Ministro diz que estudantes tentaram inviabilizar o Enem e ‘quebraram a cara’

  • 20 Nov 2016
  • 15:02h

(Foto: Reprodução)

O ministro da Educação, Mendonça Filho, criticou nesta sexta-feira (18) as ocupações realizadas por estudantes em escolas e universidades, em protesto contra a proposta de emenda à Constituição que limita gastos públicos e a medida provisória que reforma o ensino médio, que tramitam no Congresso Nacional. O ministro participou de uma palestra sobre a reforma do ensino médio, na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio. Durante o encontro, o estudante Leonardo Guimarães, da União Nacional do Estudantes (UNE), questionou o ministro sobre a PEC 55, que limita os gastos públicos por 20 anos. Para o jovem, que se identificou como estudante de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a medida vai na contramão da melhoria do ensino e acarreta perdas de recursos à educação. 

O ministro Mendonça Filho argumentou que a PEC 55 não retira recursos da educação e que o investimento mínimo na área, correspondente à inflação, está mantido. O ministro criticou “posturas intolerantes” que impedem o debate sobre a medida na sociedade. Ele contou ter sido recebido com hostilidade em instituições de ensino e revelou “quase ter sido agredido fisicamente”. Para ele, as táticas são fascistas, impulsionadas por partidos políticos. “Muitos de vocês da UNE imaginaram que iam inviabilizar o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] para 8,6 milhões de estudantes e quebraram a cara, garantimos 97% do Enem no país”, disse Mendonça Filho, sob aplausos de alunos e professores da FGV. “Essa tática fascista [de hostilizar] do PT e do PSOL não me intimidam. Vocês praticam a intolerância de um socialismo vencido e derrotado, essa é a verdade”, afirmou, encerrando a discussão. Mesmo com o tom crítico, Mendonça Filho afirmou que irá a escolas ocupadas discutir propostas do governo caso seja convidado e não haja nenhum risco de violência. “Se tiver ambiente de respeito, em qualquer lugar eu vou, desde que seja garantida minha integridade física e que me seja dado o direito de falar e de ser ouvido”, disse o ministro.


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