Após briga, Moro deixa audiência na Câmara e é chamado de ‘fujão’

  • Agência Brasil
  • 03 Jul 2019
  • 07:43h

Foto: Evaristo sa/AFP

A sessão conjunta, que reuniu três bancadas na Câmara dos Deputados, para ouvir explicações do ministro da Justiça, Sérgio Moro, sobre mensagens atribuídas a ele e divulgadas pelo site The Intercept,  foi encerrada na noite da terça-feira (2) depois de uma confusão entre deputados. A briga começou após cerca de oito horas de reunião, depois que o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ofendeu Moro. O parlamentar afirmou que “a história não absolverá” o ministro, que será lembrado “pelos livros de história como o juiz que se corrompeu, como um juiz ladrão”. A fala de Braga gerou revolta de deputados que apoiam Sergio Moro. Parlamentares e assessores, então, cercaram a mesa da presidência da reunião. Moro deixou o colegiado e se dirigiu a uma sala destinada à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP), que presidia a sessão, encerrou os trabalhos. Depois que Moro saiu da sala, alguns parlamentares da oposição  chamaram o ministro “fujão”.

O que disse Moro

Quando estava na audiência, Moro reiterou que o conteúdo publicado pelo Intercept pode ter sido editado. “O que existe é um escândalo fake já afundando. Meu depoimento é igual ao do Senado porque reflete a verdade”, disse Moro. “Não reconheço, mais uma vez, a autenticidade de um material que não tenho. O que se tem presente é que não tem nada ali de conteúdo ilícito”, completou Moro. O ministro argumentou que não conduz nenhuma investigação da Polícia Federal sobre eventual ataque hacker aos celulares dele e de procuradores da Lava Jato. Moro, no entanto, acompanha o caso como vítima. “O que eu observei, no entanto, é que essas mensagens, quando foram divulgadas, foram divulgadas com grande sensacionalismo e com deturpação do sentido delas por esse site. Alguns outros veículos de comunicação embarcaram nesse sensacionalismo e me parece que as coisas estão paulatinamente sendo colocadas no devido lugar”, argumentou.

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