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Andressa Urach viraliza na web ao falar sobre Universal: ‘Raça de víboras’. veja vídeo

  • Redação
  • 19 Abr 2021
  • 17:25h

A modelo conta que toda a família, formada por religiosos, ficou contra quando ela decidiu sair da igreja | (Foto: SBT)

A modelo Andressa Urach voltou a fazer barulho nas redes sociais ao falar sobre sua relação com a religião. Afastada da Igreja desde que decidiu retomar com a carreira de modelo, a ex-A Fazenda teceu duras críticas a forma como a Universal pratica a fé. Em entrevista ao programa ‘The Noite com Danilo Gentili’, Urach contou que pegou ranço de religioso após sua experiência traumática na igreja e que a família ficou contra quando ela decidiu abandonar a Universal. “A minha família é da igreja há mais de 30 anos, eles ficaram todos contra mim quando agora eu sai da igreja. É só eles que salvam, né? Só eles vão para o céu, só eles são os santos”. Durante os seis anos que ficou na Universal, Andressa disse que dou R$ 2 milhões. Ela tenta reaver o dinheiro na Justiça. “Fiquei seis anos seguindo à risca, eu obedeci tudo. Duas vezes que eu desobedeci eu virei a filha do diabo […] Isso me doeu, porque eu havia doado R$2 milhões. […] Eu amo Jesus, eu queria falar de Jesus 24 horas. EU queria estar na África falando de Jesus. Eu queria dar a minha vida para Jesus. Só faltou a minha casa. E eu me senti um objeto, porque não quis ir para a política. Uma pessoa me disse assim: ‘Tu é mais útil fora da igreja do que dentro’”, contou.

Latino causa polêmica ao afirmar que macaco Twelves foi morto por macumba; veja vídeo

  • Redação
  • 16 Abr 2021
  • 19:50h

O animal morreu ao ser atropelado por um ônibus escolar dentro do condomínio em que Latino mora, no Rio de Janeiro em 2018 | Foto: Arquivo Pessoal

O cantor Latino ficou entre os assuntos mais comentados das redes sociais na última quinta-feira (15) após um trecho da entrevista do artista para o podcast Flow viralizar. Na ocasião, o cantor foi duramente criticado pelo “show” de intolerância religiosa que deu no programa ao afirmar que seu macaco de estimação, Twelves, foi morto em 2018 devido a um trabalho feito por alguém do candomblé.

O animal morreu ao ser atropelado por um ônibus escolar dentro do condomínio em que Latino mora, no Rio de Janeiro. “Dizem que foi macumba. Que os caras fizeram trabalho pra mim e o macaco foi no meu lugar. Quem conhece o mundo espiritual aí pode dizer melhor. É o que uma médium e um profeta me falaram. ‘Fizeram um bagulho pra tentar levar tua vida e ele pediu pra ir no teu lugar’. O macaco nunca saiu de casa, tomava café comigo, tinha uma vida como se fosse filho. Fiquei muito mal”, contou o artista.

Latino, que se considera uma pessoa espiritualizada e chega a realizar célula evangélica em casa para se comunicar com Deus, disse respeitar todas as religiões, mas em outro momento voltou a ser intolerante com as religiões de matriz africana.

“Nessa parada de centro espírita, nesse bagulho de macumba, os caras fazem trabalhos pesados pra infernizar a vida do outro. E aí fizeram um trabalho, sei lá, de ebó… Sei lá que porra que chama essa merda de ‘macumbaria’. Eu não acredito nessa porra. Acredito que o mal está na gente (…) Ficar falando da vida alheia. A gente vê muito no meio artístico”.

Na web, internautas questionaram a relevância do intérprete de ‘Me Leva’ para alguém se preocupar a ponto de fazer um trabalho desejando mal para ele.

eu fico chocada como as pessoas tem a facilidade de associar sua incompetência á macumba. queria saber quem ia perder tempo e dinheiro fazendo trabalho p Latino?

Pastor ironiza orações pela melhora de Paulo Gustavo: ‘Oro para que o dono o leve’

  • Redação
  • 15 Abr 2021
  • 13:24h

O último boletim médico divulgado sobre o estado do artista apontava uma piora no quadro de saúde e indicava complicações pulmonares e hemorrágicas | Foto: Reprodução

Um pastor da Assembleia de Deus do Alagoas polemizou nas redes sociais ao ironizar as orações feitas por internautas pedindo a recuperação do humorista Paulo Gustavo, internado há 1 mês em estado grave em decorrência do coronavírus.

José Olímpio, que é assessor do presidente da Assembleia de Deus Missão de Alagoas, reverendo José Orisvaldo Nunes de Lima, compartilhou um trecho do filme ‘Os Homens São de Marte… E É Pra Lá que Eu Vou’ para falar sobre o artista e dizer que ora para que Deus o leve.

“Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”, escreveu.

 

Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal

Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal

Após a repercussão negativa, José Olímpio deletou a postagem, porém, a mensagem do religioso já corria nos grupos de WhatsApp e perfis de fofoca do Instagram. Em suas redes sociais, que ficou bloqueada após a postagem polêmica, o pastor compartilha mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e ataque a outros candidatos políticos.

O último boletim médico divulgado sobre o estado do artista apontava uma piora no quadro de saúde e indicava complicações pulmonares e hemorrágicas. O pastor não se pronunciou sobre a postagem.

Ministro Marco Aurélio critica decisão de colega do STF de liberar atos religiosos

  • CNN Brasil
  • 05 Abr 2021
  • 08:37h

A excessão aberta em período crítico da pandemia opõe decano e novato do Supremo Tribunal Federal | Foto: Reprodução

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Mello, criticou neste domingo (04) a decisão do colega na Corte, Kassio Nunes Marques, de liberar a realização de cultos e missas durante a Semana Santa. É o pior momento da pandemia de Covid-19 no País, que já matou 330 mil brasileiros. Chamado de “novato” por Marco Aurélio, o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga no STF em outubro do ano passado atendeu no sábado (03) um pedido feito pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) ao tribunal. “O novato, pelo visto, tem expertise no tema. Pobre Supremo, pobre Judiciário. E atendeu a Associação de juristas evangélicos. Parte legítima para a ADPF (tipo de processo que discute cumprimento à Constituição)? Aonde vamos parar? Tempos estranhos!”, disse Marco Aurélio à reportagem. 

Morre vereador Irmão Lázaro, vítima do novo coronavírus

  • Redação
  • 20 Mar 2021
  • 07:44h

Ele também era cantor gospel e estava internado em uma unidade hospitalar de Feira da Santana desde fevereiro |(Foto: Brumado Urgente Conteúdo)

Morreu na noite de sexta-feira (19), vítima de complicações da Covid-19, o vereador Irmão Lázaro (PL), que estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital em Feira de Santana (BA) desde o dia 25 de fevereiro. A morte foi confirmada pelo perfil oficial do vereador no Instagram: “Infelizmente perdemos nosso irmão Lázaro, quis o Senhor levar para o seu lado da glória”. Lázaro também era cantor gospel e tinha 54 anos. Na vida pública, foi deputado federal (2015-2018) e concorreu para o posto de senador em 2018, mas acabou sendo derrotado. Antes de ingressar na religião evangélica, foi integrante do grupo Olodum.

Conquista: Povo de Santo divulga nota de repúdio após pastora armar que foram feitas “obras de macumba” contra o prefeito Herzem Gusmão

  • Blog do Sena
  • 15 Mar 2021
  • 08:39h

(Foto: Reprodução Youtube)

O momento de oração promovido, no último sábado (13), por familiares do prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão, pelo restabelecimento da saúde do gestor e dos paciente com Coronavírus, acabou se tornando algo de uma polêmica. O motivo foi a afirmação feita pela pastora Noelma Lucena Rodrigues, que conduzia a oração, foram feitas “obras de macumbaria” contra o gestor. A fala marcada pela intolerância religiosa repercutiu negativamente entre praticantes de religiões de matrizes africanas e também entre uma parcela da sociedade conquistense. O vídeo publicado pelo Blog do Sena foi amplamente divulgados nas redes sociais com críticas à fala da pastora. A Rede Beneficente, Cultural, Educacional e Religiosa Caminhos do Búzios, entidade representativa do Povo de Santos de Vitória da Conquista e região divulgou uma nota de repúdio à afirmação. “Independentemente de fazer parte politicamente da situação ou posição, todos o cidadãos conquistenses estão tendo um sentimento de humanidade e sem sombra de dúvidas, estão unidos em oração pela plena recuperação do Senhor Herzem”, diz um trecho da nota. A entidade também declarou que vai tomar as providências legais para que a pastora responda criminalmente pelas alegações.

Confira a nota na íntegra:

Este é um momento de grande sofrimento e consternação de toda a nossa cidade, em razão da gravidade do estado de saúde por conta de sequelas da COVID-19 que passa o reeleito Edil do Município, o Senhor Hérzem Gusmão, internado no Hospital Sírio Libanês em São Paulo para tratamento há cerca de três meses. Independente de fazer parte politicamente da situação ou oposição, todos os cidadãos conquistenses estão tendo um sentimento de humanidade e sem sombra de dúvidas, estão unidos em orações pela plena recuperação do Senhor Hérzem. Este sentimento não poderia ser diferente para o os religiosos de Matriz Africana de toda cidade e região, que através de suas celebrações e rituais sagrados, também estão rezando diariamente pelo restabelecimento da saúde do senhor prefeito. No entanto, apesar do momento tão delicado que estamos vivendo, com tantas perdas, tantas famílias enlutadas, tantas pessoas que assim como o prefeito da nossa cidade estão lutando pela vida, lutando contra essa famigerada e grave doença, ainda somos surpreendidos mais uma vez, com a prática de crime de racismo religioso, desta vez cometido por uma dita pastora, NOELMA LUCENA RODRIGUES MATEUS, DA IGREJA EVANGÉLICA TABERNÁCULO DO ESPÍRITO SANTO¨, que em meio a uma oração feita na porta da prefeitura da cidade, juntamente com seus fiéis e amigos, além de familiares do prefeito, afirma que a doença que acomete o edil é resultado de macumbas e práticas demoníacas promovidas pelos religiosos de matriz africana, infringindo fragorosamente a constituição brasileira em vigor¨, que garante a liberdade de culto e a proteção dos espaços religiosos, como reproduzimos abaixo: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; Desta forma, a Rede Beneficente, Cultural, Educacional e Religiosa Caminhos dos Búzios, entidade representativa do Povo de Santo de Vitória da Conquista e Região, vem através desta nota repudiar a atitude da referida Pastora e informar que, com base na constituição brasileira, tomaremos todas as providencias legais cabíveis para que essa senhora possa responder por mais um crime de racismo religioso praticado na cidade. Vitória da Conquista, 14/03/2021

Rede Caminhos dos Búzios

Vereador Irmão Lázaro está intubado e tem estado de saúde considerado grave

  • Eduardo Dias
  • 25 Fev 2021
  • 16:56h

Irmão Lázaro em apresentação em Brumado | Foto: Laércio de Morais | Brumado Urgente)

O vereador de Salvador Irmão Lázaro (PL) está internado em estado grave numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital particular da capital baiana, onde precisou ser intubado devido ao diagnóstico da Covid-19 na manhã desta quinta-feira (25). A informação foi dada, inicialmente, pelo apresentador José Eduardo, durante o programa Balanço Geral, da Record TV Itapoan, e confirmada ao bahia.ba em seguida pela assessoria do parlamentar, que enviou uma nota de esclarecimento sobre o quadro clínico do vereador. Segundo a nota, Irmão Lázaro foi transferido para UTI devido ao seu quadro clínico após a contaminação por Covid-19 e precisou ser entubado no final da manhã, devido a complicações. No entanto, a assessoria alega não ter ainda o boletim médico informando o estado de saúde do vereador. “Diante do exposto, sua família e amigos reforçam o pedido de orações. Cremos que, com a permissão de Deus, sua saúde será restaurada e agradecemos todo o apoio, orações e carinho recebidos até aqui. Não temos ainda o boletim médico informando o estado de saúde do vereador”, diz a nota.

STF derruba recurso de evangélicos contrários a toque de recolher em cidades baianas

  • Cláudia Cardozo / Francis Juliano
  • 23 Fev 2021
  • 17:59h

(Foto: Reprodução)

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) teve um recurso negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por unanimidade, o Tribunal negou um pedido cautelar da Anajure. A entidade evangélica queria a anulação de decretos de toque de recolher para controle da Covid-19 postos em vigor pelas prefeituras de Itabuna, no Sul; Capim Grosso, na Bacia do Jacuípe; e Serrinha, na região sisaleira. As medidas contestadas pela entidade ocorreram entre maio e junho de 2020, na primeira onda da pandemia do novo coronavírus. À época, Itabuna era a primeira cidade em número de casos de coronavírus no interior do estado. No recurso [Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF], a entidade questionava as restrições de locomoção que interrompiam as atividades religiosas nas cidades citadas. De acordo com a decisão da última quarta-feira (17) do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, a questão deve ser decidida primeiro pelos tribunais estaduais, antes de serem submetidas à Suprema Corte.  Uma das criadoras da Anajure, fundada em 2012, é a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, a pastora Damares Alves.  

Influência de evangélicos cresce sob Bolsonaro por costumes e vaga no STF

  • Anna Virginia Balloussier | Folhapress
  • 03 Jan 2021
  • 08:55h

(Foto: Reprodução)

Associação Nacional de Juristas Evangélicos, a Anajure começou a ser concebida em 2007, no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e saiu de vez do papel em 2012, fundada por três advogados nordestinos no segundo ano de Dilma Rousseff (PT). Mas é no governo Jair Bolsonaro (sem partido) que seu brado retumbou de vez em Brasília. Estão na gênese da entidade vários elementos que, seis anos depois, levariam à eleição presidencial de um deputado de baixo clero que começava a se alinhar ao segmento religioso que mais crescia no país, o evangélico -- e com quem o presidente da Anajure, o sergipano Uziel Santana, 43, encontrou-se no fim de outubro, no Palácio do Planalto.

O lançamento da associação ter sido num auditório da Câmara dos Deputados não é mera coincidência, como também não são os convidados nela. A associação, que calcula agregar 700 membros, iniciou uma trajetória que se embaralha com a ascensão evangélica na política brasileira.

Dali saíram homenageados evangélicos que anos depois seriam do pelotão bolsonarista: o senador Magno Malta (PL-ES), que acabaria escanteado pelo presidente, o deputado Arolde de Oliveira (PSD-RJ), depois eleito senador em dobradinha com Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e vítima da Covid-19 em outubro, e uma pastora que trabalhava como assessora jurídica no Congresso.

"Dra. Damares Alves, por sua luta incansável em favor dos indígenas em situação de risco", diz registro da Anajure.

A convite da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, os juristas evangélicos fizeram um texto-base para o Plano Nacional de Direitos Humanos. Ela chegou a ocupar uma diretoria da entidade nos primeiros anos. "Damares é nossa amiga, mas não é fundadora da Anajure, isso aí foi fake news que saiu", diz Santana à reportagem. "É uma ativista, e a Anajure não é assim."

O corte de uma relação mais umbilical com Damares foi reforçado pela assessoria de imprensa da associação.

Santana busca se distanciar da ala ideológica do bolsonarismo, que inclui Damares e ricocheteia na Anajure. Frisa, por exemplo, a boa cooperação com o governo Dilma. "O maior embate foi com o Gilberto Carvalho, a quem admiro. Mas ele jogou no mesmo bolo todos os evangélicos quando fez a crítica dizendo que precisava diminuir esta força que estava nascendo. De alguma maneira tinha razão, estava se referindo aos neopentecostais, mas esqueceu que tem muitos que não são assim."

Refere-se a uma fala de Carvalho no Fórum Social Mundial de 2012. Secretário-geral da Presidência de Dilma, ele defendia uma disputa ideológica para brecar "a hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais que são a grande presença [na periferia]". Depois se desculpou.

Professor da Universidade Mackenzie e presbiteriano como a instituição, Santana descreve a Anajure como social-democrata na economia e conservadora nos costumes. "Na política é difícil dizer: somos de direita. Sei que não somos esta direita radical que existe aí. Nem a esquerda radical que agora está fora do poder."

A agenda moral, porém, garante afinidade com "esta direita radical que existe aí". E boa parte do lobby que a Anajure faz na capital federal em a ver com ela. Daí a expectativa, diz Santana, pelo "jurista que atendesse aos nossos anseios" prometido por Bolsonaro para o STF (Supremo Tribunal Federal). A primeira vaga disponível acabou com Kassio Nunes, para desgosto de círculos conservadores.

Os três nomes que Santana apreciaria ver na corte participaram de um congresso da Anajure em 29 de outubro: o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, descartado de vez após desavença com Bolsonaro, André Mendonça, hoje titular do ministério, e o procurador José Eduardo Sabo Paes.

Pessoas próximas à Anajure dizem que a reunião de Santana com Bolsonaro seria um gesto após a quebra da promessa de pôr no STF um nome "terrivelmente evangélico" --Mendonça e Paes são.

O advogado afirma que nem tocaram no assunto. Já à reportagem não se furtou a dizer o que pensa do mais alto tribunal do país: "A gente não concorda que o STF determine em pautas morais numa decisão de 11 pessoas". Como no aborto ou em causas LGBTI, fronts judiciais em que a Anajure atua.

A entidade é amicus curiae (amiga da corte, chamados para opinar sobre a causa julgada) em 17 ações no STF, que vão do combate ao bullying homofóbico no Plano Nacional de Educação à demissão de uma professora adventista que não trabalhava aos sábados.

Em 2019, a Anajure fez uma crítica e um elogio à deliberação do STF de enquadrar a homofobia e a transfobia na lei dos crimes de racismo.

Para a entidade, foi bom que os ministros tenham assegurado a líderes religiosos o direito de pregar o que pensam sobre o tema, como dizer que homossexualidade é pecado (só não vale incitar abertamente o ódio, como defender a morte de alguém).

Para Santana, a orientação sexual seria uma opção. "Percebo que você é loira, eu, mais moreno. Agora, se eu sou homossexual, e você, hétero, pode discutir predisposição, mas fato é que ao atingir maturidade a pessoa faz escolhas. Não posso pintar minha pele de branco."

Já ruim, na visão da Anajure, foi o STF deixar de lado "a objeção de consciência dos indivíduos" --a pessoa ter respaldo legal para recusar serviço ou produto que contrarie sua fé.

Sobre Bolsonaro, Santana mostra simpatia ("é bem intencionado"), mas não lealdade incondicional. Critica "os apoiadores mais fanáticos, a ala ideológica, os que não conseguem enxergar erro no governo" e diz que "tem coisa ali que não é conservadorismo, é autoritarismo".

Com Marco Feliciano (Republicanos-SP), a animosidade foi pública. Em 2013, o deputado foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara sob pesada artilharia de grupos que viam racismo e homofobia em suas declarações.

Procurou a Anajure atrás de apoio. Santana lhe deu as costas com uma nota em que lamentava seu feito de "trazer a sociedade e a imprensa contra os evangélicos ao fomentar e participar de uma tresloucada 'guerra santa' por estar agindo com intolerância para com os intolerantes".

Os dois fizeram as pazes recentemente, em encontro mediado por Silas Câmara (Republicanos-AM), líder da bancada evangélica, que à reportagem disse: "Limpamos os desencontros, estamos em paz!!!".

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Papa Francisco nomeia primeiro cardeal afro-americano

  • Bahia Notícias
  • 29 Nov 2020
  • 15:50h

Foto: Vatican Media / Fotos Públicas

O papa Francisco empossou, nesse sábado (28), 13 novos cardeais. Um deles é o primeiro afro-americano a ocupar o cargo, o que, de acordo com a agência Reuters, amplia a influência do pontífice no grupo que elegerá seu sucessor.

Segundo a publicação, os cardeais foram empossados em uma cerimônia conhecida como consistório, que foi reduzida em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Desta vez, apenas 10 convidados foram permitidos na Basílica de São Pedro - geralmente, o evento recebe milhares de pessoas.

Dos 13 cardeais que tomaram posse, nove tem menos de 80 anos e são elegíveis, segundo as leis da Igreja, para entrar em um conclave secreto que vai escolher o próximo papa entre eles. Isso vai acontecer quando Francisco morrer ou renunciar. 

Ao longo de seu mandato, o papa já nomeou 18 cardeais de países que nunca tiveram um. No caso do consistório de ontem, por exemplo, Brunei e Ruanda tiveram seus primeiros cardeais. A agência ressalta que a diversidade de países no grupo cresceu desde que o latino-americano Francisco se tornou o pontífice.

Abrace essa Causa: ‘Projeto O Bom Samaritano’ ajudando quem mais precisa em Brumado

  • Divulgação
  • 24 Nov 2020
  • 12:43h

(Divulgação)

Projeto “O Bom Samaritano”, e uma realização do Ministério de Jovens da Igreja Missões do Evangelho Pleno (IMEP), em Brumado, e tem objetivo de arrecadar alimentos e materiais de limpeza para ajudar instituições e famílias carentes do município. Abrace essa Causa! Você que queira contribuir com o projeto pode entrar em contato no telefone (77) 99839-6560.

'Exu corona' e terreiro queimado escancaram intolerância religiosa na pandemia

  • FolhaPress
  • 04 Nov 2020
  • 16:27h

Foto: Reprodução / Veja

Do pastor que culpa "exu corona" por seus males à vizinha que esparrama óleo ungido na oferenda, nem na pandemia a intolerância religiosa deu trégua. Pelo contrário, líderes de crenças afrobrasileiras dizem que o isolamento social acirrou o clima de ódio. Só está mais difícil quantificá-lo, já que a quarentena dificultou o monitoramento dos ataques. "A pandemia tem aumentado a ansiedade das pessoas, e os conflitos religiosos têm subido junto. Briga de vizinhos, ou algumas casas que continuam sendo agredidas. E cresce também na internet", diz o babalaô Ivanir dos Santos, da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa. "Mas o quantitativo não dá pra perceber porque as pessoas que nos procuram têm mostrado dificuldade de fazer boletim de ocorrência online", afirma. "Claro que os idosos têm mais dificuldade." Justamente o maior grupo de risco na crise da Covid-19, mais temeroso de enfrentar uma delegacia possivelmente cheia.

Leo Ty Logun Ede, o pai Leo, com três décadas no candomblé, decidiu encarar após seu terreiro em Jacarepaguá (zona oeste do Rio) sofrer um atentado no dia 5 de outubro. Foi à 32ª Delegacia de Polícia denunciar uma vizinha que, segundo ele, jogou óleo ungido sobre uma oferta aos orixás que ele deixou em frente à casa de culto.

"Cantei, louvei e despachei o padê, como a gente chama, que era farinha com fubá, mel, azeite doce e dendê", conta. "Este pessoal da igreja estava lá na esquina. Berravam 'casa do Satanás'. Podiam gritar o que quisessem, era na rua."

Uma mulher, então, tascou óleo no despacho, e outra se apresentou como perita policial e disse que poderia dar voz de prisão a ele, afirma Leo. "Se é, não deveria nem deixar fazer isso, que é intolerância religiosa. Você é estudada", o pai de santo reproduz o que devolveu à suposta autoridade.

Segundo a Polícia Civil, a mulher que se identificou como perita não o é nem faz parte dos quadros da corporação.

Outra queixa constante é o preconceito com terreiros em cidades onde decretos municipais incluíram serviços religiosos entre as atividades essenciais. "A gente nem recebia mais público, éramos só mães e filhas de santo, todas de máscara e distantes. Mesmo assim, a polícia bateu aqui duas vezes. Pergunta se foram lá [na Assembleia de Deus vizinha]", ironiza uma ialorixá que prefere ocultar o nome.

Festas maiores é melhor evitar mesmo, afirma Antonio Basílio Filho, diretor jurídico do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afrobrasileiras. "Nossas entidades cumprimentam corpo a corpo. Pretos-velhos são idosos, falam no pé do ouvido. Se tivermos alguém assintomático, vai infectar a maioria do pessoal."

É exu, "nosso guardião, a entidade que nos protege na terra", que desencadeia as reações mais raivosas, sobretudo de evangélicos. Boa parte do segmento estigmatiza elementos da fé afrobrasileira, percepção incentivada por títulos como "Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios?", de Edir Macedo.

Um dissidente da igreja do bispo, a Universal do Reino de Deus, foi o responsável por soltar o "exu corona" na TV. Seria o responsável pelo atraso no aluguel de templos de sua igreja, a Mundial do Poder de Deus, disse o apóstolo Valdemiro Santiago --o mesmo que vendia sementes de feijão, até R$ 1.000 cada, alegando falsamente que o cultivo delas traria a cura da Covid-19.

Um caso simbólico ocorreu na Bahia. No 15 de julho, um sujeito foi até a praça de Salvador onde fica um busto de mãe Gilda e o vandalizou. "Mesmo em tempo de afastamento social, temos vivido muitos ataques. Jogou pedra, jogou vidros, disse que em nome de Deus tinha que arrebentar [a estátua]", diz mãe Jaciara dos Santos, filha da mãe de santo morta em 2000.

Gildásia dos Santos e Santos, a mãe Gilda de Ogum, morreu de coração partido. Infartou aos 65 anos. A saúde andava frágil desde o ano anterior, quando o jornal da Igreja Universal publicou sua foto sob o título: "Macumbeiros charlatões lesam a Bolsa e a vida dos clientes -o mercado da enganação cresce no Brasil, mas o Procon está de olho".

Evangélicos de outra igreja chegaram a invadir o terreiro para tentar exorcizar a mãe de santo. Em 2007, a data de sua morte, 21 de janeiro, virou marco: o Dia Nacional do Combate à Intolerância Religiosa.

A empresa que se recusou a limpar a vitrine de uma loja de artigos de umbanda e candomblé, a VR Style African. A vizinha que subiu na escada com um pedaço de bambu e quebrou peças sagradas de um terreiro. Ou o pai de santo que visitou a casa, de recesso desde a pandemia, e a encontrou em chamas.

"A baixa frequência nos templos acabou se convertendo em oportunidade para os ataques, como o incêndio ocorrido, no mês de setembro, num terreiro de umbanda em Nova Iguaçu, na baixada fluminense", diz Lúcia Xavier, coordenadora da ONG Criola.

"Só em 2019, cerca de 200 terreiros foram fechados por conta das ações de violência. As medidas restritivas de prevenção não podem ser usadas como brecha para a livre atuação dos intolerantes." Um outro tipo de vírus, não menos perigoso.

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Luto na Música Gospel: Morre Ricardo Leitte, vítima da Covid-19

  • Redação
  • 03 Nov 2020
  • 16:25h

(Foto: Divulgação)

Morreu na tarde desta segunda-feira (2) o cantor evangélico Ricardo Leitte, vítima do novo coronavírus. O cantor lutava contra a doença desde outubro.

O artista deu entrada em um hospital de São Paulo com o diagnóstico de Covid-19 no dia 15 de outubro. Sete dias depois, sua equipe de assessoria começou a pedir orações e informar no perfil oficial do cantor, no Instagram, atualizações sobre seu quadro de saúde.

O mesmo perfil foi utilizado para anunciar a morte do artista. Na publicação, a assessoria escreveu que, embora a dor da partida precoce de Ricardo seja sentida, “o céu está em festa e Deus está sendo adorado por esse servo e homem de Deus.” O cantor estava com 70% do Pulmão tomado pelo vírus.

Ricardo Leitte era amigo de Andressa Urach e, segundo a modelo, chegou a escrever uma música para ela. A modelo lamentou sua morte nas redes sociais e aconselhou seus seguidores a aceitar Jesus.

A vida é um sopro. Por isso perdoe, ame e aceite Jesus em vida, porque no dia da nossa morte, Ele (Jesus) vai estar la? para nos defender! – Escreveu Urach.

Padre Fábio de Melo defende casamento de homossexuais em live no Instagram

  • Redação
  • 02 Nov 2020
  • 10:27h

(Foto: Reprodução)

O padre Fábio de Melo defendeu a união civil entre casais homossexuais, ao ser questionado sobre a posição do Papa Francisco, que recentemente defendeu o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A declaração foi dada durante uma live realizada na última quinta-feira (29), o  

“Em 2013, eu dei uma entrevista e fui execrado pela ala mais conservadora da Igreja Católica. A união entre duas pessoas do mesmo sexo não é uma questão religiosa, é uma questão civil. É um direito. Sempre considerei uma injustiça e não cabe a mim julgar, não cabe a mim impor regras religiosas ao outro. A questão é do Estado”, disse o padre durante a conversa com o empresário Marcus Montenegro. 

Fábio de Melo também relembrou uma amizade que mantinha com a travesti Luana Muniz, que conheceu na quadra da Mangueira, em 2015. Luana era ativista LGBTQIA+. Ela morreu aos 56 anos, em 2017, devido a problemas renais e de coração. "A Luana foi uma grande amiga e eu sofri quando ela morreu. Temos que acolher os que precisam de nós. Não temos que fazer a essa pergunta: "O que você faz da vida". Eu não quero essa religiosidade. Eu rompi com isso num determinado momento da minha vida. Sofro muito por causa desses rompimentos, mas eu me sinto cada vez mais confortável. Eu quero estra num lugar em que eu acredito ser um lugar da minha verdade. E não me sinto melhor que ninguém. Eu não quero ser hipócrita e ficar impondo ao outro fardos que eu não resolvi dentro de mim", declarou. 

 

Também na conversa, o padre contou sobre seu contato com arte. “Quando eu ainda era menino, eu já gostava muito de escrever. Tenha um apresso enorme pelos autores. Eu era um menino muito pobre e não tínhamos nem televisão direito em casa. Então, o livro foi o meu primeiro lugar de redenção. Mas paralelo a isso, a minha casa sempre foi muito musical. Tinha uma influência da minha mãe que sempre gostou muito de Música Popular Brasileira e o meu pai com a música sertaneja. Mas eu nunca planejei uma carreira artística, mas ela aconteceu. nunca bati na porta de gravadora. Alguém o fez por mim". 

Urach compara Igreja Universal a prostituição: ‘Me senti um objeto descartável’

  • Redação
  • 30 Out 2020
  • 17:33h

Diagnosticada com o transtorno de personalidade borderline, Andressa descarta voltar a vida de promiscuidade que levava antes de ir para a Igreja | Foto: R7

A influenciadora digital e modelo Andressa Urach retornou as origens e resolveu falar sobre a sua experiência dentro da Igreja Universal. Em um longo desabafo nas redes sociais, a ex-A Fazenda, uma das participantes mais marcantes do reality show, e ex-garota de programa, revelou que pegou ranço da igreja, local que procurou logo após enfrentar dificuldades e se ver perto da morte após ter problemas na aplicação de hidrogel, em 2014.

Andressa retomou a carreira que estava paralisada desde o dia que resolveu se dedicar apenas a igreja por necessidade de fazer dinheiro. “Gente, eu não escondo nada de ninguém. Nos últimos meses passei por uma decepção tão grande, que não consegui nem estudar, vou ter que trancar a faculdade de jornalismo, pois não tenho cabeça para pensar sobre isso. Dediquei meus últimos seis anos da minha vida para Jesus, como todos sabem, mas acabei me sentindo como um objeto descartável, nunca me senti assim, nem no tempo da prostituição”, disse.

Diagnosticada com o transtorno de personalidade borderline, Andressa descarta voltar a vida de promiscuidade que levava antes de ir para a Igreja. A modelo contou que voltou a ter crises depois de deixou de frequentar a Universal. “Enquanto estava na igreja, estava tudo sob controle, mas agora que não estou mais indo na igreja, voltei a tomar uns remédios para me acalmar e controlar minhas crises de ansiedade, que voltaram nessa segunda-feira. E preciso controlar minha impulsividade e, principalmente, a minha raiva! Sei que Jesus não tem nada haver com isso e a obra de Deus é feita por pessoas falhas. Fui excluída de grupos fazendo eu me sentir como se eu tivesse ‘demônios’ por deixar de fazer parte da instituição. Se eu falasse tudo que aconteceu comigo nesses últimos anos, vocês se escandalizariam e eu teria virado ateia. Amo a igreja, mas não consigo mais ir à igreja, peguei ranço”.

A modelo tentou reaver o dinheiro investido na Igreja por meio de doações, mas não conseguiu receber nada. “Conversei amigavelmente com a igreja para eles me devolverem as doações que fiz nos últimos anos, mas infelizmente não tive retorno ainda, não queria entrar na justiça.”