DIRETORA DA UNEB EM BRUMADO VIRA RÉ EM PROCESSO E PODE SER PRESA NAS PRÓXIMAS HORAS

  • Brumado Urgente
  • 27 Ago 2018
  • 14:47h

A Diretora Jaciara Sant’anna, Diretora do Campus XX da UNEB, localizado em Brumado, virou ré no processo de ação popular movido pela advogada e graduada em Letras pela UNEB, Magda David, conforme o Brumado Urgente teve acesso.

O Juiz Eduardo Brito, da vara da fazenda pública em Caetité, onde reside Magda, admitiu a inclusão de Jaciara e determinou a expedição de carta precatória a Brumado para que ela seja intimada por oficial de justiça para se defender, além da ordem para cumprir imediatamente a paralisação de qualquer atividade do curso de Pedagogia, criado ilegalmente pelo Reitor, sob pena de prisão, além de multa de mil reais ao dia.

Até então, a demanda estava concentrada na figura do Reitor. Mas, a Diretora, tomando conhecimento da decisão judicial, convocou uma reunião com professores e deliberou que o curso continua.

Como chamou a si a corresponsabilidade do ato, passou a ser ré num processo que pode resultar, além do cancelamento do curso, na condenação dela e do Reitor pelos danos aos cofres públicos em razão dos gastos feitos. Um processo desse tipo leva anos e mesmo que a decisão seja suspensa pelo Tribunal, o que não aconteceu, o juiz de 1º grau pode dar sentença confirmando o cancelamento, como diz a lei.

É lamentável que a UNEB em Brumado volta e meia apareça envolvida em ilegalidades. Mais lamentável ainda é que isso tudo tenha que ser pago pelo contribuinte.

Não se pode esquecer que a sociedade brumadense paga muito caro para isso, pois na medida em que paga impostos, e alto valor recolhido de ICMS  por Brumado é um deles, boa parte dessa receita tributária é destinada  à educação estadual.

E essa conta não sai barata. Só o aluguel do prédio onde funciona a UNEB em Brumado é no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) por mês, sem contar gastos com servidores e terceizirados.

Nada se sabe da UNEB por aqui. Nenhuma discussão é patrocinada pela Diretora com a sociedade local, procurando ouvi-la sobre suas reais necessidades. Tudo se passa num esquema fechado, como se se estivesse numa propriedade particular.

Não faz muito tempo, a Diretora apareceu posando em fotos num evento em Portugal, em plena crise econômica, enquanto o campus ficou acéfalo, pois até hoje ela não indicou um nome para substituí-la.

A criação do curso de Pedagogia bem que poderia ter sido discutido com a sociedade brumadense. Assim é que se legitimam as iniciativas de cunho social. Mas o Município acolhe forasteiros, dá-lhe suporte, paga-lhe as contas, mas nada sabe do que está sendo feito.

Há muita coisa a ser explicada. A começar do fato de que o professor que está respondendo pela Coordenação (que aparece na foto ao lado da diretora, e  que deve também se tornar réu no processo, prejudicando sua carreira) não é do quadro efetivo, enquanto há vários docentes com esse requisito.

É preciso ter mais responsabilidade no trato com a coisa pública. O Brasil não suporta esse modelo de gestão fechada em que não se sabe o que se recebe nem o que se gasta.

Sob a direção anterior, o prédio onde funcionava a UNEB sofreu desgastes físicos consideráveis, sem que a Direção procurasse conservar o que não é seu. Como resultado, a Universidade hoje responde a um processo de indenização movido pelo proprietário, quando se sabe que o valor que era repassado tinha suficiência para manter as instalações em perfeito estado, pois se chegou a falar em comprar uma picape Amarok para servir ao Diretor. Aliás, o uso da máquina pública dentro da UNEB precisa ser explicado urgentemente, pois motoristas, carro e combustíveis têm servido para transportar a Diretora para fora da cidade, como aconteceu a seu antecessor, sem que se saiba se de fato há interesse público envolvido nesses deslocamentos.

Está na hora de o Ministério Público começar a se preocupar com essa destinação de dinheiro do contribuinte. A propósito, fala-se que cópia dessa ação popular será enviada à Polícia Federal para que analise se há dinheiro público federal envolvido nesses gastos de criação do Curso de Pedagogia, que escandalosamente não passou pelo Conselho Universitário, a instância máxima de deliberação da Universidade, muito menos se procurou saber de Brumado quais suas necessidades. Por enquanto, só se vê a necessidade da Diretora quando deixar o cargo, a única docente da UNEB graduada em Pedagogia, e atualmente vinculada ao curso de Letras.

Como já disse sabiamente uma pessoa, o tempo que se está gastando na insistência com o errado serviria de sobra para fazer o certo. Outros desdobramentos são esperados sobre essa celeuma.

Para ler a cópia da decisão do juiz, clique aqui:


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