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Posse de Cristiano Zanin como ministro do Supremo Tribunal Federal será no dia 3 de agosto

  • Bahia Notícias
  • 23 Jun 2023
  • 12:13h

Foto: Divulgação STF

Após ter seu nome aprovado por 58 votos no Plenário do Senado, o advogado Cristiano Zanin tomará posse como o mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal no dia 3 de agosto. A data da posse foi confirmada nesta quinta-feira (22), após visita de Zanin à presidente do STF, ministra Rosa Weber.

O encontro entre a presidente da Corte e o futuro novo integrante se deu nesta tarde e durou cerca de 40 minutos. Zanin saiu sem falar com a imprensa, mas o STF divulgou nota após a reunião.

“Depois do encontro, eles se reuniram com os demais ministros da Corte antes da retomada da sessão. Zanin também conversou com a cúpula administrativa do tribunal para obter detalhes sobre como será o funcionamento de seu gabinete”, disse a nota do tribunal.

A posse de Cristiano Zanin na cadeira deixada pelo Ricardo Lewandowski, que se aposentou em maio deste ano, acontecerá em uma quinta-feira, dois dias depois da volta dos trabalhos do STF após o recesso do Judiciário.

 

 

Durante o dia, todos os ministros se manifestaram sobre a decisão do Senado de referendar o nome do novo ministro indicado pelo presidente Lula: 

 

“Recebo com alegria a notícia da aprovação pelo Senado Federal do advogado Cristiano Zanin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Com uma carreira brilhante na advocacia, estou certa de que contribuirá para o fortalecimento da democracia constitucional em nosso país.”
Ministra Rosa Weber

 

“Parabenizo Cristiano Zanin, agora colega e ministro da Suprema Corte, pela aprovação de seu nome. Sempre atuou com elevada qualidade profissional, e tenho dele a visão de advogado sério, competente e ético, mesmo diante de adversidades. Dou-lhe as boas-vindas.”
Ministro Luís Roberto Barroso

 

“O dr. Cristiano Zanin é muito merecedor dessa aprovação. Distinto no trato e equilibrado em suas posições, antevejo uma brilhante trajetória no Supremo Tribunal Federal. Que seja muito bem-vindo!”
Ministro Gilmar Mendes

 

“Parabéns ao Ministro Zanin, que fará um grande trabalho pelo Brasil. Sua competência, lhaneza e firmeza serão qualidades que honrarão a toga, com a contribuição jurídica em benefício da jurisdição de que precisa a democracia brasileira.”
Ministra Cármen Lúcia

 

“É com satisfação que recebi a aprovação pelo Senado da República, por larga margem de votos, do nome do indicado pelo presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal, dr. Cristiano Zanin, que com certeza somará ao STF com todo seu brilho, inteligência, capacidade e sua lhaneza. Com certeza será um grande ministro do STF, honrando a Corte e honrando o Brasil.”
Ministro Dias Toffoli

 

“A aprovação de Cristiano Zanin no Senado revela que ele tem a competência necessária para integrar a Suprema Corte. Será recebido de braços abertos.”
Ministro Luiz Fux

 

“A indicação do dr. Cristiano Zanin é gesto de deferência do presidente da República com este Tribunal, assim como é, por parte do Senado Federal, a sua rápida aprovação. O Supremo Tribunal Federal volta a ter sua composição completa com um novo integrante para continuar honrando a missão democrática almejada pela Constituição cidadã. Ao novo ministro, os nossos cumprimentos.”
Ministro Edson Fachin

 

“Parabéns ao ministro Cristiano Zanin pela merecida aprovação no Senado Federal. Tenho absoluta certeza de que o Brasil ganhará com sua atuação competente e corajosa em nossa Suprema Corte.”
Ministro Alexandre de Moraes

 

“Parabenizo o ministro Cristiano Zanin por sua aprovação pelo Senado Federal e desejo muito sucesso no desempenho da magistratura no STF.”
Ministro Nunes Marques

 

“Parabéns ao ministro Cristiano Zanin pela aprovação no Senado. Trata-se de um jurista preparado e que tem muito a contribuir com o Sistema de Justiça em nosso país.”
Ministro André Mendonça

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Moraes suspende julgamento de Bolsonaro no TSE; MPE pede inelegibilidade

  • UOL
  • 22 Jun 2023
  • 15:15h

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco avaliou que a reunião entre Jair Bolsonaro (PL) e embaixadores, motivo da ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode tornar o ex-presidente inelegível, foi uma "manobra eleitoreira" e defendeu a inelegibilidade. O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, suspendeu a sessão até a próxima terça-feira (27), com o voto de Benedito Gonçalves, relator do processo.

Mais de 40 pessoas são presas durante a 9ª fase de operação da Polícia Civil em várias cidades do interior da Bahia

  • g1 BA
  • 15 Jun 2023
  • 07:28h

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Quarenta e quatro pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (15), em diversas cidades do interior da Bahia, na manhã desta quinta-feira (15), durante a 9ª fase da Operação Unum Corpus. Segundo a Polícia Civil, mais de 15 armas de fogo, entre revólveres, pistolas e armas longas, além de 252 quilos de entorpecentes, foram apreendidos.

As pessoas são suspeitas de envolvimento com organizações criminosas, crimes contra a vida e o patrimônio, além do tráfico de drogas. De acordo com a polícia, a nova fase da operação tem o objetivo de promover a segurança das pessoas que vão participar dos festejos juninos nos municípios baianos.

Mais de mil policiais das 26 Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins) cumprem os mandados de prisão, de busca e apreensão, em centenas de municípios. O g1 questionou a quantidade de ordens, mas a assessoria da Polícia Civil informou que não informa nesta fase da operação.

A polícia detalhou que nesta fase da Unum Corpus, também é reforçado o combate à violência doméstica e familiar. Equipes das Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) e Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher (Neans) intensificam as ações, desde cumprimentos medidas cautelares, até a checagem de informações em campo, através do Disque Denúncia (181), da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Além das ações operacionais, em colaboração com a Justiça, os policiais também cumprem medidas cautelares relacionadas ao descumprimento de pagamento de pensão alimentícia.

A Operação Unum Corpus, desde 2021, prendeu mais de 700 suspeitos de crimes através de mandados de prisão ou flagrante e apreendeu alguns adolescentes. Também foram cumpridos 1.005 mandados de busca e apreensão e mais de 100 quilos de drogas e 125 armas de fogo foram apreendidas.

Em 5 meses, Lula visitou 6 estados do Nordeste e só 3 do Sul e Sudeste

  • Bahia Notícias
  • 09 Jun 2023
  • 18:06h

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Desde que retornou ao comando do Palácio do Planalto para o seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem priorizado viagens ao Nordeste, seu berço político e única região onde o petista venceu Jair Bolsonaro (PL) nas eleições do ano passado.

Historicamente, candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República triunfam no Nordeste com percentuais altos. Em 2022, Lula teve 69,34% dos votos válidos na região, contra 30,66% de Bolsonaro no segundo turno. Já na eleição geral anterior, em 2018, Fernando Haddad obteve 69,7% dos votos válidos no Nordeste, contra 30,3% de Bolsonaro, que venceu o pleito naquele ano.

Em pouco mais de cinco meses de governo, Lula fez 22 viagens de cunho oficial pelo Brasil. Oito foram ao Nordeste. No total, o presidente esteve em seis estados da região: Bahia, Ceará, Maranhão, Sergipe, Paraíba e Pernambuco. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

Com exceção de Bahia e Ceará, onde Lula esteve em duas oportunidades, o petista visitou os demais estados pelo menos uma vez desde janeiro. Apesar de ter viajado a mais estados do Nordeste, o presidente Lula concentra mais visitas ao Sudeste. De janeiro a junho, ele esteve na região 10 vezes, mas apenas em dois estados: São Paulo (8) e Rio de Janeiro (2).

Ao longo dos últimos meses, o petista tem buscado ampliar o número de viagens pelo país, com o intuito de criar uma rotina de entregas de ações e obras federais em parceria com estados e municípios.

Além da entrega de obras, Lula também tem retomado programas sociais que marcaram gestões petistas, como o Minha Casa, Minha Vida e o Farmácia Popular, bem como ações de incentivo à cultura, de socorro a indígenas e agendas institucionais.

O Sul e o Centro-Oeste foram preteridos por Lula nos primeiros cinco meses do ano. Ele esteve no Paraná e no Mato Grosso, ou seja, viajou a cada uma dessas regiões em apenas uma ocasião. Nessas duas regiões, o hoje ex-presidente Jair Bolsonaro contou com amplo apoio da população e do agronegócio.

Em 2022, a região na qual Bolsonaro obteve seu melhor desempenho foi o Sul, com 61,84% dos votos válidos, em oposição aos 38,16% de Lula, no segundo turno de votação.

Já no Centro-Oeste, Bolsonaro venceu com folga nas eleições passadas: obteve 60,21% dos votos válidos no segundo turno. Lula, com 39,79%, teve seu pior desempenho na região nos últimos 20 anos. Em 2002, contra José Serra, ele havia atingido 57,3% e, em 2006, ao enfrentar o seu atual vice, Geraldo Alckmin, 52,4%.

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Lula deve passar por cirurgia para tratar artrose após viagem à França

  • Folhapress
  • 07 Jun 2023
  • 16:11h

Foto: Fernando Frazão / EBC

O presidente Lula (PT) deve passar por cirurgia para tratar uma artrose no fêmur no fim deste mês, após retornar de viagem oficial à França. O mandatário comentou essa possibilidade durante encontro com senadores aliados no Palácio do Planalto.
 

Lula se reuniu com senadores na noite de segunda-feira (5) para agradecer o empenho para aprovar a medida provisória que reestruturou a Esplanada dos Ministérios. Partiu do mandatário a iniciativa de comentar que faria o procedimento cirúrgico ao retornar de Paris, onde participa de cúpula sobre pacto global, promovida pelo presidente Emmanuel Macron.
 

O presidente reclamou que vem sofrendo de fortes dores na região da perna e quadril.
 

Essa não foi a primeira reclamação de dores. Em viagem à Bahia, no mês passado, o mandatário afirmou que toma injeções diárias, mas que elas já não resolvem. E brincou com o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, que ele precisaria curá-lo para ele voltar a jogar futebol.
 

"Depois, vou fazer uma consulta com o Otto. Estou com um problema na cabeça do fêmur, e você é ortopedista, sabe disso, e você sabe que você vai ter que me curar, porque eu sou bom de bola e não posso jogar mais", afirmou na ocasião.
 

A cirurgia já vinha sendo recomendada pela equipe médica que cuida do presidente Lula. Também havia sido indicado que ele reduzisse o ritmo de viagens e eventos públicos.
 

Lula, no entanto, vem mantendo a sua agenda e até intensificado os compromissos no exterior. Realizou no mês passado uma longa viagem ao Japão, como um dos convidados para a reunião do G7, fórum que reúne algumas das principais economias do mundo.
 

O presidente já havia feito uma viagem de 24 horas para a visita oficial à China.
 

Além da França, o mandatário ainda deve viajar nos próximos meses para a África do Sul, para a reunião de cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
 

A Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) foi procurada, mas ainda não se manifestou até a publicação dessa reportagem.

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Câmara aprova MP que reorganiza ministérios do governo Lula; veja como votou a bancada da Bahia

  • Bahia Notícias
  • 01 Jun 2023
  • 09:19h

Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

Depois de um dia inteiro de espera, especulações e negociações, foi aprovado na noite desta quarta-feira (31) a medida provisória 1154/2023, que alterou a organização administrativa pública federal na posse do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto de lei de conversão elaborado pelo deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) promoveu mudanças nas atribuições de alguns ministérios, e foi aprovado por 337 votos favoráveis, recebendo 125 votos contrários.

A MP foi assinada no dia 1º de janeiro, logo após a posse do presidente Lula, e criou uma série de ministérios, além de reorganizar a estrutura do governo que acabava de ser iniciado. A medida tem prazo de validade até o dia 1º de junho, e ainda precisa ser votada, sem alterações, pelo Senado Federal.

Em uma das mudanças, parte das responsabilidades do Ministério do Meio Ambiente foi transferida para outras pastas. O texto da medida remove do Ministério o gerenciamento de sistemas de saneamento básico, resíduos sólidos e recursos hídricos, que são transferidos para o Ministério das Cidades.

 

O relatório do deputado Isnaldo Bulhões também modifica a gestão Cadastro Ambiental Rural (CAR) em âmbito federal. De acordo com a medida, o CAR deixará de ser responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente e passará para a estrutura da pasta de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

 

Já o Ministério dos Povos Indígenas deixa de ser o responsável pela demarcação de terras indígenas, função que passará a ser feita pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública, comandado por Flávio Dino (PSB-MA).

 

Em outro ponto da MP, é recriado o Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que cuidará também da identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação de terras de comunidades quilombolas, observadas as competências do Ministério da Igualdade Racial. O Ministério terá competências como assistência técnica para agricultura periurbana e a ocupações de agroecologia e turismo rural; recuperação e conservação de áreas degradadas para o desenvolvimento rural sustentável, observadas as competências do Ministério do Meio Ambiente; promoção da produção de alimentos saudáveis por meio da transição agroecológica.

 

Na votação dos destaques à MP, foi aprovado por acordo o que recria a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsável por políticas sanitárias em municípios de pequeno e médio porte. A autarquia havia sido extinta pelo presidente Lula no início do atual mandato com a assinatura da MP 1154. O destaque do PL retirou a Funasa da MP 1.154. O acordo para aprovação desse destaque passou também pela decisão de não votar MP 1156/2023, que determinou especificamente a extinção da autarquia e a transferência de suas atribuições para outras pastas. Como os deputados retiraram menções à Funasa do texto final da MP 1154, e a MP 1156 perde validade ao final desta quinta, a autarquia será automaticamente recriada pelo governo federal.

 

A bancada da Bahia na Câmara votou em peso a favor da medida provisória. Foram 33 votos a favor da MP, dois votos contrários, e quatro deputados não registraram votos. Veja abaixo como votou a bancada da Bahia.

 

Votaram sim, a favor da medida:

 

Adolfo Viana (PSDB)
Alice Portugal (PCdoB)
Antonio Brito (PSD)
Arthur Maia (União)
Bacelar (PV)
Charles Fernandes (PSD)
Claudio Cajado (PP)
Daniel Almeida (PCdoB)
Diego Coronel (PSD)
Elmar Nascimento (União Brasil)
Félix Mendonça Jr (PDT)
Gabriel Nunes (PSD)
João Carlos Bacelar (PL)
Jorge Solla (PT) 
José Rocha (União Brasil)
Joseildo Ramos (PT)
Josias Gomes (PT)
Léo Prates (PDT)
Leur Lomanto Jr. (União Brasil)
Lídice da Mata (PSB)
Márcio Marinho (Republicanos) 
Mário Negromonte Jr (PP)
Neto Carletto (PP)
Otto Alencar Filho (PSD) 
Paulo Azi (União Brasil)
Pastor Isidório (Avante)
Paulo Magalhães (PSD)
Raimundo Costa (Podemos)
Ricardo Maia (MDB) 
Rogéria Santos (Republicanos)
Valmir Assunção (PT) 
Waldenor Pereira (PT)
Zé Neto (PT) 

 

Votaram não, contra a medida:

 

Capitão Alden (PL)
Roberta Roma (PL)

 

Não registraram votos:

 

Alex Santana (Republicanos)
Dal Barreto (União Brasil) 
Ivoneide Caetano (PT)
João Leão (PP)

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Laudo comprova prática de "rachadinha" no gabinete de Carlos Bolsonaro, diz jornal

  • Bahia Notícias
  • 04 Mai 2023
  • 16:48h

Foto: Caio César / CMRJ

Um relatório do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) aponta que o chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) desde 2018, Jorge Luiz Fernandes, recebeu R$ 2,014 milhões em créditos provenientes das contas de outros seis servidores alocados pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

De acordo com o jornal O Globo, a movimentação financeira é um indício consistente da prática de criminosa. A investigação agora aputa a suspeita de rachadinha no gabinte de Carlos na Câmara Municipal.

 

O material levantado pela equipe do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio (MP-RJ) mostra ainda que Jorge Luiz Fernandes usou contas pessoais para pagar despesas de Carlos Bolsonaro. A investigação apura se os pagamentos foram eventuais ou regulares.

 

No caso de irregularidade, poderá ficar comprovado que o vereador se beneficiou do esquema de corrupção, a partir do desvio de salário dos servidores do gabinete.

 

O laudo constatou que entre 2009 e 2018 o chefe de Gabinete recebeu créditos dos seguintes funcionários:
 

  • Juciara da Conceição Raimundo (R$ 647 mil, em 219 lançamentos)
  • Andrea Cristina da Cruz Martins (R$ 101 mil, em 11 lançamentos)
  • Regina Célia Sobral Fernandes (R$ 814 mil, 304 lançamentos)
  • Alexander Florindo Batista Júnior (R$ 212 mil, em 53 lançamentos)
  • Thiago Medeiros da Silva (R$ 52 mil, em 18 lançamentos)
  • Norma Rosa Fernandes Freitas (R$ 185 mil, em 83 lançamentos).

Lira cogita adiar votação do PL das Fake News devido ao risco de derrota

  • Por Folhapress
  • 02 Mai 2023
  • 11:21h

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

A votação do PL das Fake News na Câmara dos Deputados, prevista para esta terça-feira (2), pode ser adiada diante das chances de o texto ser rejeitado pelo plenário.
 

Nesta terça, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conversará com os líderes dos partidos para tomar uma decisão. O relator do texto, Orlando Silva (PC do B-SP), também deve se reunir com seus pares. O adiamento é cenário considerado provável por governistas -o Palácio do Planalto endossa a matéria- e oposição.
 

O placar apertado para impor urgência à matéria, a pressão de big techs contra o texto e o desembarque de deputados, especialmente da bancada evangélica, tornaram o cenário incerto em relação à aprovação do texto.

O projeto é visto, junto com a pauta econômica, como um dos mais importantes para o governo neste primeiro semestre. A avaliação do Executivo é que a regulamentação das redes sociais impediria um avanço ainda maior da militância do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na internet.
 

Apoiadores do ex-chefe do Executivo, no entanto, têm esperança de derrubar o projeto.
 

Na última quinta-feira (28), Orlando Silva publicou a versão final do texto que será submetido ao plenário, com concessões feitas para atender a reivindicações da bancada evangélica e da oposição. Foi retirada, por exemplo, a previsão de uma agência reguladora.
 

A movimentação, no entanto, não parece ter sido suficiente para garantir a aprovação da matéria. No sábado (29), o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, anunciou que o partido votará contra o projeto.
 

A decisão é importante porque, na aprovação do regime de urgência por 238 a 192, a sigla foi fundamental, com 29 votos em favor da tramitação mais rápida.
 

Caso a votação do projeto siga o que foi registrado na última semana, apenas invertendo tais votos, o texto não seria aprovado --é necessária maioria simples para que uma proposta avance na Câmara.
 

Marcos Pereira disse que os votos favoráveis a uma tramitação mais célere não se confundem com a posição em relação ao mérito do tema.
 

"Ninguém assumiu o compromisso de votar o projeto propriamente dito", declarou. "É verdade que ele [relator] fez vários ajustes no texto, acatou muitas sugestões da bancada evangélica, de vários parlamentares de vários partidos, inclusive do Republicanos, mas o texto continua ruim."
 

Além da mudança no cenário político, na última semana as big techs também ampliaram a pressão para que a votação do projeto seja adiada, com manifestações públicas e anúncios em grandes jornais. A celeridade na votação é criticada por empresas como Meta, Google, Twitter e Tik Tok.
 

Um dos argumentos é de que não houve discussões suficientes sobre o tema.
 

Críticos da proposta afirmam ainda que há trechos vagos e que a previsão de regulamentação de vários dispositivos aumenta o poder para o Executivo controlar a lei.
 

Sob reserva, parlamentares avaliam que o debate se tornou ideológico e não mais de mérito. Ou seja, que a posição contrária se dá por oposição política e não necessariamente por discordâncias quanto ao conteúdo da lei.
 

Também entendem que há pouca margem de manobra para Lira porque, como o relatório final já foi apresentado, não é possível fazer mais mudanças no texto para tentar angariar mais votos -alterações agora, podem ser feitas apenas durante a votação.
 

Uma possibilidade para tentar mitigar a debandada do Republicanos é angariar votos de quem estava ausente ou de partidos mais próximos ao governo, como União Brasil ou PSD, e que se dividiram na deliberação da urgência.
 

A oposição tenta aproveitar para conseguir não só derrotar o projeto de Orlando Silva, mas para também emplacar em seu lugar outra proposta de regulação das redes sociais, de autoria de Mendonça Filho (União Brasil-CE).
 

A ideia vem sendo ventilada desde a última semana por deputados do PL, mas enfrenta resistência de Lira.
 

Orlando Silva afirmou que está otimista com a votação, mesmo diante do cenário atual.
 

"O que não pode é seguirmos com as redes sociais na dinâmica de hoje. É preciso mudar o regime de responsabilidades das plataformas digitais. O Congresso Nacional não pode terceirizar suas tarefas. Não é razoável deixar que o Judiciário faça o que é nossa obrigação", disse.
 

Também afirmou que atendeu "todas as propostas das bancadas" com quem se reuniu e da Frente Parlamentar Evangélica. "Se me apresentaram propostas e atendi, imagino que quem propôs a mudança o fez para, se atendido, votar a favor", completou.
 

O projeto regulamenta as redes sociais e impõe sanções a plataformas que não retirarem do ar, até 24 horas após decisão judicial, conteúdos ilícitos. A proposta ganhou força no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o levante golpista de 8 de janeiro e os ataques a escolas em São Paulo e em Blumenau (SC).
 

O texto em discussão traz, entre outros pontos, uma série de obrigações às plataformas de redes sociais e aplicativos de mensagens, como a moderação de conteúdo.
 

O projeto de lei chegou a ser aprovado no Senado em 2020. No ano seguinte, a Câmara criou um grupo de trabalho para analisar o texto. O andamento, no entanto, não ocorreu e, em 2022, os deputados rejeitaram dar urgência à análise.
 

Em entrevista à Folha, o diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, afirmou que o PL das Fake News é vago. Ele disse que a empresa já adota medidas para moderar conteúdo de ódio e que a responsabilidade por violência nas escolas não é só das plataformas.
 

Segundo ele, o texto deixa incertezas sobre como será feita a regulação das plataformas e se equivoca ao equiparar o cuidado exigido por mecanismos de buscas ao de redes sociais.
 

O representante do Twitter Brasil, Hugo Rodríguez, que participou de reuniões no Ministério da Justiça sobre ataques nas escolas, criticou a votação do projeto no domingo (30).
 

"Desde o primeiro momento, temos pedido para diferentes atores mudanças que sejam compatíveis com os padrões internacionais. Porém, o projeto continua do mesmo jeito. Não é sim ou não, é pensar em mudanças conjuntas, hoje, não o dia da votação", disse.

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Carlos Bolsonaro anuncia que deixará comando das redes sociais do pai

  • Por Folhapress
  • 17 Abr 2023
  • 13:48h

Foto: Alan Santos / PR

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) anunciou neste domingo (16) que deixará o comando das redes sociais do pai, Jair Bolsonaro (PL).
 

"Após mais de uma década à frente e ter criado as redes sociais de @jairbolsonaro, informo que muito em breve chegará o fim deste ciclo de vida voluntariado", publicou em rede social.
 

Sem dizer quando deixará a função, ele afirmou que dará início a uma nova fase da vida, "nada impulsivo, apenas justo e olhando pra frente em uma nova fase de vida".
 

Carlos afirmou que foram anos que lhe proporcionaram "muita satisfação" e que tem a certeza de que foi um trabalho de valia para as "pessoas boas". Reclamou, porém, de ficar "sozinho anos" e de receber um tratamento que "nem um rato merecia". Não citou nomes.
 

Havia uma expectativa de Carlos se manter à frente das mídias sociais do pai e liderar a defesa do legado do pai junto aos do ex-mandatário. Mas deve seguir como um do principais conselheiros de Bolsonaro.
 

Eleito em 2020 para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, ele tem mandado até 2024. O próximo ciclo eleitoral está nos planos do irmão mais velho de Carlos. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse à Folha que quer disputar a Prefeitura da capital fluminense no ano que vem.
 

Sob a tutela de Carlos, funcionou durante a gestão de Bolsonaro o chamado "gabinete do ódio", formado por assessores especiais da Presidência e apontado como o responsável por produzis conteúdos para atacar pessoas previamente escolhidas pelo grupo.
 

Nas eleições de 2022, a campanha de Bolsonaro à reeleição viveu um racha na comunicação entre aliados do centrão e Carlos.
 

O filho 02 do ex-mandatário é crítico das estratégias convencionais do marketing eleitoral. As divergências se tornaram públicas em uma mensagem do vereador publicada em rede social.
 

"Vou continuar fazendo o meu aqui e dane-se esse papo de profissionais do marketing.... Meu Deus!", disse Carlos, com emojis de risada, em resposta a uma publicação sobre o slogan que seria usado por Bolsonaro na inserção do PL na TV protagonizada pelo pai.

Plano de Lula de moeda alternativa ao dólar é possível, mas muito difícil, diz economista do FMI

  • Por Thiago Amâncio | Folhapress
  • 14 Abr 2023
  • 14:04h

Foto: Ricardo Stuckert / PR

A ideia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de usar no comércio dos países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) as moedas dos integrantes da instituição é até possível, mas muito difícil, uma vez que é preciso alterar as estruturas que sustentam o dólar no centro do câmbio global, disse nesta quinta-feira (13) o economista do FMI (Fundo Monetário Internacional) Nigel Chalk, vice-diretor de Hemisfério Ocidental.
 

"Por que o Brics não pode ter uma moeda que possa financiar a relação comercial entre Brasil e China, entre o Brasil e os outros países?", questionou Lula nesta quinta em viagem à China. "Quem é que decidiu que era o dólar? Nós precisamos ter uma moeda que transforme os países numa situação um pouco mais tranquila, porque hoje um país precisa correr atrás de dólar para exportar."

Questionado sobre a fala, Chalk afirmou que o uso do dólar no comércio internacional não foi uma decisão, mas "um resultado do mercado."
 

"Para uma moeda ser usável em todos os lados, no comércio e nas finanças, é preciso haver muita sustentação institucional. Você precisa, por exemplo, de certa profundidade e liquidez nos mercados financeiros, de disponibilidade de dólares para financiamento, para providenciar recursos para o comércio", afirmou.
 

"Tanto exportadores quanto importadores gostariam de indicar sua própria moeda no lugar do dólar. Todas essas coisas aconteceram organicamente, não acredito que tenha havido um projeto. Mas uma vez que você tem isso, é muito difícil mudar para outro ecossistema, porque você vai ter que criar uma série de estruturas de apoio", disse o economista.
 

Chalk afirmou, porém, que isso é possível, dando como exemplo a internacionalização do yuan chinês, com instituições financeiras operando com comércio e empréstimos na moeda.
 

"Então não é impossível de fazer. É possível, mas demanda muito investimento. Não só no comércio, mas é preciso mapear a usabilidade da moeda, reservas, a infraestrutura da moeda e dos mercados financeiros."
 

A reportagem questionou o chefe do Banco Central da Índia, Shaktikanta Das, se haveria interesse na proposta de Lula, mas ele não quis fazer comentários com base apenas no discurso do presidente, sem ter acesso a um plano de como funcionaria.
 

Também na China, Lula criticou o FMI e defendeu que investimentos internacionais não significam transferência da comando da política econômica dos países em desenvolvimento. Ao sustentar o direito dos países a se endividarem para investir, afirmou: "Não cabe [ao FMI] ficar asfixiando as economias como estão fazendo agora com a Argentina".
 

Questionado sobre a fala, Chalk afirmou que "apoia o programa das autoridades argentinas". "As autoridades calibraram o programa deles na maneira como acham que é melhor para as circunstâncias domésticas. É o equilíbrio que precisam para estabilizar a economia reduzindo a inflação também com as necessidades sociais, e o papel do fundo é apoiar as autoridades nesse esforço."
 

Antes, o economista havia elogiado o arcabouço fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Afirmou que o fundo apoia que os brasileiros estejam pensando na formulação de sua estrutura institucional para política fiscal e que pode compartilhar experiências internacionais se o governo brasileiro achar útil.
 

"Ficamos favoravelmente impressionados com o que o ajuste fiscal propõe para o médio prazo", disse ele, citando a melhoria no saldo primário. "É ambicioso, mas também é consciente das necessidades sociais do país", afirmou.
 

A previsão do FMI para os próximos anos do Brasil sem aprovação do arcabouço fiscal no Congresso é de aumento da dívida pública e de retorno ao vermelho, com déficit primário após dois anos de superávit. O fundo prevê que a relação entre a dívida e o PIB aumente para 88,4%, e continue crescendo até atingir 96,2% em 2028, seguindo tendência global. O país também deve voltar a ter déficit primário neste ano, de 2% em relação ao PIB.

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Criticado em Brasília por seu temperamento “ríspido”, Rui Costa pede desculpas e diz que procura melhorar

  • Bahia Notícias
  • 25 Mar 2023
  • 08:05h

Rui teria entrado em conflito com Haddad | Foto: Diogo Zacarias

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), tem sido criticado por colegas de governo e parlamentares em Brasília por seu temperamento e pelo tratamento considerado “ríspido” dispensado a seus pares. Procurado pela Folha de S. Paulo para se manifestar sobre o assunto, o ex-governador da Bahia pediu desculpas e afirmou que tem procurado evoluir.

 

"Tenho meu temperamento, procuro evoluir sempre. Peço desculpas por eventuais erros, mas sempre procuro acertar: quero muito ajudar o presidente Lula a reconstruir o Brasil. Estou focado nisso e quero contribuir", disse Rui, através da sua assessoria.

Recentemente, Rui teria entrado em conflito com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O ministro paulista teria ficado esperando uma audiência com o ex-governador da Bahia durante 45 minutos. Passado esse tempo, Haddad acabou desistindo da reunião com Rui.

Nesta quinta-feira (23), Rui procurou Haddad para sinalizar uma pacificação entre as duas lideranças do governo. O encontro foi registrado em fotos, que foram amplamente publicadas nas redes sociais.

Ainda segundo a Folha, além do seu temperamento, Rui tem sido bastante criticado por aliados do governo por estar demorando em nomear as indicações para postos do segundo e do terceiro escalão da administração federal. Entretanto, o maior rigor do ministro na análise desses pedidos teria sido um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Rui é considerado o novo “braço direito” de Lula. Recentemente, o presidente da República afirmou que o ministro baiano é a sua “Dilma de calças”, em referência à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi sua ministra da Casa Civil e depois foi elevada à presidência.

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Bolsonaro admite que TSE pode torná-lo inelegível e vê eventual prisão como arbitrariedade

  • Folhapress
  • 15 Mar 2023
  • 18:14h

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (14) que pode voltar ao Brasil no dia 29 de março, mas que estudará a situação do país uma semana antes para tornar definitivo ou não o seu retorno.

Questionado se tentará concorrer ao Planalto em 2026, Bolsonaro respondeu afirmando que não é alvo de acusações de corrupção e mencionou a hipótese de se tornar inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por causa de reunião com embaixadores promovida no ano passado na qual criticou, sem provas, o sistema de votação.

"Existe essa possibilidade de inelegibilidade, sim. A questão de prisão, só se for uma arbitrariedade", disse.

Em evento com brasileiros nos EUA, ele ainda disse que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não é candidata a nenhum cargo Executivo, apesar de tê-lo ajudado na campanha eleitoral e, segundo ele, ter habilidades políticas.

Sobre o retorno ao Brasil, afirmou: "Eu sempre marco uma data para voltar, a data agora marcada é dia 29 desse mês. Quando falta uma semana, a gente estuda a situação, como é que tá o Brasil, como estão os contatos aqui."
 

O ex-mandatário afirmou que Michelle possui habilidades políticas, boa oratória e o ajudou na sua frustrada candidatura à reeleição. Disse também que ela chegou a "ser lançada" à Presidência para 2026, mas que "ficou revoltada". "Não é candidata para o Executivo", disse Bolsonaro.
 

Ele, porém, não negou a possibilidade de ela disputar outros cargos, referindo-se ao Legislativo. "Ela pode realmente aí, disputar um cargo eletivo", disse, citando depois os cargos de deputada federal e senadora.
 

A ex-primeira-dama também compareceu ao evento. Ela viajou nesta terça para os Estados Unidos.
 

Nesta terça, o ex-presidente também defendeu os presos após os ataques golpistas de 8 de janeiro em Brasília, afirmando que eles não se enquadram em nenhum dos crimes imputados. "O objetivo, no meu entender, disso tudo, é tentar sepultar a direita que mal nasceu", afirmou.
 

A fala sobre uma possível volta ao Brasil ocorre após Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho e senador, anunciar a volta do pai para o dia 15 desse mês, mas recuar 14 minutos depois.

 

"Acabou a espera! Bolsonaro vem aí! No dia 15 de março, o nosso Johnny Bravo volta para o Brasil. Já pode pendurar a bandeira verde e amarela e vestir as cores do nosso País. Juntos, vamos fazer uma oposição forte e responsável, pelo bem do nosso Brasil. Deus, pátria e família!", escreveu o primogênito de Bolsonaro.
 

O ex-presidente viajou para os EUA em 30 de dezembro de 2022, um dia antes de deixar a Presidência, e, rompendo uma tradição democrática, não passou a faixa presidencial para seu sucessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

No encontro, ele e a ex-primeira dama se reencontraram pela primeira vez após o surgimento do escândalo das joias da arábia, apreendidas pela Receita Federal e que supostamente seriam para Michelle.

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Jerônimo se reúne com Marina Silva e discute abastecimento de água no sertão com ministro do Desenvolvimento Regional

  • g1 BA
  • 10 Mar 2023
  • 13:12h

Foto: Daniel Senna/GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues se reuniu, nesta quinta-feira (9), com os titulares dos ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente, Waldez Goés e Marina Silva, respectivamente.

Com a ministra Marina Silva e o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Capobianco, o governador apresentou à ações que a Bahia pretende desenvolver na área e falou sobre projetos que podem ser feitos com o apoio federal, como o gerenciamento costeiro e a criação de unidades de preservação.

No ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, o governador discutiu serviços iniciais do projeto básico do Canal do Sertão, obra que deve ampliar o abastecimento de água para a região.

De acordo com o governo do estado serão 300 quilômetros de extensão de canal, com um investimento total de cerca de R$ 4,6 bilhões. O início das obras da primeira fase tem previsão para o segundo semestre de 2024.

Acompanhado de comitiva de secretários, Jerônimo também teve reuniões na Secretaria Geral da Presidência e com a direção do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

"Foi um dia de muito trabalho e mais uma vez o alinhamento com o governo federal nos permite tratar de temas importantes e ter o apoio necessário para trazer essas boas notícias para a Bahia", assegurou Jerônimo.

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Bento Albuquerque diz a auditores da Receita Federal que joias são para Michelle Bolsonaro

  • Andréia Sadi, Arthur Guimarães e Vladimir Netto
  • 09 Mar 2023
  • 11:11h

Foto: Reprodução/Globo

O então ministro das Minas e Energia do governo Bolsonaro, Bento Albuquerque, disse aos auditores da Receita Federal que as joias recebidas pelo governo da Arábia Saudita, avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões, eram para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. É o que mostram imagens gravadas no Aeroporto de Guarulhos, obtidas com exclusividade pelo blog.

"Isso tudo vai entrar lá pra primeira-dama", disse Albuquerque para os auditores da Receita Federal.

As imagens gravadas pelas câmeras de segurança do aeroporto são de 26 de outubro de 2021, quando Albuquerque havia desembarcado em Guarulhos. Apesar da tentativa de liberar as joias ainda no local, o ministro foi embora sem elas.

As joias (um colar, anel, relógio e um par brincos de diamantes, todos da marca de luxo suíça Chopard) foram apreendidas na mala de um integrante de uma comitiva do governo Bolsonaro que foi à Arábia Saudita.

O vídeo obtido pelo blog mostra que:

 

  • Auditores da Receita Federal encontraram as joias na bagagem de Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque.
  • Soeiro afirmou para os auditores, em um primeiro momento, que as joias eram um presente para o então ministro. Depois disso, explicou que Albuquerque tinha viajado para a Arábia Saudita para representar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
  • Por causa da demora na liberação das joias, o ex-assessor ligou para Bento Albuquerque, que foi até o local para tentar resolver a situação.
  • Auditores da Receita Federal explicaram ao ministro que as joias ficaram retidas porque não tinham sido declaradas. Os agentes disseram ainda que as caixas poderiam ser liberadas posteriormente sem o pagamento de impostos se fossem declaradas como um presente para o Estado Brasileiro.
  • Depois que os auditores explicaram o procedimento legal para a liberação das joias, Bento Albuquerque comentou que nunca tinha recebido um presente "tão grande". Momentos depois, afirma que as joias eram para Michelle Bolsonaro.

 

Confira mais abaixo, ao longo da reportagem, os detalhes de como as joias foram retidas e a conversa envolvendo o ex-assessor, o ex-ministro e os auditores da Receita Federal.

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Lula prepara pacote para mês da mulher de olho em efeito político-eleitoral

  • Por Marianna Holanda e Raquel Lopes | Folhapress
  • 06 Mar 2023
  • 12:05h

Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mobilizou seus ministérios para que apresentem ações para o mês da Mulher. Para dar um peso político à data, o petista pretende fazer uma grande cerimônia nesta quarta-feira, dia 8 de março, no Palácio do Planalto.
De acordo com integrantes do governo, são mais de 25 ações, coordenadas pela ministra Cida Gonçalves (Mulheres). Outras medidas serão lançadas ao longo do mês ou já foram anunciadas.

Dentre as ações, está a proposta de criar o Dia Nacional Marielle Franco e a construção de Casas da Mulher Brasileira e oficinas de fabricação de absorventes em presídios femininos.

 

 

Além de as mulheres representarem mais da metade da população, há um componente político-eleitoral no incentivo a essas medidas.
 

Durante as eleições, Lula foi beneficiado pela alta rejeição das mulheres contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
 

Por isso, ele credita parte da sua vitória a essa fatia do eleitorado. Ele tem dado destaque a elas em seus discursos e quer aproveitar março para reforçar essa mensagem.
 

Um episódio, narrado por Cida Gonçalves, sobre quando Lula convidou-a para assumir o ministério, explicita isso.
 

"Quero que você [Cida] saiba da responsabilidade que eu [Lula] estou te dando, porque quem me elegeu foram as mulheres. Portanto, você tem a responsabilidade de tocar aquilo que pra mim é mais caro nesse governo, que são as pessoas que, quando ninguém acreditava, foram lá e acreditaram em mim", contou a ministra em evento do Google com o Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), na última semana.
 

É também este segmento da sociedade que tem dado avaliações mais positivas à sua gestão. De acordo com a última pesquisa da Quaest, divulgada no final de fevereiro, 44% das mulheres avaliam como positivo o governo Lula 3, enquanto dentre os homens, é de 37%.
 

O levantamento entrevistou 2.016 pessoas entre os dias 10 e 13 de fevereiro.
 

O presidente anunciou na última semana uma das principais medidas que serão lançadas no próximo dia 8, em cerimônia no Planalto: a apresentação de um projeto de lei que estabeleça remuneração igual para homens e mulheres que exerçam a mesma função.
 

A ideia foi bandeira da então candidata e hoje ministra Simone Tebet (Planejamento). Foi incorporada pela campanha do petista e deve sair do papel na próxima semana.
 

Já existem leis sobre o tema, mas que, na prática, não são cumpridas. Os detalhes ainda estão sendo fechados pela Casa Civil. Segundo relatos, a nova lei deve ter reforços positivos e negativos às empresas, como outros países já fazem.
 

Nesta última semana, integrantes da sociedade civil foram ao Palácio do Planalto e levaram suas contribuições ao pacote.
 

Uma das principais ênfases do governo será com o tema feminicídio, como o próprio Lula destacou durante sua campanha. Segundo auxiliares palacianos, este tema, assim como a fome, tem se tornado uma das prioridades do chefe do Executivo —muitos atribuem essa mudança à primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.
 

Nesse sentido, um dos anúncios para o mês de março será a construção de Casas da Mulher Brasileira pelo país, política do programa "Mulher Viver, Sem Violência". Essa ação é feita pelo Ministério das Mulheres em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
 

A Casa da Mulher Brasileira é um programa que já existe desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). É um espaço público que concentra serviços especializados e multidisciplinares para o atendimento às mulheres vítimas violência, que vai desde o acolhimento até o serviço jurídico.
 

Segundo relatos, a intenção é que esses espaços sejam construídos não só nas capitais, mas também pelo interior do país.
 

As ações do governo também incluem o reforço no número de viaturas para patrulhas Maria da Penha —especializadas na proteção de mulheres— e de delegacias de atendimento à mulher.
 

"Todos os indicadores [de violência] aumentaram no último ano e em especial contra as mulheres negras, sendo necessária a retomada de investimentos em prevenção", disse Tamires Sampaio, assessora especial do Ministério da Justiça e Segurança Pública e coordenadora do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania),
 

Haverá também uma parceria da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) com a Secretaria de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública para o lançamento do Programa Dignidade Menstrual para pessoas em situação de vulnerabilidade, que consiste em oficinas para a fabricação de absorventes, fraldas e calcinhas por pessoas presas.
 

No âmbito da violência política, o ministério da Igualdade Racial vai anunciar o Dia Nacional Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política de Gênero e Raça, em 14 de março, mesma data do aniversário do assassinato da vereadora carioca. Sua irmã, Anielle Franco, é ministra da Igualdade Racial.
 

Os bancos federais, comandados pela primeira vez por mulheres, também anunciarão medidas para 8 de março. No Banco do Brasil, chefiado por Tarciana Medeiros, serão lançados neste mês produtos com condições especiais favoráveis às mulheres, como linha de crédito para empreendedoras.
 

Além disso, o governo Lula deve propor colocar como critério de desempate em licitações do governo federal a equidade de trabalhadores homens e mulheres. A ideia, do ministério da Gestão, de Esther Dweck, é para regulamentar um artigo da Lei das Licitações.
 

Ainda que a agenda para mulheres tenha sido colocada como prioridade durante a campanha, durante a transição, houve uma quebra de expectativa quando Lula anunciou só 11 ministras no seu primeiro escalão.
 

O número é recorde, mas ainda está aquém da paridade, uma vez que há 37 pastas na Esplanada.
 

Lula também nomeou pela primeira vez mulheres para o Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e para a Caixa Econômica Federal, Rita Serrano.
 

A uma pequena plateia de mulheres da sociedade civil e do mundo político, no evento do Google nesta semana, a ministra Cida Gonçalves reconheceu que são poucas no primeiro escalão, mas atribuiu isso ao machismo de partidos políticos, que fazem as indicações.
 

"Trazer empoderamento significa, além de sair da situação de violência e de ter autonomia financeira, fazer com que nossas mulheres sejam sujeitas de direito, esse é o desafio que Lula está colocando para nós. E ele tem mostrado isso, quando coloca 11 ministras no governo", disse.
 

"As pessoas perguntam: 'Mas não é pouco? São 37 ministérios'. É, sabemos que é [pouco]. Só que temos que vencer o machismo de quem indica, porque o problema não é do presidente Lula, é de quem indica, que são os partidos", completou.
 

Das 11 ministras, seis são diretamente ligadas a partidos políticos.
 

MEDIDAS DO MÊS DA MULHER
 

- Produtos em condições especiais no Banco do Brasil, como linha de crédito com taxa menor para agricultoras familiares ou empreendedoras.
 

- Programa Empreendedoras Tec para empresas e projetos tecnológicos liderados por mulheres.
 

- Dia Nacional Marielle Franco contra violência política.
 

- Colocar como critério de desempate em licitações do governo federal a equidade de trabalhadores homens e mulheres.
 

- Encontro Nacional das Mulheres das Águas e lançamento do prêmio Mulheres das Águas.
 

- Lançamento do Programa Dignidade Menstrual para pessoas em situação de vulnerabilidade.
 

- Edital de R$ 4 milhões para projetos municipais com foco na prevenção à violência e à criminalidade, com foco em mulheres.
 

- Edital de 1,5 milhão para financiar projetos para fomentar ações de geração de trabalho, renda e participação social para mulheres em situação de vulnerabilidade.
 

- Doação de 270 viaturas para as Patrulhas Maria da Penha.
 

- Reforço das estruturas das delegacias de atendimento à mulher.
 

- Construção de Casas da Mulher Brasileira em capitais e no interior do país.
 

- Desenvolvimento de encontros, eventos debates e balanços no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública com foco em gênero.

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