Capes recebe 84 denúncias com suspeitas de mestrados e doutorados irregulares em 2018

  • 28 Nov 2018
  • 12:21h

Foto: TV Globo/Reprodução

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) recebeu, em 2018, 84 denúncias ou demandas sobre cursos de mestrado e doutorado suspeitos de irregulares no país. As denúncias são reclamações embasadas com dados das entidades e dos cursos sob suspeita. As demandas são consultas sobre irregularidades nestas pós-graduações. De acordo com a instituição, os casos foram encaminhados para o Ministério Público apurar e, se confirmadas, os responsáveis deverão ser punidos. A entidade alerta que os cursos de pós-graduação strictu sensu irregulares não dão uma formação reconhecida aos estudantes e, por isso, o diploma não é válido. Para ser reconhecido, um curso de pós-graduação precisa ser aprovado por meio da Avaliação de Propostas de Cursos Novos (APCN). A relação dos cursos regulares pode ser pesquisada no portal da Capes: http://www.capes.gov.br/cursos-recomendados. "Para o indivíduo que recebe essa formação [irregular], o prejuízo dele, além do financeiro, é ser enganado por um sistema que não é válido", diz Sonia Báo, diretora de avaliação da Capes. Segundo a Capes, a partir dos anos 2000 a oferta de formações strictu sensu cresceram em todo o país e abriram um caminho para a especialização e também para golpes. "Municípios e estados passaram a colocar como progressão de carreira a necessidade de que seus professores e profissionais tivessem títulos de mestrado para poder progredir. Isso foi muito bom, por um lado, porque qualifica melhor", afirma Sergio Avellar, coordenador geral de Normas e Estudos da Diretoria de Avaliação da Capes. "Mas o lado ruim desta história é que abriu-se a oportunidade para pessoas mal intencionadas, aproveitando-se da falta de informação do público [que] não têm acesso à informação qualificada para saber quais são os cursos realmente regulares, com validade nacional", diz Avellar.Neste mês de novembro, a Capes começou uma campanha nas redes sociais para alertar a população sobre os riscos de uma formação irregular e para esclarecer como o estudante pode checar se ao curso é válido.


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