Eleições fazem com que dez ministros deixem seus cargos no governo

  • 08 Abr 2018
  • 16:00h

Foto: Divulgação

Com o fim do prazo para desincompatibilização de cargos públicos, dez ministros deixaram o governo do presidente Michel Temer para concorrerem nas eleições deste ano. Outro ministro deve ser exonerado neste sábado (7), além do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, que deixou o cargo no fim do mês de março. Segundo a legislação eleitoral, os ministros de Estado devem estar afastados de funções públicas seis meses antes da eleição caso queiram se candidatar para mandatos eletivos. Este é o mesmo prazo para que ocorram as filiações partidárias dos aspirantes às eleições. À meia-noite de ontem (6), também se encerrou a chamada janela partidária, que permite, durante 30 dias, aos deputados mudarem de partido sem risco de perder os mandatos. A maioria dos agora ex-ministros retoma seus mandatos na Câmara dos Deputados e concorrerá à reeleição para o cargo, mas alguns decidiram, pela primeira vez, buscar uma vaga no Senado, que desta vez terá renovação de 2/3 dos senadores, cujo mandato é de oito anos. É o caso de Marx Beltrão (PSD), que comandou o Ministério do Turismo até a última quinta-feira (5) e agora vai disputar o Senado por Alagoas. Ele deve, inclusive, disputar em uma chapa concorrente à de seu colega de Esplanada dos Ministérios, Maurício Quintella (PR), que deixou o ministério dos Transportes nos últimos dias para disputar uma das duas vagas ao Senado pelo mesmo estado. Embora tenha retornado à Câmara, o ex-ministro Mendonça Filho (DEM), que chefiava a Educação, ainda não decidiu se vai se candidatar ao governo de Pernambuco ou se concorrerá à reeleição como deputado. Já Paulo Rabello de Castro, que era presidente do BNDES, quer ocupar o cargo mais alto do Executivo. Pré-candidato à Presidência da República pelo PSC, ele já tem participado de eventos partidários pelo país. O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (MDB), teve a exoneração publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nessa sexta-feira (6), mas ainda não tem uma posição fechada sobre sua candidatura ao governo do Pará. As negociações com o partido de Barbalho vão continuar nos próximos meses e levarão em conta a análise do cenário político do estado. Em 2014, ele concorreu ao governo local, mas foi derrotado no segundo turno por Simão Jatene (PSDB). Outra candidatura indefinida é a de Henrique Meirelles, que confirmou a saída do ministério da Fazenda nessa sexta-feira (6) e a sua exoneração também foi publicada na edição extra do DOU. Após se filiar ao MDB no início da semana, ele ainda mantém segredo se vai disputar o cargo de vice na possível tentativa de reeleição do presidente Michel Temer, ou se buscará uma união do partido em prol do seu nome à frente da chapa. De acordo com a Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/1990), além de ministros de Estado e magistrados, presidentes, diretores e superintendentes de empresas públicas, bem como chefes de órgãos que fazem assessoramento direto, também devem pedir exoneração na mesma data. Candidatos à reeleição para os cargos de governador e presidente da República não precisam deixar o cargo.


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