Dionata de Xangô diz que o monumento ao candomblé é legítimo e um direito garantido; ‘se outros podem, nós também poderemos”, afirma

  • Brumado Urgente
  • 25 Mar 2019
  • 09:46h

O sacerdote Dionata de Xangô apresenta argumentos muito firmes e promete se empenhar ao máximo para a construção do monumento (Foto: Facebook)

A polêmica criada em torno da apresentação do Projeto de Lei 07/2019 de autoria da vereadora Ilka Abreu (PL) na última sessão do Legislativo, o qual visa a construção de um monumento ao Candomblé em uma praça da Av. Lindolfo Brito, ganhou uma forte repercussão em Brumado, então, diante disso, o sacerdote afro Dionata De Xangô, que representa a corrente do candomblé e umbanda na região, buscou o Brumado Urgente para esclarecer as discordâncias que segundo ele apareceram. Muito seguro ele iniciou a sua argumentação destacando que “primeiramente tem que se esclarecer que a vereadora Ilka somente atendeu à uma solicitação nossa, pois como representantes do Candomblé, temos que reverenciar e exaltar a nossa crença, então, a construção de um monumento é totalmente factível nesse sentido” e continuou observando que “como estudante de Direito, tenho pleno conhecimento que o monumento é legítimo e um direito garantido”. Subindo o tom, ele questionou o vereador Santinho dizendo que “primeiramente eu fico admirado, porque o referido vereador é para defender o povo e não uma classe religiosa, que é o que ele deixa transparecer” e aproveitou para disparar que “se ele defende a laicidade do estado, como que ele explica o monumento aos dez mandamentos feitos por uma igreja evangélica na Praça Senhor do Bonfim, gostaria que ele me esclarecesse isso”. E finalizou de forma fulminante alegando que “se existe em nossa cidade um símbolo do Catolicismo na Praça da Matriz e também o monumento da Bíblia Sagrada, nada mais justo que o Candomblé também ter a sua representação nesse sentido, então, caso realmente queiram partir para o confronto eu vou entrar com uma liminar para retirar esses dois monumentos citados, pois seria uma injustiça. Hoje vivemos a era do ecumenismo, de paz e entendimento entre as religiões e posturas radicais podem representar descriminação, o que é um crime”. Ele informou ainda que irá enviar um ofício à Câmara de Vereadores para utilizar a tribuna livre na próxima sexta-feira (29), para fazer a defesa do projeto que terá a sua primeira votação.

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