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Min. da Saúde aponta 1.154 casos notificados de microcefalia na BA

  • 23 Jun 2016
  • 13:03h

(Foto: Reprodução)

O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (22) aponta 1.154 casos notificados de microcefalia na Bahia.Dezenove a mais do que o último relatório divulgado pelo órgão, no dia 15 de junho. O estado é o segundo com maior número de casos do país, ficando atrás de Pernambuco, que até agora registrou 2.008 casos. Os dados divulgados nesta quarta são referente ao período até o dia 18 de junho. O relatório é feito com os dados enviados pelas secretarias estaduais da saúde, informou a pasta. De outubro de 2015 até maio deste ano, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) registrou 32 mortes por microcefalia na Bahia. Os casos fatais foram nas cidades de Alagoinhas (1), Anguera (1), Camaçari (3), Conceição do Jacuípe (1), Cravolândia (1), Crisópolis (1), Jaguaripe (1), Jequié (1), Monte Santo (1), Barro Preto (1), Campo Formoso (1), Itabuna (2), Itapetinga (1), Olindina (1), Salvador (6), Tanhaçu (1), Esplanada (1), Feira de Santana (1), Presidente Tancredo Neves (1), Santo Antônio de Jesus (1), Simões Filho (1), Senhor do Bonfim (1), Ilhéus (1), Lauro de Freitas (1). De acordo com os critérios do Ministério da Saúde, é considerado microcefalia o bebê com perímetro cefálico menor ou igual a 31,9cm, no caso de menino, e menor ou igual a 31,5cm, em menina. Os casos da doença estão relacionados ao vírus da zika, doença transmitida pelo mosquito Aedes Eegypti.

Síndromes ligadas ao Zika: Microcefalia não é única preocupação do Brasil

  • 21 Jun 2016
  • 19:04h

(Foto: Reprodução)

Identificar bebês que não nasceram com microcefalia, mas com problemas relacionados ao Zika é o desafio para o Brasil dar assistência a todas as crianças afetadas, segundo o diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage Carmo. Informações da pasta mostram que, de 13% a 19% das crianças examinadas apresentam resultado de falso negativo, ou seja, não apresentam perímetro da cabeça menor que padrão, característica da microcefalia, porém desenvolvem outras consequências atribuídas à Síndrome Congênita Associada à Infecção Pelo Vírus Zika. Carmo destacou, segundo a Agência Brasil, que uma das necessidades é a atualização do sistema de notificação de bebês que podem ter sido afetados pelo vírus, para que crianças tidas inicialmente como saudáveis por não apresentarem microcefalia não fiquem sem assistência caso, no futuro, apresentem outros problemas que a comunidade científica aponta serem relacionados ao Zika, como deficiência auditiva ou visual, além de crises convulsivas. "A grande questão, que está sendo discutida não só no Brasil, mas com a própria Organização Pan-Americana da Saúde, é como caracterizar esses quadros que venham a ser classificados como uma Síndrome Neurológica Associada à Infecção por Zika, disse o diretor. Para ele, o desafio é organizar um sistema de informações que amplie os registros para além da microcefalia e tenha precisão.

Anvisa propõe proibir termômetro com mercúrio no país

  • 21 Jun 2016
  • 18:01h

(Foto: Reprodução)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu consulta pública para discutir a proibição da fabricação, importação e a venda de termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio no país. Esses aparelhos têm uma coluna transparente, contendo mercúrio no interior, com a finalidade de aferir valores de temperatura corporal (no caso do termômetro) e pressão arterial (no caso do esfigmomanômetro). De acordo com a Anvisa, a proposta de proibir o uso desses equipamentos no país faz parte do compromisso do Brasil de banir produtos com mércurio até 2020. "A Anvisa, assim como outros órgãos da administração pública, está comprometida com a Convenção de Minamata, onde 140 países, incluído o Brasil, firmaram compromisso para o controle do uso e redução de emissões e liberações do mercúrio para a natureza. 

Um dos compromissos é o banimento de produtos que contém mercúrio até 2020. A proibição da substância é uma tendência mundial". A agência destaca que no mercado já existem os termômetros e esfigmomanômetros digitais, alternativos aos com a coluna de mercúrio. "Esses dispositivos [digitais] também possuem a sua precisão avaliada compulsoriamente pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e são ambientalmente mais sustentáveis". A proposta propõe ainda o fim do uso dos equipamentos nos serviços de saúde do país. Os comentários e sugestões para a consulta pública podem ser enviados em até 60 dias pela internet ou por carta para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde, SIA trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050. As contribuições internacionais deverão ser direcionadas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Assessoria de Assuntos Internacionais (Aint), no mesmo endereço.

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Vacina experimental contra zika será testada em humanos nas próximas semanas

  • A Tarde
  • 20 Jun 2016
  • 15:48h

(Foto: Reprodução)

A Inovio Pharmaceuticals e a GeneOne Life Sciences planejam iniciar, nas próximas semanas, os primeiros testes de uma vacina experimental contra o zika vírus em seres humanos. As doses serão testadas em cerca de 40 pessoas para determinar a segurança, tolerância e eficácia das vacinas contra o vírus - o que já foi verificado em testes com animais. As empresas esperam resultados preliminares no final deste ano. As duas empresas estão entre as 15 companhias e institutos de pesquisa desenvolvendo uma vacina para o zika vírus. Fonte: Dow Jones Newswires.

Conselho de Medicina veta cesáreas antes de 39 semanas de gestação

  • 20 Jun 2016
  • 13:52h

Mulher durante procedimento de cesárea em hospital (Foto: Albane Noor/BSIP)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou nesta segunda-feira (20) uma nova resolução que determina que o parto cesáreo só pode ser realizado em 39 semanas de gestação. Antes, a entidade estabelecia em 37 semanas o período liberado para o procedimento. De acordo com a entidade, trata-se de uma resolução de "caráter ético" que busca assegurar a integridade do feto.Segundo o CFM, o bebê pode sofrer problemas no desenvolvimento antes de 39 semanas. A norma será publicada ainda nesta semana no Diário Oficial da União. No Distrito Federal, 48,98% dos partos são feitos por cesariana, abaixo da média nacional, que é de 53,88%. Os dados são de 2011. A orientação seguida pelo CFM era de que fossem considerados fetos maduros aqueles entre 37 e 42 semanas de gestação. Nesta nova resolução, muda-se para o mínimo de 39 semanas até que se torne seguro o parto cesariano, considerando aval médico. Além disso, o prontuário da grávida deverá conter obrigatoriamente a informação da opção pelo parto cesáreo em linguagem de fácil compreensão, algo que não era claramente exigido até o momento.

De acordo com estudos apresentados pelo conselho, promover partos antes da 39ª semana pode acarretar problemas nos pulmões, fígado e cérebro, provocando desconfortos respiratórios, icterícia e até lesões cerebrais. De acordo com o presidente do CFM, Carlos Vital, a nova resolução servirá principalmente para assegurar a integridade do feto. "A autonomia do paciente já é estabelecida. A finalidade dessa resolução de 39 semanas é uma ênfase e uma instituição de um limite o qual deverá ser feita a cesariana a pedido da paciente. A norma se distingue na segurança do feto", explica. Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia, José Hiran Gallo, a medida reforça a decisão da mulher e o amparo jurídico para a proteção do feto. "O médico tem a obrigação de explicar quais procedimentos devem ser adotados para a paciente. O conselho quer resguardar a autonomia da mulher brasileira", afirma. A membra da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia e conselheira do CFM, Adriana Scavuzzi, reforçou que a opção pelo parto cesáreo pode ser alterado a qualquer momento pela mulher, uma vez que a segurança médica do bebê esteja assegurada. "É muito comum as pacientes já chegarem trazendo o próprio desejo para o parto, mas os prós e os contras têm que ser construídos durante o pré-natal. A paciente tem total direito de mudar de opinião durante esse processo."

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Porção diária de cereais integrais reduz risco de morte por câncer

  • 19 Jun 2016
  • 19:02h

(Foto: Reprodução)

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Harvard, nos EUA, apontou que uma porção de mingau por dia pode reduzir significativamente o risco de câncer. Diversas pesquisas relacionadas à prevenção do câncer colocam a aveia como um dos alimentos saudáveis com relação não só ao câncer, mas também diabetes e problemas do coração. Segundo o jornal O Globo, a nova pesquisa investigou resultados de 12 estudos diferente, com informações de 786 mil participantes. Os resultados mostram que a ingestão de 70 gramas de cerais integrais, o equivalente a uma tigela de mingau, reduz o risco de morte em geral em 22%. Já o risco de morte por câncer cai 20%. O alimento ainda reduz em 20% as chances de morte por doenças cardiovasculares. "Baseado nas evidências dessa análise e em diferentes estudos anteriores que coletivamente documentam os efeitos benéficos de cereais integrais, acho que os provedores de saúde pública deveriam unanimemente recomendar o consumo de cereais integrais para a população geral assim como para pacientes com certas doenças com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e talvez reduzir o risco de morte", afirmou o médico Qi Sun, professor da Escola de Saúde Pública de Harvard, no texto de divulgação sobre a pesquisa.

Saliva do mosquito pode aumentar severidade da dengue, diz novo estudo

  • 19 Jun 2016
  • 18:04h

(Foto: Reprodução)

A saliva do mosquito Aedes aegypti pode ter um papel importante na gravidade da infecção por dengue, de acordo com um novo estudo feito por cientistas da Bélgica e dos Estados Unidos. Segundo o estudo, publicado na revista científica PLOS Pathogens, a presença da saliva do mosquito acelera o alastramento do vírus no corpo do paciente. Ao inocular o vírus em camundongos, os cientistas descobriram que a presença da saliva do mosquito enfraqueceu os vasos sanguíneos, tornando-os mais permeáveis. Ao facilitar as trocas entre os vasos sanguíneos e outros tecidos do organismo, a saliva pode ajudar o vírus a se espalhar mais rapidamente, aumentando a severidade da doença, segundo os autores do estudo. "Moléculas presentes na saliva do mosquito podem modificar e modular o processo de infecção", disse uma das autoras do estudo, a virologista Eva Harris, da Universidade da Califórnia em Berkeley (Estados Unidos). Ela explicou que a ação da saliva do mosquito já foi bem estudada em outras patologias virais, como a doença do Oeste do Nilo, mas ainda não havia sido investigada na dengue. 

De acordo com Eva, o vírus da dengue infecta quase 400 milhões de pessoas anualmente em todo o mundo. No experimento, a equipe de cientistas inoculou o vírus com saliva - e também o vírus e a saliva isoladamente - em camundongos com infecção primária e secundária de dengue. Em infecções primárias, a severidade da doença não teve alterações e os sintomas foram leves. Mas, em infecções secundárias, a combinação do vírus e da saliva foi letal para mais da metade da população de camundongos. Sem a saliva, a mortalidade foi bem mais baixa, mesmo em infecções secundárias. Os cientistas então fizeram um experimento para rastrear o alastramento do vírus no sistema circulatório. Na orelha de camundongos, uma molécula do tamanho do vírus da dengue se moveu mais rápido e chegou mais longe quando foi inoculada junto com a saliva do mosquito. No laboratório, os cientistas usaram também células endoteliais humanas - que recobrem a parte interna dos vasos sanguíneos - e observaram que elas ficaram mais permeáveis com a presença da saliva do mosquito.

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OMS diz que zika não vai desaparecer e pede US$ 121,9 milhões

  • 19 Jun 2016
  • 14:03h

(Foto: Reprodução)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que vai precisar de US$ 121,9 milhões (R$ 420 milhões) para lidar com o impacto do zika até o fim de 2017. O apelo faz parte de um novo plano estratégico anunciado nesta sexta-feira (17) e criado diante da constatação da entidade de que o vírus não vai simplesmente desaparecer e que seu impacto poderá ser de longa duração, principalmente para famílias com crianças com microcefalia e má-formação. Mas, por enquanto, a OMS recebeu meros US$ 4 milhões. O plano prevê ações por um ano e meio diante da constatação de que o zika continuará se espelhando. Na avaliação da entidade, essa realidade exige que sistemas de saúde terão de ser fortalecidos para atender a esse novo cenário e que famílias sejam atendidas. O programa é anunciado quatro dias depois que a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) admitiu que o vírus, e não apenas a microcefalia, é uma emergência internacional. A entidade, porém, não recomendou o cancelamento dos Jogos Olímpicos no Rio, justificando que não fará mais diferença a realização ou não para a proliferação da doença. Para a OMS, existe o potencial de uma proliferação ainda maior do vírus pelo mundo, diante da presença do mosquito em diversas regiões. "A falta de imunidade das populações permite que a doença se espalhe rapidamente", indicou o plano. A OMS também admite que a estratégia é necessária diante da "ausência de vacinas, de tratamentos específicos e de testes". A entidade, porém, deixa claro que o problema é exacerbado diante das "desigualdades em acesso ao saneamento, informação e serviços de saúde em áreas afetadas".

Ministério da Saúde estuda aumentar vacinação de gripe para 2017

  • 18 Jun 2016
  • 13:01h

(Foto: Reprodução)

A vacinação contra gripe deverá ser ampliada no próximo ano. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que a sua equipe estuda estender a vacinação para outras faixas etárias, consideradas suscetíveis para complicações. Atualmente, o imunizante é aplicado na rede pública em crianças com idade entre seis meses e cinco anos, gestantes, idosos, profissionais de saúde, indígenas e portadores de doenças crônicas. Barros não informou qual seria a faixa etária candidata a receber, no próximo ano, o imunizante na rede pública. “Estamos analisando os números das complicações, para verificar quais grupos teriam maior vulnerabilidade”, disse o ministro. Ele informou, ainda, que em 2017 a compra do governo federal da vacina será maior do que a realizada neste ano ­ já prevendo a possibilidade de ampliação dos grupos contemplados com a campanha de vacinação nacional.

 Ele não informou, no entanto, o quantitativo da nova compra. “Isso vai depender dos estudos feitos pela equipe técnica.” pertenciam ao grupo prioritário, daí a falta pontual identificada em algumas áreas”, justificou Barros. Diante do problema, alguns Estados compraram com recursos próprios doses extras para serem usadas em grupos que ainda não haviam recebido a vacina. A epidemia de H1N1 no Brasil provocou até o dia 6 de junho 886 mortes. Os dados foram divulgados nesta sexta (17) pelo Ministério da Saúde. Até agora, foram contabilizados 4.584 casos da infecção, 32 vezes mais do que foi registrado ano passado. O número de casos também é 22% maior da marca de 2013, ano em que também foi registrada epidemia considerada de grandes proporções. São Paulo continua sendo o Estado com maior número de infecções: 1.926, com 42 mortes. No Rio Grande do Sul, foram registrados 650 casos e 105 mortes. Paraná, por sua vez, trouxe até agora 568 casos com 72 mortes. Óbitos foram registrados em ainda outros 18 Estados. Balanço do Ministério da Saúde mostra que 49,9 milhões de pessoas se vacinaram contra a gripe, mais do que a meta estabelecida pelo governo. 

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H1N1 já provocou 886 mortes este ano no Brasil, segundo ministério

  • 17 Jun 2016
  • 12:35h

(Foto: Reprodução)

O vírus H1N1 já matou 886 pessoas desde o início do ano até o dia 4 de junho, segundo novo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Em uma semana, desde a divulgação do boletim anterior, foram registradas 122 novas mortes pelo vírus. No ano passado inteiro, o país registrou 36 mortes por H1N1; em 2014, tinham sido 163 mortes e, em 2013, 768 óbitos pelo vírus. Ao todo, foram notificados 4.581 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza A/H1N1 ao longo de 2016. A SRAG é uma complicação da gripe. Em uma semana, foram registrados 603 novos casos de SRAG por H1N1 no país. Além das mortes pela influenza A/H1N1, houve ainda 93 mortes por outros tipos de influenza. São Paulo foi o estado com o maior número de mortes por influenza, correspondendo a 45% do total no país.

 

Vacinação atingiu 95,5% do público-alvo
Segundo o Ministério da Saúde, a campanha nacional de vacinação contra a gripe vacinou mais de 47,6 milhões de pessoas, o que corresponde a 95,5% do público-alvo. A campanha é destinada a alguns grupos prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, mulheres que deram à luz há menos de 45 dias, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade. A vacina aplicada é a trivalente, que protege contra H1N1, H3N2 (ambos vírus da Influenza A) e uma cepa da Influenza B. A campanha se encerrou no dia 20 de maio.

Número de mortes por H1N1 por estado
São Paulo: 402
Rio Grande do Sul: 105
Paraná: 72
Goiás: 46
Rio de Janeiro: 42
Santa Catarina: 28
Mato Grosso do Sul: 33
Espírito Santo: 26
Minas Gerais: 23
Bahia: 19
Pará: 21
Pernambuco: 14
Distrito Federal: 12
Paraíba: 9
Ceará: 8
Mato Grosso: 6
Rio Grande do Norte: 7
Alagoas: 5
Amapá: 4
Amazonas: 2
Maranhão: 1

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Queda de cabelo atinge mais de 90% dos que tiveram chikungunya na BA

  • G1 BA
  • 16 Jun 2016
  • 14:34h

Josy Araújo mostrou o problema enquanto penteava o cabelo (Foto: Reprodução / TV Bahia)

Mais de 90% das pessoas que tiveram chikungunya têm apresentado sintomas de queda de cabelo. No município de Itabuna, na região sul da Bahia, a maioria dos pacientes ainda sofrem com as dores provocadas pelo vírus e com o problema capilar. A autônoma Josy Araújo relatou que um mês depois de aparecerem os sintomas da chikungunya, ela percebeu que o cabelo dela estava caindo mais do que o normal. O problema ficou mais evidente quando os fios eram penteados. "Eu fiquei assustada. Passei a usar muitos produtos específicos para queda de cabelo e comecei a tomar vitaminas", relatou. A dona de casa Célia França, de 68 anos, teve chikungunya há dois meses e também se preocupa com a quantidade de cabelo que cai na hora de pentear e quando toma banho. A idosa lamentou a redução de volume do cabelo.  Segundo especialistas, o cabelo começa a cair aproximadamente dois meses após a fase aguda da doença. O infectologista Gustavo Cunha explicou que a chikungunya altera o sistema imunológico interferindo na produção dos fios. "O vírus estimula a produção de uma autoagressão do sistema imunológico, onde o indivíduo produz estruturas imunológicas que causam danos ao folículo piloso, que é a estrutura onde o cabelo é produzido. Em função disso, o cabelo passa a cair", disse. O médico contou que a queda de cabelo pode persistir enquanto os sintomas da chikungunya durarem, ou seja, por até três anos. Segundo ele, o tratamento recomendado para amenizar os danos é o uso de polivitamínicos específicos para combater a queda, além de reposição de ferro, quando o paciente apresenta carência da substância.

Ministério estuda ampliar a vacinação contra HPV no País

  • 16 Jun 2016
  • 10:31h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde estuda a ampliação do público-alvo para a vacinação contra HPV, vírus responsável pelo câncer de colo de útero, segundo tipo mais comum de câncer entre mulheres. Hoje, meninas de 9 a 13 anos e mulheres com HIV até os 26 anos são vacinadas na rede pública. O grupo de trabalho, que reúne técnicos do ministério, representantes de sociedades médicas e pesquisadores, define até o fim do ano quem serão os próximos beneficiários. Os integrantes do grupo revisarão resultados de estudos sobre o impacto da vacinação em meninos, homens com HIV e pacientes imunodeprimidos. "O grupo de trabalho começará a reunir-se em agosto para que possamos pensar, em curto prazo de tempo, quem deverá ser incluído como estratégia de saúde pública", afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues. Ela participou, na manhã de ontem, do lançamento da campanha Onda Contra o Câncer, sobre a importância da vacinação contra HPV, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), realizada em São Paulo. 

A vacinação, neste ano, está abaixo do esperado. Em 2015, 92% das meninas tomaram as duas doses da vacina - para garantir a imunização, é necessário repetir a aplicação da vacina seis meses depois da primeira dose. Neste ano, 43% das meninas de 9 a 11 anos tomaram a segunda dose. O ministério vai propor que os municípios intensifiquem a campanha de vacinação nas escolas, uma vez que adolescentes frequentam menos consultórios médicos e postos de saúde. A vacinação nas escolas públicas e particulares é feita por profissionais das Secretarias Municipais de Saúde e esbarra na dificuldade de logística para o deslocamento de funcionários e falta de pessoal. "Temos de buscar estratégias que melhorem a cobertura", afirmou Carla. A preocupação é maior com a Região Norte, onde a cobertura é ainda mais baixa do que no restante do País. "São Estados com maior prevalência de HPV e onde as meninas iniciam a vida sexual mais cedo", disse a coordenadora. Outra dificuldade é a resistência de pais e mães com a vacinação a partir dos 9 anos, já que as meninas estariam longe de iniciar a vida sexual. "É importante tomar a vacina quando ela é mais eficaz. Estudos mostram que quanto mais cedo a criança recebe a vacina, maior é a produção de anticorpos e mais ela estará protegida", afirmou. Para a presidente da SBIm, Isabella Ballalai, é importante dissociar a ideia de que tomar a vacina tenha a ver com vida sexual precoce. "A primeira vacina que o bebê toma quando nasce é contra uma doença sexualmente transmissível, a hepatite B; 23% das meninas no início da atividade sexual com um parceiro já têm lesão no colo do útero, que dirá a infecção", afirmou ela. A SBIm lançou ainda a segunda fase da campanha Onda Contra o Câncer (www.ondacontracancer.com.br). Pelas redes sociais, serão divulgadas mensagens voltadas para o público jovem, famílias, professores e médicos. No ano passado, em apenas três meses de campanha, as menções positivas sobre a vacinação passaram de 17,5% das postagens para 34,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Defensoria Pública no Rio quer anular teste da 'pílula do câncer'

  • 14 Jun 2016
  • 12:25h

(Foto: Reprodução)

A Defensoria Pública da União no Rio vai entrar com ação civil pública contra o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pedindo a anulação dos testes feitos com a fosfoetanolamina sintética, conhecida como "pílula do câncer". Segundo o defensor público Daniel Macedo, as pesquisas têm falhas e erros metodológicos. Os primeiros testes feitos com o apoio do ministério apontaram que a substância não tem eficácia no combate às células tumorais. Relatório divulgado pelo MCTI em março com resultados das pesquisas in vitro mostraram que a substância não era pura e não conseguia destruir as células cancerígenas. No final de maio, o órgão apresentou os resultados dos primeiros testes em cobaias, nos quais a pílula foi testada em camundongos e ratos com dois tipos de câncer: carcinossarcoma 256 de Walker e sarcoma 180. Mais uma vez, a fosfoetanolamina sintética não foi capaz de combater o tumor. Para o defensor público e os pesquisadores criadores da substância, os resultados podem ter sido prejudicados por falhas na condução dos testes. 

"Uma irregularidade que destacamos é que o grupo de trabalho (do MCTI) foi criado para estudar a fosfoetanolamina sintética do professor Gilberto Chierice (pesquisador aposentado do Instituto de Química da USP São Carlos). E o que foi estudado lateralmente não foi a fosfoetanolamina sintética, estudaram a fosfoetanolamina da Unicamp. Ou seja, os pesquisadores da Unicamp refizeram o processo de síntese da fosfoetanolamina, olhando a patente que está no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual)", argumentou Macedo ao Estado durante seminário sobre a substância feito pelo Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, no sábado, 11. Para ele, o uso da cápsula sintetizada pela Unicamp pode ter alterado os resultados. O defensor público criticou ainda o fato de os pesquisadores do grupo de Chierice não participarem dos estudos financiados pelo ministério. "Eles foram chamados para a primeira e segunda reuniões para debater como seria o estudo e depois não foram mais. Eu não posso ignorar a opinião de três químicos, um biomédico, um oncologista e um biólogo que, há 25 anos, estudam fosfoetanolamina. A opinião de como faz a solubilidade (da substância), como é o processo terapêutico. Isso não pode ser ignorado. É um erro gravíssimo." A assessoria de imprensa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação informou, por meio de nota, que as pesquisas com a fosfoetanolamina prosseguem e que vai aguardar comunicação oficial sobre a ação civil pública para "tomar conhecimento do teor antes de qualquer manifestação".

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Depressão em idosos não deve ser percebida como fato natural da velhice

  • 12 Jun 2016
  • 17:04h

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O Brasil conta com 23 milhões de pessoas acima de 60 anos (12,5% da população), tendendo a chegar aos 64 milhões nessa faixa etária até 2050. O aumento do número de idosos no país segue acompanhado pelo diagnóstico de novos casos de depressão, doença que ainda figura como problema psiquiátrico mais comum na terceira idade. A médica psiquiatra do Espaço Nelson Pires, Elis Rebouças, explica que prevalece a errônea crença de familiares, profissionais de saúde e, por vezes, do próprio paciente, de que a depressão é uma consequência natural do envelhecimento. “Muitos pacientes deixam de receber tratamento adequado por conta desse pensamento equivocado. 

O diagnóstico correto levará em conta o estado de saúde física, estado cognitivo, condições socioeconômicas e situação familiar”, complementa a psiquiatra. De acordo com a psiquiatra, é comum idosos com quadro depressivo apresentarem características clínicas diferentes, em relação aos indivíduos mais jovens, como queixas somáticas (sintomas sem doença correlata diagnosticada), dores crônicas, distúrbios de sono e apetite. “Alguns destes sintomas muitas vezes estão relacionados a alterações inerentes ao processo de envelhecimento ou, ainda, a outras patologias orgânicas preexistentes, como doença de Parkinson e Acidente Vascular Cerebral”, detalha a especialista.  A depressão é uma das causas mais frequentes de suicídio na terceira idade, com estimativa de ser duas vezes maior o risco de suicídio nos pacientes idosos deprimidos em relação aos que não apresentam a doença.  O tratamento da depressão contempla abordagens biológicas (uso de medicamentos, terapias de neuroestimulação) e psicossociais, além de atividade física regular e planejada, tudo com objetivo de reduzir os sintomas da depressão e o risco de recaída e recorrência, bem como garantir a melhora da qualidade de vida do idoso.

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Manter boa forma aos 45 anos reduz risco de AVC após 65, segundo pesquisa

  • 12 Jun 2016
  • 10:01h

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O risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) após os 65 anos é menor para pessoas que estão em forma aos 45, afirmou um estudo da Associação Americana do Coração. Foram analisadas 19.815 pessoas brancas com idades entre 45 e 50 anos, das quais 79% eram homens. Os participantes foram submetidos, segundo a revista Istoé, a diferentes exames para medir suas capacidades cardiorrespiratórias. A partir dos resultados, eles foram divididos em três grupos, de acordo com o estado físico. "Os resultados deste estudo comprovam o papel único e específico do exercício físico na prevenção de um AVC", afirmou Jarett Berry, professor-adjunto de medicina interna no Centro Médico da Universidade de Texas e principal autor do estudo. De acordo com dados da Associação Americana do Coração, são necessários 150 minutos de atividades físicas em ritmo moderado ou 75 minutos em ritmo intenso por semana para manter uma boa forma.