Guedes avalia tributar transação digital e diz que salário mínimo superará previsão em 2020

  • G1
  • 18 Dez 2019
  • 19:03h

(Foto: Reprodução)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (18) que o governo continua avaliando uma forma de desonerar a folha de pagamentos, que, segundo ele, é "o mais cruel e perverso de todos os impostos". Para permitira a desoneração, o ministro afirmou que avalia um tributo sobre transações digitais, como transferências e pagamentos feitos por meio de aplicativos de bancos, por exemplo. Segundo Guedes, esse imposto seria diferente da antiga Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). "A ideia de tributar não só consumo e renda como transações é uma ideia que consideramos desde o início. Nunca foi a CPMF (contribuição sobre movimentações financeiras), sempre foi um imposto sobre transações. Como tributamos isso? Tem transações digitais", declarou o ministro durante entrevista a jornalistas, em Brasília, em que fez um balanço de 2019. Guedes apontou que as operações financeiras por celular vão ficar cada vez mais comuns nos próximos anos.. "Você nem vai passar mais em banco, [vai] transferir dinheiro pelo celular. Como vai tributar essa transação? Essa transação digital? Você precisa de um imposto. Tem que ter um imposto para transação digital", declarou ele. Questionado por jornalistas, o ministro Guedes também afirmou que o salário mínimo vai ficar acima dos R$ 1.031 anunciado recentemente pela equipe econômica. Segundo ele, isso acontecerá porque a inflação ficou mais elevada nas últimas semanas, e será necessário reajustar o salário mínimo para garantir a reposição. "Nós não temos que formular uma politica de salário mínimo. Tem gente que gosta de anunciar três, quatro, cinco anos a frente [a política para o salário mínimo]. Nós temos de anunciar para o ano seguinte, e a cláusula constitucional é garantir a inflação. Foi [anunciado] R$ 1.031, mas a gente sabe que, como INPC repicou, vai ser R$ 1.038", declarou ele. Mais adiante, porém, o ministro afirmou que esse valor de R$ 1.038 não está fechado, e que o número final vai depender do INPC [índice Nacional de Preços ao Consumidor, índice utilizado na correção do salário mínimo].


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