Governo pede estudos para reduzir preço do gás de cozinha

  • 11 Fev 2018
  • 15:00h

O Palácio do Planalto informou que o presidente Michel Temer pediu à área técnica do governo a realização de estudos que permitam redução no preço do gás de cozinha para beneficiar famílias de baixa renda. Mais cedo, o próprio presidente, em entrevista à Rádio Guaíba, se queixou da elevação dos preços no gás de cozinha e avisou que seu governo está “examinando uma fórmula para compensar este aumento para os mais pobres”, acrescentando que a medida será adotada logo. Essa preocupação do presidente foi um dos temas da conversa, no final da manhã de ontem, com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Desenvolvimento Social, Osmar Terra. Embora o modelo, que poderá ser adotado já no mês que vem, não passe por subsídio ao preço do botijão de 13 kg, uma das ideias é introduzir esse valor no Bolsa Família. Seria uma forma de elevar o valor do benefício, que já estava sendo estudado pelo governo, só que direcionado para o gás de cozinha. O governo informou ainda que não pensa em adotar medidas como vale-gás ou uma redução para todos os consumidores. Em 2017, o gás de cozinha registrou a maior alta desde 2002. Em dezembro do ano passado, o valor do botijão chegou a R$ 66,53, alta de 16,39% em relação a 2016, já descontada a inflação. Em 2002, o aumento havia sido de 34% no ano. Na reunião, Temer manifestou também a sua preocupação com o aumento exagerado no preço do litro da gasolina em todo o país. O presidente avisou que determinou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Polícia Federal que investiguem o cartel em postos de gasolina. Na entrevista à rádio, o presidente anunciou que vai colocar a Polícia Federal e o Cade para fiscalizar e “impedir esta agressão ao consumidor”. Disse ainda que “não vai permitir preços abusivos”. O presidente, depois de lembrar que o Brasil adotou o critério de alterar o preço dos combustíveis, de acordo com a variação do preço internacional do petróleo, reclamou que houve aumentos exagerados e que, “quando tem aumento, os preços nas bombas aumentam, mas quando tem redução, o mesmo não acontece”. Por isso, advertiu que serão feitas fiscalizações para evitar os abusos.


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