Em expansão, algodão da Bahia obtém nova rota de exportação

  • 09 Fev 2018
  • 18:00h

Foto: Divulgação

Segundo maior produtor de algodão herbáceo em caroço do país, a Bahia deve ter aumento de 9,8% na safra desse produto em 2018, chegando a 914,8 mil toneladas, afirma o IBGE. Esse crescimento da expectativa se deve ao aumento de 16,8% na área plantada, já que a estimativa do rendimento médio ficou 6,0% menor que a obtida no ano anterior. Com isso, o Estado responderá por 21,1% da produção nacional, de 4,3 milhões de toneladas, aumento de 12,9% em relação à produção de 2017. Os preços este ano estão melhores que na mesma época no ano passado, o que deve incentivar o plantio do algodão, na avaliação do IBGE, segundo o qual “esse cenário decorre principalmente pela perda da produção nos Estados Unidos em razão do excesso de chuvas e pelas recentes reduções dos estoques chineses, que são grandes consumidores do produto e estão aumentando as importações com o intuito da reposição.” Mato Grosso é o maior produtor nacional de algodão e deverá responder por 68,1% do total colhido no país em 2018, com estimativa de produção de 2,9 milhões de toneladas, 14,3% a mais que em 2017. Esta semana, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) anunciou que o algodão produzido no Estado passou a fase de testes para uma nova rota de exportação da fibra para a Turquia, por meio do porto de Salvador – antes, ele era feito por meio do porto de Santos (SP). O presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, e o gerente geral da Mediterranean Shipping Company (MSC), Guilherme Monteiro, avaliaram como “satisfatória” a nova rota. A logística de transporte, desenvolvida ano passado, foi implementada dia 21 de novembro de 2017, com a exportação de 200 toneladas de algodão para a Turquia. “Em função do sucesso no embarque do algodão do Oeste da Bahia via porto Salvador, a expectativa é o incremento das exportações com a manutenção por parte da armadora das duas escalas semanais do porto de Salvador”, declarou Monteiro. Passada a fase de testes, o presidente da Abapa acredita que esta nova rota tornou-se realidade. “Vamos buscar este ano nos concentrar em aumentar o volume de algodão exportado e solidificar esta rota marítima para garantir maior segurança ao despachar o produto e maior rentabilidade do produtor com a redução dos custos logísticos, principalmente o frete rodoviário até São Paulo”, afirma Busato.


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