BUSCA PELA CATEGORIA "Saúde"

Nº de hipertensos no mundo duplicou em 40 anos e passa de 1 bilhão

  • 17 Nov 2016
  • 20:04h

(Foto: Reprodução)

A quantidade de pessoas que sofrem de hipertensão no mundo duplicou nos últimos 40 anos, chegando a cerca de 1 bilhão, informa um estudo publicado nesta quarta-feira (16), o qual revela que a maioria vive em países em desenvolvimento, sendo metade delas na Ásia. Enquanto a hipertensão afetava principalmente os países ricos em 1975, a situação mudou de forma radical desde então, com um espetacular desenvolvimento do fenômeno em países de rendas baixa e média. Segundo o estudo publicado pela revista americana "The Lancet", a quantidade de hipertensos - ou seja, pessoas com pressão arterial superior a 140/90 mmHg - passou de 594 milhões, em 1975, para mais de 1 bilhão, em 2015, em consequência de um forte aumento do fenômeno na Ásia e na África. 

"A hipertensão é o principal fator de risco dos acidentes cerebrovasculares (ACVs) e das doenças cardiovasculares, matando 7,5 milhões de pessoas todo ano no mundo, principalmente nos países em desenvolvimento", afirma o principal autor do estudo, Majid Ezzati, do Imperial College de Londres. Dados coletados em cerca de 1.500 estudos sobre 19 milhões de adultos residentes em 200 países mostram que países como Canadá, Grã-Bretanha, Peru e Cingapura eram os que tinham menos hipertensos em 2015 - ou seja, um homem a cada cinco, e uma mulher a cada oito. De 1,1 bilhão de pessoas com hipertensão em 2015, mais da metade (590 milhões) vivia na Ásia, sendo 199 milhões na Índia e 226 milhões na China, acrescenta o estudo. Os registros mais elevados em média foram detectados no Leste Europeu, na Ásia Central, na África Subsaariana e na Oceania, enquanto os mais baixos estão na Coreia do Sul e no Canadá.

CONTINUE LENDO

Zika sobrevive até 8 horas fora do organismo, diz estudo

  • 16 Nov 2016
  • 20:01h

(Foto: Reprodução)

Cientistas descobriram que o vírus da zika pode sobreviver por até oito horas em superfícies duras e não porosas, mantendo-se altamente contagioso. Por outro lado, o novo estudo também concluiu que desinfetantes comuns são capazes de matar o vírus com extrema eficácia. A pesquisa, que teve seus resultados apresentados nesta terça-feira, 15, no encontro anual da Associação Americana de Ciência Farmacêutica, em Denver (Estados Unidos), foi liderada por Steve Zhou, diretor de virologia e biologia molecular dos Laboratórios Microbac, em Pittsburgh (Estados Unidos). 

A transmissão do vírus da zika normalmente ocorre por meio da picada do mosquito Aedes aegypti infectado, ou por relação sexual com um parceiro infectado. Mas, segundo Zhou, a nova pesquisa foi realizada porque ainda não se sabe se o vírus pode ser transmitido pelo ambiente - por meio de agulhas, ou de um corte na pele em contato com uma superfície infectada, por exemplo. Segundo Zhou, os resultados do estudo têm implicações importantes especialmente para profissionais que atuam na área de saúde ou em laboratórios. "O zika pode sobreviver em superfícies duras e não porosas por até oito horas - possivelmente até mais quando o ambiente contém sangue. A boa notícia é que desinfetantes comuns como o álcool isopropílico são eficazes para matar o vírus nesse tipo de ambiente em apenas 15 segundos", disse Zhou. Os cientistas demonstraram que, quando o vírus está em um ambiente livre de sangue, desinfetantes amplamente utilizados em instalações clínicas, laboratoriais e industriais - como o álcool isopropílico, a água sanitária e o ácido paracético - são eficazes para destruir o vírus. Mas os resultados mudam dramaticamente quando há sangue no ambiente. "Quando o vírus está associado ao sangue, a água sanitária e o ácido paracético não são tão efetivos para matá-lo. Esses dados são importantes especialmente para pesquisadores e profissionais de saúde", disse Zhou.

CONTINUE LENDO

Governo acredita que chikungunya será o pior problema do próximo verão

  • 14 Nov 2016
  • 16:04h

(Foto: Reprodução)

O governo trabalha com a perspectiva de que a chikungunya seja o maior problema enfrentado neste verão no País. Questionado pelo Estado, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta quinta-feira (10), que essa avaliação, feita por técnicos da Organização Mundial da Saúde (OMS), é compartilhada por integrantes da equipe. “Achamos de fato que este ano o número de casos de chikungunya será mais intenso”, disse. Ele não escondeu a preocupação, sobretudo pelo fato de a doença ser incapacitante temporariamente. “O impacto econômico é muito forte.” O governo prepara para lançar no fim deste mês uma campanha de prevenção contra doenças relacionadas ao Aedes aegypti. Pela primeira vez, uma das campanhas será direcionada ao risco da transmissão sexual do zika. Até agora, embora OMS já tenha alertado para o risco dessa forma de contágio, as informações destinadas para prevenção do zika se concentravam ao combate do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

 A campanha para prevenção do mosquito, que será lançada nos próximos dias, terá um tom mais forte, bem diferente das peças já apresentadas. Em vez da ênfase sobre a forma de se evitar criadouros, a campanha quer mostrar o impacto que a picada do mosquito pode trazer para toda a família. De acordo com técnicos ouvidos pela reportagem, a campanha se assemelha às peças de advertência de trânsito, com tom por muitos considerado chocante. “Pesquisas demonstram que a população já sabe como evitar os focos do Aedes”, disse o ministro nesta quinta-feira, durante uma reunião no Conselho Nacional de Saúde. Além das campanhas, conforme a reportagem anunciou, o governo deverá divulgar novos protocolos para diagnóstico e tratamento de zika, dengue, chikungunya. O manual deverá trazer informações integradas, para que profissionais consigam de forma rápida diferenciar entre as três infecções e encaminhar o paciente ao tratamento mais adequado. Um alerta também será feito a Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para que elas façam os ajustes necessários para atender pacientes com chikungunya. Isso porque a doença em muitos casos pode se tornar crônica, exigindo um atendimento a longo prazo, com fisioterapia e atenção especializada sobretudo para o alívio da dor. Há também preocupação com gestantes. A exemplo da zika, o chikungunya pode ser transmitido para o feto, durante a gestação. A diferença com zika, no entanto, é que o maior risco de contágio ocorre nos últimos três meses de gestação. Não há, por enquanto, recomendação para que o parto nesses casos seja cesáreo. Mas, de acordo com o diretor do departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, é preciso que, nesses casos, a rede esteja preparada para a eventual necessidade de o bebê ser encaminhado para a unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal. 

CONTINUE LENDO

Suspeita de zika em gestantes exigirá maior número de ultrassons, segundo OMS

  • 13 Nov 2016
  • 16:04h

(Foto: Reprodução)

Gestantes com suspeita de zika atendidas na rede pública de saúde passarão a fazer dois exames de ultrassom durante o pré-natal em vez de um. A mudança, que atende a uma recomendação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), passa a valer no fim deste mês. Além da ampliação do número de exames, o novo protocolo deverá trazer uma série de orientações para médicos e profissionais de saúde para o tratamento de gestantes com suspeita ou portadoras de chikungunya, doença também transmitida pelo Aedes aegypti que, a exemplo da zika, traz o risco de ser transmitida durante a gestação para o bebê. Ao contrário do vírus da zika, o maior risco de transmissão da chikungunya da mãe para o bebê ocorre nos três meses finais de gestação. 

O contágio pode fazer com que a criança nasça com problemas graves de saúde, provocados principalmente pela ação do vírus no sistema nervoso. O diretor de Vigilância em Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, disse em entrevista que não há nenhuma orientação para que a gestante com chikungunya faça o parto cesáreo. "As avaliações deverão ser caso a caso. Não há uma indicação clínica específica para isso", disse. Ele observou, no entanto, que haverá recomendação para que se verifique a necessidade de se adequar a rede para um eventual aumento da demanda por UTIs para os bebês. Hage afirmou que o governo deverá reforçar os preparativos da rede pública para enfrentar um eventual aumento de casos de chikungunya no País entre a população em geral. A expansão da doença preocupa por três razões. Primeiramente, ela é conhecida em outros países por provocar epidemias explosivas. Além do grande número de casos, a doença pode tornar-se crônica, exigindo da rede pública não apenas atendimento no setor de urgência, mas na rede especializada, sobretudo com direcionamento ao alívio da dor e de problemas nas articulações. Há, ainda, um número expressivo de mortes relacionadas à doença. "A taxa de mortalidade é de 0,4 caso a cada 100 mil habitantes", disse Hage - indicador semelhante ao da dengue. O problema, no entanto, é que há um grande número de pessoas suscetíveis ao vírus no Brasil. "Não sabemos o motivo, mas a chikungunya, quando chegou ao País ficou concentrada em dois Estados, somente agora ela se expandiu", afirmou à reportagem o infectologista da Universidade Federal de Pernambuco Carlos Brito. Agora, no entanto, o vírus já está presente em todos os Estados e a doença parece despertar. O número de casos relatados neste ano é dez vezes maior do que o identificado em 2015. Até agora, foram registrados 236.287 pacientes com a doença, enquanto no ano passado haviam sido identificados 23.431 casos. A epidemia está concentrada no Nordeste e a tendência, na avaliação de especialistas, é de que o comportamento se replique em outras regiões, caso medidas de controle do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, não sejam adotadas de forma eficiente.

CONTINUE LENDO

Saúde altera critérios para identificar consequências da infecção por Zika em bebês

  • 12 Nov 2016
  • 15:01h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde vai alterar de três meses para três anos a idade máxima para a identificação de bebês afetados pelo vírus Zika. A mudança faz parte do novo protocolo, que vai considerar não só o tamanho da cabeça da criança, como é feito atualmente, mas também  outros sintomas para notificar crianças com Síndrome Congênita do Zika. A assessora da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Mariana Leal, explicou que as mudanças serão feitas depois que as redes municipais de saúde começarem a relatar crianças que não têm microcefalia, mas que apresentam tardiamente sintomas possivelmente associados à síndrome, como alterações na audição, neurológicas e malformações nos membros.

Hoje em dia a gente já vê crianças com oito meses [sem microcefalia] com alterações e que a gente agora está começando a investigar para ver se tem associação com zika", disse à Agência Brasil. De acordo com a especialista, o serviço de saúde tem uma tabela de alterações que podem ser encontradas em crianças vítimas do vírus Zika na gestação. Percebidos os sintomas até os três anos de idade, a rede irá investigar se tem origem no vírus, ou em outra infecção, como sífilis ou rubéola. Mariana Leal ainda adiantou que o protocolo irá prever tratamento diferenciado antes das primeiras 48 horas de um bebê que durante o pré-natal tenha tido suspeita de ter sido afetado pelo vírus. "Se conseguirmos confirmar que a criança teve zika antes das 48 horas de vida, eu consigo associar a uma síndrome congênita. Após esse período, pode ser uma síndrome pós-natal, pode ter sido infectada depois do nascimento". A rede de saúde também acompanhará o tipo de danos causados em bebês que tiveram a infecção pelo Zika depois do nascimento. Ao todo, 2.071 crianças com Síndrome Congênita do Zika recebem a estimulação precoce preconizada pelo Ministério da Saúde e 1.413 são acompanhadas pela assistência social.

CONTINUE LENDO

Cientistas desenvolvem novo tipo de teste de HIV em pendrive

  • 12 Nov 2016
  • 09:00h

(Foto: Reprodução)

Cientistas do Reino Unido desenvolveram um tipo de teste de HIV usando um pendrive que pode fazer uma leitura rápida e altamente precisa de quanto vírus se encontra no sangue do paciente. O dispositivo, criado por cientistas do Imperial College de Londres e pela empresa privada norte-americana DNA Electronics, usa uma gota de sangue para detectar o HIV, e depois cria um sinal elétrico que pode ser lido por computadores, laptops e aparelhos portáteis. Os pesquisadores dizem que a tecnologia, embora ainda em seu estágio inicial, poderia permitir que os pacientes monitorem regularmente seus níveis de vírus, mais ou menos como os portadores de diabete verificam os níveis de açúcar no sangue.        

 

A tecnologia poderia ser particularmente útil para ajudar pacientes com HIV que vivem em locais remotos a administrar seu tratamento de maneira mais eficaz, já que os testes atuais de detecção dos níveis de vírus demoram ao menos três dias e exigem o envio de uma amostra de sangue a um laboratório. "Monitorar a carga viral é crucial para o sucesso do tratamento de HIV. No momento, os exames muitas vezes exigem um equipamento caro e complexo que pode demorar alguns dias para produzir um resultado", disse Graham Cooke, que co-liderou a pesquisa do departamento de medicina do Imperial College. "Pegamos o trabalho que é feito neste equipamento, que tem o tamanho de uma fotocopiadora grande, e o encolhemos até caber em um pendrive." O exame, que usa um chip de celular, analisa uma gota de sangue colocada em um local do pendrive. Qualquer HIV presente na amostra desencadeia uma mudança de acidez, que o chip transforma em um sinal elétrico. Este é enviado ao pendrive, que mostra o resultado em um computador ou aparelho portátil. Publicados no periódico científico "Scientific Reports", os resultados revelaram que o teste com o pendrive teve 95 por cento de eficiência com mais de 991 amostras de sangue, e que o tempo médio de leitura foi de 20,8 minutos.

CONTINUE LENDO

Zika atingiu mais mulheres do que homens no Brasil; Bahia é 3º estado em número de casos

  • 11 Nov 2016
  • 20:04h

(Foto: Reprodução)

Boletim divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Ministério da Saúde aponta que a infecção pelo vírus Zika em 2016 foi mais frequentes em mulheres do que em homens no Brasil. Dos 196.976 casos prováveis notificados até agosto de 2016, 16.264 foram em mulheres grávidas, sendo 10.325 confirmados. Os dados ainda mostram, segundo a Agência Brasil, que a faixa etária predominante dos casos em mulheres foi de 20 a 39 anos. Do total de casos, 132.524 (67,3%) foram notificados em mulheres dos quais 96.494 (72,8%) em idade fértil (faixa etária de 10 a 49 anos). A maior concentração de casos ocorreu entre os meses de fevereiro e março. Mato Grosso, com 925,9 casos por 100 mil habitantes, Rio de Janeiro com 471 e Bahia, com 449,6  foram os estados com maior incidência da doença no país durante esse ano. Ao todo, 2.071 crianças com Síndrome Congênita do Zika recebem a estimulação precoce preconizada pelo Ministério da Saúde, e 1.413 são acompanhadas pela assistência social. Ao todo, 2016 tiveram a confirmação da síndrome.

Gestantes do Bolsa Família receberão repelentes em dezembro

  • 11 Nov 2016
  • 14:38h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde deve realizar no próximo dia 1º de dezembro pregão para a compra de repelentes que serão distribuídos a gestantes beneficiárias do programa Bolsa Família. A expectativa da pasta é que, no prazo de 15 dias a contar da homologação da compra, o produto comece a ser entregue pela rede de atenção básica a cerca de 484 mil mulheres. A aposta do governo é reduzir os casos de infecção de vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e associado ao aumento de casos de microcefalia em bebês. "Se não houver problema no pregão, [a distribuição] está para 15 dias após a homologação. Em dezembro ainda teremos a primeira entrega", disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Segundo ele, o plano do governo é seguir com a distribuição de repelentes apenas para quem recebe o benefício e, posteriormente, avaliar a ampliação da estratégia. Questionado sobre os subsequentes atrasos na entrega dos repelentes, anunciada em fevereiro deste ano e ainda não concretizada, Barros garantiu que não há possibilidade de novos adiamentos para o pregão. O único atraso possível é se houver recursos ao processo de compra, que atrasem a homologação. "Homologada a compra, em 15 dias eles fazem a entrega. Estamos comprando repelente para o ano inteiro. Serão 12 entregas mensais", disse.

Embalagem

O ministro lembrou que, no edital de compra dos repelentes, a pasta definiu que o produto teria embalagem especial do próprio ministério com os dizeres "Proibida a venda". Entretanto, a embalagem precisa de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), processo que pode levar até 60 dias para ser concluído. "Quem vai pedir o registro da embalagem é o vencedor da licitação. Temos que esperar o vencedor, para ele pedir o registro, para daí ser liberado pela Anvisa. Então, dispensamos essa exigência de uma embalagem especial nas primeiras entregas, pra gente poder atender com urgência", detalhou. Sobre a possibilidade de desvios e venda inapropriada dos repelentes, Barros admitiu que há esse risco. "Ou a gente corre atrás de atender as pessoas ou a gente corre atrás de evitar desvios. Não deu pra fazer as duas coisas desta vez". O ministério informou que serão adquiridas, ao todo, três bilhões de horas de proteção, por meio de repasse de R$ 300 milhões provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Cada marca de repelente apresenta um período de proteção distinto e, por isso, a pasta definiu a quantidade de horas de proteção, em vez da quantidade exata de unidades do produto.

CONTINUE LENDO

Remédio contra vírus Zika é desenvolvido pelo Instituto Butantan

  • 10 Nov 2016
  • 20:02h

(Foto: Reprodução)

O Instituto Butantan iniciou a pesquisa de um medicamento para tratar pessoas infectadas com o vírus Zika. O estudo adotará como métodos o reposicionamento de fármacos e a triagem de alto conteúdo. Essas tecnologias permitem, segundo a Agência Brasil, que coleções de compostos químicos sejam triadas contra o vírus em células humanas infectadas. O instituto informou que esse processo é mais rápido porque dispensa a necessidade de validar previamente o alvo molecular, o que poderia levar vários anos. Os pesquisadores envolvidos no estudo fizeram trabalho semelhante no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em Campinas, com 725 medicamentos aprovados nos Estados Unidos, e encontraram 29 substâncias com ação sobre o vírus. Na pesquisa, a célula humana, infectada com o vírus Zika por 72 horas, é exposta à ação dos fármacos para tentar inibir a infecção. Esse procedimento é chamado de atividade antiviral, utilizando um vírus isolado. Os cientistas avaliaram a atividade dos fármacos na distribuição e metabolização do organismo. Entre os compostos descobertos nesse estudo, o mais promissor foi palonosetron, usado atualmente no tratamento de náusea induzida por quimioterapia de câncer. O composto apresentou alta eficácia contra a infecção pelo vírus Zika.

Pesquisa mostra que Brasil tem 14,3 milhões de diabéticos

  • 10 Nov 2016
  • 19:03h

(Foto: Reprodução)

Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em parceria com um laboratório farmacêutico, mostrou que - entre diabéticos e cuidadores - 92% acreditam que atividade física e alimentação saudável são fundamentais para o controle da doença, mas 64% não praticam exercícios regularmente. O estudo indicou que no Brasil existem mais de 14,3 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que corresponde a 9,4% da população. O levantamento foi feito para chamar a atenção para o Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro) e para alertar sobre a doença. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 147 municípios. O levantamento mostra, ainda, que 29% dos diabéticos não suspeitavam que tinham a doença e a descobriram em exame de rotina e que 66% acreditam que consultas médicas são a melhor forma de controlar a doença. Dos entrevistados, 39% citaram a alimentação saudável. Mesmo assim, 18% não sabem os problemas que a doença pode causar.

Obesidade e hereditariedade
A pesquisa avaliou os não diabéticos e mostrou que um a cada três nunca mediu a glicemia e 32% alegaram ter pouca ou nenhuma informação sobre a doença, enquanto 28% disseram não conhecer os sintomas. Entre os entrevistados, 31% alegaram não saber quais as implicações de não tratar a doença. Segundo a pesquisa, 89% acreditam que os principais fatores de risco para o aparecimento do diabetes são a obesidade e 87% a hereditariedade. De acordo com dados da SBD, no Brasil existem mais de 14,3 milhões de pessoas com diabetes. Entre 5% e 10% da população pertencem ao tipo 1 e 90% ao tipo 2, dos quais 70% poderiam ser prevenidos por adoção de estilo de vida mais saudável. Segundos os dados, a cada 11 adultos em 2015, um tinha diabetes, número que será de um para cada dez em 2040. A cada seis segundos morre uma pessoa de diabetes, totalizando 5 milhões de mortes em 2015. “O diabetes é o aumento da glicose no sangue e isso acontece principalmente pela obesidade e como doença autoimune destruindo as células do pâncreas que produzem insulina, no tipo 1. Na grande maioria das vezes, ela é assintomática. No tipo 1 quando a doença aparece já vem com muitos sintomas. “No tipo 2, os sintomas aparecem com o nível de glicose muito mais elevado e tardio. Mas muito antes disso já é diabético e o relógio já começou a contar”, explicou o endocrinologista e representante da SBD, Márcio Krakauer.

Perda de visão
O diabetes pode levar a consequências como perda de visão, perda da função dos nervos, dos rins, amputações nos pés, vasos sanguíneos do corpo inteiro e aumento de risco de infarto. O tratamento é baseado essencialmente em mudança de hábitos com alimentação saudável, prática de exercícios físicos regulares, medicamentos orais e insulina. “Um dos mitos em que as pessoas acreditam é que o diabético não pode comer doce. O açúcar aumenta o nível de glicose, então é preciso aprender a comer e a dosar de acordo com cada indivíduo”, disse. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes estão obesidade, idade avançada, hereditariedade, consumo de álcool, tabagismo, ter tido parto com criança de quatro quilos ou mais, diabetes na gravidez, pressão ou colesterol altos. “Com um ou mais desses fatores é preciso fazer exames todos os anos e continuamente, seja o de ponta de dedo ou de laboratório para diagnosticar o mais precocemente possível. Se as pessoas não mudarem o seu comportamento isso vai piorar e vai levar a complicações graves. Falta as pessoas sentirem que pode acontecer com elas”, finalizou.

CONTINUE LENDO

Ministério da Saúde libera repasse de R$ 143,1 mil para hospitais filantrópicos da Bahia

  • 09 Nov 2016
  • 07:01h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde liberou nesta terça-feira (8) R$ 143,1 mil para qualificar, reforçar e ampliar os atendimentos hospitalares oferecidos pelas santas casas e entidades filantrópicas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia.  A verba será repassada diretamente, em parcela única, para as instituições contempladas. "Esses recursos foram arrecadados a partir dos concursos da Timemania realizados pela Caixa Econômica Federal (CEF), que destina 3% da arrecadação total dos jogos, no ano vigente, para o SUS. É mais uma injeção de verba para investir nas entidades beneficentes, que representam um papel relevante e fundamental para o bom funcionamento da rede pública de saúde", destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. As unidades baianas beneficiadas com R$ 23,9 mil cada são União Hospitalar de São Francisco, em Campo Formoso; Santa Casa de Misericórdia de Vitória da Conquista; Santa Casa de Misericórdia de Itabuna; Santa Casa de Misericórdia de Valença; Santa Casa de Miericórdia Hospital São Francisco e São Vicente, em Esplanada; e Hospital Ana Mariani, em Barra.

Mais Médicos: Ministério da Saúde anuncia mil vagas para brasileiros; 81 na Bahia

  • 08 Nov 2016
  • 20:04h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (8) a abertura de mil vagas para profissionais brasileiros no Programa Mais Médicos, sendo 81 na Bahia. As vagas são distribuídas por 462 municípios, sendo 838 ocupadas atualmente por profissionais cubanos e outras 166 relativas à reposições de desistentes. A meta do Governo Federal é chegar a 4 mil substituições de médicos cooperados por brasileiros em três anos, reduzindo de 11,4 mil para 7,4 mil participantes cubanos. Para isso, o Ministério da Saúde quer atrair os brasileiros ofertando vagas em locais que estão entre as opões mais escolhidas por esses candidatos nas últimas seleções e que, atualmente, são ocupadas por cubanos do 1° e 2° ciclos do Programa. Nesse primeiro edital, as oportunidades estão, em sua maioria, localizados em capitais, regiões metropolitanas e em municípios com mais de 250 mil habitantes. "São postos mais atraentes e ainda há a possibilidade de permuta dos selecionados, que é a novidade do edital. Nosso esforço é no sentido de que os médicos que entrem no Programa permaneçam o máximo de tempo possível, para se integrar à comunidade, conhecer as famílias. É esse o espírito, na verdade, da possibilidade de permuta", ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. A expectativa é chegar a 7.800 brasileiros no Mais Médicos, representando mais de 40% do total de profissionais. As inscrições serão realizadas entre 20 de novembro e 23 de dezembro, e as vagas que não forem preenchidas por médicos brasileiros com atuação no país serão ofertadas aos brasileiros formados em qualquer país.

Medicamentos emergenciais podem aumentar de preço, aponta ministro da Saúde

  • 07 Nov 2016
  • 20:02h

(Foto: Reprodução)

O governo está elaborando uma medida provisória (MP) para permitir que, em casos de calamidades e epidemias, os preços dos medicamentos sejam elevados, de acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros. O chefe da pauta afirmou que a medida está sendo tomada após a grande quantidade de casos de sífilis e o aumento da procura pelo medicamento utilizado no tratamento da doença, a penicilina benzatina. O governo não tem conseguido comprar quantidades suficientes para atender a demanda. Com a medida, o governo busca elevar o preço do medicamento e tentar despertar o interesse da indústria farmacêutica nacional para a produção do remédio. “O governo prepara uma solução para o abastecimento de medicamentos, que são fundamentais no caso de uma epidemia de sífilis no Brasil por falta de penicilina. Então, precisamos viabilizar economicamente a produção para atender as pessoas. É isso que será feito. Já há uma deliberação sobre isso, que é a que trata da fixação de preços para novos produtos no Brasil, e nós faremos, a partir da flexibilização desses produtos, que precisam estar no mercado para evitar epidemias”, afirmou Barros

Mais de 15 mil mulheres realizaram mamografias durante Outubro Rosa

  • 07 Nov 2016
  • 18:01h

(Foto: Reprodução)

O secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, avaliou a estratégia itinerante para diagnóstico do câncer de mama como um diferencial na campanha Outubro Rosa. Apenas no último mês, mais de 15 mil mulheres com idade entre 50 e 69 anos realizaram exames de mamografia na capital e no interior baiano, em unidades itinerantes e fixas. "Apenas no município de Salvador fizemos mais de 5,4 mil mamografias para o rastreamento do câncer de mama", pontuou Vilas-Boas. O gestor ainda relembrou que a principal causa de morte por câncer entre mulheres se dá pelo câncer de mama e o diagnóstico precoce pode levar à cura. "Além disso, quando precocemente descoberto pode-se evitar o procedimento cirúrgico de retirar a mama por completo, que para algumas mulheres é como uma mutilação, ou ainda evitar procedimentos complementares, como quimioterapia ou radioterapia, aumentando a sobrevida dessas pacientes e reduzindo a morbidade". Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que na Bahia 12.530 novos casos de câncer vão acometer as mulheres em 2016, sendo 2.760 de mama. Quando detectada em fase inicial, a doença pode alcançar até 95% de cura. 

Aedes aegypti pode estar espalhando novo vírus

  • G1
  • 07 Nov 2016
  • 10:11h

(Foto: Reprodução)

Os microrganismos também lutam pela sobrevivência de suas respectivas espécies. Procuram se adaptar das maneiras mais incríveis possíveis para não desaparecer. É o que está acontecendo atualmente com um vírus chamado Mayaro. Não é um vírus novo. Foi identificado pela primeira vez em 1954 e existe em regiões silvestres aos redores da  região Amazônica. Nas últimas semanas, pesquisadores da Flórida o identificaram no Haiti, em um menino de 8 anos, com febre e dores abdominais. Concluiu-se, portanto, que este vírus pode estar se espalhando pelo continente. O grande problema é que este vírus  possivelmente tenha se adaptado. Antes era transmitido apenas por mosquitos vetores silvestres e agora aparentemente pode ser transmitido por mosquitos vetores urbanos que já estão espalhados pelo mundo: Aedes aegyptiprincipalmente, e o Aedes albopictus. Se isso se confirmar, há muitas razões para nos preocuparmos, uma vez que o Aedes está fortemente presente em todo o território nacional. Este vírus provoca  uma doença semelhante à chikungunya. Chama-se Febre do Mayaro. 

 
Quais os sintomas da Febre do Mayaro?
Os sintomas  são muito parecidos com os da dengue e/ou chiKungunya. Começa com uma febre inespecífica e cansaço, sem outros sinais aparentes. Logo após podem surgir manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de dor de cabeça e dores  nas articulações. Os olhos podem também ficar doendo e em alguns casos reporta-se intolerância à luz. São sintomas muito parecidos e por isso a febre do Mayaro pode ser facilmente confundida com dengue ou com chikungunya. No entanto, no Mayaro as dores e o inchaço das articulações podem ser mais limitantes e durar meses para passar. 
 
Como saber se é dengue, zika, Mayaro ou chikungunya?
Pelo quadro clínico pode ser difícil diferenciar. Só os exames laboratoriais específicos é que podem apontar o diagnóstico correto. No menino de 8 anos do Haiti suspeitou-se inicialmente de dengue ou chikungunya. Mas os testes vieram negativos e o de Mayaro confirmou ser positivo.
 
Há vacina ou tratamento específico para a febre do Mayaro?
Não. Até o momento não há nem vacina nem tratamento específico. O tratamento é dirigido ao alívio dos sintomas. A evolução em geral é bastante favorável.
 
Já foram confirmados casos de febre do Mayaro no Brasil?
Sim. Entre dezembro de 2014 e junho de 2015 foram confirmados 197 casos  de febre do Mayaro nas regiões Norte e Centro-Oeste, com destaque para os estados de Goiás, Pará e Tocantins. Todas estas pessoas moravam ou estiveram em área rural, silvestre ou de mata por atividades de trabalho ou lazer. O Estado de Goiás registrou 66 casos até fevereiro de 2016 e o Datasus não possui mais dados atualizados deste ano. Importante salientar que no Brasil a transmissão desta doença limitou-se a regiões de mata. Não há relatos, até o momento, de transmissão urbana.
 
Qual é a melhor forma de se proteger da febre do Mayaro?
Claro que as medidas que todos conhecemos para evitar a proliferação dos mosquitos são fundamentais e importantíssimas. Mas em um país continental e tropical, com chuvas e calor, essa tarefa é praticamente impossível. Por isso evitar as picadas são uma forma eficiente para garantir proteção. Isso pode ser feito com telas nas janelas, mosquiteiros nas camas,  principalmente nos berços do bebês pequenos e repelentes de mosquitos transmissores. Vale reforçar  que os repelentes indicados pela Organização Mundial de Saúde são a Icaridina, o DEET e o IR 3535. Para lembrar: o Aedes vive só 45 dias, voa no máximo em um raio de 300 metros de onde nasceu e, para transmitir uma doença,  tem que picar primeiro uma pessoa contaminada para depois picar uma susceptível. Parece impossível “pegar” uma destas doenças, em se tratando de um mosquito de 0,5cm de comprimento e aparentemente “frágil”. Mas a realidade está aí para provar o contrário.  Podemos mata-lo com a palma de nossas mãos. Mas ele certamente também nos pode matar com uma picada imperceptível. Por isso, protejam-se!

CONTINUE LENDO