João de Deus e a mulher são indiciados por posse ilegal de armas
- 10 Jan 2019
- 13:06h
Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo
O médium João de Deus e a mulher dele, Ana Keyla Teixeira, foram indiciados pela Polícia Civil por posse ilegal de armas. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (10), durante coletiva concedida pela delegada Karla Fernandes, em Goiânia. Ela também anunciou o fim da força-tarefa da corporação criada para investigar as denúncias contra o religioso. O G1 entrou em contato com os advogados de João de Deus e Ana Keyla às 11h15 desta quinta-feira, por mensagem, e aguarda retorno.
Veja um resumo sobre a situação de João de Deus:
- Justiça recebeu denúncia e tornou João de Deus réu por abusos sexuais
- MP denunciou João de Deus por quatro crimes, sendo dois de violação sexual e dois de estupro de vulnerável
- João de Deus foi indiciado pela Polícia Civil por violação sexual mediante fraude
- Agora, o médium e a mulher dele foram indiciados por posse ilegal de armas. João de Deus tambpem foi indiciado por outro caso de violação sexual mediante fraude
Agora, os inquéritos são enviados para o Poder Judiciário, que abre vista para análise do Ministério Público, que pode oferecer a denúncia, pedir o arquivamento ou solicitar novas diligências policiais. Se houver denúncia, a Justiça pode aceitar ou não da denúncia. Aceitando, ele continua tramitando para que o réu possa ser julgado e condenado ou absovido. O médium está preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, e já responde por crimes sexuais contra várias mulheres durante atendimentos espirituais que realizava. João de Deus sempre negou os crimes. "A força-tarefa da Polícia Civil encerrou todos os seus procedimentos porque já foram indicados em dois [casos] por posse ilegal de arma tanto o João de Deus, como a esposa dele, Ana Keyla, uma vez que ambos moram na mesmas residências, tanto de Abadiânia, como Anápolis. Nas duas cidades houve apreensão de armas de fogo", afirmou a delegada.Sobre as armas, um dos advogados de João de Deus, Alex Neder, disse que o médiu relatou em depoimento à polícia, na cadeia, que as armas eram de pessoas que queriam tentar se matar ou como “garantia” de empréstimos.