Câmara aprova projeto que permite, sem decisão judicial, tirar agressor do convívio da vítima de violência doméstica

  • 14 Ago 2018
  • 18:48h

Plenário da Câmara dos Deputados na sessão que aprovou proposta para agilizar medidas de proteção às mulheres agredidas em casa (Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados)

Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (14) um projeto de lei que permite a aplicação imediata de medidas de proteção à mulher em situação de violência doméstica e familiar. O texto é uma modificação na Lei Maria da Penha. Foi aprovado por consenso entre os deputados e agora vai para análise no Senado. Pela lei em vigor hoje, a mulher agredida pede proteção para o Poder Judiciário e só depois da análise do juiz é que as medidas são aplicadas. Esse intervalo tem levado em média 48 horas, segundo justificativa apresentada no projeto de lei. O novo texto estabelece que, ao tomar conhecimento dos atos de violência, a autoridade policial pode determinar, imediatamente, o afastamento do agressor do local de convivência com a mulher. Em seguida, a polícia avisa o juiz competente e o Ministério Público da decisão. De acordo com o projeto, a polícia também poderá mandar o agressor devolver os bens indevidamente tirados da vítima, suspender eventual porte de arma, entre outras medidas. O projeto também permite que a polícia peça serviços públicos de saúde, educação e assistência social para a mulher agredida e seus dependentes, além do auxílio de qualquer entidade pública ou privada de assistência à mulher.


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