Mundo: mulher condenada por esconder bebê em porta-malas durante quase dois anos

  • G1
  • 21 Nov 2018
  • 09:47h

Foto: Georges Gobet/ AFP

Uma história escabrosa chegou ao fim - ao menos do ponto de vista legal. Para a vítima, porém, as sequelas durarão a vida toda.Durante 23 meses, Rosa-Maria Da Cruz escondeu sua bebê Séréna entre o porta-malas de seu carro cheio de vermes e um quarto vazio de sua casa próxima à localidade de Brive-la-Gaillarde, no sudoeste da França. A bebê foi encontrada em 2013, quando tinha entre 15 e 23 meses de vida. Hoje, a menina de 7 anos tem traços autistas causados por privação sensorial, segundo os especialistas que a examinaram. A menina, que não fala nem socializa, está em um orfanato. Aparentemente, Da Cruz, de 50 anos e nascida em Portugal, não queria que seu marido e os outros três filhos soubessem da existência de Séréna. Ela foi condenada por negligência causadora de incapacidade mental.

Como encontraram a bebê?

Séréna foi achada em 2013 por Guillaume Iguacel, um mecânico que escutou ruídos enquanto consertava o carro da mulher. Ao abrir o porta-malas, o homem encontrou a menina suja com excrementos. Estava desidratada e pesava a metade do que seria seu peso ideal. "Havia um odor horrível, cheirava a morte dentro do carro", disse Iguacel. "Encontrar a bebê nesse estado é inimaginável."Segundo o veículo jornalístico France Info, um especialista que examinou Séréna pouco depois de seu resgate disse que a menina sofria de uma estranha forma de autismo.Outro especialista que viu a bebê a descreveu como se "estivéssemos em frente a uma espécie de muro, sem reação, sem nada."Domingos Sampaio Alves, marido de Da Cruz, disse que nunca soube da existência de Séréna."Não sei por que ela fez isso", disse Sampaio à corte e acrescentou que a mulher havia sido uma "boa mãe" com os outros filhos, de 9, 14 e 15 anosDa Cruz disse que não era capaz de explicar seus atos.


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