Brumado: Descriptografando o ‘Código do Vice’

  • Daniel Simurro | Brumado Urgente
  • 31 Mai 2016
  • 10:33h

(Composição: Brumado Urgente)

Na cultura brasileira ser vice é ser perdedor, pois diferentemente de outros lugares do mundo, chegar em segundo lugar, para os brasileiros, não é muito diferente de se chegar em último, já que o que vale é somente a vitória. Transportando isso para o campo político, mas precisamente para as “terras eleitorais”, ser vice já não é tão ruim assim, pois além de ter direito à uma “fatia grande do bolo”, ficar na retaguarda pode ser muito interessante, como aconteceu com o atual presidente em exercício, Michel Temer, que foi vice na chapa de Dilma e hoje é o homem que comanda o Brasil. Em Brumado a tradicional batalha pelo vice sempre trouxe componentes decisivos à campanha e, neste ano de 2016, ela está acontecendo só que muito mais hermética do que antes, o que vem gerando inúmeras especulações. A projeção de que vários pré-candidatos podem se tornar vices, seria totalmente plausível, já que, segundo o “córrego ácido” dos bastidores, alguns deles já se lançaram pré-candidatos justamente com esse intuito. Só que o momento agora é de silêncio, então somente os que têm sintonia fina com os mistérios poderão descriptografar o código silencioso dos corredores da política local sobre a busca frenética pelo vice. Mas iremos fazer uma análise diferenciada do que representa o vice na matemática da política local. Com salário mensal girando em torno dos R$ 12 mil, o vice representaria para os cofres públicos R$ 144 mil anuais e, nos quatro anos do mandato, R$ 576 mil, ou seja, mais de meio milhão de reais. Então numa lógica positiva, o vice deve ser uma pessoa com um bom conhecimento técnico para assumir uma secretaria do governo, o que traria uma economia para o município quase no mesmo montante, já que o salário de um secretário é bem próximo do de vice. Só que nos últimos governos municipais, isso não aconteceu, pois, os vices tinham perfil político e não técnico e, por isso, não assumiram nenhuma secretaria. Espera-se que desta feita a escolha do vice tenha um diferencial e que os critérios decisivos não sejam só do potencial eleitoral, mas sim se avalie a capacidade técnica do mesmo, já que em época de profunda crise econômica a austeridade vai ser a palavra de ordem. 


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