Procuradores baianos dizem que o WhatsApp estimula a criminalidade

  • Tribuna da Bahia
  • 01 Ago 2016
  • 11:04h

(Foto: Reprodução)

Tráfico de drogas, pornografia infantil, crimes de ódio e terrorismo são algumas das modalidades de crime estimuladas pela recusa do WhatsApp em suspender a criptografia, adotada pelo aplicativo, em aparelhos de usuários suspeitos de práticas criminosas, a partir de determinação judicial. O alerta é do Ministério Público estadual – por meio dos procuradores-gerais que chefiam o órgão em diversas unidades da federação – e do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC). tr  “As empresas estrangeiras que prestam serviços no Brasil vêm ignorando a legislação brasileira, o que inviabiliza muitas investigações e resulta em riscos como tráfico de drogas, pornografia infantil, crimes de ódio e até mesmo terrorismo na rede”, advertem os procuradores, em nota. Ainda segundo os procuradores, “o uso do modelo criptográfico nas comunicações ponto a ponto é tema da mais alta complexidade que envolve, de um lado, a política de segurança adotada quanto aos conteúdos das mensagens e a privacidade dos usuários e, de outro, a maior dificuldade na obtenção de provas nas searas cível e criminal”. Alertam ainda, no mesmo documento, que “habitualmente as empresas utilizam este argumento para também se esquivar da obrigação de fornecer registros de comunicação, dados armazenados e os metadados, que não são criptografados”. 

Eles  apontam o artigo 12 do Marco Civil da Internet (MCI) que “busca assegurar a eficácia das decisões judiciais brasileiras em tema de dados de Internet” contra o “principal argumento das empresas para o não fornecimento de dados que trafegam em aplicativos de mensagens online ou em redes de relacionamento, que é o de que tais companhias não se submetem à jurisdição brasileira por não terem sede no País”. De acordo com o professor de Direito Constitucional do Brasil Jurídico, Gabriel Marques, o aplicativo gratuito de comunicação por áudio, vídeo, texto e telefonia, “se converteu em verdadeiro paraíso da criminalidade no universo digital, notadamente no Brasil”. Para Marques, “os criminosos preferem se comunicar pelo WhatsApp pelo fato de as mensagens serem criptogradas”, mas considera que “os pedidos de bloqueio do aplicativo por representantes do Judiciário, mesmo tecnicamente bem embasados, na medida em que atingem a todos os 100 milhões de usuários no país e por conta das decisões cautelares do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender tais medidas, têm gerado insegurança jurídica”. Gabriel Marques demonstrou que, “além do Marco Civil da Internet, instituído em 2014, existe a Lei de Interceptação Telefônica, de 1996, que também se aplica às comunicações eletrônicas e que, embora garantam a privacidade dos usuários, ressaltam o acesso a informações sob ordem judicial”. Para ele, “falar de privacidade hoje é diferente de como a entendíamos no passado, na medida em que temos, atualmente bem menos proteção do que existia, mas a privacidade não ser alegada como um princípio que só beneficiará práticas criminosas”. Para Tamírides Monteiro, conselheira da OAB-BA e secretária geral da Comissão de Informática do Conselho Federal da entidade, “a questão sobre até onde chega a legalidade do WhatsApp no Brasil em desrespeito à legislação nacional, pelo fato de não possuir sede no país, ainda está discutida no Conselho Nacional de justiça (CNJ)”. Ela admite que o “aplicativo gringo”, como denominou, tem “grande importância pelas características de comunicação instantânea e pela redução de custos para os usuários”. Chegou a afirmar que “eles já obedeceram a determinação judicial em outros países”, ainda que não soubesse mencionar quais, “mas se mantêm irredutíveis no Brasil”. Desde os primeiros anos do século 21, notadamente a partir de 2003, a tecnologia digital revolucionou completamente o mundo com o surgimento de grandes grupos como o Google, Youtube e Facebook. Com a popularização dos smartphones (telefones inteligentes), em 2008, as formas de comunicação através de aparelhos móveis alteraram completamente as rotinas de trabalho e entretenimento. As informações passaram a circular com mais rapidez, mesmo para longas distâncias, e o fluxo de informações adquiriu, desde então, a característica da instantaneidade.  Em suma, as rotinas de comunicação, antes limitadas ao ambiente analógico, foram aceleradas. Com o advento das redes sociais, mudamos completamente o modo como passamos a nos relacionar. A rede social do momento é o WhatsApp, onde é possível criar grupos para compartilhar, em tempo real, informações, fotos, vídeos, localização, conversas. Muitos já utilizam o sistema como ferramenta de trabalho e se mostram prejudicados com as decisões de bloquear de modo abrangente este comunicador. O aplicativo foi adquirido pelo Facebook em outubro de 2014 por US$ 22 bilhões. No início de 2015, o WhatsApp dispunha de 500 milhões de usuários, número que duplicou em mesmos de um ano. Em fevereiro de 2016 já contabilizava um bilhão de utilizadores em todo o planeta. Conforme a conselheira da OAB-BA Tamírides Monteiro, o WhatsApp “tem feito chacota das leis brasileiras” e considerou que o país não pode abrir as portas para produtos estrangeiros que adotam comportamento à revelia das leis, como se estivéssemos a liberar a circulação da muamba estrangeira”. Conforme Monteiro, os avanços da informática não param e novas legislações serão necessárias para regulamentar o setor. Para ela, “o bloqueio e as multas ao aplicativo são medidas cabíveis, tendo em vista que ordem judicial é para ser cumprida”, ponderando que “para contestar as deliberações judiciais existem recursos e apelações”. De todo modo, afirmou “não defender o banimento do aplicativo do país, mas sua adequação à legislação, embora seus donos adotem posturas como respostas em inglês à Justiça, como forma de achaque e para assegurar não dispor de sede no Brasil, o que não os torna imunes, pois tal condição também está prevista na legislação”. Outro aspecto das controvérsias geradas pelo aplicativo envolve o fato de juízes do Distrito Federal terem passado a adotá-lo para o envio de intimações. Em recente audiência pública promovida pela OAB-DF debateu a sistemática, mas não se conseguiu chegar a um senso comum. Enquanto oficiais de justiça defendiam a iniciativa como forma de evitar terem que se expor em lugares perigosos, foi arguido o quanto as pessoas podem alegar não terem lido a mensagem, ou utilizar o mecanismo de ocultar a visualização do acesso e sobre como ficariam guardadas as conversas geradas entre intimados e a Vara Judicial. Ela ressaltou o contexto local, observando que “Salvador, por exemplo, tem vários pontos cegos de Internet e na Bahia há lugares remotos onde não há conexão de Internet”.

CONTINUE LENDO

Bandidos explodem agência do BB, saqueiam cofres e atiram na Delegacia de Abaíra

  • 01 Ago 2016
  • 10:21h

(Foto: WhatsApp | Blog do Anderson)

A madrugada dessa segunda-feira (1) foi de muitos tiros e terror em Abaíra, município da Chapada Diamantina. Conforme relatos de internautas, um grupo armado bombardeou a agência do Banco do Brasil e saquearam dinheiro dos cofres por volta das duas horas. Os bandidos ainda atiraram contra a Delegacia Territorial com armamento pesado, tendo em vista que munições de alto calibre foram encontradas pelo chão e recolhidas pela polícia. Agentes da Companhia Independente de Policiamento Especializado Sudoeste (CIPE-Sudoeste), conhecida como Caesg, e equipes do Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) fazem rondas pela região, mas até às 10 horas ninguém havia sido preso. O valor levado não foi divulgado.(Fonte: Blog do Anderson)

Vacina contra dengue chega às clínicas privadas a partir da semana que vem

  • 01 Ago 2016
  • 09:31h

(Foto: Reprodução)

O laboratório Sanofi-Pasteur anunciou que a vacina contra a dengue, dengvaxia, começará a chegar às clínicas privadas a partir da próxima semana. A vacina protege contra quatro sorotipos diferentes da doença e deve ser administrada em três doses com intervalo de seis meses. Indicada para pessoas entre 9 e 45 anos, a denvaxia foi aprovada pela Anisa no Brasil em dezembro do ano passado e teve seu valor definido nesta semana. Estudos apontam que ela irá ajudar a diminuir os gastos, reduzindo 81% das internações e 93% dos casos graves. A diretora médica do laboratório, Sheila Homsani, afirmou que é fundamental completar o esquema para obter total imunização. “A partir da primeira dose a vacina já oferece proteção, mas é importante completar as três doses para garantir que a imunização seja duradoura e equilibrada para todos os sorotipos de dengue”, explicou. A médica ainda esclareceu ao site Extra que a prevenção da vacina é de dois em casa três casos da doença.

Semana Mundial de Amamentação começa hoje (01)

  • 01 Ago 2016
  • 08:51h

(Foto: Reprodução)

Com o tema, “Amamentação para o desenvolvimento sustentável”, a semana mundial de amamentação, tem início nesta segunda-feira (01) e segue até o próximo dia (07). Este ano a campanha pretende reforçar a ideia de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades sociais, além dos benefícios já conhecidos para a mãe e o bebê. No Brasil, a ação é coordenada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Em entrevista a Agência Brasil, a presidenta do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP, Elsa Giugliani, afirmou que o aleitamento está entre os fatores que podem contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, em vigor desde janeiro deste ano. “É inegável o aleitamento associado à saúde, não só no momento [em que está sendo feito], mas no aparecimento de doenças no futuro”, disse Elza. De acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde, o aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês e se estender até os dois anos ou mais, combinado com outros alimentos como frutas, verduras e fontes de proteína. Realizada desde 1992, a semana mundial de amamentação, provoca mobilização social para a conscientização da população e de profissionais de saúde sobre a importância do aleitamento e todos os benefícios para mães e bebês. 

Criança cai de prédio e mãe é presa por abandono em Vitória da Conquista

  • 01 Ago 2016
  • 08:09h

Um menino de quatro anos ficou ferido após cair do segundo andar de um prédio em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, na manhã de domingo (31). Segundo a Polícia Civil, a criança  estava sozinha em casa e com a janela aberta quando o acidente ocorreu. A mãe da criança foi presa por abandono de incapaz qualificado e encaminhada ao presídio Nilton Gonçalves. De acordo com a polícia, a mãe afirmou que saiu durante cerca de meia hora e encontrou a criança já ferida. O acidente ocorreu por volta das 5h de domingo (31), na Avenida Pernambuco no bairro Brasil. Uma vizinha escutou o choro da criança, desceu e encontrou o menino no chão, inconsciente, com fraturas exposta nas pernas e com outros ferimentos. O Samu e a Polícia Militar foram acionados. O garoto foi levado para o Hospital de Base e passou por cirurgias. Ele é acompanhado pelo Conselho Tutelar.

Quase 5,7 milhões de mulheres são empreendedoras no Brasil

  • 01 Ago 2016
  • 07:03h

(Foto: Reprodução)

Conciliar vida pessoal e profissional tem sido o dilema das quase 5,7 milhões de mulheres empreendedoras que existem no país, segundo o levantamento do Serasa Experian. Os desafios das mulheres de negócios e suas soluções foram tema de uma das palestras que abriram a programação de ontem da Semana Sebrae de Capacitação Empresarial, que acontece até sábado (3/9), no Fiesta Convention Center. Durante a palestra, a consultora do Sebrae Clarissa Dantas explicou como as empreendedoras podem harmonizar melhor vida pessoal e profissional. “Inicialmente, essa mulher empreendedora precisa assumir o seu lado feminino e levar essa sensibilidade, que é nossa característica, para a gerência do seu negócio. 

Outro ponto essencial é o planejamento. Como temos mais papéis na sociedade do que os homens, precisamos nos organizar mais que eles para não ficarmos sobrecarregadas”, explicou. Uma dica da consultora é elaborar um planejamento semanal, priorizando as atividades mais importantes, pontuando cada ação em relação ao papel: mãe, empresária e esposa, por exemplo, e estabelecer o tempo de cada atividade. “Essa ideal de ‘Mulher Maravilha’ que temos não é bom, porque ser multitarefas é algo improdutivo. É muito melhor focar no que é prioritário e no que sabemos fazer bem. Como uma boa líder, precisamos agregar à equipe pessoas com talentos específicos para delegar as demais funções”. Segundo Clarissa, a empreendedora deve medir o seu trabalho pelo resultado e não pelo número de horas trabalhadas, além de construir uma rede de networking para fomentar parcerias. Presente na palestra, a empresária Mayara Castelo tem uma loja virtual de artigos em couro e também atua como maquiadora. “Vim buscar inspiração para continuar o meu negócio e me entender nesse contexto. Uma das coisas que estavam me questionando era em relação ao foco do negócio, para a partir daí investir melhor”.  A Semana de Capacitação Empresarial do Sebrae/BA segue até o sábado. Entre os destaques da programação de hoje estão a Oficina Prática sobre E-commerce e a palestra Atualidades e Tendências do Brasil, feita pelo jornalista Chico Pinheiro, da TV Globo.

CONTINUE LENDO

Estudo conclui que guaraná tem maior potencial antioxidante do que chá verde

  • 31 Jul 2016
  • 18:04h

(Foto: Reprodução)

O chá verde é bastante consumido devido à ação antioxidante e anti-inflamatórias das catequinas, composto químico presente em sua formulação. No entanto, pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) descobriram um concorrente à altura para a bebida, com pelo menos dez vezes mais catequinas: o guaraná. "Até então, o guaraná era visto apenas como estimulante devido ao seu alto teor de cafeína, principalmente pela comunidade científica internacional. No Brasil, também observamos que havia uma escassez de trabalhos enfocando outros efeitos biológicos do guaraná. A avaliação pioneira sobre a absorção e os efeitos biológicos de suas catequinas em voluntários humanos pode aumentar o interesse da comunidade científica, do mercado e da sociedade em geral pelo fruto como alimento funcional", afirmou a coordenadora da pesquisa, Lina Yonekura, à Agência Fapesp. Durante um mês, foram realizadas duas etapas de testes. Inicialmente para medir os parâmetros de referência dos efeitos do guaraná em voluntários saudáveis, mas com sobrepeso e risco cardiovascular ligeiramente elevado, os indivíduos foram submetidos a exames clínicos após 15 dias de dieta controlada. Nos 15 dias seguintes, passaram a consumir 3 g de guaraná em pó suspenso em 300 ml de água todas as manhãs, em jejum. 

De acordo com a pesquisadora, as catequinas do guaraná melhoraram o sistema de defesa antioxidante enzimático natural das células, composto principalmente pelas enzimas glutationa peroxidase, catalase e superóxido dismutase. Juntas, elas transformam superóxido em peróxido e, finalmente, em água, protegendo assim as células de danos oxidativos causados pelo próprio metabolismo e por fatores externos. "Os resultados são animadores e mostram que a biodisponibilidade das catequinas do guaraná é igual ou superior às do chá verde, cacau e chocolate, sendo suficiente para promover efeitos positivos sobre a atividade antioxidante no plasma, proteger o DNA dos eritrócitos e reduzir a oxidação dos lipídeos no plasma, além de promover um aumento da atividade de enzimas antioxidantes. Com a pesquisa, esperamos que haja um maior interesse científico pelo guaraná, já que essa é uma espécie nativa da Amazônia e o Brasil é praticamente o único país a produzi-lo em escala comercial".

CONTINUE LENDO

Cientistas desvendam segredo das mudanças no cérebro durante a adolescência

  • 31 Jul 2016
  • 15:03h

(Foto: Reprodução)

Uma equipe da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, identificou as áreas do cérebro que mais se alteram durante a adolescência. Tomografias cerebrais mostraram que são áreas associadas a processos de pensamento complexo. Os pesquisadores também descobriram uma ligação entre o desenvolvimento do cérebro do adolescente e doenças como esquizofrenia. A pesquisa foi publicada na revista especializada PNAS (Proceedings of the National Academy of Science, no original em inglês). O time do departamento de psiquiatria de Cambridge escaneou os cérebros de 300 jovens entre 14 e 24 anos.Enquanto as áreas associadas com o funcionamento básico do corpo, como visão, audição e movimento, estão totalmente desenvolvidas na adolescência, as partes ligadas ao pensamento complexo e tomada de decisões ainda estão mudando. 

Tais áreas são centros nervosos com várias conexões a outras partes essenciais do cérebro. Você pode imaginar o cérebro como uma malha aérea global, formada por pequenos aeroportos pouco utilizados e grandes centros de conexão como o aeroporto de Heathrow (Londres), onde há muito tráfego. O cérebro usa um arranjo semelhante para coordenar nossos pensamentos e ações. Durante a adolescência, essa rede de grandes centros é consolidada e fortalecida. É um pouco como os grandes aeroportos se tornaram gradativamente mais movimentados ao longo dos anos. Os pesquisadores então analisaram os genes envolvidos no desenvolvimento desses "hubs" cerebrais e descobriram que são similares àqueles associados com muitas doenças mentais, incluindo esquizofrenia. A descoberta corrobora o fato de que muitas enfermidades mentais se desenvolvem durante a adolescência, afirma a pesquisadora Kirstie Whitaker. "Nós revelamos um caminho da biologia das células pelo qual pessoas no final da adolescência podem ter seus prímeiros episódios de psicose", afirmou à BBC. Muitos estudos já mostraram que, além de fatores genéticos, o estresse durante a infância e adolescência está ligado à ocorrência de doenças mentais. Os novos achados indicam que maus-tratos, abusos e negligência podem continuar a prejudicar o desenvolvimento de importantes funções cerebrais durante os cruciais anos da adolescência, contribuindo para a emergência de problemas mentais. O coordenador da pesquisa, Ed Bullmore, diz acreditar que a descoberta de um elo biológico entre o desenvolvimento cerebral do adolescente e o início de doenças mentais possa ajudar cientistas a identificar grupos de risco para essas enfermidades. "Ao entendermos mais sobre o risco de esquizofrenia, isso nos dá uma oportunidade de tentar identificar indivíduos com possibilidade de se tornar esquizofrênicos no futuro próximo, nos dois ou três anos seguintes, e talvez oferecer algum tratamento útil para prevenir o aparecimento de sintomas clínicos." O estudo também ajuda a compreender melhor as mudanças de comportamento e humor do adolescente durante o desenvolvimento cerebral normal. "As regiões que mudam mais são associadas ao pensamento complexo e tomada de decisões. Isso mostra que adolescentes estão numa jornada rumo à vida adulta, para se tornarem alguém capaz de conectar todos esses fragmentos de informação", afirma Whitaker. "É uma etapa muito importante. Você provavelmente não gostaria de ser criança por toda a vida. É uma fase poderosa e importante que devemos passar para nos tornarmos o melhor e mais capacitado adulto que possamos ser."

CONTINUE LENDO

A cada 8 horas sentado, é necessário 1 hora de exercício, diz estudo

  • 31 Jul 2016
  • 14:04h

(Foto: Reprodução)

Pelo menos uma hora de atividade física diária é necessária para resistir aos efeitos negativos de ficar sentado durante oito horas, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira (28) pela revista médica britânica "The Lancet". A pesquisa, que analisou dados de 16 relatórios anteriores sobre pessoas com mais de 45 anos dos EUA, Europa Ocidental e Austrália, concluiu que os cidadãos que levam uma vida sedentária contam com uma probabilidade mais alta de risco de morte. Um grupo de especialistas internacionais verificou que aqueles que se sentam durante oito ou mais horas por dia e fazem pouca atividade física têm um risco de 9,9% de morrer em um período de entre 2 e 18 anos. Já as pessoas que passam menos de quatro horas sentadas e fazem exercício durante pelo menos 60 minutos por dia, tem o risco de morrer nesse período reduzido em até 6,8%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha 150 minutos de exercício por semana, mas a publicação britânica, baseada em dados de mais de um milhão de pessoas, qualificou a recomendação de "insuficiente".

 

O principal autor do estudo, o professor Ulf Ekelund da Universidade inglesa de Cambridge, explicou que "não é preciso ir à academia" e que "é suficiente andar de manhã ou depois do jantar, mas é preciso fazê-lo pelo menos uma hora por cada dia". A pesquisa também afirmou que pelo menos 60 minutos de "exercício de intensidade moderada", como andar a uma velocidade de 5,6 km/h ou andar de bicicleta a 16 km/h seria suficiente para reduzir os efeitos de ficar sentado durante um longo período de tempo. "Não é fácil fazer exercício uma hora todos os dias, mas os adultos britânicos veem em média 3 horas e 6 minutos de televisão. Não é muito pedir que um pouco dessas três horas seja usada em atividade física", ressaltou Ekelund.

CONTINUE LENDO

Dietas detox funcionam mesmo ou são puro marketing?

  • 31 Jul 2016
  • 12:09h

Suco detox: dietas desitoxicantes estão cada vez mais populares (Foto: Rede Globo)

Jejuar por duas semanas, alimentar-se durante cinco dias exclusivamente de sucos ou tomar durante 48 horas um composto à base de limão, xarope de bordo e potássio. Estas são algumas das dietas desintoxicantes, também conhecidas como "detox", usadas por celebridades para perder peso e desintoxicar o organismo - e cada vez mais populares entre as pessoas comuns. De um lado, há quem diga que as dietas são fáceis de serem seguidas e permitem eliminar o que "seu corpo não necessita". "(Isso ocorre) graças a alimentos desintoxicantes, como abacaxi, aspargos, espinafre e aipo, ou ao jejum, para limpar e purificar o sistema digestivo", argumenta Nekane Ullán, especialista em nutrição clínica da empresa espanhola Dietox, que promove esse tipo de dieta. "Pode variar do jejum completo à ingestão exclusiva de verduras e frutas ou ao semi-jejum, à base de sucos e saladas. E, para que sejam eficazes, basta testá-las ao menos por um dia." De outro lado, alguns cientistas e especialistas questionam essas afirmações e garantem que, muitas vezes, são dietas perigosas, sem qualquer base científica, que usam o conceito de desintoxicação como um termo puramente comercial.

De dieta em dieta
Jesus Román, presidente da Sociedade Espanhola de Nutrição e Ciências da Alimentação e professor da Universidade Complutense de Madri, diz que são dietas "difíceis de serem seguidas", porque quem as realiza "não pratica uma única dieta, mas centenas delas". "São pessoas que não costumam comer de forma saudável e equilibrada, porque passam de uma dieta para outra, e isso é um perigo para o metabolismo", explica Roman. O que mais deixa os especialistas preocupados é a falta de evidências científicas que sustentem essa terapias de "limpeza de toxinas", como diz quem as defende. Os promotores dessas dietas rebatem dizendo que existem vários fatores que afetam o acúmulo de toxinas "no fígado, no baço e nos rins, como o ambiente, a alimentação ou a hidratação", diz Ullán. Mas o problema, afirmam cientistas, é que essas tais toxinas não existem ou, ao menos, ainda não foram comprovadas pela ciência, algo que as próprias empresas do setor reconhecem.

'Conceito inexistente'
"Não há provas científicas, porque não foram feitos estudos, e nos baseamos nas experiências próprias de nossos pacientes, que não têm como objetivo perder peso, mas sim sentirem-se mais energizados e leves", afirma Ullán. Segundo a nutricionista, as dietas detox não devem ser adotadas por pessoas com diabetes e hipertensão, crianças e grávidas e "podem ter um efeito rebote", mas o objetivo "não é compensar os excessos, mas começar a se cuidar quando se decide por uma mudança na rotina alimentar, que depois deve continuar". Os cientistas enxergam a questão de forma mais simples: dizem que estas dietas se baseiam em um conceito inexistente. "O sistema digestivo precisa de um descanso depois dos excessos, mas não existem dietas desintoxicantes. Para isso, há o fígado e os rins, que limpam as toxinas de nosso organismo", afirma Roman. Ao mesmo tempo, o especialista defende que as pessoas se sentem melhor depois de praticá-las e as recomendam, porque isso dá uma trégua ao sistema digestivo, mas que "não há qualquer fundamento científico" por trás delas. "O que nos faz sentir de fato melhor é seguir uma dieta equilibrada durante todo o ano, ou seja, uma dieta frugal, em que não se coma em excesso nem muita carne. Mas isso não tem apelo popular."

O marketing do 'detox'
Edzard Ernst, professor da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e um conhecido crítico e pesquisador da medicina alternativa, é mais incisivo. Não só defende não haver evidências científicas como também diz que as afirmações sobre as supostas toxinas são "equivocadas e perigosas" e uma questão de "puro marketing". "O conceito de detox está sendo usado como um termo comercial que vende a ideia de que as pessoas podem melhorar sua saúde com um mínimo de esforço", diz. "Minha visão não é radical, mas realista. As dietas e produtos desintoxicantes esvaziam os bolsos das pessoas e as enganam, fazendo com que acreditem que podem normalizar rapidamente uma situação irreal." Para ele, a única maneira de ser saudável é evitar certos hábitos, como beber, fumar ou comer demais. "É o jeito de se desintoxicar", argumenta.

Perigos
Adriana Alvarado, nutricionista e diretora do Centro de Nutrição Clínica da Costa Rica, define estas dietas como uma "moda" e alerta sobre seus perigos. "Dependendo do tipo de dieta e sua duração, as pessoas podem sofrer efeitos secundários, como desidratação, deficiência de nutrientes, fadiga, dores de cabeça, problemas gastrointestinais ou enjoos", diz. Essa não é a primeira vez que a comunidade científica critica o negócio das dietas desintoxicantes. Em 2009, pesquisadores da associação britânica Voice of Young Science (voz da ciência jovem, em inglês) denunciaram que a palavra detox se referia a uma enganosa estratégia de marketing. "Produziram um documento em que explicavam como o fígado e os rins são um fantástico sistema de desintoxicação e explicaram porque não é necessário gastar dinheiro com produtos caros e tratamentos desse tipo", dizem fontes da associação. A médica Harriet Ball participou do estudo, chamado The Detox Dossier (o dossiê detox, em inglês), e diz que os produtos desintoxicantes se baseiam "na ideia de que a vida moderna nos enche de toxinas invisíveis que nossos corpos não podem aguentar, a menos que compremos o mais novo remédio". "Nossa investigação nos convenceu de que existe muito pouca ou nenhuma evidência de que estes produtos funcionem, exceto para aproveitar-se do dinheiro das pessoas e desvalorizar as formas surpreendentes que nosso corpo pode desintoxicar a si mesmo."

 

CONTINUE LENDO

Brasileiro que ganhar medalha vai faturar R$ 35 mil

  • 31 Jul 2016
  • 10:04h

(Foto: Reprodução)

Além de entrar para o seleto grupo de medalhistas olímpicos, o atleta brasileiro que subir ao pódio nos Jogos do Rio-2016 ganhará um reforço no bolso. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta sexta-feira uma premiação em dinheiro de R$ 35 mil para quem conquistar medalha em esportes individuais. Nos esportes coletivos, o prêmio será de R$ 17,5 mil para cada atleta. Não haverá distinção pela cor da medalha - conquistar ouro, prata ou bronze renderá o mesmo valor aos atletas. Assim, o comitê brasileiro age com o mesmo critério utilizado em sua meta de colocar o País no Top 10 do quadro de medalhas: a soma de pódios, e não a quantidade de ouros, que é como é feita a contagem oficial. A premiação será bancada pelos patrocinadores do COB, a P&G, por intermédio da marca Gilette, e o Bradesco Seguros, que dará sua parte em planos de previdência privada. "Tenho certeza de que estas premiações serão um incentivo a mais para todos", afirmou o presidente Carlos Arthur Nuzman. "O COB se empenhou para que essas ações fossem colocadas em prática, pois reconhecemos o intenso trabalho feito pelos atletas para representar o Brasil da melhor forma possível nos Jogos Olímpicos", disse o dirigente. 

O patrocínio para o pagamento de bonificação resolve um problema do COB. Como a maior parte dos recursos da entidade é oriunda de verba pública, havia um impedimento legal de oferecer premiação aos medalhistas. A última vez que isso aconteceu foi nos Jogos de Atenas-2004. Na ocasião, os recursos também vieram de um patrocinador privado. O anúncio desta sexta-feira veio antes da definição do "bicho" que será pago pela CBF aos jogadores da seleção masculina de futebol. A bonificação para eles deverá ser fechada neste sábado, quando o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, se encontrará com o grupo em Goiânia, onde a seleção faz amistoso com o Japão. A expectativa é que a premiação que será oferecida pela CBF seja mais generosa, já que em Londres-2012 a promessa era de que chegasse a US$ 100 mil (R$ 325 mil) para cada jogador. O prêmio destinado aos medalhistas pelos patrocinadores do COB será entregue no Espaço Time Brasil, montado pelo comitê em um shopping na Barra da Tijuca, a poucos quilômetros da Vila dos Atletas. O local será inaugurado na próxima quinta-feira e servirá como ponto de encontro diário para atletas e convidados.

CONTINUE LENDO

Vem aí Grande Cavalgada na Fazenda Lamarão

  • 31 Jul 2016
  • 09:01h

Redes 5G ainda devem demorar a emplacar

  • 31 Jul 2016
  • 07:04h

(Foto: Reprodução)

Enquanto as operadoras brasileiras ainda lutam para expandir o 4G - segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apenas 14% das 255 milhões de linhas móveis ativas no País estão habilitadas para usá-lo -, pesquisadores, teles e fabricantes de infraestrutura de redes elaboram sua evolução, o 5G. A tecnologia ainda deve demorar para chegar aos consumidores: a União Internacional de Telecomunicações (UIT) só prevê definir as especificações em 2020. A tecnologia promete velocidades máximas de até 1 gigabit por segundo (Gbps) no download de arquivos, dez vezes mais que os 100 megabits por segundo (Mbps) permitidos pelo 4G. Mas a velocidade da conexão é inversamente proporcional à sua previsão de utilização comercial - procuradas pelo Estado, as operadoras brasileiras dizem não ter data prevista para explorar a tecnologia no País. "A demora para a especificação é uma demora boa: ao contrário do 4G, que trouxe apenas avanços de velocidade, o 5G busca uma evolução para outras aplicações", diz João Paulo Bruder, analista de telecomunicações da consultoria IDC Brasil.

 

Além da expansão na velocidade, o 5G também deve ser o padrão de conectividade para duas novas áreas: a Internet das Coisas e os carros autônomos, cada qual com necessidades específicas. Sensores utilizados em ruas de uma cidade inteligente para identificar se carros estão estacionados ou não, por exemplo, não precisam de alta velocidade de transmissão de dados, mas sim de estabilidade na rede e eficiência energética, de forma que suas baterias possam durar por anos. "Não seria eficiente trocar a bateria de todas as ruas de uma cidade a cada ano, e o consumo de bateria por conta do envio de informações influi bastante nesse sentido", explica Bruder. Já os veículos sem motorista, por sua vez, não podem estar sujeitos a instabilidades na conexão. "Uma rede de 5G não confiável pode causar inúmeros acidentes", explica Eduardo Tude, presidente da consultoria de telecomunicações Teleco. "O 5G vai ser uma rede bastante heterogênea", define Rodrigo Dienstmann, diretor de operações da Telefônica/Vivo no Brasil. É por causa dessa mistura de usos com diferentes necessidades que há dificuldade na definição sobre os padrões que o 5G deve seguir.

Esforços

Países como Coreia do Sul e Japão planejam ter o 5G em prática assim que o padrão da tecnologia for estabelecido - os coreanos pretendem fazer um teste em grande escala em 2018, na Olimpíada de Inverno de PyeongChang. No entanto, os Estados Unidos estão na dianteira das pesquisas pela nova forma de conectividade: há cerca de duas semanas, a Federal Communications Commission (FCC), responsável por regular o setor de telecomunicações no país, anunciou que vai abrir uma ampla faixa de frequência para serviços de 5G. Além disso, o governo Obama declarou que vai destinar US$ 400 milhões para patrocinar pesquisas e testes com a tecnologia em quatro cidades do país pelos próximos sete anos. Por aqui, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) tem esforços mais tímidos: em fevereiro, o Brasil assinou um acordo de cooperação de pesquisa com a União Europeia, e destinou R$ 20 milhões do Fundo Nacional de Telecomunicações (Funtel) - alimentado com taxas pagas pelas operadoras para cada linha ativa no País - para pesquisas com o 5G, feitas pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG). Já as operadoras brasileiras têm acompanhado as discussões sobre o padrão da tecnologia e se preparam para fazer seus primeiros testes: a Claro,por exemplo, disse que pretende realizar pesquisas com a Ericsson no País este ano. "Ainda existem muitos pontos em aberto sobre o 5G, mas temos certeza de que será uma grande tecnologia para o Brasil", diz André Sarcinelli, diretor executivo de engenharia do grupo América Móvil, responsável por Claro, Net e Embratel. Vivo e TIM dizem trabalhar em pesquisas com suas controladoras no exterior - Telefônica e Telecom Italia -, enquanto a Oi está em contato com fabricantes para compreender a tecnologia, montando um laboratório com a Nokia no Rio de Janeiro sobre o tema.

CONTINUE LENDO

Alugar próprio carro a desconhecidos vira 'salário' extra

  • G1
  • 30 Jul 2016
  • 19:01h

Corretor de seguros Jefferson Floriano oferece 2 carros para aluguel em SP (Foto: Marcelo Brandt/G1)

Carro não é mais um "xodó": se empresta sim, e até mesmo para desconhecidos. A prova de que a relação com o automóvel está mudando é o aumento no número de brasileiros que usam empresas de compartilhamento para alugar o próprio carro, por algumas horas ou dias. Pelo menos 3 empresas apareceram nos últimos 2 anos, e já somam cerca de 28 mil usuários e quase 3 mil carros cadastrados - sem excluir os que estão em mais de uma plataforma. O Fiat Bravo 2014 completíssimo do engenheiro Luan Bertuoli, de 28 anos, pode ser alugado por R$ 179 por dia, ou R$ 18 a hora, em São Paulo. O valor é até 30% mais barato que um similar com os mesmos opcionais em locadoras tradicionais. “Fiquei desempregado e isto está me ajudando a manter o carro. Não precisei me desfazer dele. Com o aluguel, pago a prestação e ainda sobra dinheiro”, conta Bertuoli, que começou a usar o sistema há apenas 3 meses. Seja por causa de dificuldades financeiras ou por uma mudança na maneira de ver um bem parado na garagem, gerando apenas despesas, o negócio se tornou uma fonte de renda para proprietários, que chegam a receber mais de R$ 1 mil por mês na conta bancária.

Como funciona
Funciona basicamente assim: o dono cadastra seus dados e os do carro em um site, a empresa checa as informações com o Detran, verifica e-mail, celular e redes sociais. Caso seja aprovado, o “anúncio” vai ao ar, para que interessados façam suas reservas. Antes de aceitar um pedido, o proprietário pode ver detalhes de seu "cliente", como número de telefone, avaliação feita por outros usuários, comentários, perfil do Facebook e ainda trocar mensagens ou telefonar, caso haja alguma dúvida. Depois disso, basta combinar o local de entrega. O pagamento é feito por meio eletrônico, sem entrega de dinheiro vivo. Após a locação, os dois ainda podem fazer avaliações nos sites, que ajudam a escolher bons proprietários e motoristas. Veja 3 opções disponíveis no Brasil: O corretor de seguros Jefferson Floriano, de 45 anos, também de São Paulo, disponibiliza um Ford Focus e um Peugeot 207 para aluguel e diz ganhar R$ 1 mil por carro ao mês, em média. “Queria monetizar um produto que era subutilizado. Moro perto do escritório e posso ir trabalhar a pé”, afirmou. As plataformas de compartilhamento também ficam com a sua parte. Cada uma tem suas próprias taxas explicadas nos sites, mas, na média, elas giram em torno de 20%. Ou seja, um carro listado por R$ 100 dará R$ 80 ao dono no fim da diária.

E se bater?
Conseguir um seguro para as locações foi o maior obstáculo para o início do compartilhamento entre pessoas no Brasil. “Foram mais de 100 reuniões com seguradoras e 37 nãos”, lembra Guilherme Nagüeva, um dos sócios da Fleety, que foi a primeira deste tipo a operar no país, em setembro de 2014. Atualmente, ela atua nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis. A saga terminou com a criação de uma apólice modular sem burocracias, com cobertura de colisão, incêndio, roubo, furto, assistência 24h, responsabilidade civil e de pagamento de 100% da tabela Fipe, que vale durante todo o período do aluguel. E o valor já está incluso na diária. Embora as plataformas aceitem apenas carros já segurados, o seguro do proprietário não é usado, e o valor da franquia é pago pelo motorista que alugou o carro, em caso de acidente. “Na primeira vez fiquei o dia inteiro meio ‘assim’ porque o carro estava com outra pessoa, mas foi só na primeira vez, depois passou”, disse a bióloga Gabriela Marin, de 28 anos, que disponibiliza seu Honda Fit 2010 por uma diária de R$ 114 na capital paulista. De acordo com Sérgio Barros, diretor do grupo BB e Mapfre, o índice de sinistros envolvendo carros compartilhados é baixo. “Em grande parte, são colisões com danos leves e baixo valor de reparação, mas já tivemos episódios de roubo”, afirmou. Como o aluguel é feito entre pessoas físicas, possíveis problemas devem ser resolvidos entre as duas partes, mas as plataformas de compartilhamento ajudam na solução com formulários para transferência de pontos de multa e “check-list” de itens do carro, riscos e amassados pré-existentes. “Não tive problema nenhum até hoje, apesar de já terem tomado multa, quebrado lanterna, amassado a porta. Tudo foi resolvido sem precisar da empresa. Tem dado certo. O pessoal transfere as multas e paga direitinho”, conta Floriano.

CONTINUE LENDO

Edital de Convocação da Convenção do PR de Brumado

  • 30 Jul 2016
  • 17:45h

(Divulgação)