Vistas Grossas: Brumado, cidade onde é cada vez mais difícil ser pedestre

  • Brumado Urgente
  • 10 Jul 2019
  • 16:56h

O comércio ambulante continua utilizando os passeios públicos, dificultando a locomoção dos pedestres (Foto: Reprodução Facebook)

Mesmo com todos avanços trazidos pelas novas legislações que visam promover a mobilidade urbana, os pedestres continuam tendo os seus direitos violados em grande parte das cidades brasileiras. A acessibilidade, por ser lei, trouxe conquistas importantes para os cadeirantes, especialmente no comércio e repartições públicas, mas, os pedestres continuam tendo que disputar o espaço nas ruas com os carros, muitas vezes arriscando a sua integridade física, já que o risco de acidentes é inquestionável. Esse cenário ainda é muito comum em Brumado, ainda mais que inúmeros passeios públicos foram construídos há décadas por administrações que não conseguiam enxergar o futuro da cidade, como em um dos locais mais movimentados da cidade, a Praça Heráclito Cardoso, que no lado dos pontos comerciais tem passeios com cerca de meio metro, o que faz com que a locomoção seja bem prejudicada. Em outros locais são até postes no meio da calçada. Mesmo tendo uma leitura negativa, o fato divide opiniões, principalmente o uso dos passeios e praças públicas por comerciantes, muitas vezes vendendo móveis que impedem a passagem dos pedestres. Alguns defendem essa posição em nome do “sagrado pão de cada dia”, já que o desemprego está cada vez maior e todos buscam suas alternativas de sustento. Mas, um grande número de pessoas é contra essa prática e ainda reclamam veementemente da falta de fiscalização nesse sentido. Uma publicação nas redes sociais feita pelo radialista Carlos “Kaká” Silva reacendeu essa discussão. Ele postou uma foto de comerciantes vendendo cadeiras de escritório, as quais estavam tomando quase todo o canteiro central de uma das principais avenidas da cidade. “Alô 'prefeitura" senhores políticos e os pedestres vão disputar a rua com os carros e motos, é isso? Que absurdo! Avenida centenário as 10h12m de hoje”, disparou.

Situações difíceis de se compreender como placas e postes colocados em cima dos passeis ainda são muito comuns na cidade (Foto: Brumado Urgente)

Vários comentários foram colocados e dimensionaram as discussões como a colocação de Maxuell Barreto, o qual disparou que “nada contra meus amigos comerciantes, mas existem situações ainda piores em nossa cidade, calçadas, ruas e praças ocupadas por bares, lanchonetes e restaurantes. A noite passeando com meus filhos na Zeca Leite tive que passar pela rua, pois toda calçada ocupada, crianças em algumas praças nos bairros tiveram o direito de brincar retirado pois as mesmas ocupadas por barracas e mesas, ninguém faz nada”. A insatisfação é grande é aponta que a fiscalização estaria fazendo "vistas grossas" a ponto da internauta Fátima Lobo declarar que “o certo é certo; calçadas são para os pedestres não para ponto comercial. Está errado mesmo, mas, infelizmente, aqui tudo pode. Misericórdia”. A polêmica que já dura muitos anos deve continuar, já que, há uns anos atrás a promotoria pública endureceu as ações, ficando proibido o uso de cadeiras pelos bares nos passeios públicos, assim como de qualquer tipo de comércio, mas a ação não foi avante, já que os comerciantes alegaram que se retirassem as cadeiras iria se promover um grande número de demissões.  

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