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Pesquisa Ipespe: Lula aparece com 43% e Bolsonaro tem 25%; Ciro e Moro somam 8%

  • Bahia Notícias
  • 11 Fev 2022
  • 18:28h

Fotos: Isac Nóbrega/PR / Deputado Rosemberg

Em nova pesquisa do Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (11), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 43% das intenções de voto no cenário estimulado. O petista é seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem 25%. Se comparado com o levantamento divulgado em janeiro, Lula caiu um ponto percentual e Bolsonaro subiu um. As variações estão dentro da margem de erro.

Os números são de uma eventual eleição com todos os pré-candidatos já confirmados e são de pesquisa estimulada, quando os nomes são apresentados ao entrevistado. Nesse caso, calcula o Ipespe, Ciro Gomes (PDT), e Sergio Moro (Podemos), empatam em terceiro lugar, ambos com 8%. Em quinto vem João Doria (PSDB), com 3%, seguido por André Janones, (Avante), e Simone Tebet (MDB), cada um com 1%.

Rodrigo Pacheco, do PSD, Luiz Felipe D’Avila, do Novo e Alessandro Vieira, do Cidadania, não pontuaram.

Ainda conforme divulgado pela pesquisa, na espontânea, Lula aparece com 36% das intenções de voto contra 24% para Bolsonaro. Na comparação com a última pesquisa, ambos cresceram um ponto percentual.

Pesquisa Genial/Quest: Lula tem quase o dobro de intenção de voto que Bolsonaro

  • Bahia Notícias
  • 09 Fev 2022
  • 16:42h

Foto: Ricardo Stuckert / Agência Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) mantém margem considerável de intenções de voto contra Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisa Genial/Quest, divulgada nesta quarta-feira (9).

Na estimulada, em que os entrevistados são apresentados aos candidatos colocados até o momento, Lula varia de 45% a 47% e Bolsonaro, de 23% a 26%. Já na pesquisa espontânea, o número de indecisos passou de 52% para 48%, Lula chegou a 28% e Bolsonaro manteve 16%. A pesquisa fez duas mil entrevistas entre 3 e 6 de fevereiro  e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Em relação à avaliação do governo, Bolsonaro continua com mais de 50% de rejeição -- este mês, chegou a 51%, contra 50% de janeiro, mas dentro da margem de erro. Além disso, 80% dos brasileiros desaprovam a maneira como o presidente conduz o combate à inflação; 65% são críticos ao combate à violência; 63% reclamam do combate à pandemia; 62% consideram negativas as políticas de geração de empregos; e 61% consideram negativa a forma como Bolsonaro combate a corrupção. Para 35% dos entrevistados, o maior problema do país neste momento é a economia. Outros 27% dizem que é a saúde. Confira os cenários de intenção de voto no 1º turno:

Cenário 1 – Estimulada

 

Lula (PT) – 45%

Bolsonaro (PL) – 23%

Moro (Podemos) – 7%

Ciro Gomes (PDT) – 7%

João Doria (PSDB) – 2%

André Janones (Avante) – 2%

Simone Tebet (MDB) – 1%

Rodrigo Pacheco (PSD) – 0%

Felipe d’Ávila (Novo) – 0%

Branco/nulo/não vai votar – 8%

Indecisos – 5%

 

Cenário 2 – Estimulada

Lula (PT) – 45%

Bolsonaro (PL) – 24%

Moro (Podemos) – 9%

Ciro Gomes (PDT) – 8%

João Doria (PSDB) – 3%

Branco/nulo/não vai votar – 8%

Indecisos – 4%

 

Cenário 3 – Estimulada

Lula (PT) – 45%

Bolsonaro (PL) – 24%

Moro (Podemos) – 9%

Ciro Gomes (PDT) – 8%

André Janones (Avante) – 2%

Branco/nulo/não vai votar – 8%

Indecisos – 4%

 

Cenário 4 – Estimulada

Lula (PT) – 47%

Bolsonaro (PL) – 26%

Ciro Gomes (PDT) – 9%

André Janones (Avante) – 3%

Branco/nulo/não vai votar – 10%

Indecisos – 4%

 

Já no segundo turno o instituto simulou cinco cenários, todos com vitória de Lula: sobre Bolsonaro (54% a 30%); Moro (52% a 28%); Ciro (51% a 24%); Doria (55% a 16%); e Janones (56% a 14%). O índice de nulos e brancos cresce respectivamente em cada uma dessas simulações, variando de 13% a 26%.

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Lula e Moro são vítimas de fake news promovidas por evangélicos pró-Bolsonaro

  • por Anna Virginia Ballousier e Victoria Azevedo | Folhapress
  • 08 Fev 2022
  • 12:12h

Foto: Ricardo Stucket / Marcelo Camargo / Divulgação

A ONU tão adorada pela esquerda, que os irmãos fiquem sabendo, afirmou que "a igreja cristã é inimiga dos direitos humanos". O plano da organização, portanto, é virar uma "religião mundial" e impor "leis humanitárias, e não espirituais, para que o mundo não esteja sujeito à doutrina cristã".
 

Falso, claro. Mas é o que diz um vídeo apócrifo que circula entre fiéis de Carapicuíba (SP).
 

E o que dizer do Lula possuído? "E eu estou falando com o demônio e o demônio está tomando conta de mim", diz áudio que também passeou por igrejas locais.
 

Ele já foi desmentido por mais de uma agência de checagem de fatos. A Lupa, por exemplo, mostrou que a fala do ex-presidente petista foi recortada e tirada de contexto, dando a impressão de que ele batia um papo com o capeta.
 

O que Lula disse, na verdade, era justamente um alerta contra fake news que coalham o debate público. "E nas redes sociais do bolsonarismo eles estão dizendo que eu tenho relação com o demônio, que eu estou falando com o demônio e o demônio estava tomando conta de mim."
 

Essa é uma "soft", leve, ironiza Sérgio Ribeiro, fiel da Igreja A Serviço do Rei Jesus e petista que já foi prefeito de Carapicuíba.
 

Ele envia à reportagem mais de 50 conteúdos inverídicos ou distorcidos que ricocheteiam por grupos de WhatsApp com evangélicos da cidade. Sempre com o aviso de "encaminhado com frequência" que acompanha mensagens muito repassadas no aplicativo.
 

A infestação de fake news nos celulares escancara como religiosos pró-Jair Bolsonaro (PL) usam a máquina do ódio contra os dois candidatos vistos como ameaças à reeleição do presidente.
 

Lula é o alvo preferencial, mas o ex-juiz Sergio Moro, tido como o adversário que mais periga tirar Bolsonaro do segundo turno, também está na mira.
 

"As pesquisas mostram que Lula e Bolsonaro praticamente empatam no público evangélico. A estratégia da mentira deve se intensificar por causa disso", afirma Luis Sabanay, reverendo presbiteriano na coordenação nacional do Núcleo Evangélico do PT.
 

São mentiras ou deturpações forjadas com base em valores morais, diz. Há ainda tentativas de instigar o pudor cristão, emulando um Brasil sob ataque de progressistas lascivos.
 

Caso deste texto exportado do site De Olho News, com clara intenção de chocar mentes pudicas: "Homem faz tatuagem no ânus em protesto a Bolsonaro".
 

No começo do mês, o site da campanha lulista compilou desinformações contra o pré-candidato. O texto atribui, por exemplo, à "inveja dos bolsonaristas" a retomada de uma notícia falsa que varreu as redes em 2021, sobre a participação do ex-presidente no Fórum Econômico Mundial de 2003.
 

"Segundo a falsificação de bastante mau gosto, ao longo do evento, o então mandatário estava embriagado e tinha se urinado e por isso precisou ser retirado 'discretamente' de seu painel."
 

Outra fake news recorrente foca o eleitorado católico. O áudio, creditado ao padre Marcelo Rossi, alerta sobre os riscos de um eventual governo de esquerda --a assessoria do clérigo nega a veracidade do conteúdo.
 

"Se você ama a liberdade religiosa, a família e o Brasil, ouça com atenção o que esse religioso revela", diz mensagem que acompanha a mídia. Nela, um homem diz que o Brasil vive uma crise moral e que os valores da igreja "já estão sendo desprezados".
 

Caso Lula seja eleito, já era, diz. "Não será como da primeira vez, você não vai ver o Lulinha paz e amor. Vai ser o Lulinha revolucionário que vai tentar implantar o modelo político que ele acha que é melhor para o Brasil."
 

Populares são também opiniões, vendidas como fato, sobre a incompatibilidade entre servir a Cristo e ser esquerdista.
 

"Se você se diz cristão e ainda vota na esquerda, há apenas duas possibilidades: ou você não segue realmente os ensinamentos do cristianismo ou os segue e ainda não entendeu o que a esquerda é verdadeiramente", diz texto publicado pela Igreja Universal em janeiro.
 

Vai na mesma toada André Valadão, pastor que nas últimas semanas recebeu em sua igreja nos Estados Unidos o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o ministro Fábio Faria (Comunicações) e o foragido Allan dos Santos, do site Terça Livre.
 

Querido por jovens evangélicos, ele tem uma caixinha de perguntas e respostas no Instagram. Eis que um seguidor se apresentou como cristão, eleitor do Lula e pró-aborto. "E tudo bem, Jesus me ama e aceita e não estou pecando", concluiu. "'Cê' não é crente de jeito nenhum, não é mesmo", respondeu Valadão.
 

O secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, diz que o partido dispõe de uma central para reunir denúncias de fake news que, se necessário, são encaminhadas para uma equipe jurídica. "É possível ver de onde essas notícias falsas estão vindo. E elas não têm a ver com disputa política, são mentiras."
 

O PT planeja lançar um programa voltado só para evangélicos na TV da legenda no YouTube. A iniciativa será replicada em redes sociais e, segundo Tatto, é uma maneira de combater essas notícias falsas.
 

O partido também discute a produção de pequenos vídeos, a partir de março, para desmentir falsidades. A ideia é fazê-los na medida para as redes sociais.
 

Na avaliação de petistas, os ataques podem ter aumentado neste começo de ano após levantamentos apontarem que esse eleitorado não é tão fiel a Bolsonaro quanto querem fazer acreditar pastores próximos ao presidente.
 

Pesquisa Datafolha de dezembro mostrou que, para 43% dos evangélicos, Lula foi o melhor presidente que o Brasil já teve. Isso é mais do que o dobro do montante (19%) que prefere Bolsonaro.
 

O canhão digital tem também em sua reta Moro, persona non grata no bolsonarismo desde que saiu da Esplanada e passou a criticar o ex-chefe. A intensidade dos ataques escalou após o ex-juiz oficializar sua disposição de enfrentar Bolsonaro nas urnas, o que pode provocar uma cisão no eleitorado antipetista.
 

Repercutiu em templos um vídeo em que o pastor Silas Malafaia equipara Moro ao discípulo que traiu Jesus. "Além de ser Judas, é um covarde, porque esperou um momento difícil de Bolsonaro [...] para tentar sair em glória e se ferrou."
 

Outro rótulo que correntes virtuais tentam colar nele mexe com o brio conservador do eleitor. "Comece pregando o Evangelho para o abortista Moro", dizia um comentário em post da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos).
 

Fundador da entidade, Uziel Santana hoje coordena a campanha morista no campo evangélico.
 

Moro diz ser, pessoalmente, contra o aborto. Já politicamente, advoga pela manutenção da atual lei, que permite a mulheres abortar em caso de risco de morte da mãe, anencefalia do feto e estupro.
 

"Infelizmente, existe uma máquina de promoção de fake news contra Moro porque a aceitação dele entre pastores, líderes e fiéis têm sido ampla", diz Santana. "Espero que essa máquina não seja usada por nenhum líder cristão, pois isso seria um péssimo testemunho para todos."
 

Historicamente, as desinformações relacionadas à moralidade religiosa "afetam fortemente ambientes religiosos", diz Magali Cunha, editora-geral do Bereia, coletivo que analisa potenciais inverdades que abordem conteúdos sobre religião --em pouco mais de dois anos, foram 285 checagens.
 

Vide a mamadeira com bico em formato de pênis supostamente distribuída em creches paulistanas, mais infame notícia falsa a atingir a campanha do presidenciável Fernando Haddad (PT) em 2018.
 

Cunha aposta, contudo, que em tempos de crise econômica, quando a população se vê às voltas com fome e desemprego, "estas pautas perdem força de afetação".
 

Nas eleições municipais de 2020, por exemplo, já arrefeceram um bocado. "Neste caso, o acionamento do imaginário do inimigo e da perseguição a cristãos, como o tema da cristofobia, tende a ser mais explorado."

Ala do União Brasil quer liberdade para apoiar de Bolsonaro a Lula, diz coluna

  • Bahia Notícias
  • 07 Fev 2022
  • 13:53h

Foto: Max Haack / Secom

Lideranças do União Brasil no Nordeste atuam, nos bastidores, para que a nova legenda não apoie oficialmente nenhum candidato à Presidência da República para as eleições de outubro. É o que diz a coluna Igor Gadelha, do Metrópoles.

Segundo as informações, essa ala da sigla prefere que cada diretório estadual tenha liberdade para decidir quem vai apoiar, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PL) ou até Lula (PT). A avaliação é de que será impossível o União Brasil encontra um nome de consenso para atender as necessidades regionais do partido.

Ainda conforme divulgado, o desejo pela "neutralidade" vem principalmente de uma ala ligado ao DEM. O União Brasil nasceu da fusão entre DEM e PSL.

"A necessidade do Ronaldo Caiado [governador de Goiás e candidato à reeleição] é diferente da necessidade do ACM Neto (candidato da sigla ao governo da Bahia)", afirmou em reservado uma liderança do DEM.

Diante desse cenário, essa ala do partido avalia que liberar os diretórios regionais seria o melhor caminho para garantir a eleição de uma bancada robusta na Câmara dos Deputados.

A posição, contudo, é diferente do grupo do União Brasil advindo do PSL, que defende uma aliança com o ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato do Podemos ao Palácio do Planalto.

Lula e Kassab devem se encontrar na próxima semana; pauta inclui formação de chapa

  • Bahia Notícias
  • 06 Fev 2022
  • 07:23h

Encontro entre os dois políticos, em 2008 | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O ex-presidente Lula (PT) e o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) devem se encontrar durante a próxima semana. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim em O Globo, a reunião deverá funcionar como um espaço de ajustes para uma possível aliança política entre os partidos que lideram.

O colunista afirmou que o encontro seria realizado na semana passada, mas teve que ser adiado porque o paulista foi diagnosticado com a Covid-19.

Lula estaria interessado no apoio do Partido Social Democrático (PSD) já no primeiro turno das eleições que vão escolher governadores, senadores, deputados e o futuro presidente do Brasil.

No raio de intenções de Kassab para com o petista estariam a possibilidade de apoiar o PT, o desejo de ser o vice dele no pleito deste ano ou até mesmo a declaração de voto na chapa de Lula num segundo turno.

Maiquinique: TRE-BA mantém cassação de prefeito e vice por abuso de poder econômico

  • por Francis Juliano
  • 03 Fev 2022
  • 13:21h

Foto: Divulgação

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) determinou a cassação dos mandatos do prefeito e da vice de Maiquinique, no Médio Sudoeste baiano, Jesulino Porto (DEM) e  Marizete Gusmão (PMB), respectivamente.

Em sessão desta quinta-feira (3), o Tribunal manteve por maioria de votos a cassação dos dois, deferida antes pela juíza Giselle de Fátima Ribeiro (clique aqui). O gestor, então candidato à reeleição, é acusado de abuso de poder econômico devido a uma carreata, realizada no dia 17 de outubro.

Na ocasião, foram distribuídos combustíveis em um posto pertencente ao prefeito-candidato. Segundo a acusação, a carreata reuniu 320 veículos, entre carros e motos, autorizados a abastecer de forma irrestrita seus transportes.

PT avalia que reforma fragilizou Previdência e que é preciso rediscutir financiamento

  • por Fábio Zanini | Folhapress
  • 02 Fev 2022
  • 14:34h

Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

O PT avalia que a reforma da Previdência aprovada em 2019 pelo Congresso inviabilizou o sistema hoje existente. Em debates que deverão ser usados como subsídio para o programa de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, economistas do partido defendem novamente mudar o modelo.
 

"A reforma destruiu a Previdência, nós vamos ter que reconstrui-la", diz Clemente Ganz, ex-diretor do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e um dos coordenadores do grupo sobre trabalho e Previdência da Fundação Perseu Abramo, entidade ligada ao partido que está à frente de discussões programáticas.
 

Segundo esta visão, a "precarização" do trabalho implementada sobretudo no governo de Michel Temer (MDB) retirou uma fonte de financiamento importante da Previdência, gerado déficits crescentes.
 

"O que foi colocado como ambiente regulatório no mundo do trabalho inviabilizou o modelo contributivo no médio prazo. O Estado vai ter que cobrir. Cada ano vai ter que aumentar o aporte do Tesouro para financiar o sistema", afirma Ganz.
 

A discussão sobre novos modelos de financiamento para a Previdência ainda não está fechada no partido, mas não deverá prever uma reversão de medidas como o aumento da idade mínima para aposentadoria, um dos principais pontos da reforma.
 

"O grande problema da Previdência não estava necessariamente na idade. É desproteger trabalhadores. Nós temos que reverter isso. Não é possível que daqui a dez anos encontremos 10 milhões de velhos mendigando nas ruas".
 

O foco é envolver governo, trabalhadores e empresários na tentativa de encontrar novas formas de financiamento. Uma ideia citada por Ganz é fazer a desoneração da folha salarial e mudar a estrutura tributária.
 

"Talvez a gente tenha que pagar um pouco mais para ter a garantia da Previdência para nossos filhos lá na frente, isso é uma repactuação com a sociedade", afirma o economista.

Ipespe mostra Lula no topo das intenções de voto, com 44%; Ciro e Moro empatam

  • Bahia Notícias
  • 28 Jan 2022
  • 16:05h

Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Lula segue como o predileto nas intenções de voto para o pleito eleitoral deste ano. Uma pesquisa do instituto Ipespe divulgada nesta quinta-feira (27) apontou que o petista mantém 44%, independente da lista de candidatos apresentada na disputa. 

O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) aparece como o segundo na lista, variando de 24% a 26%, a depender do cenário apresentado. Os ex-ministros Sergio Moro (Podemos) e Ciro (PDT) aparecem empatados em terceiro lugar com 8%. O pedetista vai a 9% sem o ex-juiz no levantamento.

O levantamento mostra também que Lula tem possiblidades reais de vencer no primeiro turno, já que os 44%, acima dos 43% registrados pelos demais candidatos somados no cenário 2, sem Moro.

João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB), Rodrigo Pacheco (PSD), Alessandro Vieira (Cidadania) e Felipe D'Ávila (Novo) estão mais distantes na briga pela cadeira de presidente, que emplacaram apenas 1% das intenções de voto, com exceção de Doria, que tem 2%. Num cenário sem Moro, o tucano sobe para 4%. 

O Ipespe também mediu a performance dos presidenciáveis num cenário espontâneo. Lula tem 35%, Bolsonaro vem em seguida 23% e Moro desce para 4% - empatado com Ciro Gomes.

Segundo a Carta Capital, os demais candidatos, o único que registra alguma pontuação na pesquisa estimulada é Doria com 1% das intenções de voto. Brancos e nulos marcam 6%, neste caso, e 26% não souberam ou não quiseram responder ao questionamento.

Houve, em comparação ao levantamento anterior, uma estabilidade nos números. Moro e Ciro foram os únicos a registrarem movimentações, ainda que pequenas, na parte de cima da disputa. O candidato do Podemos caiu de 9% para 8%, enquanto o ex-governador do Ceará subiu de 7% para 8%.

Em um possível segundo turno, Lula venceria em todos os cenários por uma diferença de pelo menos 79 pontos percentuais. Bolsonaro, por sua vez, perderia para todos os concorrentes pesquisados.

Mil pessoas foram ouvidas pelo Ipespe em todas as regiões do país. O levantamento foi feito por telefone entre os dias 24 e 25 de janeiro. A pesquida apresenta uma margem de erro de 3,2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95,5%.

Vídeo: Fake news disparada para evangélicos simula Lula admitindo pacto com demônio

  • Bahia Notícias
  • 28 Jan 2022
  • 08:35h

Foto: Reprodução / Youtube

Um vídeo falso que circula nas redes sociais e em diversos grupos de WhatsApp, mostra o ex-presidente Lula dizendo que conversou "com o demônio". A montagem, destinada a grupos evangélicos, foi feita em cima de um vídeo em que Lula discursa num encontro com representantes de religiões de matriz africana na Bahia.

Conforme divulgou o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, no vídeo original, Lula disse: “Ontem, quando eu cheguei, as mulheres jogaram pipoca em mim e me entregaram um Xangô, e nas redes sociais do bolsonarismo, eles estão dizendo que eu tenho tenho relação com o demônio, que eu estou falando com o demônio e que o demônio está tomando conta de mim. É uma campanha massiva, é uma campanha violenta, como eles sabem fazer, do mal”.

Já no vídeo editado, foi retirada a parte em que Lula diz que nas redes sociais do bolsonarismo estão dizendo isso. Com o corte feito no vídeo falso, parece que Lula é quem diz que está falando com o demônio, que estaria tomando conta dele. A montagem faz parecer que Lula teria dito isso: “Ontem, quando eu cheguei, as mulheres jogaram pipoca em mim e me entregaram um Xangô e uma relação com o demônio. Eu estou falando com o demônio e o demônio está tomando conta de mim”.

No encontro, que foi transmitido ao vivo pelo YouTube, o ex-presidente relembrou que é católico, mas que todas as religiões serão tratadas da mesma forma, se ele for eleito.

O vídeo foi repassado à coluna por uma das principais lideranças evangélicas do país, que não havia percebido a edição e o compartilhou acreditando que se tratasse de um vídeo verdadeiro.

Aliados de Lula e Alckmin veem aliança pavimentada mesmo com desgastes

  • por Carolina Linhares | Folhapress
  • 17 Jan 2022
  • 12:11h

Foto: Ricardo Stuckert

Aliados do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) avaliam que a construção da chapa conjunta está pavimentada e que a união demonstrou, nos últimos dias, resistir a desafios de ordem programática e partidária.
 

Mesmo com as linhas gerais do plano econômico de Lula divulgadas na Folha em um artigo do ex-ministro Guido Mantega e a ampliação do debate no PT sobre a revogação da reforma trabalhista, interlocutores de Alckmin afirmam que diferenças pontuais nas propostas do petista e do ex-tucano não serão entraves para a aliança.
 

A leitura de quem acompanha as conversas entre Lula e Alckmin é a de que ambos querem fazer a chapa acontecer e, para isso, estão dispostos a superar diferenças --a união pode ser anunciada em fevereiro.
 

O ex-governador abandonou os movimentos para disputar novamente o Palácio dos Bandeirantes e se concentrou em debater o país.

Lula, por sua vez, não viu mais surgirem especulações de nomes de vices depois que o de Alckmin entrou na roda. Petistas afirmam que, na opinião do ex-presidente, o jantar que os reuniu publicamente demonstrou que as resistências no partido e na opinião pública foram menores que o esperado.
 

No entanto, a chapa encontra opositores no PT e no PSDB. Tucanos que contavam com Alckmin em São Paulo para fazer frente ao PSDB do presidenciável João Doria e do seu candidato no estado, Rodrigo Garcia, demonstram decepção e não descartam que o ex-governador volte atrás na escolha por Lula.
 

Embora a velha guarda tucana admita que o PSDB raiz que defendem já foi próximo do PT, lembrando a boa relação entre Lula e FHC nos anos 1970 e 1980, o entendimento é o de que o petista se deixou corromper no poder e que Alckmin não pode se associar a isso. As diferenças programáticas seriam superáveis; as éticas, não.
 

Entre as divergências no plano de governo, a ideia de rever a reforma trabalhista, discutida por Lula em reunião com sindicalistas e economistas na terça-feira (11), foi tema de café da manhã entre Alckmin e o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), no dia anterior.
 

Paulinho, que é contrário à revogação da reforma, afirmou à Folha que Alckmin demonstrou haver preocupação do mercado com essa iniciativa.
 

Mais tarde, petistas e alckmistas passaram a divulgar que o ex-governador, na verdade, demonstrou interesse em estudar o tema e entendia a proposta de Lula não como algo radical, mas como uma iniciativa de diálogo entre as partes para melhorar a legislação.
 

Como mostrou a Folha, membros da cúpula do PT fizeram chegar a Alckmin explicações sobre a proposta. A missão teria apaziguado eventuais estranhamentos do ex-governador em relação ao que sugere o ex-presidente quando fala em imitar o exemplo da Espanha, que revogou a reforma trabalhista.
 

A postura de Alckmin, contudo, irritou parte dos membros do PT, já que a reversão das mudanças é pauta do partido praticamente desde que a medida foi aprovada no governo Michel Temer (MDB).
 

A conversa com Paulinho, registrada em foto e divulgada nas redes, sinalizou ainda que embaraços de ordem partidária à formação da aliança também tendem a ser solucionados. No encontro, o deputado reforçou o convite para que Alckmin se filie ao Solidariedade e componha a chapa com Lula. O ex-tucano ainda não deu resposta.
 

O plano original é o de que Alckmin se filie ao PSB, partido que forneceria a Lula a vice-presidência e que formaria uma federação ou aliança com o PT. Em troca, os petistas abririam mão de candidaturas próprias e apoiariam os pessebistas em cinco estados: RJ, ES, RS, PE e SP.
 

A questão paulista, no entanto, travou a negociação. O PT não abre mão de lançar o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que aparece à frente do ex-governador Márcio França (PSB) nas pesquisas. O partido argumenta ainda que São Paulo é um estado chave, berço do petismo, e que há chance real de vitória.
 

Do lado do PT, a expectativa é a de que França ocupe outra vaga na chapa, mas também existe o reconhecimento de que ele tem direito de concorrer --num cenário em que Haddad e o ex-governador se enfrentariam nas urnas.
 

Já o PSB tampouco está disposto a abrir mão da candidatura de França, que abriu diálogo com o PDT de Ciro Gomes --o ex-governador esteve com o presidente da sigla, Carlos Lupi, neste ano. Sem nome próprio para a Presidência, o partido estaria entre apoiar Ciro ou Lula.
 

Petistas entendem que o PSB, ao usar Alckmin como moeda de troca na questão paulista, negocia um ativo que não possui. Primeiro porque ele não está filiado ao PSB. Segundo porque Alckmin já demonstrou que quer ser vice de Lula em qualquer partido e que seu projeto não está atrelado ao de França --algo com que alckmistas concordam.
 

A vantagem de Alckmin no PSB seria agregar à campanha de Lula um partido grande --maior do que o Solidariedade ou o PV, que são outras opções. Mas há entre petistas e membros da terceira via quem aposte que Gilberto Kassab, presidente do PSD, poderia ser vice do Lula, o que supriria essa demanda por uma sigla de peso na coligação.
 

Kassab, porém, afirma que seu partido lançará a candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD) à Presidência. E petistas esperam que, de uma forma ou de outra, o PSB se junte ao PT, já que Ciro estacionou nas pesquisas.
 

O entorno de Alckmin acredita que há tempo para que esse imbróglio partidário se resolva. Em outra frente, tampouco as propostas à esquerda no programa do PT seriam obstáculo intransponível.
 

Petistas e alckmistas lembram conceitos defendidos tanto por Lula como pelo PSDB raiz, como responsabilidade fiscal, desenvolvimento social e defesa de uma política tributária mais justa.
 

Além disso, aliados de Alckmin esperam que o programa de governo não seja imposto, mas discutido --já que o ex-governador seria um vice não decorativo.
 

Outro ponto mencionado é o de que Alckmin retomou sua agenda pública no ano passado, após terminar a eleição presidencial de 2018 com menos de 5% dos votos, comparecendo a encontros e reuniões de sindicatos e centrais. Desde então, adotou como tema principal a questão do emprego e da renda, além da superação da crise econômica.
 

Deputados do PT admitem que a escolha por Alckmin pode cair mal entre eleitores ligados à segurança pública, à educação e aos direitos humanos, mas argumentam que esses problemas são administráveis.
 

Os entusiastas da chapa Lula-Alckmin também já têm resposta para quem resgata atritos entre eles ou falas de um contra o outro. Interlocutores de Lula argumentam que Alckmin, no Governo de São Paulo, teve excelente relação com o então presidente petista e com o então prefeito Haddad.
 

Eles relembram episódios de pontes, como quando Alckmin e Haddad anunciaram juntos o recuo no aumento de R$ 0,20 no transporte, em 2013. Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu, na semana passada, frase de Alckmin sobre a candidatura de Lula em 2018 --a de que uma vitória petista seria uma volta à cena do crime.
 

Integrantes da cúpula petista dizem que, de qualquer forma, a formalização da escolha de Lula por Alckmin aplacará críticas no partido. Já no grupo político que apoia o ex-tucano em São Paulo, o clima é de insatisfação e cobrança.
 

O ex-governador se fragiliza ao entrar em conflito com seus companheiros históricos no PSDB e deveria rever a parceria com Lula, opinam. Esses políticos já se reuniram na semana passada em busca de alternativas no estado --como apoiar o tucano Garcia ou lançar um novo nome no PSD.
 

O PSD havia oferecido legenda a Alckmin para que ele disputasse o Governo de São Paulo. O ex-governador não avançou nas conversas, sinalizando a preferência pela vice.
 

Agora, Kassab trabalha com outros nomes da ala alckmista do PSDB como opções --os prefeitos Felicio Ramuth (São José dos Campos) e Paulo Serra (Santo André) e o ex-prefeito Paulo Alexandre Barbosa (Santos).
 

O senador José Aníbal (PSDB-SP), entusiasta da terceira via, diz que falta um programa consistente à chapa Lula-Alckmin. "É um acerto frágil, um acordo sem propósito claro a não ser ganhar a eleição", diz.
 

Apoiadores da chapa minimizam as críticas e apostam no simbolismo de uma dupla que, para eles, aponta para um governo de conciliação, diálogo e união nacional. Para superar o bolsonarismo, argumentam, é preciso deixar diferenças pessoais e ideológicas para trás, e Lula e Alckmin teriam o desprendimento para isso.

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Prevendo cenário de guerra, MST se organiza com calendário de mobilização pró-Lula

  • por Fábio Zanini | Folhapress
  • 14 Jan 2022
  • 07:25h

Foto: Ricardo Stuckert

Prevendo um cenário de guerra para 2022 devido à polarização política no país, o MST (Movimento Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e outros movimentos têm articulado ações pró-Lula até as eleições.
 

O calendário inclui, até agora, manifestações em março (luta das mulheres), abril (lutas camponesas) e maio (oposição a Bolsonaro).
 

As lideranças do MST têm dito que a mobilização de rua em 2022 terá papel central nas eleições deste ano, diferentemente das anteriores, e por isso acreditam ser crucial marcar posição em favor do candidato do PT contra Jair Bolsonaro (PL).
 

MST, CUT, Central de Movimentos Populares, Marcha das Mulheres e Conen (Coordenação Nacional de Entidades Negras) realizarão em fevereiro o primeiro encontro dos chamados "comitês populares", que também farão campanha nos bairros, locais de trabalho e de estudo e nas redes sociais ao longo do ano.
 

Entre as pautas defendidas pelo MST nas mobilizações estarão o fim do teto de gastos, a revogação da reforma trabalhista, a taxação de ricos a partir de uma reforma tributária progressiva e a criação de um programa emergencial para tratar da questão dos acampados no campo e na cidade, além da retomada das políticas públicas para negros, mulheres e a população LGBTQIA+.

Líder do governo quer que Bolsonaro não dê aumento a policiais para conter greve

  • por Thiago Resende | Folhapress
  • 08 Jan 2022
  • 09:34h

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), tem sugerido que, para conter o movimento grevista, nenhum servidor público federal tenha reajuste salarial em 2022 -nem mesmo as categorias de policiais federais que esperam uma reestruturação prometida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ampla mobilização no funcionalismo por reajuste salarial foi deflagrada após o lobby de policiais federais surtir efeito e as corporações ouvirem de Bolsonaro que haverá recursos para aumentos de salário em 2022, ano eleitoral. Essas categorias fazem parte da base eleitoral do presidente.

Na avaliação de Barros, a solução para conter a pressão é que Bolsonaro recue da promessa feita a policiais, e que os salários de todos os servidores federais não sejam reajustados neste ano. "Não dar nada a ninguém", defendeu Barros à Folha.

Após o envolvimento direto de Bolsonaro na articulação em defesa do aumento a policiais, está prevista no Orçamento de 2022 uma verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste salarial no funcionalismo, mas não há no texto uma previsão de uso dos recursos exclusivamente para as carreiras policiais.

Apenas PF, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Depen (Departamento Penitenciário Nacional), além de agentes comunitários de saúde, obtiveram promessa de reajuste por parte de Bolsonaro.

Mas diversos sindicatos de servidores se mobilizam para conseguir abocanhar ao menos parte dessa verba ou conseguir mais espaço no Orçamento destinado a corrigir salários de funcionários públicos.

Nos cálculos do governo, cada aumento de 1% linear a todos os servidores gera impacto de R$ 3 bilhões para a União.

Representantes da elite do funcionalismo dizem que a maioria dos servidores públicos federais está com o salário defasado em 27,2%, pois não há reajuste desde 2017.

Em novembro, Bolsonaro chegou a prometer um reajuste amplo para os servidores federais, mas não especificou a taxa de correção dos salários.

Por causa do aperto no Orçamento, a medida foi descartada por líderes do Congresso, inclusive por aliados do presidente.

Um aumento generalizado nos salários do funcionalismo federal exigiria um corte de despesas em 2022 que deveria reduzir o espaço das emendas parlamentares.

Emendas são mecanismos para que deputados e senadores enviem recursos do Orçamento para obras e projetos em suas bases eleitorais e, dessa forma, ganham ainda mais capital político. Essa verba tem atenção especial em 2022 por causa da eleição.

Se o governo ceder à pressão e passar a defender um reajuste salarial amplo, será necessário cortar gastos em outra área, como o funcionamento da máquina pública ou emendas.

Líderes de partidos alinhados a Bolsonaro rejeitam a possibilidade de discussão sobre reajuste a servidores se a solução for reduzir a verba para emendas parlamentares.

O cálculo de congressistas é o seguinte: o benefício político para eles é maior quando recursos são destinados diretamente a melhorias em suas bases eleitorais. Um reajuste amplo ao funcionalismo teria um efeito político menor na disputa que cada parlamentar tem que enfrentar nas urnas.

O governo ainda não fez gestos significativos para tentar conter a pressão dos servidores. Foram realizadas algumas reuniões pontuais entre integrantes do Executivo e representantes da elite do funcionalismo, mas não houve avanço nem a abertura de uma mesa de negociação.

Com isso, o movimento grevista avança. A previsão é que mais categorias aprovem em assembleia a adesão à proposta de paralisação geral em 18 de janeiro, apresentada pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

O Fonacate reúne 37 associações e sindicatos de carreiras de estado, sendo que cerca de 30 são de categorias do serviço público federal, como CGU (Controladoria-Geral da União), diplomatas, analistas de comércio exterior, Tesouro Nacional, Receita Federal e auditores do trabalho.

Lula supera Sergio Moro com biografia em lista de livros mais vendidos

  • por Folhapress
  • 04 Jan 2022
  • 16:49h

Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução/Facebook/Lula

O primeiro volume da biografia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escrita por Fernando Morais e publicada pela Companhia das Letras, apareceu à frente do livro autobiográfico do ex-juiz Sergio Moro, editado no selo Primeira Pessoa da Sextante, na mais recente lista de livros mais vendidos elaborada pela Nielsen.
 

Divulgado em parceria com o portal especializado PublishNews, o ranking traz o livro sobre o petista em sexto lugar entre as obras de não ficção, enquanto "Contra o Sistema da Corrupção", do ex-magistrado hoje filiado ao Podemos, aparece na 16a posição.
 

Lula e Moro são dois dos principais presidenciáveis na disputa eleitoral que acontecerá em outubro e ocupam posições antagônicas desde a época da Operação Lava Jato, quando o então juiz foi responsável pela condenação do ex-presidente à prisão, depois anulada pelo Supremo Tribunal Federal.
 

Enquanto o volume escrito por Morais, também autor de obras como "Olga" e "Chatô", não parte da pretensão de ser uma biografia oficial do petista --apesar da proximidade do autor com o ex-presidente--, o livro de Moro tem caráter mais confessional, buscando oferecer o ponto de vista do ex-magistrado sobre problemas nacionais sem contrapontos.
 

É a primeira vez que as duas biografias aparecem na lista de best-sellers da Nielsen, que é elaborada mensalmente e, nesta edição, contabiliza os livros brasileiros vendidos no varejo de 8 de novembro a 5 de dezembro, época em que ambos os livros foram lançados.
 

A Companhia das Letras já tratava a biografia de Lula como uma de suas maiores apostas para 2021, com o lançamento estrategicamente marcado para o fim de novembro, época em que as editoras publicam livros com potencial de render boas cifras nas festas de final de ano.
 

O segundo volume do projeto de Fernando Morais não deve sair antes de 2023, já que a editora tem intenção de evitar o lançamento em período eleitoral.
 

No topo da lista, que não diferencia livros de negócios e autoajuda de outros gêneros de não ficção, reinam os best-sellers "Do Mil ao Milhão", de Thiago Nigro, "Mindset Milionário", de José Roberto Marques, e "O Poder da Autorresponsabilidade", de Paulo Vieira.

Senadores baianos participaram de mais de 70 propostas apresentadas em 2021

  • por Felipe Dourado, de Brasília I Bahia Notícias
  • 29 Dez 2021
  • 10:51h

Foto: Felipe Dourado

Em 2021, os 81 parlamentares que compõem o Senado Federal tiveram bastante trabalho, fosse para controlar a pandemia por Covid-19 – tendo o país vivido uma montanha russa de incertezas políticas acerca da condução do enfrentamento da doença por parte do Governo Federal –, fosse para controlar os danos econômicos e sociais causados pelo isolamento social. Foram 163 sessões e reuniões plenárias ao longo do ano, com 38 ocorrendo de maneira remota, que geraram um total de 340 matérias apreciadas, sendo 49% delas de autoria da própria Casa Legislativa. Em 2021, 56 nomes indicados pelo Governo Federal a ocupar cargos do Executivo ao Judiciário foram aprovados pelos senadores. Os dados são do relatório divulgado no início do mês pelo portal de Transparência do Senado.

O relatório também destaca as áreas que tiveram maior quantidade de matérias apreciadas. "Políticas Sociais" e "Economia e Desenvolvimento", no ano da PEC dos Precatórios, da PEC Emergencial, do Auxílio Brasil e de tantos outros projetos relacionados a distribuição de renda ou infraestrutura, foram as área que mais receberam matéiras aprecidadas: a primeira contou com 102 no acumulado do ano, enquanto a última, contou com 54.

Em março, quando a vacinação no Brasil ainda andava a passos curtos, o Senado apresentou a PEC Emergencial, proposta que viabilizava o pagamento de um novo auxílio emergencial entre R$ 175 e R$ 375 a pessoas carentes durante o início da campanha vacinal no país. Promulgada no dia 15, a votação foi conduzida pelo Congresso Nacional e teve tramitação em regime de urgência.

 

 

PRIMEIRO SEMESTRE CONDUZIDO POR CPI DA PANDEMIA

Em abril, sob o comando do senador Omar Aziz (PSD-SP) e com relatoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), foram iniciados os trabalhos de investigação através da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) conhecida como CPI da Pandemia. Ao longo de 90 dias, membros da Casa se reuniram para colher depoimentos, documentos e possíveis provas de que o Governo Federal agiu de modo a intensificar deliberadamente a crise sanitária no país, em especial no Estado do Amazonas – cuja falta de insumos como oxigênio, e até mesmo apagões constantes no início do ano, corroboraram para que o Estado se tornasse um dos principais epicentros da Covid-19 no país.

Além disso, os senadores apontaram possíveis irregularidades em contratos, bem como indícios de fraudes em licitações, superfaturamento e desvio de recursos públicos. Entre os indiciados está o presidente da república Jair Bolsonaro (PL), apontado por ter cometido ao menos 7 contravenções penais e dois crimes, incluindo crime contra a humanidade.

Outros que também foram citados pela CPI: o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o atual ministro da Pasta Marcelo Queiroga, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni, além do ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo, além de outros 75 personagens envolvidos nos esquemas.

ATUAÇÃO DA BANCADA BAIANA NO SENADO

Os senadores Ângelo Coronel (PSD-BA), Otto Alencar (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA) atuaram em conjunto com outros senadores e propuseram ao menos 70 peças em 2021, além de relatar outras 15 nesse ano.

O senador Angelo Coronel (PSD) apresentou 20 propostas em sua autoria, além de ter relatado seis projetos. Uma delas foi a PEC 29/2021, da qual foi membro como co-autor junto com outros 31 parlamentares, sugerindo a mudança da regra eleitoral para os pleitos do Executivo que alcançam o segundo turno de dois para três candidatos na corrida presidencial. Apresentada em 14 de setembro, a pauta ainda não seguiu todos os passos de tramitação e, caso aprovada em tempo hábil, pode valer já para as eleições de 2024. A PEC da Renda Básica (42/2021) também foi um dos projetos dos quais o senador foi signatário. A proposta sugeriu introduzir a renda básica como direito social, viabilizando garantia de renda às famílias pelo Governo.

Enquanto isso, o petista Jaques Wagner, que também assumiu a relatoria de seis proposições em 2021, redigiu bem mais peças. Foram cerca de 53 pautas propostas, entre Projetos de Decretos Legislativos, PECs, Projetos de Lei Complementar e de Conversão. Às vésperas do recesso legislativo, a PEC da Economia Solidária, proposta pelo parlamentar, foi aprovada em primeiro turno no Senado e deverá entrar em discussão nas primeiras sessões do ano que vem antes de seguir à Câmara. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 32/21, que trata de novas regulamentações sobre o ICMS em operações interestaduais de bens e serviços, também de autoria do líder do PT e pré-candidato ao governo da Bahia, foi aprovado e aguarda sanção presidencial.

Por fim, Otto Alencar, o outro senador pelo PSD-BA, redigiu 19 propostas entre Projetos de Lei (PL) e PECs, tendo atuado em conjunto com outros senadores para desenvolver propostas legislativas. Como relator, seu desempenho foi um pouco abaixo dos colegas conterrâneos, recebendo apenas três pautas para defender durante as comissões e sessões no plenário. A maioria de seus projetos estiveram ligados ao combate à Pandemia e à promoção de políticas públicas relacionadas à seguridade e assistência social.

PRINCIPAL FEITO DE 2021: BANCADA FEMINA ESTABELECIDA

Atuando desde março e contando com 14 senadoras (inicialmente eram 12), a Bancada conta com liderança rotativa e estrutura e prerrogativas de líderes de partido ou bloco parlamentar, para orientar votações e ter a preferência no uso da palavra. Desde sua criação, a bancada atuou em diversas pautas, encaminhando anseios das mulheres e dando voz a esta parcela significativa da população.

Como destaques aprovados pela bancada estão o PL 4968/19, que propunha a oferta de absorventes e artefatos de higiene íntima e pessoal a mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade – cuja proposta foi vetada pelo Presidente e deve ser reanalizada ainda no início de 2022. Outro projeto de lei aprovado no Senado foi o que determina mais medidas protetivas a vítimas de violência doméstica, além da tipificação do crime de perseguição ou stalking.

A primeira líder da Bancada foi a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que inclusive se lançou pré-candidata pelo partido para concorrer ao cargo de Presidente nas eleições de 2022.

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Médica baiana que defendeu tratamento precoce se filia ao PL e pode disputar o Senado

  • Bahia Notícias
  • 25 Dez 2021
  • 11:21h

Foto: Divulgação

A médica baiana Raíssa Soares, conhecida por defender a aplicação do “kit-covid”, em Porto Seguro, se filiou ao novo partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL (Partido Liberal). 

Conforme adiantado pelo Bahia Notícias, ela havia saído do cargo de secretária de Saúde de Porto Seguro em busca de votos (lembre aqui).

A médica ganhou espaço nas redes sociais como apoiadora fiel do presidente Jair Bolsonaro, principalmente após investir na defesa do chamado "kit Covid", série de medicamentos que foram indicados, apesar de não haver comprovação científica, para um suposto "tratamento precoce". 

O marido dela, Geraldo Soares, também se filiou ao PL e deve disputar uma vaga de deputado federal. Ambos assinaram a filiação na quarta-feira (22), diante Valdemar Costa Neto, presidente do PL.