Programa Primeiro Emprego tem 9 mil vagas disponíveis

  • 28 Ago 2016
  • 11:01h

(Foto: Divulgação)

Nove mil estudantes da educação profissional da rede estadual formados a partir de 2015 ou ativos terão a chance de conquistar uma vaga no mercado de trabalho por meio do projeto Primeiro Emprego, do governo do estado, que entra em vigor no mês de setembro. Serão contemplados aqueles mais bem posicionados em um ranking que leva em consideração as notas dos estudantes. Por isso, para conquistar as vagas, os candidatos vão precisar de um bom rendimento escolar. A inscrição no Projeto Primeiro Emprego é automática, desde que o estudante tenha se formado a partir de 2015 ou esteja com 40% do curso concluído. É importante, porém, atualizar os dados nosite do programa até 15 de setembro. A atualização é necessária para que a convocação seja feita por telefone, SMS e carta. Pelo menos 2 mil estudantes serão encaminhados para início imediato nos postos trabalho nas áreas de Saúde, Educação, na Polícia Militar e na Embasa. A meta estabelecida pelo governo é de que todas as oportunidades no estado sejam preenchidas até setembro de 2018.

Como ser um bom aprendiz e aumentar as chances de ser efetivado

Estudos Não pare de estudar e aproveite ao máximo o conteúdo aprendido no curso profissionalizante. Ao adquirir conhecimento, você tem mais chances de crescer tanto na vida pessoal, quanto na carreira profissional. Por isso, tire um tempo para se dedicar a isso.

Seriedade Para que a empresa leve o aprendiz a sério, o comprometimento deve partir do próprio jovem. Tanto suas contribuições quanto os seus erros podem afetar diretamente nos resultados da empresa e, consequentemente, no trabalho dos outros profissionais.

Afinidade Gostar da área em que está trabalhando é o primeiro passo para se desenvolver melhor na área. Apesar de seus conhecimentos serem aperfeiçoados ao longo do programa, mesmo que você não caia no setor desejado ou não saiba como agir na função, lembre-se de que você é um jovem aprendiz e está ali exatamente para aprender.

Socialização Ter uma boa relação com os colegas de trabalho é essencial, até porque fazer contatos profissionais pode fazer a diferença mais à frente. Fique atento, porém, à quantidade de informações pessoais que você compartilha e como você se comporta.

Responsabilidade Tenha comprometimento com seu trabalho. Procure chegar no horário, cumprir com suas tarefas e levar a sério o que está aprendendo na empresa, mostrando que tem capacidade de assumir responsabilidades ainda maiores. Mesmo sendo jovem e ainda sem experiência em determinada área de trabalho, sua forma de pensar amadurece com o tempo.

Proatividade Não fique somente na sua zona de conforto. Seja proativo e busque novas tarefas para fazer e aprender, tanto na sua área de interesse, quanto em outras. O jovem tem que estar aberto para realizar novas tarefas, independente da área.

Feedback Pedir um retorno a um supervisor sobre seu desempenho faz com que você tome conhecimento dos seus pontos positivos e negativos na função. Essa é uma forma de fortalecer o trabalho. Com isso, você fica mais seguro ao executar tarefas e traz bons resultados para a empresa.

Interesse Aprenda ao máximo. Você está apenas começando a sua vida profissional e, por isso, ainda tem muito para se aprender. Aproveite este momento para observar as situações que ocorrem no seu trabalho.

Experiência Além de aprender mais dia a dia com suas funções do trabalho, busque aprender com os demais. Observe as outras áreas da empresa e como cada um lida com as situações de rotina para que um dia saiba agir da mesma forma depois que ocupar um cargo de confiança na organização.

Metas Não deixe de lado as suas metas e objetivos a curto e longo prazos. É importante ter uma visão para a sua carreira profissional.

Tempo Seja organizado com as suas tarefas e busque se preparar para finalizar os projetos demandados dentro do prazo. Se concentre e tenha disciplina. Apesar disso, tome cuidado para não tomar decisões precipitadas.

Pontualidade Ainda em relação ao gerenciamento do tempo, procure sempre ser pontual e responsável. Chegar constantemente atrasado, sem um motivo realmente relevante, é um fator negativo e acaba deixando o jovem aprendiz com uma imagem ruim com os colegas de empresa e, principalmente, com a chefia.

Imprevistos Esteja sempre preparado para situações não planejadas. O preparo em relação a imprevistos mostra que você tem a capacidade de lidar com problemas e apresentar soluções.

Questionamento Não tenha medo de fazer perguntas, quando necessário, e de sair da sua zona de conforto. Isso mostra que você está disposto a aprender e tem interesse no trabalho que está desenvolvendo na organização.
Desafio Se desafie a fazer algo que você nunca fez antes. Observe seus colegas de trabalho e chefes para aprender a desenvolver mais habilidades. Elas vão enriquecer sua carreira profissional.

Parcerias garantem emprego a deficientes

Com o objetivo de inserir pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho, a Apae desenvolve um Programa de Educação Profissional no Centro de Formação e Acompanhamento Profissional (Cefap), que mantém parceria com algumas empresas afim de empregar as pessoas atendidas. Empresa do ramo de alimentação industrial, a LemosPassos firmou neste mês parceria para a contratação de 44 jovens assistidos pela entidade. Dez deles já iniciaram o trabalho em unidades de produção do grupo, nos setores de auxiliar de serviços gerais, administrativo e auxiliar de estoque.    No Cefap, os jovens recebem formação técnica e acompanhamento psicopedagógico de profissionais. Lá são realizados também trabalhos voltados para informática e música.  Gestora do centro, Camila Lima explica que as contratações são feitas por meio do programa Empego Apoiado, desenvolvido há mais de dois anos para que o acesso ao trabalho ocorra de maneira correta e para que a permanência no emprego seja duradoura. “É importante dizer também que parte importante deste processo é a família”. A ação é realizada em conjunto com os familiares, que acompanham todo o processo. Manoel Filho, gerente de Recursos Humanos da LemosPassos, destaca a importância de entender a necessidade de cada um dos novos funcionários. “Um passo fundamental é entender como lidar com esses garotos. Muitos deles são orientados para trabalhar em atividades operacionais sequenciais e precisam de assistência no início e de acompanhamento, mas depois exercem a função perfeitamente”.  Ele afirma ainda que, para além de estar em conformidade com a chamada Lei de Cotas ( nº 8.213), a iniciativa tem o objetivo de realizar um trabalho em que haja continuidade e que proporcione uma integração adequada. “Entendemos que não basta contratar um PCD aleatoriamente. É de extrema importância entender e acolher as necessidades de cada um deles”, analisa o gestor. A Lei das Cotas exige que toda organização que possua 100 ou mais funcionários destine entre 2% e 5% dos postos de trabalho a pessoas com alguma deficiência ou a reabilitados.

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Como a iniciativa de uma mãe está ajudando a vencer preconceito e desinformação sobre fissuras faciais

  • 28 Ago 2016
  • 09:05h

Luiza ficou sabendo de forma traumática que seu filho, Bento, era fissurado, recebendo pouca informações dos médicos (Foto: Arquivo pessoal)

Há pouco mais de quatro anos, Luiza Pannunzio ficou sabendo - de forma traumática - que seu filho Bento nasceria com uma fissura facial grave. Os meses que se seguiram foram permeados por medo, cirurgias, decisões que hoje ela repensaria e muita, muita desinformação, até por parte dos médicos. Um ano e meio depois, Bento havia se recuperado bem das três cirurgias, e o tratamento trazia os resultados esperados. Com o coração mais tranquilo, essa mãe de 37 anos e que é comerciante, estilista, escritora e desenhista resolveu transformar seu trauma inicial em algo positivo para outras famílias que sofrem com o preconceito e, sobretudo, com a desinformação ao verem seus filhos nascerem com fissuras na face.As fissuras faciais são malformações congênitas que ocorrem quando o embrião está se formando. Há basicamente dois tipos. A fissura labial (conhecida por lábio leporino) é uma divisão no lábio superior que pode ser pequena, apenas na área entre o nariz e aboca, ou chegar a atingir o nariz, maxilar e dentes. 

Já a fenda palatina ocorre quando o palato (céu da boca) não se fecha completamente, também com diferentes graus de extensão. Há vários fatores implicados na causa das fissuras, sendo os principais deles ligados à hereditariedade. À BBC Brasil, Luiza contou sobre o surgimento de As Fissuradas - um rede com 14 mil inscritos que apoia, une e informa famílias cujos filhos têm problemas semelhantes aos de Bento. Ela também falou de como reage às perguntas constantes sobre o filho, do abandono de famílias que precisam dos serviços públicos para o tratamento das crianças e da importância de se ensinar às crianças a contar suas histórias para combater o preconceito.

Confira os principais trechos de seu depoimento: 

"Faltavam 20 dias para ele nascer. Eu estava animada mas um pouco encanada. Não sei explicar, encanação de mãe. Fui fazer um ultrassom, e o médico ficou muito tempo (analisando) a cabeça do bebê. Sem nenhum tipo de preparo, ele soltou a informação: 'Ele tem uma fissura'. Eu comecei a chorar e então ele mandou eu ficar quieta, dizendo: 'Tem bebê que nasce sem cérebro'. Foi traumático. Perdi o chão. Fiquei dias sem saber para onde ir, fiquei buscando informações na internet. Hoje, posso dizer que esse foi o pior momento. A espera, a incerteza, a angústia. O medo era tanto que por vezes preferi que ele continuasse para sempre na minha barriga. Porque tudo o que mais queremos é que o bebê venha perfeito e com saúde. Mas com Bento não foi assim. E não sabíamos a extensão do problema. Quando ele nasceu, vimos que a fissura dele era bem assustadora. Tinha fissura facial, palatina, nasceu sem o canal lacrimal direito e com uma pupila deslocada. Os primeiros meses também foram bem doloridos. Ele recebia leite por uma seringa. Além disso, foram três cirurgias muito seguidas, sendo que a primeira, hoje eu sei que foi muito precoce, deu errado. Mas na época, eu não tinha como saber, porque a gente não tinha informação. E eu não queria que nenhuma outra mãe passasse pelo o que eu passei. Por isso veio à ideia das Fissuradas, que nasceu para que as pessoas tenham acesso à informação. Eu digo que é uma rede de amor ao próximo. Damos apoio de várias maneiras. Uma delas é trabalhando a autoestima do paciente e da família. Porque muitas vezes o preconceito começa dentro de casa - e esses bebês, essas crianças ficam reclusas. Temos que deixar claro que essas crianças são lindas, mesmo sendo diferentes. As famílias acabam se isolando, eu mesma me senti muito isolada.Pode ser difícil sair na rua, porque muita gente pergunta 'O que ele tem?' Mas eu consigo não ficar irritada, eu fico didática. Tenho muito orgulho do Bento, ele lutou muito para viver. É claro que eu tenho muito medo de ele sofrer bullying. Mas ele faz piada dele mesmo, especialmente quando não conseguia falar o que queria para as amigas da irmã. Ele sabe lidar e já vai explicando que ele nasceu assim, que ele não tem um dente... Sempre digo que ele é muito corajoso, e a gente tentar levar as coisas com humor. Quando ele usava um esparadrapo depois de uma cirurgia, brincávamos que era o bigode dele. Mas ainda há muito preconceito, e nosso papel é tentar amenizar isso. Temos que preparar as crianças, elas precisam saber contar a história delas. Porque basta falar um pouco diferente para ser 'zoada'. Mas quando a criança conta pelo que passou, desmonta qualquer um que venha com graça. É claro que ainda temos um longo caminho. Também vejo um despreparo total da maioria das escolas - que fingem que não veem o preconceito, seja ele vindo em qualquer forma. Eu já precisei explicar em reunião de escola que não se incentivasse alguns tipos de atitude em relação ao Bento.

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Cai número de plásticas no Brasil, mas país ainda é 2º no ranking, diz estudo

  • 28 Ago 2016
  • 07:02h

Implante de próteses de silicone nos seios foi a segunda cirurgia plática mais popular do Brasil em 2015, atrás somente da lipoaspiração (Foto: Voisin/Phanie/Arquivo AFP)

Em 2013, o Brasil chegou ao primeiro lugar no ranking dos países que mais faziam cirurgias plásticas no mundo. Nos últimos dois anos, porém, esse número entrou em queda. Segundo a mais recente pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês), o Brasil realizou 1,22 milhão de procedimentos em 2015, quase 120 mil cirurgias a menos do que em 2014.   O levantamento feito pela Isaps leva em conta dados coletados de cirurgiões plásticos de todo o mundo, a partir dos quais é feita uma projeção para estimar o número total de cirurgias plásticas feitas em cada um dos países participantes. Apesar da queda de quase 230 mil procedimentos anuais em comparação a 2013, o Brasil permanece em segundo lugar no ranking, superado apenas pelos Estados Unidos que, em 2015, registraram 1,41 milhão de cirurgias.Segundo o médico Dênis Calazans, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a diminuição da demanda por cirurgia plástica foi claramente notada nos consultórios médicos brasileiros e um dos fatores para explicar a mudança é a crise econômica. “O Brasil atravessou nos últimos dois anos uma crise financeira sem precedentes com impacto em todas as áreas e serviços. A cirurgia plástica não foge a esse tipo de reação do mercado.”

Além disso, Calazans observa que a SBCP tem trabalhado para que a cirurgia plástica seja encarada como um procedimento médico que deve ter indicação adequada e ser feita por profissionais qualificados. “Houve uma pequena diminuição do número de procedimentos que vinham crescendo de maneira desenfreada, com cirurgias desnecessárias e indicações questionáveis.” Outro fator citado pelo especialista é o fato de o levantamento internacional não representar um retrato fiel das cirurgias reparadoras, apenas das cirurgias estéticas. “No Brasil, temos observado um incremento grande das cirurgias de caráter reparador, até pela qualificação e excelência científica do país nessa área, que pode não ter sido contemplada de maneira adequada no levantamento.” A cirurgia plástica mais popular no Brasil em 2015 foi a lipoaspiração, seguindo a tendência dos últimos anos, seguida pelo implante de silicone nas mamas e da cirurgia da pálpebra. Em comparação aos outros países, o Brasil é campeão em cirurgias da pálbebra, redução das mamas, aumento do bumbum por implante ou por tranferência de gordura e cirurgia íntima feminina.

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Gasto de brasileiros no exterior é o menor para meses de julho em 7 anos

  • 27 Ago 2016
  • 19:05h

(Foto: Reprodução)

Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,36 bilhão em julho, o menor valor para o mês desde 2009, ou seja, em sete anos, informou o Banco Central nesta terça-feira (23). Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando as despesas lá fora somaram US$ 1,67 bilhão, a queda nos gastos foi de 18,8%. A redução das despesas de brasileiros no exterior acontece em meio à crise econômica no país, ao aumento do desemprego e à queda da renda das famílias. Também contribuem para a redução dos gastos no exterior a alta da inflação e o elevado nível de endividamento das famílias, além do dólar ainda relativamente alto frente aos últimos anos, o que encareceu passagens, estadia em hotéis e produtos comprados lá fora. A valorização do dólar também aumenta despesas com cartões de crédito e débito no exterior – que sofrem ainda a incidência do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%.

Olimpíada
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, informou que nos 15 primeiros dias úteis de agosto foi registrado um gasto de US$ 417 milhões no Brasil, contra US$ 297 milhões no mesmo período do ano passado – uma alta de US$ 121 milhões. “Sem dúvida, isso já é o efeito da Olimpíada”, disse Maciel.  Ele observou que os gastos com cartão de crédito serão registrados nas estatísticas nos próximos meses. “Teremos ainda repercussão [nas despesas de estrangeiros no Brasil] até setembro, muito embora o maior impacto seja nos primeiros 15 dias de agosto”, declarou. De acordo com Maciel, o gasto total dos estrangeiros no Brasil, por conta da Olimpíada, pode ser “um pouco” maior do que os US$ 200 milhões estimados pelo BC. “Nada muito fora [dessa previsão]”, acrescentou ele.

Parcial do ano
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 7,89 bilhões. Segundo o BC, é o menor valor para o período em sete anos, ou seja, desde 2009. Naquele ano, os gastos somaram US$ 5,49 bilhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando as despesas lá fora ficaram em US$ 11,61 bilhões, a queda foi de 32%. Entre 2010 e 2014, os gastos de brasileiros no exterior subiram continuamente. Entretanto, no ano passado, com a alta de quase 50% do dólar, essas despesas caíram 32%. Até 1994, quando foi criado o Plano Real para conter a hiperinflação no país, os gastos de brasileiros no exterior não tinham atingido a barreira dos US$ 2 bilhões (pela série histórica antiga). Mas, naquele ano, quando o real foi equiparado ao dólar, as despesas somaram US$ 2,23 bilhões. Entre 1996 e 1998, elas oscilaram entre US$ 4 bilhões e US$ 5,7 bilhões. Com a maxidesvalorização cambial de 1999, o dólar ultrapassou os R$ 3 em um primeiro momento e as despesas lá fora também ficaram mais caras. O gasto voltou a recuar e, naquele ano, se aproximaram dos US$ 3 bilhões.

Despesas de estrangeiros no Brasil
De acordo com os números do Banco Central, em julho, os moradores de outros países gastaram US$ 466 milhões no Brasil – o que representa estabilidade frente ao mesmo mês do ano passado, quando totalizaram US$ 468 milhões. No mês passado, o Banco Central chegou a estimar que já haveria um incremento de despesas de estrangeiros no Brasil em julho por conta da Olimpíada. A previsão era de que seriam gastosUS$ 200 milhões no Brasil por turistas entre julho e setembro deste ano por conta do evento esportivo.

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25 mil casos de câncer devem ser registrados na Bahia em 2016

  • Bahia Notícias
  • 27 Ago 2016
  • 17:01h

(Foto: Reprodução)

Dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), divulgados em novembro de 2015, apontaram que 596 mil novos casos de câncer irão afetar os brasileiros no próximo ano. Destes, 25 mil deverão atingir baianos, sendo 12.900 acometendo homens e 12.350 as mulheres. Já para Salvador, a estimativa é de 2.970 novos casos para os homens e 3.340 para as mulheres.  Em todo o país, os tipos da doença que terão maior incidência serão os de pele não melanoma, para ambos os sexos e o segundo com maior incidência nas mulheres será o câncer de mama. No Nordeste, o segundo tipo de câncer que mais afetará a população masculina será o de estômago. 

Alguns fatores de risco que são relacionados com o aumento da probabilidade de desenvolver a doença estão a maior expectativa de vida da população, o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, o consumo de carnes processadas e o etilismo. Quando questionada sobre o motivo da incidência do câncer de pele e do câncer de pulmão no nordeste, a médica oncologista Mayana Lopes afirmou que a população não tem a cultura de passar protetor solar, principalmente porque o primeiro protetor foi introduzido no país apenas em 1984. Em relação ao câncer de estômago, a médica afirma que pode estar relacionado a condições socioeconômicas menos favoráveis, como a alimentação e o tabagismo. Mayana destaca, ainda, que o consumo de alimentos conservados no sal, como carne do sol e carne seca, contribui para o aumento do risco de desenvolvimento da doença. O Inca destaca que a maioria das mortes decorrentes do câncer que ocorrem hoje, acontecem nos países de baixa e média renda, principalmente relacionado à dificuldade de acesso da população à informação e ao tratamento. Isso influencia, também, na rapidez do diagnóstico. 60% dos casos de câncer no Brasil são detectados em estágio avançado. “Grande parte da nossa população não tem acesso a esse exame, por questões sociais mesmo. Além da estrutura, existem poucos hospitais públicos de referência para o tratamento no estado. Podemos ver isso claramente na incidência do câncer de mama, que acaba sendo agravado muita das vezes porque a mulher não tem acesso aos exames de rotina, como a mamografia”, destaca Mayana. No dia 1º de setembro, uma palestra sobre a importância do fomento à pesquisa clínica no combate ao câncer será realizado no Hotel Mercure, a partir das 19 horas, em Salvador. Mayana ressalta que ainda há muito o que caminhar em relação à pesquisa no país. “A pesquisa no Brasil ainda não é muito desenvolvida, a gente acaba importando muita pesquisa de fora e fazendo pouca pesquisa, por falta de verba” finaliza.

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Brasil deixou de exportar carnes para 30 países por não preencher um formulário

  • 27 Ago 2016
  • 16:07h

(Foto: Reprodução)

O Brasil poderia ter aumentando a exportação de carnes do país se não fosse a falta de um único documento preenchido. De acordo com a coluna Radar Online, da revista Veja, o problema foi descoberto durante reunião do atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, com adidos agrícolas de outros países. No encontro, o chefe da pasta defendeu que gostaria de estreitar relações comerciais com as outras nações, como a ampliação das exportações. Neste momento, o representante da Tailândia teria interrompido Maggi para dizer que adora a carne brasileira, mas que o país não conseguia comprar o produto porque, há cinco anos, espera que o ministério da Agricultura responda um formulário burocrático para liberar exportações. Após a reclamação, Maggi teria descoberto que o mesmo formulário impediu a exportação a outros 30 países, porque a equipe simplesmente não respondeu às solicitações. Segundo a publicação, o governo fará um mutirão para zerar o estoque de pedidos e tentar ampliar as exportações.

Vacina brasileira de esquistossomose inicia fase final de testes após 30 anos

  • 27 Ago 2016
  • 14:04h

Testes da vacina devem ser finalizados no final de 2017, dizem pesquisadores (Foto: Gutemberg Brito – IOC/Fiocruz)

A vacina brasileira contra a esquistossomose está entrando na fase final de teste em humanos em áreas endêmicas, após 30 anos de desenvolvimento. Na segunda quinzena de setembro, ela será aplicada em pessoas no Senegal, dando início a esta última etapa. Se os resultados forem positivos, fica pronta para uso. A pesquisa foi escolhida junto a mais cinco projetos como prioridade de investimento da Organização Mundial da Saúde (OMS). O “selo” é dado para estudos que se empenham em suprir necessidades de saúde de países em desenvolvimento. Causada por vermes do gênero Schistosoma, a doença está presente em 19 estados brasileiros, com maior quantidade de casos nos estados do Nordeste, Espírito Santo e Minas Gerais. De acordo com a OMS, a esquistossomose é endêmica em mais de 70 países, em maioria localizados na África, onde 800 milhões vivem sob risco de infecção. Além da vacina contra a doença, outras cinco pesquisas foram escolhidas como prioridade pela OMS: um estudo da Índia, dois da Suíça, um da África do Sul e um da China em parceria com países africanos. O projeto brasileiro é o único das Américas escolhido pela organização.

A nova Vacina Sm14, que foi financiada até o momento em formato de Parceria Público Privada (PPP) entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Orygen Biotecnologia S.A., também receberá o apoio de um fundo da OMS. Ela deverá terminar as fases de testes em humanos no final de 2017 - até lá, 350 pessoas deverão participar da pesquisa. De agosto até o final deste ano, os pesquisadores aplicarão doses em 30 indivíduos do Senegal, região considerada hiperendêmica da doença (com alta taxa de prevalência, afetando a população de forma continuada). O país africano tem a circulação de duas espécies do parasita que transmite a esquistossomose. Essa característica, que não existe em nenhuma região brasileira, é importante para que se possa verificar a segurança da vacina, como apontou a pesquisadora Miriam Tendler, do Laboratório de Esquistossomose Experimental do IOC, que lidera os estudos. “Esse tipo de doença, causada por vermes, foi menosprezada por muito tempo por ter baixa mortalidade. Mas isso impacta muito na capacidade cognitiva e na qualidade de vida das crianças e demais pacientes”, disse Tendler. Quando a vacina estiver pronta, a imunização ocorrerá em três doses, dadas com um intervalo de um mês entre cada uma. A vacina foi produzida a partir de um antígeno -- substância que estimula a produção de anticorpos, evitando que o parasita se instale. Também foi utilizada a proteína Sm14, sintetizada a partir do verme da doença.

A esquistossomose
A OMS considera a doença como uma das mais negligenciadas e devastadoras socioeconomicamente, perdendo apenas para a malária. A transmissão é ligada à precariedade de saneamento. Fezes infectadas com o verme Schistosoma, quando despejadas em rios e outros cursos de água doce, podem infectar caramujos do gênero Biomphalaria. Estes liberam larvas na água, podendo infectar outras pessoas por meio do contato com a pele, reiniciando o ciclo da doença.


Histórico da vacina
A molécula Sm14 foi descoberta em 1975. Já a definição de um desenho de modelos experimentais para o desenvolvimento da vacina começou em 1985, ou seja: o projeto de imunização contra a esquistossomose tem mais de 30 anos de desenvolvimento.

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Alan Sanches cobra explicação da Sesab sobre perda de R$ 6 mi em medicamentos vencidos

  • 27 Ago 2016
  • 12:07h

(Foto: Divulgação)

O deputado estadual Alan Sanches (DEM) cobrou nesta sexta-feira (26) que a Secretaria de Saúde (Sesab) explique a suposta perda de milhares de remédios com validade vencida, que teriam gerado prejuízo de mais de R$ 6 milhões (entenda aqui). “Não é novidade o quanto à população vem sofrendo por falta de medicamentos para tratamentos de doenças sérias. Tenho recebido denúncias de pacientes crônicos que estão sem ter acesso a remédios há mais de quatro meses. Receber essa grave denúncia de que milhares de substâncias não foram distribuídas por falta de competência administrativa, e agora irão para o lixo, não me causa outra coisa senão indignação”, criticou o deputado, que é médico. Segundo Sanches, na lista constam medicamentos com altos custos e que são imprescindíveis para alguns tratamentos. “Isso só comprova a falta de gestão de que tanto venho falando. Contudo, erros como esse, que coloca em risco vidas, não podem ficar impunes”, defendeu.

Metade dos alunos do 9º ano já experimentou álcool, segundo o IBGE

  • 27 Ago 2016
  • 11:02h

(Foto: Reprodução)

Mesmo sendo menores de idade, 55,5% dos estudantes do último ano do ensino fundamental já experimentaram bebidas alcoólicas. Desse total, 21,4% já sofreram algum episódio de embriaguez na vida. Os números são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar – PeNSE, divulgada nesta sexta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Realizado em 2015 com apoio dos ministérios da Saúde e da Educação, o estudo analisou pouco mais de 102 mil questionários de estudantes brasileiros de escolas públicas e privadas na faixa etária de 13 a 15 anos. Outro destaque do levantamento diz respeito à alimentação saudável desses alunos. Para o IBGE, o resultado indica um fator preocupante. Dos entrevistados, 41,6% tinham o costume de consumir as chamadas guloseimas (balas, confeitos, doces, chocolates, sorvetes e outros) cinco dias ou mais em uma semana normal. O maior percentual foi registrado no Estado de São Paulo (47,7%), que superou a média nacional. Por outro lado, Piauí apresentou o menor índice, com 31,2%. Além disso, 62,3% dos participantes não comiam legumes e 67,3% não consumiam frutas frescas frequentemente durante a semana. Ao mesmo tempo, 13,7% costumavam comer salgados fritos, 31,3% salgadinhos "de pacote" e 26,7% beber refrigerantes semanalmente (igual ou superior a cinco dias). O resultado acende um alerta. Segundo o relatório, a ausência de uma normativa nacional para regular a venda desses tipos de alimento dentro das escolas pode comprometer a promoção de hábitos alimentares saudáveis para os estudantes.

As melhores opções em óculos solares estão na Ótica Companhia dos Olhos

  • 27 Ago 2016
  • 10:01h

Com um estoque vasto e diversificado, a ótica amiga da sua visão, traz até você os mais variados modelos de óculos solares das melhores marcas, e em condições especiais de pagamento. Tudo em até 10 vezes nos cartões de crédito.

Não percam essa grande oportunidade em adquirir seus óculos na Ótica Companhia dos Olhos e desfrute das vantagens e opções que só a mais antenada ótica da cidade pode lhe oferecer. A Ótica Companhia dos Olhos fica localizada à Rua Euclides da Cunha, 58 – Centro, fone: (77) 3441-4658

Jovem denuncia médico por cobrar R$ 2.500 para fazer cesárea pelo SUS

  • 27 Ago 2016
  • 09:05h

Casal denunciou médico em 2013, também por cobrança de parto normal pelo SUS (Foto: Reprodução/ TV Santa Cruz)

Uma adolescente de 17 anos, que não quis se identificar, denunciou que um médico obstetra da Maternidade Ester Gomes, em Itabuna, sul da Bahia, se negou a fazer um parto cesáreo nela pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme a gestante, o médico Luis Leite pediu R$ 2.500 para fazer o procedimento. O caso aconteceu na segunda-feira (22). A adolescente estava com 40 semanas de gestação e sentido dores quando procurou atendimento na maternidade. Durante toda a gravidez, ela fez acompanhamento pelo SUS. Como a jovem não aceitou fazer o pagamento, o parto foi feito em outro hospital, o Manoel Novaes. O bebê teve complicações e está internado na UTI da unidade médica.

"[O médico] falou que a cada cesárea que ele faz pelo SUS ele perde R$ 20. Perguntou se meu marido trabalhava. Eu falei que trabalhava na empresa 'tal' [sic.]. Aí ele [médico] disse: então não tem dinheiro, é pobre, não pode pagar essa cesárea", relatou a jovem. A adolescente conta que chegou à maternidade com o laudo de um cardiologista, emitido no dia 22 de julho. De acordo com o relatório médico, ela apresentava crises de pressão alta, relacionadas à ansiedade, por isso foi recomendado o parto cirúrgico, com anestesia, para evitar estresse. De acordo com a jovem, as orientações do laudo não foram levadas em conta pelo médico Luis Leite, que, após a adolescente se recusar a fazer o pagamento, receitou uma medicação e liberou a paciente para casa. A sogra da jovem, a auditora fiscal Nailma dos Santos Nascimento Moura, está indignada. "E agora, meu neto está na UTI, numa situação grave. A família toda transtornada, todo mundo muito triste, por conta de uma negligência", afirmou. O bebê, que ganhou o nome de Joaquim, nasceu de parto cesáreo às 5h49 da manhã de terça-feira (23), com 3,148 kg e 50 centímentros de comprimento. A criança joaquim ainda não voltou para casa, porque está na UTI. Conforme o pai da criança, o auxiliar de produção Iuri Kerry, 20 anos, os médicos disseram que o parto de Joaquim foi demorado e, por conta disso, engoliu mecônio, o que provocou problemas respiratórios nele. "Se eu fosse pra casa, como o Dr. Luis Leite falou que não tava no tempo ainda e me passou um remédio pra dor, eu digo a você que nem na UTI meu estava agora. Eu estva sentidno muita dor e voltei pra outra maternidade", desabafou chorando a adolescente. "Todo mundo está ciente de que não é a primeira vez que acontece [do médico cobrar por um cesárea]. Vamos procurar o Ministério Público", disse a mãe da adolescente que teve o bebê, que também não quis se identificar. A reportagem procurou o médico Luis Leite na maternidade Ester Gomes, mas ele não foi encontrado. A direção da unidade informou que o obstetra dá plantão no local às segundas-feiras e ainda vai ser ouvido pelo hospital.O diretor administrativo da maternidade, Denis Dias, disse que um processo administrativo será aberto pra apurar o caso e que, na segunda-feira (29), deve ouvir o médico e a família da adolescente.

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Conquista: 1ª noite do Festival de Inverno Bahia registra sensação térmica de 9 graus

  • Por Rodrigo Ferraz
  • 27 Ago 2016
  • 08:02h

A 1ª noite do Festival de Inverno Bahia 2016 levou um grande público ao Parque de Exposições Teopompo de Almeida, em Vitória da Conquista.Como já era de se esperar, o frio foi intenso, acompanhado de uma fina garoa. Os termômetros registraram 10 graus,  já na madrugada de sábado (27), com sensação térmica de 9. Turistas e até mesmo os conquistenses tiveram que se aquecer para espantar o frio típico do inverno da capital do Sudoeste baiano.

Bahia é estado com mais negros mortos por armas de fogo

  • Bahia Notícias
  • 27 Ago 2016
  • 07:02h

(Foto: Reprodução)

A Bahia é o estado em que mais negros morreram vítimas de armas de fogo durante 2014. Segundo dados do Mapa da Violência 2016, entre as pessoas assassinadas em cidades baianas ao longo daquele ano, 3.999 eram negras e 289 eram brancas. Isso significa que para cada pessoa branca assassinada, quase 14 negros foram vitimados por armas de fogo. Em números absolutos, o estado está bem à frente do segundo colocado, o Rio de Janeiro, em que 2.512 negros foram assassinados. Em terceiro lugar, aparece Minas Gerais, com 2.471. O Mapa da Violência é um relatório produzido anualmente com diferentes temas relacionados à segurança pública. 

Na edição de 2016, foram analisados os homicídios por arma de fogo no país, classificando dados por regiões, sexo, idade e cor das vítimas. As informações foram comparadas às obtidas em 2003 pelo mesmo estudo. O levantamento aponta que, em onze anos, o número de negros mortos cresceu 320%, enquanto o de brancos cresceu 250%: em 2003, foram 1241 e 114 assassinatos, respectivamente. No caso da taxa de morte de negros a cada 100 mil habitantes, a Bahia ocupa o 9º lugar entre os estados, com 33,3. Em primeiro lugar aparece Alagoas, em que o número chega a 71,7. Dentre as 27 unidades federativas, em apenas três se mata mais brancos do que negros: Tocantins, Acre e Paraná. Para o coordenador-geral do Coletivo de Entidades Negras (CEN), Marcos Rezende, os números do mapa são “resultado de uma política equivocada de segurança pública, baseada na defesa do patrimônio e não na garantia de direitos das pessoas”. “Quando se abre mão de direitos garantidos pela Constituição para trabalhar apenas no campo do patrimônio, do tráfico, do roubo, se cria uma perspectiva em que aqueles que são mais poderosos precisam de proteção maior. E no país que foi o último a abolir a escravidão, isso significa os brancos, que foram os que mais lucraram com os corpos negros”, avalia o historiador. Para Rezende, a sociedade atual ainda reflete essa realidade racista em que, em comparação com a história, é preciso “proteger os brancos dos negros libertos”. “Onde estão as bases comunitárias? Nos bairros negros e periféricos, para a vigia desses corpos negros, de como sai e como volta, quais linhas de ônibus representam riscos, quem são os agentes que podem morrer”, compara. “Pensa que só morre negros de periferia? E os policiais negros? A vida desses policiais também é menos importante”, lamenta. Para o coordenador do CEN, é preciso modificar o debate de segurança pública, como por exemplo deixar de combater o tráfico na sua “ponta” e buscar os responsáveis pela distribuição das drogas. “Encontram um helicóptero de senador da República com 445 quilos de cocaína e ninguém é investigado. Mas jovem com 20 trouxinhas de maconha vira traficante. Há um encarceramento do povo negro, mas o povo branco é tratado caso a caso. Existe justiça por conveniência. [...] Isso tudo só vai mudar se houver mudança de comportamento da política”, criticou.

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Açúcar extra na alimentação deve ser limitado para crianças e jovens

  • 26 Ago 2016
  • 20:05h

(Foto: Reprodução)

Especialistas da Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês) recomendaram na última segunda-feira (22) que crianças e jovens de dois a 18 anos limitem a adição de açúcar às suas dietas a, no máximo, seis colheres de chá por dia, enquanto os bebês com menos de dois anos devem evitar completamente qualquer açúcar extra em seus alimentos. Em artigo publicado no jornal científico Circulation, os especialistas incluem quaisquer açúcares, até mesmo mel. "Nossa recomendação é a mesma para todas as crianças entre as idades de dois a 18 anos para mantê-la simples para os pais e ativistas pela saúde pública", afirmou Miriam Vos, cientista da nutrição, professora de pediatria da Escola de Medicina da Universidade Emory em Atlanta, EUA. Estudos apontaram que a adição de açúcar a alimentos durante a infância está relacionada ao desenvolvimento de fatores de risco para doenças cardíacas, como obesidade e hipertensão. Além disso, segundo informações do jornal O Globo, crianças e jovens que ingerem muito açúcar tendem a incluir menos alimentos saudáveis em suas dietas. "Acreditamos que as evidências científicas para nossas recomendações são fortes e que ter uma quantidade específica como alvo vai ajudar significativamente pais e ativistas pela saúde pública a fornecerem a melhor nutrição possível para nossas crianças", disse a médica. Miriam recomendou ainda que, até que as informações sobre os açúcares sejam incluídas nos rótulos dos produtos, os responsáveis devem oferecer opções mais saudáveis de alimentação.

Estudo mostra extensão de danos cerebrais causados pelo vírus da zika

  • 26 Ago 2016
  • 19:07h

Vírus da zika é transmitido pelo Aedes aegypti (Foto: REUTERS/Alvin Baez)

Um relatório divulgado nesta terça-feira (23) mostra em detalhes os tipos de dano que infecções com o vírus da zika podem causar ao cérebro em desenvolvimento - danos que vão bem além da microcefalia, a malformação craniana em recém-nascidos. Pesquisas anteriores mostraram que o zika ataca as células progenitoras neurológicas, um tipo de célula-tronco que se desenvolve em diferentes tipos de células nervosas ou cerebrais. A mais recente pesquisa, publicada no periódico Radiology, explora descobertas com base em imagens e autópsias ligadas a infecções confirmadas em 17 crianças e fetos pelo Instituto de Pesquisa de Campina Grande, na Paraíba, onde a infecção tem sido grave. O estudo também incluiu registros sobre 28 fetos ou recém-nascidos com problemas cerebrais, nos quais se suspeitava que as mães tiveram a doença durante a gravidez.

Quase todos os bebês em cada grupo tiveram ventriculomegalia, uma condição na qual os ventrículos, ou espaços com fluidos no cérebro, ficam aumentados. Enquanto a maioria dos fetos teve pelo menos um exame mostrando uma circunferência muito pequena da cabeça, sugerindo que eles tinham microcefalia, três fetos com ventriculomegalia tinham circunferência da cabeça normal, mas ventriculomegalia grave. Quase todos os fetos ou bebês no grupo de casos confirmados do vírus da zika e quase 80% do grupo com suspeita de zika apresentaram anormalidades no corpo caloso, um grande feixe de fibras nervosas que permite a comunicação entre os hemisférios esquerdo e direito do cérebro. Em todos os casos estudados, com a exceção de um, os pesquisadores encontraram casos nos quais os neurônios em desenvolvimento não seguiam para o seu destino apropriado no cérebro. "Do ponto de vista de imagem, as anomalias no cérebro são muito graves, quando comparado a outras infecções congênitas", disse a coautora do estudo Dra. Deborah Levine, do Beth Israel Deaconess Medical Center e professora de radiologia da Harvard Medical School.

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