (25), o Iraque também confirmou outras 4 novas infecções. E o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Congresso na segunda-feira (24) US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões) para preparar o país no caso de um surto de Covid-19. Segundo a Casa Branca, o dinheiro seria usado para desenvolver vacinas, tratamentos e adquirir equipamento protetor. 14 casos da doença foram registrados nos EUA.

 

Nas Ilhas Canárias, um arquipélago espanhol perto da costa da África, um hotel na ilha de Tenerife foi colocado em quarentena nesta terça (25) depois que um médico italiano hospedado lá foi diagnosticado com o novo coronavírus.

De acordo com a Associated Press, há cerca de mil turistas em isolamento no H10 Adeje Palace, na cidade de Adeje. O médico diagnosticado foi mandado a uma clínica local, e amostras de exames estão sendo analisadas. Segundo a agência espanhola Europa Press, o italiano chegou à ilha vindo do norte da Itália, onde já há 283 infectados, e foi a uma clínica na segunda-feira (24) quando começou a se sentir mal.

É o terceiro caso de coronavírus na Espanha. Ainda neste mês, outras duas pessoas - de nacionalidade britânica e alemã - foram mantidas em quarentena pela doença, mas se recuperaram e foram liberadas.

Sul da Itália registra casos

Ao menos 3 novos casos de Covid-19 foram registrados no sul da Itália, onde ainda não havia registros da doença. Todos são de turistas que viajaram do norte para o sul do país: uma mulher saiu de Bergamo, na Lombardia, e foi diagnosticada na Sicília. Outras duas infecções também foram registradas na Toscana.

Sete pessoas já morreram na Itália por causa do novo coronavírus. O país já fechou escolas, museus e teatros, isolou cidades e cancelou o carnaval em Veneza na tentativa de conter o vírus.

O secretário de Saúde do Reino Unido pediu, nesta terça-feira (25), que pessoas que tenham sintomas parecidos com os do Covid-19 e que tenham estado ao norte de Pisa, na Itália, fiquem em casa por 14 dias. Segundo a BBC, o conselho também se aplica a qualquer pessoa que tenha voltado de cidades em quarentena na Itália mesmo se não tiverem sintomas da doença.

Na Coreia do Sul, a quantidade de casos confirmados subiu para 977, e 10 pessoas morreram pela doença. Um comissário de bordo da companhia aérea "Korean Air Lines Co" foi diagnosticado com o vírus, segundo confirmação nesta terça (25) do centro de controle e prevenção de doenças sul-coreano.

O país afirmou que pretende testar todos os cerca de 200 mil membros de uma igreja em Daegon, no centro do país, onde o primeiro caso da doença foi registrado.

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