DESABAFO POLÍTICO OU #ELENAO

  • João Batista de Castro Júnior, Professor da Universidade do Estado da Bahia, campus Brumado.
  • 04 Out 2018
  • 08:42h

Foto: Arquivo pessoal

Por não ser e jamais ter sido filiado a qualquer partido político, sinto-me insuspeito para não me calar perante a farsa de um homem que prega e acredita na violência, que não tem qualquer contribuição parlamentar ao crescimento do País e que tem alterado seu discurso nos últimos meses apenas para enganar os brasileiros bondosos de coração, mas desprevenidos de malícia política para entender que se trata da figura mais sinistra que já apareceu numa disputa presidencial no Brasil.

Animado pelo rancor e pelo ódio, dissemina o preconceito racial e sexual e, movido por um perigosíssimo plano de exterminar os problemas exterminando as pessoas, certamente avançará contra os amigos quando os “inimigos” tiverem sido eliminados. Um homem que não tem qualquer programa social ou econômico consistente. Um homem que não sabe nada de nada, a não ser gritar imoralidades e violência verbal.

Honestamente, queremos nossos filhos e filhas repetindo esses gestos? Conviveríamos bem em nossa casa com filhos, filhas ou pais reagindo com xingamentos e violência ao primeiro sinal de advertência contra os erros?

Não, o que está em jogo não é o mesmo que Fla-Flu, Ba-Vi ou Corinthians x Palmeiras, mas sim um modelo de educação familiar e escolar que sempre rejeitou crianças com armas e com ódio, pois a elas devemos dar livros em vez de pistolas, amor em vez de violência, além de segurança emocional que lhes assegure no futuro ser o que queiram e não a opressão de ser o que não desejem. 

Não, não quero que meu estimadíssimo João Manoel cometa nem mesmo os erros menores que deixei para trás quanto mais os de quem prega e crê na força do ódio e esconde nisso toda a sua incompetência e despreparo.

Por isso que não posso também senão lamentar que certos amigos e amigas, alunos e alunas, alguns parentes e até uns pouquíssimos familiares estejam preferindo ajudar a mergulhar a democracia brasileira e a si mesmos nas densas brumas do sofrimento coletivo, movidos pela incompreensível escuridão momentânea de suas próprias almas.

Vitória da Conquista, Bahia, 4 de outubro de 2018 (dia de Francisco de Assis).


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