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Rússia expulsa mais de 80 diplomatas de França, Espanha e Itália

  • por Folhapress
  • 18 Mai 2022
  • 18:05h

Foto: Reprodução / Google Street View

A Rússia anunciou nesta quarta-feira (18) que vai expulsar mais de 80 diplomatas franceses, espanhóis e italianos do país, na mais recente retaliação a países europeus que ordenaram a saída de funcionários russos.
 

O embaixador francês em Moscou, que foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta quarta, divulgou uma nota afirmando que "34 funcionários de estabelecimentos diplomáticos franceses na Rússia foram declarados 'persona non grata'". Eles devem deixar a Rússia daqui em duas semanas.
 

Já a agência de notícias russa RIA informou, citando o Ministério das Relações Exteriores do país, que 24 diplomatas italianos serão expulsos pelo mesmo motivo. O mesmo ministério anunciou, pouco depois, a ordem de saída para 27 diplomatas espanhóis.
 

O ministério das Relações Exteriores francês divulgou um comunicado condenando "firmemente" a decisão e afirmando que a medida não tem "fundamentos legítimos".
 

A Itália também reagiu, com o primeiro-ministro, Mario Draghi, classificando a expulsão como "um ato hostil" e alertando que os canais diplomáticos com Moscou não devem ser interrompidos.
 

"Isso absolutamente não deve levar a uma interrupção dos canais diplomáticos, porque é através desses canais que, se conseguirmos, a paz será alcançada e isso é certamente o que queremos", disse Draghi.

Turquia rejeita adesão da Suécia e da Finlândia à Otan contra a Rússia

  • por Igor Gielow | Folhapress
  • 17 Mai 2022
  • 14:12h

Foto: Reprodução / Freepik

O processo de expansão da Otan em reação à invasão russa da Ucrânia ganhou o reforço de um relatório da Suécia que sugere seguir os passos da vizinha Finlândia e pedir a adesão à aliança militar ocidental.
 

Nesta mesma sexta (13), contudo, a Turquia jogou um balde de água fria com a primeira oposição interna séria à iniciativa. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou acompanhar o caso dos países nórdicos e não ter "visões positivas" sobre a intenção de entrar no grupo. Único membro da Otan no Oriente Médio, a Turquia apoia Kiev na guerra, mas é uma aliada próxima e ambígua de Vladimir Putin.
 

Para um novo membro ser aceito na aliança liderada pelos EUA, hoje com 30 integrantes, é preciso que os Parlamentos nacionais de todos os futuros colegas aprovem a medida. Uma rejeição trava o mecanismo.
 

Erdogan tem relação conflituosa com a aliança, que abriga sua arquirrival histórica Grécia, cuja adesão com a Turquia em 1952 foi criticada pelo presidente. "Não queremos repetir os erros. Além disso, os países escandinavos são a casa de organizações terroristas. Não é possível para nós sermos a favor."

O líder turco, que usou sua posição mais neutra para tentar mediar a paz entre Kiev e Moscou, deu a senha: vai querer que a Suécia, particularmente, extradite opositores exilados, como membros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) ou seguidores de Fethullah Gulen, o clérigo que mora nos Estados Unidos acusado de inspirar um golpe contra Erdogan em 2016.
 

Representantes dos nórdicos discutirão a situação com enviados da Turquia em Berlim neste sábado (14). A resistência turca, que se soma à já famosa compra de sistemas antiaéreos da Rússia e a consequente expulsão do programa do caça americano F-35, ocorre em meio ao tom triunfalista anti-Kremlin da Otan.
 

Na quinta (12), a Finlândia anunciou que pedirá para entrar na Otan. Nesta sexta, o Parlamento da vizinha Suécia divulgou um relatório que, embora não seja definitivo, indica que o país quer a mesma coisa.
 

A percepção de que Moscou representa um ameaça real aumentou brutalmente nos dois países nórdicos, vizinhos inclusive fronteiriços no caso finlandês da terra de Putin, após a invasão da Ucrânia.
 

"Uma adesão terá um efeito dissuasivo no norte da Europa", afirma o texto de 43 páginas, elaborado pelo governo e pelos partidos representados no Parlamento. O texto diz que "não se podem excluir provocações e represálias russas" pela medida, mas que o risco é baixo. "Nossa opinião é a de que não sofreremos um ataque militar convencional como reação a uma eventual candidatura", afirmou a chanceler do país, Ann Linde. O relatório abre caminho para a aprovação do pedido pelo Parlamento.
 

A recomendação deverá ser seguida pela mudança na posição histórica do principal partido do país, o Social Democrata, que divulga seu parecer sobre a adesão no domingo. Já há maioria na Casa e na opinião pública em favor da medida, cuja aprovação deve ocorrer no mesmo dia ou na semana que vem.
 

Além dos turcos, os nórdicos estão de olho também na reação da Hungria, integrante europeu da Otan mais próximo de Putin. Até aqui, o autocrático primeiro-ministro Viktor Orbán tem apoiado a aliança militar, mas resistido a ações como o corte da compra de petróleo russo.
 

Se a oposição turca for vencida, a decisão reverterá mais de 200 anos de história. A Suécia se orgulhava de sua neutralidade, decidida em 1809 após a perda da mesma Finlândia para o Império Russo. Já a Finlândia era neutra desde o fim a Segunda Guerra, na qual lutou duas vezes contra a União Soviética.
 

Moscou adotou um tom ameaçador sobre a adesão de Helsinque e fará o mesmo com Estocolmo. O Kremlin afirmou que a adesão é um risco para a segurança nacional russa, uma terminologia sombria, porque remete à retórica contrária a eventual adesão da Ucrânia à Otan antes da guerra.
 

A medida mais provável, de acordo com observadores militares, é o deslocamento oficial de mísseis com capacidade nuclear para Kaliningrado, região russa espremida entre Lituânia e Polônia, à beira do mesmo mar Báltico que banha Suécia e Finlândia. Estocolmo já disse que isso não significaria muito, por considerar que os russos já têm essas armas por lá.
 

Enquanto isso, a estatal russa de energia elétrica anunciou que irá, alegando problemas de pagamentos, cortar a eletricidade que fornece à Finlândia neste sábado. O motivo, claro, é o anúncio sobre a Otan. O país importa 10% de sua luz da Rússia.
 

Já a Otan, na figura do secretário-geral Jens Stoltenberg, celebrou o anúncio finlandês e já disse esperar o sueco. Ambos os pedidos, se não houver alguma reviravolta no caso sueco, serão analisados oficialmente na cúpula de junho da aliança militar ocidental, a ser realizada em Madri.
 

A dúvida que fica é acerca das garantias provisórias de segurança, já que um processo de adesão à Otan dura de oito meses a dois anos, normalmente, a partir da inscrição formal. Ninguém quer esperar tanto, em especial se Putin conseguir encerrar a guerra contra Kiev sem exaurir suas forças.
 

A decisão dos países nórdicos é mais um efeito geopolítico extremo da guerra, iniciada em 24 de fevereiro. Toda a estrutura de segurança europeia está em reorganização, e diferenças de interesses entre membros da Otan emergem dia a dia, embora a aliança tenha renovado seu senso de missão.
 

De lá para cá, a Rússia foi objeto de sanções econômicas nunca vistas em tempos modernos, todo o arcabouço energético europeu está em xeque, a Otan passou a armar pesadamente a Ucrânia e a arriscar uma Terceira Guerra no processo, a Alemanha anunciou um programa de remilitarização e a China observa a situação da aliada Moscou com um misto de preocupação e ambição num mundo polarizado.
 

Apesar da atitude oficial, nem Suécia nem Finlândia são totalmente neutras. Ambas são membros da União Europeia, bloco político que tem em seu tratado fundador uma cláusula que prevê assistência militar dos colegas em caso de agressão. Mas o dispositivo nunca foi usado.
 

No caso sueco, um país muito mais desenvolvido e incisivo do ponto de vista militar do que a Finlândia, há outras implicações para a adesão. Ao longo dos anos, Estocolmo sempre buscou agir em consonância com a estratégia ocidental, participando de manobras militares conjuntas e compartilhando inteligência.
 

Mas, ao mesmo tempo, sempre buscou ter uma indústria de defesa própria e avançada. Tem produção naval e aeroespacial, como provam os caças Saab Gripen comprados pelo Brasil, e cerca de 85% de sua receita vem de exportação. Aderir à Otan significa entrar num grande bazar em que os atuais 30 membros em tese usam armas e sistemas que são compatíveis entre si.
 

O movimento poderá favorecer a exportação de produtos como os lançadores de foguete antitanque NLAW, estrelas na Guerra da Ucrânia, mas há dúvidas sobre o impacto por exemplo na venda do Gripen.
 

O caça americano F-35 já derrotou o sueco em duas concorrências recentes, inclusive uma para o fornecimento de 64 aparelhos à Finlândia, e tem se firmado como padrão do bloco ocidental.

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Mulher vai a brechó nos EUA e compra busto romano de 2 mil anos por 35 dólares

  • Bahia Notícias
  • 08 Mai 2022
  • 14:09h

Foto: Reprodução / CNN

Uma mulher norte-americana foi a um brechó em Austin, no estado do Texas, Estados Unidos, e acabou adquirindo uma obra de arte dos tempos da Roma Antiga por apenas US$ 34,99. De acordo com a CNN, o fato ocorreu em agosto de 2018 com Laura Young.

“Eu estava apenas procurando por qualquer coisa que parecesse interessante”, disse Young. “Foi uma pechincha de US$ 35, não havia razão para não comprá-lo”, complementou.

Mal sabia ela que o busto que comprou teria laços romanos e acabaria no Museu de Arte de San Antonio (Sama) quatro anos depois.

Young entrou em contato com casas de leilões e especialistas para obter qualquer informação que pudesse sobre a estrutura de mármore. A Sotheby’s confirmou que o busto era de fato da época romana antiga, e eles estimaram que tivesse cerca de 2.000 anos.

Um especialista conseguiu rastrear o busto em um banco de dados digital e encontrou fotos da década de 1930 da cabeça em Aschaffenburg, na Baviera, Alemanha. Lynley McAlpine, curadora de pós-doutorado da Sama, disse que acredita-se que seja o busto de Sexto Pompeu, um líder militar romano. Seu pai, Pompeu, o Grande, já foi aliado de Júlio César.

O busto foi alojado em uma réplica de uma casa de Pompéia, também conhecida como Pompejanum, encomendada pelo rei Ludwig I da Baviera. Lá estava em exibição até a Segunda Guerra Mundial, que foi a última vez que foi vista até que Young a comprou em 2018.

O busto, junto com outros artefatos da casa, foi transferido para um depósito antes do Pompejanum ser bombardeado e destruído durante a guerra. Em algum momento, a peça foi roubada do armazenamento.

“Parece que em algum momento entre quando foi armazenado até cerca de 1950, alguém o encontrou e o levou”, disse McAlpine. “Desde que acabou nos EUA, parece provável que algum americano que estava estacionado lá colocou as mãos nele”, continuou.

A peça está sendo emprestada contratualmente à Sama por um ano, mas McAlpine explica que ainda é tecnicamente de propriedade da Alemanha desde que foi saqueada do armazenamento. Depois de maio de 2023, o busto será enviado de volta ao país europeu, onde voltará a ser exibido, mais uma vez, no Pompejanum.

Homem que se apaixonou pela irmã e teve quatro filhos com ela quer legalizar incesto

  • Bahia Notícias
  • 03 Mai 2022
  • 16:43h

Foto: Reprodução/Youtube

Patrick Stuebing e Susan Karolewski se conheceram quando ele tinha cerca de 22 anos e ela 15 anos e se apaixonaram um pelo outro. Hoje, Patrick com 44 anos e Susan com 37, o casal tem quatro filhos e um detalhe “peculiar” na relação: eles são irmãos. 

De acordo com o jornal Daily Mail, os irmãos se conheceram quando Patrick , que tinha sido adotado por outra família ainda na infância, resolveu retornar para casa da família biológica e dividiu o quarto com a irmã. 

Seis meses depois, a mãe deles morreu e, no mesmo ano, um dos irmãos deles também. “A confiança se transformou em um tipo diferente de amor quando nossa mãe morreu, seis meses depois”, disse Susan sobre Patrick.

Patrick acredita que ter se tornado chefe da família auxiliou na aproximação deles. 

“Nós nem sabíamos que estávamos fazendo algo errado quando começamos a dormir juntos. Não pensamos em usar camisinha. Não sabíamos que era ilegal dormir juntos. Nossa mãe não teria aprovado, mas os únicos que devem nos julgar agora somos nós mesmos”, disse.

Com 16 anos, Susan deu à luz o primeiro filho deles, Erik. Agora, com 20 anos, ele mal consegue falar ou andar direito, porque tem deficiências físicas e mentais severas. A segunda filha, Sarah, que tem 19, nasceu em 2003, também com deficiências parecidas. Das relações entre os irmãos, nasceram ainda Nancy, 17 anos, e Sophia, 16, que parecem não ter deficiências.

“Isso não tem necessariamente a ver com o fato de sermos irmãos. Há outras pessoas com deficiência em nossa família. Tínhamos seis irmãos e irmãs que não sobreviveram em alguns casos porque eram deficientes”, acredita Patrick.

Em 2002, o casal foi julgado por incesto e Patrick recebeu pena de um ano. Susan precisou cumprir reclusão e reeducação para jovens. Ao serem liberados, eles se encontraram de novo e tiveram as duas filhas caçulas. Em 2005, Patrick foi preso novamente.

“Nós não nos conhecemos na infância. Nos apaixonamos quando adultos e nosso amor é real. Não há nada que possamos fazer sobre isso. Nós dois estávamos atraídos um pelo outro e então a natureza tomou conta de nós. Foi tão simples. O que mais poderíamos fazer?”, declarou Susan.

Em 2012, eles solicitaram que o relacionamento entre eles deixasse de ser contra a lei para o Tribunal de Direitos Humanos da Alemanha. A requisição, no entanto, foi negada. 

De acordo com o Daily Mail, os dois continuam morando juntos, no leste da Alemanha.

Mundo: Menino de 4 anos 'rouba' carro da mãe e provoca acidente

  • BBC
  • 02 Mai 2022
  • 08:35h

Foto: POLICE UTRECHT NORTH/via BBC

Um menino de 4 anos pegou o carro de sua mãe para passear na Holanda e bateu o veículo em outros dois carros estacionados.

O incidente aconteceu no sábado (30/4), na cidade de Utrecht, no centro do país. As autoridades disseram que o menino deixou o local do acidente de pijama e pés descalços. Ninguém ficou ferido.

A polícia foi chamada depois que moradores viram o menino andando sozinho na rua, no frio.

Bem-humorada, a polícia disse no Instagram que havia descoberto um "novo Max Verstappen", em referência ao atual campeão mundial de Fórmula 1, que é holandês.

Segundo as autoridades, a criança acordou no sábado e pegou as chaves do carro de sua mãe "para dar uma volta".

Logo depois de a polícia receber a ligação informando sobre o menino sozinho na rua, as autoridades foram informadas sobre um veículo abandonado nas proximidades, que parecia ter atingido dois carros estacionados.

  O carro estava registrado no nome da mãe do menino. Quando os policiais telefonaram para ela, eles colocaram o menino na linha. Segundo os policiais, durante o telefonema, ele imitava a direção e fazia gestos de virar o volante.

"Foi quando nós percebemos que a criança provavelmente era o motorista", diz o post do Instagram.

O menino de quatro anos recebeu chocolate quente na delegacia e um ursinho de pelúcia, antes de ser pego pela sua mãe.

Juntos, todos foram ao local do acidente, onde o menino foi perguntado se ele poderia mostrar como o carro funcionava.

A criança abriu o carro com a chave, colocou-o na ignição e moveu o pé para a embreagem e os pedais do acelerador, disse a polícia.

Os policiais pediram aos pais que escondessem as chaves do carro no futuro.

"Felizmente, a aventura deste mini motorista chegou ao fim sem grande estardalhaço", acrescentou a polícia.

Rússia eleva ameaça ao Ocidente e diz que qualquer interferência terá resposta 'fulminante'

  • G1
  • 29 Abr 2022
  • 08:34h

Foto: Alexei Danichev/ via Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu, nesta quarta-feira (27), que qualquer intervenção externa na operação militar lançada pela Rússia na Ucrânia receberá uma "resposta fulminante".

    "Se alguém tem a intenção de intervir do exterior nos atuais acontecimentos (da Ucrânia), criando inaceitáveis ameaças de caráter estratégico para nós, deve saber que nossa resposta (...) será fulminante", declarou Putin, em uma sessão no Parlamento russo.

Seu governo, acrescentou, vai recorrer ao seu mais moderno armamento.

    "Dispomos das ferramentas para isso, das quais ninguém mais pode ostentar. Nós não faremos alardes, (mas) as usaremos, em caso de necessidade. E quero que todos saibam", prosseguiu.

Putin destacou em várias ocasiões a modernização do armamento russo, com arsenais de mísseis hipersônicos e com o míssil balístico intercontinental Samart, que foi testado com sucesso no início do mês.

Chanceler russo cita 'risco real' de guerra mundial: qual a chance de ela acontecer? Entenda

  • G1
  • 26 Abr 2022
  • 16:37h

Foto: Maxim Shemetov / Pool / AFP

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, subiu o tom das ameaças em uma entrevista.

Incomodado com as doações de armas e munição à Ucrânia por países ocidentais, ele afirmou na segunda-feira (25) que a perspectiva de uma guerra mundial nuclear é inaceitável para a Rússia, mas que os riscos aumentaram porque a Otan “engajou-se em uma guerra com a Rússia 'por procuração' e está armando o ‘procurador’”.

“Os riscos são bem consideráveis”, ele afirmou em uma entrevista com a TV estatal russa.

“Não quero que isso seja retratado com uma proporção excessiva, mas o perigo é sério, real, não deve ser subestimado”, afirmou Lavrov.

Qual é a chance real de uma guerra nuclear?

Em 14 de abril, o chefe da CIA, William Burns, declarou que a ameaça representada pelo “uso potencial de armas nucleares táticas" ou de "baixa potência" pelo presidente russo, Vladimir Putin, em caso de desespero diante dos fracassos de seu exército, deveria ser levada a sério.

Àquela altura, no entanto, ele disse que os americanos não viam nenhum sinal concreto, como deslocamentos ou ações militares que pudessem aumentar as preocupações.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou em março que a perspectiva de uma guerra nuclear havia voltado a ser uma possiblidade.

De acordo com um texto do "New York Times", o receio dos especialistas é que um desentendimento ou uma provocação mais severa faça com que algum dos lados responda de forma desproporcional, e perca-se o controle.

A guerra na Ucrânia aumenta esse risco ao maior nível que o mundo já viveu desde a crise dos mísseis de Cuba e, de acordo com os especialistas ouvidos pelo jornal, de forma ainda mais perigosa.

    " A chance se uso de armas nucleares é muito baixa, mas não é zero. É real, e pode aumentar, essas coisas podem acontecer", disse ao jornal americano Ulrich Kühn, um estrategista da Universidade de Hamburgo, Alemanha.

Rússia testa míssil intercontinental com capacidade nuclear

  • G1
  • 20 Abr 2022
  • 17:34h

Foto: Ministério da Defesa da Rússia/via AFP

A Rússia anunciou nesta quarta-feira (20) que testou seu novo míssil balístico intercontinental Sarmat. Essa arma estratégica tem capacidade nuclear e o presidente russo, Vladimir Putin, disse que, por não ter igual no mundo, que dará motivos para "pensar duas vezes" àqueles que tentam ameaçar a Rússia.

Putin apareceu na TV recebendo informações de membros das Forças Armadas de que o míssil foi lançado de Plesetsk, no noroeste do país, e atingiu os alvos na península de Kamchatka, no extremo leste russo.

    "Trata-se de uma arma única, que reforçará o potencial militar das nossas Forças Armadas, vai garantir a segurança da Rússia contra as ameaças externas e vai fazer aqueles que ameaçam nosso país com uma retórica desenfreada e agressiva pensarem duas vezes", declarou Putin, após o anúncio televisivo do teste balístico.

Em um comunicado, o Ministério da Defesa da Rússia disse que o Sarmat foi disparado de um lançador de silo às 15h12, horário de Moscou e as ogivas de treinamento atingiram um local de teste em Kamchatka, no Oceano Pacífico, a uma distância de quase 6.000 km (3.700 milhas).

“O Sarmat é o míssil mais poderoso com o maior alcance de destruição de alvos do mundo, o que aumentará significativamente o poder de combate das forças nucleares estratégicas de nosso país”, afirmou o ministério.

Segundo Putin, o Sarmat é capaz de "derrotar todos os sistemas antiaéreos modernos". Esta arma faz parte de uma série de outros mísseis apresentados em 2018 como "invisíveis" por Vladimir Putin. Entre eles estão os mísseis hipersônicos Kinjal e Avangard.

Em março, Moscou afirmou ter utilizado o Kinjal pele primeira vez contra alvos na Ucrânia.

A distância atingida pelo míssil é de, aproximadamente 5.800 km, ou seja, esse é um número superior à distância que existe entre o extremo sul e o extremo norte brasileiro (aproximadamente 4.100 km).

    "O novo complexo tem as mais altas características táticas e técnicas e é capaz de superar todos os meios modernos de defesa antimísseis. Não tem nada igual no mundo e não terá por muito tempo", disse Putin.

Segundo informações do Ministério da Defesa da Rússia, o lançamento aconteceu às 15h12 no horário de Moscou (9h12 no horário de Brasília). O órgão russo também afirmou que ele irá substituir o sistema de mísseis Voyevoda.

Presidente peruano quer castração química para estupradores

  • G1
  • 18 Abr 2022
  • 20:15h

Foto: Reuters/Sebastian Castañeda/Pool

O presidente do Peru, Pedro Castillo, afirmou nesta segunda-feira (18) que irá apresentar ao Congresso do país, ainda nesta semana, um projeto de lei que autoriza a castração de estupradores.

Em um pronunciamento a apoiadores, Castillo disse que a punição seria em decorrência de "um clamor popular", mas a proposta enfrenta resistência dentro do seu próprio governo.

Alfonso Chávarry, ministro do Interior, discordou do presidente e disse, em entrevista coletiva, que a proposta "tem que ser reavaliada" e que não poderia ser aplicada "sem ter um estudo".

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, comentou anteriormente sobre o assunto da castração de estupradores, sem relação com a proposta peruana.

"O estupro é um crime monstruoso, os criminosos têm que ser punidos, mas pena de morte e tortura não são a resposta", disse Bachelet em outubro de 2020.

O que defende Castillo?

O governo do presidente peruano Pedro Castillo vai apresentar nesta semana uma proposta ao Congresso do Peru que autoriza a castração química para estupradores.

A iniciativa foi anunciada pelo presidente após a divulgação de um caso da semana passada em que uma criança de 3 anos foi sequestrada e estuprada por um homem, que gravou o ataque.

Segundo Castillo, a proposta, que ainda não foi apresentada formalmente ao Congresso, prevê a punição de agressores de menores de idade, adolescentes e mulheres.

Violência sexual no Peru

A violência sexual é um problema grave no Peru, com uma estimativa de que 15 menores sejam estuprados por dia, de acordo com o Ministério da Mulher.

Além disso, ao menos 10 mil dos condenados em prisões do Peru cumprem pena por crimes sexuais, que são – depois de roubos e delitos – os mais cometidos no país.

As estimativas oficiais apontam para que, do total de vitimas de estupros no Peru, ao menos 76% seja de menores de idade.

Brasil defenderá diálogo com Putin no G20, após Rússia pedir apoio em carta

  • por Fabrício de Castro | Folhapress
  • 15 Abr 2022
  • 14:23h

Foto: Alan Santos / PR

O Ministério da Economia vai defender uma posição de diálogo com a Rússia nas discussões do G20 (grupo das 20 maiores economias globais), do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial. A postura será adotada pelo ministro Paulo Guedes nas reuniões das três organizações que acontecerão na próxima semana, em Washington, nos Estados Unidos. Guedes embarca para lá no domingo (17).
A Rússia tem sofrido sanções de diversos países após ter invadido a Ucrânia e começado uma guerra no país.

Em carta enviada a Guedes nesta semana, o país pediu apoio do Brasil para evitar acusações políticas e supostas tentativas de discriminação em organismos multilaterais. A carta chegou justamente na semana que antecede os encontros do G20, do FMI e do Banco Mundial.

De acordo com o secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Gomes, o entendimento no ministério é de que as "pontes" construídas entre os países na área econômica não podem ser destruídas. A visão é de que seria preciso evitar "atitudes emocionais" no atual momento.

"Romper canais de comunicação, a gente vê como uma maneira de você não ter como discutir o problema e buscar as soluções. Independentemente de quem seja, queremos que canais de comunicação estejam funcionando", afirmou.

Desde o início das hostilidades no leste europeu, o governo brasileiro tem evitado confrontar o governo de Moscou. O presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou o presidente russo, Vladimir Putin, em fevereiro, pouco antes do início da guerra. Na ocasião, sem citar a Ucrânia, Bolsonaro afirmou ser "solidário à Rússia".

No Brasil, com o conflito já em andamento, Bolsonaro defendeu uma posição neutra em relação à Rússia. Ao mesmo tempo, o Itamaraty apoiou, no início de março, resolução contra a Rússia na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

Mais recentemente, em votação que decidiu pela suspensão da Rússia do CDH (Conselho de Direitos Humanos) das Nações Unidas, o Brasil optou por se abster.

Guedes estará em Washington entre 17 e 23 de abril, para reuniões do G20, do FMI e do Banco Mundial. Ele e outros membros do ministério também se encontrarão com investidores e terão encontros bilaterais com representantes de outros países.

Nesse período, mesmo que a guerra entre Rússia e Ucrânia permeie as conversas, a equipe econômica diz que não tratará especificamente das sanções impostas à Rússia pelos Estados Unidos e por países europeus.

A avaliação é de que Guedes não deve entrar no assunto, que seria da alçada da política internacional, sob responsabilidade do Ministério das Relações Exteriores.

Em Washington, o ministério prevê discussões sobre o problema das cadeias globais de transporte e do custo dos fertilizantes, em função da guerra.

Haverá ainda debates sobre os efeitos econômicos da pandemia, o custo da energia e a segurança alimentar nos países. No Banco Mundial, um dos temas será a dívida pública nos países.

Guedes tentará posicionar o Brasil como uma "solução" e um "porto seguro" para investidores. O discurso é de que o país fez o "dever de casa" das reformas e, por isso, se tornou mais resistente a turbulências, como a atual.

A defesa do Brasil como um porto seguro para investimentos vem sendo feita pela equipe econômica desde o início da guerra. A intenção é mostrar que o Brasil estaria preparado para receber eventuais fluxos de recursos que, antes, estavam aplicados em outras regiões, inclusive na Rússia.

Os dados do Banco Central mostram que em 2021, apesar da pandemia do novo coronavírus, o Brasil recebeu US$ 46,4 bilhões em IDP (Investimento Direto no País) — investimentos considerados produtivos, feitos em novas fábricas ou em empresas já em funcionamento. A cifra, no entanto, ainda está abaixo do verificado antes da pandemia: em 2019, foram US$ 69,2 bilhões.

O Ministério da Economia também vai defender nos encontros em Washington que o Brasil é a solução para a segurança alimentar dos países.

Segundo o ministério, o país, que já é um grande fornecedor de alimentos para o mundo, pode se tornar ainda mais importante na área neste momento de turbulência global.

A guerra entre Rússia e Ucrânia tem elevado os preços de commodities exportadas pelo Brasil, como soja e milho. Neste aspecto, a balança comercial brasileira tem se beneficiado das cotações mais altas.

O problema é que, por outro lado, estes produtos também são consumidos no mercado interno. Isso se reflete em preços mais elevados nos supermercados.

Os dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, nos 12 meses até março, o óleo de soja subiu 23,75% no mercado interno, o milho em grão teve alta de 23,36% e o frango inteiro (muito dependente do preço do milho) ficou 16,11% mais caro.

Mudança histórica: Finlândia e Suécia discutem entrada na Otan

  • Jornal Nacional
  • 14 Abr 2022
  • 08:26h

(Reprodução/Jornal Nacional )

A invasão da Ucrânia pode precipitar a entrada de duas nações europeias militarmente neutras na aliança militar do Ocidente. As primeiras-ministras da Finlândia e da Suécia discutiram este assunto nesta quarta-feira (13) em Estocolmo.

As duas primeiras-ministras representam a maioria. Elas chegaram no encontro sabendo que as populações da Finlândia e da Suécia agora preferiam entrar na Otan.

Não faz muito tempo, os dois países achavam que a neutralidade era o melhor para paz. Sanna Marin contou que a guerra na Ucrânia balançou essa percepção. A primeira-ministra explicou que a Finlândia está de “mãos dadas com a Otan desde a anexação ilegal da Crimeia”. Mas agora ficou clara a diferença entre ser um aliado e ser um parceiro. Ela avisou que a decisão sobre a candidatura sai em semanas.

A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, disse que ela vai tomar uma decisão com a oposição em maio. O governo sueco deixou claro que a eventual adesão seria uma reação; que a Rússia criou o problema.

Há quase 200 anos, a Suécia não entra em uma guerra. A última vez foi com os russos. A Finlândia idem. O país perdeu território para Rússia na Segunda Guerra. Os dois países dividem 1,3 mil km de fronteira. E se aceitasse os finlandeses, a Otan dobraria a linha de contato com a Rússia.

A aliança militar do Ocidente se apresenta como uma aliança defensiva, baseada no poder de dissuasão. Porque todos os aliados precisam concordar em defender os outros em caso de agressão. É um pouco como o lema dos Mosqueteiros: um por todos, e todos por um.

A aliança militar do Ocidente surgiu em 1949 com 12 aliados. E já na primeira década teve três adesões. A União Soviética respondeu com o Pacto de Varsóvia: uma aliança militar de países comunistas. Houve mais duas adesões na Otan antes do fim da União Soviética, em 1991. Vladimir Putin já chamou o colapso soviético de “a maior catástrofe geopolítica do século”.

Hoje, o presidente russo chefia o Conselho de Segurança da Rússia. Mas em março de 1999, ele estava sentado numa dessas outras cadeiras. Putin já tinha poder quando três antigos países comunistas viraram a casaca. Tanto que dali a cinco meses ele virou o primeiro-ministro.

Mas a dor maior foi cinco anos depois. Putin já era o presidente quando a aliança abraçou sete países de uma só vez. E três deles eram da União Soviética: Estônia, Letônia e Lituânia. Os bálticos fizeram da Otan vizinha do inimigo. Outros quatro países ainda entraram depois.

A Ucrânia foi para fila em 2008. Putin então cozinhou o rancor em fogo baixo por 14 anos. A expansão da Otan foi um dos argumentos para a Rússia invadir os vizinhos.

É provável que as adesões de Suécia e Finlândia ofendessem a Ucrânia, que literalmente batalhou para virar uma aliada.

Mas a especialista Rachel Rizzo, do Atlantic Council, explicou que os dois países nórdicos compartilham inteligência e fazem exercícios há muito tempo com a Otan.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, avisou que a entrada da Finlândia e da Suécia poderia acontecer rápido. A aliança discutiu as adesões na última reunião.

O governo russo alertou que a entrada da Finlândia e da Suécia na aliança militar seria uma ameaça direta à Rússia. O porta-voz deixou claro que a Europa não teria estabilidade. O Kremlin avisou que teria que “reequilibrar a situação” à maneira russa.

Mundo: Gari 'ressuscita' no subúrbio de Paris após infarto

  • RFI
  • 07 Abr 2022
  • 20:03h

Foto: Wikimedia Commons/Arquivo

Um lixeiro francês, de 66 anos, vítima de um ataque cardíaco ao chegar ao trabalho, em Neuilly-sur-Marne, na periferia de Paris, voltou à vida depois de ter sido declarado oficialmente morto.

A notícia foi divulgada apenas nesta quinta-feira (7) pela empresa que emprega o homem há dez anos. O episódio raro é descrito pela medicina como "Síndrome de Lázaro."

O "milagre" aconteceu no dia 29 de março. O gari chegou ao trabalho cedo e passou mal, explicou o porta-voz da empresa Sepur, especializada na coleta e triagem de dejetos.

A notícia foi publicada em primeira mão pelo jornal francês "Le Parisien", nesta quarta-feira (6), e repercutiu em toda a imprensa francesa. 

 O Samu, o serviço de emergência na França, foi acionado e os médicos realizaram uma massagem cardíaca no homem, que demorou mais de 50 minutos.

De acordo com o chefe do Samu na região parisiense, Frédéric Adnet, os urgentistas levaram em conta a idade e o "bom prognóstico do paciente", que acabou não resistindo. 

"Os médicos levantaram o corpo dele e foi aí que perceberam que ainda estava vivo", detalhou o porta-voz da empresa Sepur.

O chefe do Samu explicou que, meia hora depois de ser declarado morto, os policiais presentes para atestar o óbito notaram que o gari dava sinais de vida.

"Enviamos outra equipe médica e constatamos que o coração dele estava batendo. O paciente então foi transportado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital de Montfermeil", contou. 

Mundo: Polícia investiga idoso que teria tomado 90 doses de vacina contra a Covid para vender certificados

  • Associated Press
  • 04 Abr 2022
  • 12:56h

Foto: Michael Probst/AP/Arquivo

Um alemão de 60 anos teria tomado 90 doses de vacina contra a Covid-19 para poder vender certificados falsificados no estado da Saxônia, leste do país, informou a polícia local.

O morador de Magdeburg teria recebido a imunização em diferentes centros de vacinação do até ser descoberto e barrado pela polícia, segundo reportagem da agência alemã DPA deste domingo (3).

Ele não foi detido, mas está sob investigação por suposta emissão não autorizada de cartões de vacinação e falsificação de documentos, informou a agência de notícias da Alemanha.

Ele foi flagrado em um centro de vacinação em Eilenburg, na Saxônia, quando apareceu para se vacinar pelo segundo dia consecutivo.

A polícia confiscou com ele vários cartões de vacinação em branco e iniciou um processo criminal. Não há, até a última atualização desta reportagem, informações sobre o estado de saúde do homem.

Ucrânia diz que russos estupraram e mataram civis na região de Kiev

  • G1
  • 04 Abr 2022
  • 11:31h

Foto: REUTERS/Zohra Bensemra

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, disse neste domingo (3) que as forças russas estupraram, mataram e atiraram contra civis.

Em entrevista à agência Reuters, Reznikov disse que advogados e funcionários do governo se reuniram no sábado (2) para discutir “crimes de guerra” cometidos durante a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ele defendeu que “novos Julgamentos de Nuremberg” sejam realizados – em referência aos tribunais que condenaram crimes nazistas na Segunda Guerra Mundial.

"Esta não é uma operação especial, não são ações policiais" disse em um aeroporto destruído próximo a Hostomel, na região de Kiev. "São racistas comuns, fascistas, e são desumanos, que simplesmente cometeram crimes contra civis, estupraram, mataram, atiraram na nuca. O mundo inteiro precisa saber disso."

Oligarca Roman Abramovich e dois negociadores ucranianos apresentam sinais de possível envenenamento, diz jornal

  • G1
  • 28 Mar 2022
  • 19:50h

Foto: Action Images / Matthew Childs/File Photo

O oligarca russo Roman Abramovich e dois negociadores de paz ucranianos tiveram sintomas de um possível envenenamento após uma reunião em Kiev no início deste mês, reportou nesta segunda-feira (28) o "The Wall Street Journal" (WSJ), ao citar "pessoas a par do tema".

O site de jornalismo investigativo Belling Cat, com sede na Holanda, e que tem acompanhado de perto a crise entre Ucrânia e Rússia, afirma que confirmou com suas fontes as mesmas informações que o diário americano. O mesmo foi feito pelo jornal britânico "The Guardian".

Segundo o WSJ, após a reunião na capital ucraniana, Abramovich, que viajou entre Moscou, Lviv e outros locais de negociação, bem como pelo menos dois membros sêniores da equipe de negociação ucraniana desenvolveram sintomas que incluem olhos vermelhos, lacrimejamento constante e doloroso, além de descamação da pele do rosto e das mãos, afirmaram as fontes.

    Até onde o WSJ conseguiu apurar, a vida de Abramovich e dos negociadores ucranianos não estaria em perigo e sua condição melhorou desde o suposto envenenamento.

Uma autoridade dos Estados Unidos disse à agência Reuters que a Inteligência do país sugeriu que os sintomas foram provocados por um fator ambiental, e não por um envenenamento.

Segundo reportou o "Guardian", Abramovich teria perdido a visão durante "várias horas" e recebeu tratamento em um centro de saúde da Turquia, para onde viajava após o encontro informal para negociar a paz em meio a invasão russa da Ucrânia.

Abramovich está entre os bilionários russos sancionados como parte dos esforços do Ocidente para isolar o presidente russo, Vladimir Putin, pela invasão da Ucrânia. O oligarca nega ter laços próximos com Putin.

Além do dono do Chelsea F.C., o jornal identificou ao menos um dos negociadores que apresentaram os sintomas: Rustem Umerov, parlamentar ucraniano e empresário.

O suposto ataque pode ter relação com representantes da linha-dura de Moscou que querem sabotar as negociações para acabar com a guerra na Ucrânia, relata o WSJ.