Foragido da Operação Turbulência é encontrado morto em motel

  • Tribuna da Bahia
  • 23 Jun 2016
  • 15:01h

(Foto: Reprodução)

Foragido da Operação Turbulência, o empresário Paulo César de Barros Morato foi encontrado morto em um motel em Olinda, Pernambuco. Ele estava sob suspeita de operar um esquema de lavagem de R$ 600 milhões que teria abastecido inclusive a campanha de Eduardo Campos, candidato à Presidência em 2014, morto em um acidente aéreo em agosto daquele ano. A morte está sendo investigada pela Polícia Civil. A Polícia Federal acompanha o desenrolar da investigação. A ação da Polícia Federal – deflagrada a partir das investigações sobre o avião que era usado por Eduardo Campos, ex-candidato à Presidência que morreu em acidente aéreo em agosto de 2014 – mira em um grupo especializado em lavagem de dinheiro, sediado em Pernambuco e Goiás, que teria lavado mais de R$ 600 milhões desde 2010. O grupo é suspeito de abastecer caixa 2 de empreiteiras. Quatro empresários foram presos na terça-feira, 21. Um deles iria embarcar para Miami. A PF encontrou com ele US$ 10 mil no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O empresário João Carlos Lyra também foi preso em São Paulo. A PF confiscou, com autorização judicial, três aeronaves da organização criminosa, avaliadas em R$ 9 milhões. Quatro automóveis de luxo foram apreendidos. A investigação aponta para a OAS, uma das principais empreiteiras do cartel que se instalou na Petrobrás entre 2004 e 2014, período em que foi montado esquema de propinas a deputados, senadores, governadores e ex-dirigentes da estatal petrolífera. Uma empresa fantasma descoberta pela Turbulência recebeu valores da OAS no âmbito das obras de transposição do rio São Francisco. A PF identificou um repasse de R$ 18 milhões para a OAS – parte desse valor passou por conta da empresa de fachada. 


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