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Eleição de 2022 pode ser a mais cara da história do Brasil

  • O Dia
  • 29 Ago 2022
  • 19:21h

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Mesmo sem dinheiro de empresas privadas, as eleições de 2022 devem igualar ou até ultrapassar o gasto de 2014, a disputa mais cara da história do País. Naquele ano, a maior parte das campanhas foi bancada por construtoras investigadas pela Operação Lava Jato. Agora, só haverá recursos públicos e de pessoas físicas. Mas as campanhas voltaram a ter arrecadações milionárias com o embate acirrado de grupos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Até outubro, os candidatos terão aproximadamente R$ 6 bilhões em recursos públicos para gastar nas campanhas, somando os fundos eleitoral e partidário. O dinheiro foi distribuído pelos partidos entre seus candidatos de acordo com critérios dos próprios dirigentes das siglas. A esse montante somam-se doações de pessoas físicas que, na estimativa de especialistas em campanhas, devem chegar a um valor recorde neste ano.

Para se ter uma ideia, nos primeiros dez dias de campanha entraram R$ 165 milhões em doações dessa forma. Somente o empresário José Salim Mattar repassou R$ 2,8 milhões - é o maior doador até agora. As campanhas podem receber também recursos de financiamentos coletivos, as chamadas "vaquinhas".

Assim, o custo da eleição deste ano poderá atingir o de 2014, que chegou a R$ 5 bilhões - com a atualização monetária, o valor movimentado na disputa que elegeu Dilma Rousseff presidente foi de R$ 8 bilhões.

Há outra diferença entre as disputas do período da Lava Jato e de agora que preocupam especialistas. Na eleição de 2014, foram 90 dias para os candidatos pedirem voto. Neste ano, a campanha oficial vai durar apenas 45. Ou seja, os candidatos terão menos tempo para gastar bilhões de reais despejados nas campanhas.

"A demanda real por gastos diminuiu, mas o dinheiro aumentou. O risco de corrupção se elevou demais", afirmou o consultor sênior da Transparência Internacional no Brasil, Michael Mohallem.

Para o consultor, a intenção das últimas mudanças na legislação eleitoral - como a que proibiu o financiamento por empresas - foi diminuir o custo das campanhas, o que deve ser revertido nesta eleição em que os dois protagonistas são, pela primeira vez, o presidente e um ex-presidente.

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Denúncia do TCU sobre Sergio Moro completará 6 meses na PGR, diz coluna

  • Bahia Notícias
  • 22 Ago 2022
  • 14:05h

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Nesta segunda-feira (22) fará seis meses desde que o Tribunal de Contas da União (TCU) enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) informações sobre suposta ilegalidade em contrato que beneficiou Sergio Moro. A informação é do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

O material de 16 páginas, enviado pelo conselheiro do TCU Bruno Dantas em 22 de fevereiro, questiona a legalidade de um contrato de Moro com o escritório norte-americano Alvarez & Marsal, responsável pela administração judicial de empreiteiras investigadas pela Operação Lava-Jato. O contrato em questão entrou na mira do TCU por suposto conflito de interesses devido à atuação de Moro como juiz na Lava-Jato.

Desde então, o material segue em análise, em caráter sigiloso, pela assessoria criminal da PGR. Enquanto aguarda o parecer do Ministério Público Federal, que tem Augusto Aras à frente, Moro segue como candidato ao Senado pelo Paraná. Em vídeo divulgado nas redes, fez um aceno a Jair Bolsonaro dizendo que ambos têm “o mesmo adversário”, em referência a Lula.

Deputados gastam mais de R$ 2 milhões em divulgação parlamentar no primeiro semestre

  • por Leonardo Almeida
  • 13 Jul 2022
  • 09:36h

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Os deputados federais da Bahia gastaram R$ 2.004.892,87 em divulgação de atividade parlamentar no primeiro semestre de 2022. O valor supera o registrado entre janeiro e maio do ano passado, quando foi gasto R$ 1.961,964,76.  As despesas estão disponibilizadas no site oficial da Câmara dos Deputados.

O parlamentar com maior gasto em publicidade nos seis primeiros meses de 2022 é Carlos Tito (Avante), com R$ 125,8 mil. Vale destacar que o deputado gastou R$ 68 mil apenas no mês de maio.

Em seguida, Daniel Almeida (PCdoB) foi o segundo parlamentar que mais gastou em divulgação, com mais de R$ 115 mil. Entre os deputados da Bahia, Almeida foi o que mais teve custos com publicidade no primeiro semestre de 2021, com R$ 149,1 mil.

Entre os partidos, o PT foi, de forma isolada, o que mais gastou com a publicidade, com R$ 481.654,98. Os petistas tiveram um custo maior que o segundo lugar, União (R$ 208,9 mil), e o terceiro colocado, Republicanos (R$ 202,2 mil), somados.

O Partido dos Trabalhadores divide com o União Brasil a maior representação baiana na Casa Legislativa, com 7 deputados eleitos cada um.

A comparação entre os gastos totais da Câmara foi feita apenas no período entre janeiro e maio, pois este ano os parlamentares só poderiam fazer gastos com divulgação até o dia 2 de junho, por conta das eleições em outubro. Porém, no levantamento do parlamentar individual, foi levado em consideração os seis primeiros meses do ano.

COTA PARLAMENTAR

O custo com a divulgação de atividade dos deputados faz parte da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap).

A Ceap é um valor indenizatório mensal destinado a custear os gastos dos deputados com a atividade parlamentar na Câmara, incluindo a divulgação. A utilização da Ceap pode ser feita por meio de reembolso ou por débito no valor.

A cota parlamentar é diferente para cada federação, pois leva em consideração o valor da passagem aérea de Brasília até a capital do estado em que o deputado foi eleito. A cota para um parlamentar baiano é de R$ 39.010,85, segundo informações da Câmara.

Vale destacar que o saldo mensal não utilizado em um mês é acumulado ao longo do exercício financeiro, sendo permitida a acumulação de um exercício financeiro para o seguinte.

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Carla Zambelli é condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais a autor de 'Milla' por vídeo com Netinho

  • Manno Góes processou deputada por vídeo em que Netinho canta música em ato pró-Bolsonaro. Ele diz que o uso faz 'vinculação forçada' da música dele à ideologia de Carla Zambelli. Ela pode recorrer.
  • Por Rodrigo Ortega, g1
  • 18 Mai 2022
  • 09:58h

À esquerda, Manno Góes, que escreveu 'Milla', e à direita, Carla Zambelli e Netinho em ato pró-Bolsonaro na Paulista — Foto: Divulgação / Felipe Oliveira e Reprodução / Instagram

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais a Manno Góes, autor da música "Milla". Ela também foi condenada por danos patrimoniais à editora da música, Malu Edições, mas este valor desta indenização ainda será calculado pela Justiça.

Tudo começou um ano atrás, quando a deputada filmou Netinho cantando "Milla" em um ato pró-Bolsonaro, no dia 1º de maio de 2021 e publicou no YouTube. O coautor da música, Manno Góes, não autorizou o uso político da canção e notificou a deputada. Ela não retirou o video e ele a processou.

Bolsonaro, ao lado de Collor e aliado ao centrão, diz que velha política ficou pra trás

  • por José Matheus Santos | Folhapress
  • 17 Mai 2022
  • 17:14h

Foto: Reprodução

Cercado de aliados do centrão e do senador Fernando Collor (PTB-AL), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (17) no interior de Sergipe que o Brasil está se libertando da chamada velha política.
 

Ao mencionar os deputados e senadores presentes no palco, Bolsonaro também se referiu a Collor como um "grande aliado no Parlamento brasileiro". O ex-presidente sofreu processo de impeachment em 1992 acusado de corrupção e fraudes.
 

"Vejo cada vez mais o interesse de vocês pelo destino da nação e se libertando cada vez mais da velha política brasileira."
 

Para evitar a abertura de um processo de impeachment em 2020, Bolsonaro intensificou a ampliação de sua base aliada por meio da antes contestada política do tomá-lá-dá-cá, com a entrega de cargos e recursos para parlamentares aliados do governo, em especial do chamado bloco do centrão.
 

Em discurso, Bolsonaro fez novas críticas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e insinuou que seu governo deu fim ao movimento.
 

"Botamos um fim no movimento do MST, porque quando passamos a titular terras eles conseguiram a sua independência e a sua liberdade. Demos dignidade ao homem do campo. Hoje o antigo assentado é proprietário da sua terra e parceiro do fazendeiro ao seu lado, não mais pratica atos de invasão", afirmou.
 

Bolsonaro também disse que a democracia brasileira tem de ser preservada, independentemente dos meios pelos quais haja essa garantia, na avaliação do presidente.
 

"A garantia de que a nossa democracia será preservada. Não interessa os meios que por ventura tenhamos que usar, a nossa democracia e a nossa liberdade são inegociáveis", disse.

'Não permitiremos a subversão do processo eleitoral, diz Fachin; 'Diálogo sim, joelhos dobrados, jamais'

  • G1
  • 14 Mai 2022
  • 07:27h

Foto: Eric Luis Carvalho/g1

Em nova fala em defesa do sistema eleitoral, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou nesta sexta-feira (13) que não permitirá "a subversão do processo eleitoral", e que "para remover a Justiça Eleitoral de suas funções" será preciso tirá-lo do cargo. "Diálogo sim, joelhos dobrados, jamais", afirmou.

Sem citar o presidente Jair Bolsonaro (PL), ele cobrou ainda que "todos os poderes digam, sem subterfúgios, que vão respeitar o processo eleitoral de outubro de 2022".

Fachin discursou por 30 minutos no Congresso Brasileiro de Magistrados, que acontece até sábado (14) em Salvador. Ele foi aplaudido de pé após o fim da fala, de cerca de 30 minutos.

    "A nenhuma instituição ou autoridade a Constituição permite poderes que são exclusivos da Justiça Eleitoral. Não permitiremos a subversão do processo eleitoral --e digo, para que não tenham dúvida, para remover a Justiça Eleitoral de suas funções terão que antes remover este presidente da sua presidência. Diálogo sim, joelhos dobrados, jamais", reafirmou.

Fachin tem feito um contraponto às tentativas do presidente Jair Bolsonaro de, sem provas, levantar suspeitas sobre a confiabilidade das urnas.

Embora autoridades repitam diariamente que as urnas são seguras e de o próprio Bolsonaro já ter admitido que não tem elementos para apontar irregularidades, o presidente da República persiste na estratégia de criar suspeitas sobre o processo eleitoral.

Bolsonaro chegou a sugerir que as Forças Armadas façam uma apuração paralela dos votos.

Sobre esse ponto, Fachin disse na quinta que aceita colaborações, mas que a palavra final é da Justiça Eleitoral: "Quem trata de eleição são forças desarmadas e, portanto, dizem respeito à população civil, que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra final é da Justiça Eleitoral".

Nesta sexta, o presidente do TSE elogiou as Forças Armadas, citando a parceria com o TSE durante o período eleitoral, especialmente nos estados do norte do Brasil, em que atuam para levar urnas eletrônicas a seções de difícil acesso.

'Não há hesitação possível; vou apoiar Lula no 1º turno', diz ex-chanceler Aloysio Nunes, do PSDB

  • GloboNews
  • 13 Mai 2022
  • 20:09h

Foto: TV Globo/Reprodução

O ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB) declarou nesta sexta-feira (13) que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, em 2 de outubro. E explica: não se trata de uma rejeição à provável aposta de seu partido, o ex-governador João Doria, e sim de uma escolha “entre a civilização e a barbárie”.

“Só há duas vias abertas hoje, a via da manutenção do Bolsonaro ou a derrota dele. E quem tem condição de derrotá-lo é o Lula. Não há hesitação possível. Vou apoiá-lo no primeiro turno”, diz o ex-ministro, que já ocupou vários cargos no Executivo e no Legislativo pelo PSDB paulista.

O apoio de Nunes ao pré-candidato do PT foi revelado em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.

Sobre a pré-candidatura de João Doria, Nunes explicou que o ex-governador de São Paulo “não tem apoio consistente dentro do próprio PSDB”. “Existe uma rejeição muito forte a ele, que acho até injusta do ponto de vista administrativo, porque ele fez um bom governo, e político, pois Doria foi um dos pouquíssimos tucanos que enfrentaram, de fato, Bolsonaro”, afirmou.

 

Terceira via

O fator determinante para o apoio de Nunes a Lula já no primeiro foi o fato de nenhum nome da chamada terceira via ter se mostrado competitivo até o momento. “É a quarta vez que o Ciro Gomes vai se candidatar. Ele não tem mais coelho da cartola para tirar. Os dois polos já estão dados”, disse o ex-chanceler.

De acordo com Nunes, também pesou para a declaração de apoio ao pré-candidato do partido que, historicamente, foi rival do PSDB, o fato de, na avaliação dele, o Brasil “não aguentar um segundo mandato de Jair Bolsonaro”.

“Eu estou me colocando diante de uma situação nacional dramática. Com mais quatro anos de Bolsonaro, o Brasil chafurda numa situação de corrosão democrática. Estamos diante da escolha entre a civilização e a barbárie."

Na Bahia, Pacheco diz que é preciso defender a 'democracia em tempos de atentados nocivos à sociedade brasileira'

  • g1 BA
  • 13 Mai 2022
  • 08:26h

Foto: Eric Miranda/g1

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), fez uma defesa enfática da democracia e do judiciário brasileiro durante a abertura do Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador.

Sem citar o presidente Jair Bolsonaro, Pacheco afirmou que o Congresso deve "combater excessos" que considerou nocivos para a sociedade.

"É preciso haver um fortalecimento das instituições. Como disse o governador Rui Costa aqui, é inimaginável que chegaríamos em 2022 precisando defender o judiciário. Precisamos defender a democracia em tempos de atentados nocivos à sociedade brasileira. Temos que ter coragem para defender o nosso judiciário e queria reafirmar aqui que eu respeito o poder judiciário do meu país", disse o senador.

Falando para os magistrados, Pacheco ainda defendeu a aprovação da PEC 63, que trata sobre a reestruturação da magistratura brasileira, e que, segundo ele, deve ser discutida em breve no Senado.

Supremo autoriza licença de 180 dias para servidor que é pai sem presença da mãe

  • G1
  • 12 Mai 2022
  • 17:09h

Sérgio Lima/Poder360

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade nesta quinta-feira (12) que servidores públicos que sejam pais sozinhos, sem a presença da mãe, têm direito a licença de 180 dias.

O plenário seguiu entendimento do ministro relator, ministro Alexandre de Moraes, para quem a licença é um direito da criança de ter a presença de um dos pais na primeira etapa de vida.

A decisão tem repercussão geral, ou seja, servirá para embasar as demais instâncias do Judiciário em casos semelhantes.

O caso analisado foi o de um perito médico, pai de crianças gêmeas geradas por meio de fertilização "in vitro" e barriga de aluguel, que obteve na Justiça o direito à licença de 180 dias, por ser pai sozinho.

O juiz da primeira instância afirmou que, apesar de não haver previsão legal nesse sentido, o caso é semelhante ao se uma situação em que houve a morte da mãe, uma vez que as crianças serão cuidadas exclusivamente pelo pai. Por isso, concedeu a licença estendida.

A decisão foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), mas o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recorreu ao STF, argumentando que a concessão do benefício é destinada à mulher gestante e que o pagamento sem a correspondente fonte de custeio viola a Constituição e traz prejuízo ao erário.

Bolsonaro troca comando do Ministério de Minas e Energia

  • G1
  • 11 Mai 2022
  • 10:45h

(Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) trocou o comando do Ministério de Minas e Energia. Bento Costa Lima Leite de Albuquerque foi exonerado, a pedido, e Adolfo Sachsida foi nomeado como titular da pasta. As informações estão na edição desta quarta-feira (11) do "Diário Oficial da União (DOU)".

A mudança ocorre após recentes críticas do presidente à política de preços da Petrobras, estatal ligada à pasta.

No Twitter, Sachsida postou mensagem de agradecimento a Bolsonaro, a Paulo Guedes, ministro da Economia, e a Albuquerque.

    "Agradeço ao Presidente Jair Bolsonaro pela confiança, ao ministro Guedes pela apoio e ao ministro Bento pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero estar a altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil."

Senado aprova elevar para 70 anos idade limite para nomeação no STF e em tribunais superiores

  • G1
  • 11 Mai 2022
  • 07:03h

Foto: Reprodução/Geraldo Magela/Agência O Globo

O Senado aprovou nesta terça-feira (10), em dois turnos, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que aumenta de 65 para 70 anos a idade máxima permitida para que alguém seja indicado aos tribunais superiores, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF).

A nova regra será promulgada pelo Congresso Nacional – emendas constitucionais não passam pela sanção presidencial.

A aprovação foi resultado de um acordo entre deputados da base e o Palácio do Planalto e abre caminho para beneficiar a indicação de aliados em cargos estratégicos na Justiça.

A PEC altera sete artigos da Constituição que, antes, limitavam a 65 anos a idade para nomeação aos tribunais superiores. Com a nova redação, passa a ser 70 anos a idade limite para a escolha de ministros dos seguintes tribunais:

    Supremo Tribunal Federal;

    Tribunal de Contas da União;

    Superior Tribunal de Justiça;

    tribunais regionais federais;

    Tribunal Superior do Trabalho;

    tribunais regionais do Trabalho;

    civis do Superior Tribunal Militar.

A idade mínima para ingressar tanto nos tribunais regionais federais quanto nos tribunais regionais do Trabalho é 30 anos. Nas demais cortes, 35 anos. Esses dois pontos foram mantidos no texto.

Bolsonaro será 1º presidente a terminar mandato com salário mínimo valendo menos

  • UOL
  • 09 Mai 2022
  • 17:02h

Imagem: Reuters/Adriano Machado

O presidente Jair Bolsonaro (PL) será o primeiro presidente da República a terminar o mandato com um salário mínimo com menor poder de compra do que quando iniciou o governo, desde o Plano Real, em 1994. A informação está no primeiro relatório semanal de maio da corretora Tullet Prebon Brasil. Nesse período de 28 anos, nenhum ex-presidente entregou um salário mínimo mais desvalorizado, seja no primeiro ou no segundo mandato.

De acordo com os cálculos da corretora, a perda no salário mínimo será de 1,7% se a inflação não subir ainda mais do que o previsto no boletim Focus, do BC (Banco Central). As previsões vêm sendo revisadas para cima há 16 semanas e, descontada a inflação, o salário cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37, entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022.

Segundo a Constituição, o salário mínimo é a remuneração básica para qualquer brasileiro empregado. O texto da lei protege o poder de compra dessa remuneração e diz que é obrigatória a sua reposição pela inflação. "Da ótica das contas fiscais da União, a perda retratada em nossa simulação para o mínimo estende-se, em realidade, a todos os benefícios e pagamentos corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — toda a folha da previdência, abono, Loas (Benefício de Prestação Continuada para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda)", diz o relatório da Tullet Prebon Brasil.

O documento da corretora afirma que dois fatores explicam a perda inédita. Um deles é o ajuste fiscal, já que reajustes no piso têm impacto em várias outras despesas do governo federal. O segundo é a própria inflação, que nos últimos meses tem castigado o bolso dos brasileiros. Até então, a menor variação no salário mínimo desde o Plano Real havia ocorrido durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando o percentual registrado foi de 0,42%. Em agosto de 2016, quando sofreu o afastamento definitivo através de processo de impeachment, o piso nacional estava em R$ 1.173,05. No início do mandato dela, o valor era de R$ 1.168,05, descontada a inflação.

Câmara aprova projeto que fixa piso salarial para enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras

  • Metrópoles
  • 05 Mai 2022
  • 11:31h

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4/5), o projeto de lei que estabelece um piso salarial nacional para enfermeiros no valor de R$ 4.750 mensais. Como não sofreu alterações, a proposta vai para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A aprovação ocorreu por 449 votos favoráveis contra 12 contrários. Apenas o Partido Novo encaminhou de maneira contrária à proposta.

De autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), a matéria foi aprovada no plenário do Senado Federal em novembro do ano passado. Desde então, o projeto penava para entrar na pauta da Câmara. Coube à deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) relatar a proposta na Casa.

O projeto aprovado nesta tarde também prevê melhorias salariais aos técnicos de enfermagem. A categoria, segundo a proposta, receberá mensalmente, pelo menos, 70% do valor referencial definido pela matéria (R$ 3.325). Auxiliares de enfermagem e parteiras, por sua vez, receberão 50% do piso de R$ 4,7 mil (R$ 2.375).

'É bom o DiCaprio ficar de boca fechada', diz Bolsonaro após ator incentivar jovens a tirar título

  • CNN
  • 04 Mai 2022
  • 11:28h

Foto: João Gabriel Rodrigues/Fatopress/Estadão Conteúdo

A apoiadores em Brasília, na saída do Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro criticou novamente o ator e ativista ambiental Leonardo Di Caprio por seu posicionamento em relação à Amazônia.

“Não adianta fazer videozinho mentiroso falando que está pegando fogo na Amazônia, [que] vai mudar o clima no mundo, isso não funciona. Está lá o DiCaprio, lá colocando fotografia de 20 anos atrás. Agora, o próprio DiCaprio tem que saber que a própria diretora da OMC [Organização Mundial do Comércio] falou que sem o agronegócio brasileiro o mundo passa fome. Então, é bom o DiCaprio ficar de boca fechada ao invés de ficar falando besteira por aí”, disse Bolsonaro para quem o esperava na saída da residência oficial.

O ator americano repostou em seu perfil no Twitter, em 9 de setembro de 2020, um vídeo da Articulação de Povos Indígenas do Brasil com imagens de vários lugares do mundo com focos de incêndio com um texto que faz uma pergunta: “De que lado você está: Amazônia ou Bolsonaro?”.

Na último dia 29, Bolsonaro usou o Twitter para responder ao apelo do ator Leonardo DiCaprio para que os jovens brasileiros participem das eleições deste ano.

“Obrigado pelo apoio, Leo! É muito importante ter todos os brasileiros votando nas próximas eleições”, publicou Bolsonaro. Segundo o presidente, o “povo decidirá se quer manter nossa soberania na Amazônia ou ser governado por bandidos que servem a interesses especiais estrangeiros”.

O tuíte foi uma resposta a outra publicação de Di Caprio, que no dia anterior usou a rede social para incentivar a juventude brasileira a buscar informações sobre o processo de registro para a votação e atribuiu a importância do gesto ao papel do Brasil no cenário internacional por conta da Amazônia.

“O que acontece lá é importante para todos nós e o voto dos jovens é fundamental para impulsionar a mudança para um planeta saudável”, defendeu.

Bolsonaro ironizou a publicação do ator de 2020 com imagem da Floresta Amazônica em chamas, afirmando que a foto é do ano de 2003, e não de 2020.

“Tem gente que quer prender brasileiros que cometem esse tipo de erro aqui em nosso país. Mas sou contra essa ideia tirânica. Então eu te perdoo”, disse Bolsonaro na ocasião.

João Leão desiste da pré-candidatura ao Senado e indica o filho para compor a chapa liderada por ACM Neto na Bahia

  • g1 BA
  • 04 Mai 2022
  • 07:02h

Foto: Redes sociais

O vice-governador João Leão (PP) anunciou, na tarde desta terça-feira (3), a desistência da disputa ao senado. Leão era pré-candidato ao Senado federal na chapa do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil).

O PP indicou o filho do vice-governador e deputado federal Cacá Leão para compor a chapa. O deputado tem 42 anos e é o atual vice-líder do Progressistas na Câmara dos Deputados. O também deputado federal Ronaldo Carleto (PP) será indicado como primeiro suplente de Cacá.

"Eu aguentar o ritmo da 'ligereza' antes era tranquilo, mas aguentar o ritmo do Bonitão (ACM Neto) aqui não é fácil não. Não tenho nenhum problema de saúde. Estou zero km, só que eu tenho 76 anos. Neto tem 45, Cacá tem 42. Então a diferença é muito grande. O que vamos ter é invés de um Leão, são dois Leões lutando pelo seu povo", disse Leão, fazendo referência ao governador Rui Costa (PT), apelidado de 'Correria', com quem rompeu no começo de março para integrar a chapa de ACM Neto.

Cacá Leão falou sobre a mudança e disse que não esperava a mudança, mas que o pai é o seu norte político. "Quero agradecer aos amigos que me apoiaram neste maior momento da minha vida. Não é fácil. Quem conversou comigo sabe que isso nunca passou por minha cabeça se não passasse pela cabeça dele. João Leão representará sempre meu norte na política", disse Cacá Leão, momentos após ser anunciado.

O deputado federal disse que se sente preparado para a disputada ao senado. "Quero dizer ACM Neto que aceito o desafio, mas pode ter certeza que você terá ao seu lado um companheiro de chapa que vai trabalhar pelos baianos. Sou deputado federal há sete anos. Fui vice-líder de meu partido, fui relator da LDO e no ano passado liderei a bancada de 43 deputados do Progressistas na Câmara. Me sinto preparado e pronto nesses cinco meses que faltam e que se for da vontade Deus, e tenho certeza que será, estaremos juntos cuidando dos destinos da Bahia, a partir de 2023", completou Cacá Leão.

O ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto, também falou sobre a mudança. "Quando Leão me falou sobre a possibilidade, eu falei que me sentiu muito bem ao lado dele. Para mim vinha sendo leve, alegre. Ele está sendo substituído por outro mais Bonitão ainda, e comece a treinar o 'piseiro', viu Cacá?", brincou ACM Neto.

"Essa foi uma decisão do Progressistas. No domingo, Leão e Cacá se reuniram comigo em minha casa. Eles falaram que levariam a decisão ao partido. Quando fizemos a aliança foi com o Progressistas e com a figura do vice-governador. Acho que antes de tudo é fundamental falar dos predicados de Cacá", disse o ex-prefeito de Salvador.

"Não é o filho do vice-governador que está sendo indicado, é um dos deputados mais competentes, um dos líderes mais respeitados, que o progressistas apresenta como candidato ao Senado na minha chapa", continuou Neto.

Cacá respondeu sobre a discordância do presidente do PP, Claudio Cajado, na escolha de seu nome para compor a chapa. "Ninguém agrada a todo mundo e divergências podem acontecer. Todo mundo que me conhece sabe que sou do diálogo. O deputado Cajado é um grande amigo e tenho certeza que vamos continuar conversando e que vai ficar tudo bem".

Na disputa à vaga da Bahia no Senado, Cacá Leão vai enfrentar o senador e pré-candidato à reeleição Otto Alencar (PSD), que integra a chapa liderada pelo pré-candidato ao governo pelo PT, Jerônimo Rodrigues, além de Raíssa Soares (PL), pré-candidata na chapa liderada pelo pré-candidato a governador João Roma (PL); e a cientista social e candidata pelo PSOL, Tâmara Azevedo, que deve concorrer na chapa do PSOL, que terá Kleber Rosa como candidato ao governo. Neste ano, a eleição para o Senado elege apenas um senador por estado.