Justiça veta 'guerra de espadas' e suspende lei que torna prática patrimônio cultural

  • G1 Bahia
  • 23 Jun 2017
  • 10:32h

Foto: Reprodução

Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) vetou a realização da tradicional "guerra de espadas" que ocorre durante o período junino na cidade de Senhor do Bonfim, no Recôncavo da Bahia, e ainda suspendeu a lei municipal que tornava a prática um patrimônio cultural e imaterial da cidade. A decisão, que considerou um pedido feito pelo Ministério Público do estado (MP-BA) foi publicada na edição desta quinta-feira (22) do Diário Oficial da Justiça. Quem descumprir a medida pode ser preso e pagar multa de até R$ 10 mil. A associação dos espadeiros do município informou que vai recorrer da decisão. A guerra de espadas havia sido declarada como patrimônio cultural e imaterial da cidade no início de junho, quando a prefeitura sancionou o projeto de lei sobre a prática. A proposta já havia sido aprovada por unanimidade, no final de maio, pela Câmara de Vereadores da cidade. A medida, no entanto, dividiu opiniões na cidade, porque alguns moradores defendem o fim da prática por conta dos perigos de queimaduras nos participantes. No São João de 2016, ao menos 19 pessoas tiveram ferimentos no município. Na quarta-feira (21), um homem foi preso em flagrante e 105 espadas foram apreendidas em Senhor do Bonfim. De acordo com a Polícia Civil, a prisão e apreensão ocorreram durante operação conjunta com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que já havia recomendado à prefeitura do município que não promova, prepare, apoie ou coopere com a execução da guerra de espadas na cidade.


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