Geddel pode virar articulador político de Temer

  • Tribuna da Bahia
  • 27 Abr 2016
  • 12:26h

(Foto: Reprodução)

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), mantém ressalva de não ter convidado formalmente ninguém para integrar seu eventual governo, em respeito ao Senado Federal, que decidirá sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), mas nomes já começam a ser ventilados em uma possível gestão peemedebista. É o caso do presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, que poderá assumir o ministério da Articulação Política, caso o impeachment da mandatária brasileira seja aceito pelo Senado. O trabalho de articulador político do governo federal atualmente é do ex-chefe da Casa Civil e atual ministro-chefe do Gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner (PT), adversário político de Geddel na Bahia.

 

A revelação de uma possível escolha de Geddel para a função foi feita pelo próprio vice-presidente, em entrevista ao jornal O Globo. “Ainda não decidi quem seria [o articulador político], caso eu assuma mesmo a Presidência. Mas o Geddel, que se dá bem com todo mundo no Congresso, poderia exercer esse papel. Mas é algo que não está decidido ainda”, afirmou Temer. O vice-presidente fez questão de ressaltar que os ministros indicados por partidos aliados devem ter “familiaridade com a área, com competência demonstrada no setor e nomes reconhecidos e respeitados”. Geddel foi ministro da Integração Nacional, cargo que ocupou entre 2007 e 2010, no governo do ex-presidente Lula (PT). Logo depois, o peemedebista baiano ocupou o cargo de vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica no governo Dilma Rousseff (PT). A reportagem tentou falar com o político, mas ele não foi localizado. Ainda conforme informações de O Globo, integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato investigam aliados de Michel Temer, como o próprio Geddel.  Relatório da Polícia Federal (PF) mostra que o peemedebista atuou no banco público, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e junto à prefeitura de Salvador para atender a diferentes interesses da construtora OAS tendo pedido, inclusive, recursos à empreiteira para campanhas de aliados no interior da Bahia e para sua própria candidatura ao Senado em 2014, quando foi derrotado na disputa pelo senador Otto Alencar (PSD).


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