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Ataques simultâneos a 2 mesquitas deixam 49 mortos e 48 feridos na Nova Zelândia

  • 15 Mar 2019
  • 10:04h

Foto: Mark Baker/ AP

Ataques a tiros simultâneos contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, na ilha sul da Nova Zelândia, deixaram 49 mortos e 48 feridos nesta sexta-feira (15). As autoridades ainda não divulgaram as identidades das vítimas e dos assassinos.

Resumo

  • Ataques a duas mesquitas na Nova Zelândia deixaram 49 mortos
  • 48 pessoas ficaram feridas, sendo 12 em estado grave
  • 4 pessoas foram presas
  • A polícia não informou a identidade dos suspeitos e das vítimas
  • Numa das mesquitas, um homem armado com rifle automáticodisparou contra a multidão
  • Usando uma câmera no capacete, o assassino filmou e transmitiu ao vivo o massacre
  • O Facebook eliminou as contas do criminoso e trabalha para remover cópias do vídeo
  • Na rede, o homem se identificou como um australiano de 28 anos, defensor da extrema-direita e contrário à imigração

Os alvos dos ataques foram as mesquitas de Masjid Al Noor, ao lado do Parque Hagley, e de Linwood, que estava lotada com mais de 300 pessoas, reunidas para as tradicionais orações do meio-dia de sexta-feira. Os detidos são três homens (um deles seria australiano) e uma mulher. A polícia local informou, porém, que não está descartada a hipótese de que outros criminosos estejam envolvidos e foragidos. Nenhum dos suspeitos sob custódia estava em listas de observação da polícia.

Poluição é responsável por 1/4 das mortes prematuras no mundo

  • 13 Mar 2019
  • 17:07h

Foto: Juan Diaz/Arquivo Pessoal

Um quarto das mortes prematuras e das doenças que proliferam atualmente no mundo estão relacionadas à poluição e a outros danos ao meio ambiente provocados pelo homem. O alerta é feito pela ONU em um relatório sobre o estado do planeta, divulgado nesta quarta-feira (13) em Nairóbi, capital do Quênia. O relatório, chamado de GEO (Global Environement Outlook), é resultado do trabalho de 250 cientistas de 70 países, durante seis anos. O documento utiliza uma base de dados gigantesca para calcular o impacto da poluição sobre centenas de doenças, além de listar uma série de emergências sanitárias no mundo. Segundo o GEO, a poluição atmosférica, os produtos químicos que contaminam a água potável e a destruição acelerada dos ecossistemas vitais para bilhões de pessoas estão provocando uma espécie de epidemia mundial. As condições ambientais "medíocres" são responsáveis por cerca de 25% das mortes prematuras e doenças no planeta. A poluição do ar mata entre 6 e 7 milhões de pessoas por ano. Já a falta de acesso à água potável mata 1,4 milhão de pessoas a cada ano devido a doenças que poderiam ser evitadas, como diarreias. O relatório também indica que produtos químicos despejados no mar provocam efeitos negativos na saúde de várias gerações. Além disso, 3,2 bilhões de pessoas vivem em terras destruídas pela agricultura intensiva ou pelo desmatamento. Já a utilização desenfreada de antibióticos na produção alimentar pode resultar no surgimento de bactérias ultrarresistentes, que poderiam se tornar a primeira causa de mortes prematuras até a metade do século.

Avião volta para aeroporto após passageira esquecer seu bebê na área de embarque

  • Extra Globo
  • 12 Mar 2019
  • 08:12h

(Foto: Divulgação)

Um aviso do piloto surpreendeu os passageiros de um voo que seguia de Jeddah, na Arábia Saudita, a Kuala Lampur, na Malásia, no último final de semana. O avião precisaria voltar ao aeroporto, pouco após a decolagem, porque uma mãe tinha esquecido seu bebê.A tripulação que estava no voo SV832, da Arabia Saudian Airlines, foi informada pela passageira que seu filho tinha ficado na área de embarque no terminal do Aeroporto Internacional King Abdul Aziz, segundo o site local "Gulf News". Nas redes sociais, viralizou um vídeo em que é possível ouvir o piloto conversando com operadores de tráfego aéreo. "Que Deus esteja conosco. Podemos voltar?", perguntou o piloto ao controlador, que depois foi ouvido questionando um colega sobre o protocolo numa situação como aquela. Esse tipo de manobra é permitido em ocasiões de emergência, como foi considerado tal episódio. "Este voôo está pedindo para voltar. Uma passageira esqueceu seu bebê na sala de espera, coitado", afirmou. Surpreso com o ocorrido, o operador solicitou que o piloto confirmasse o motivo. "Nós dissemos a você, uma passageira deixou seu bebê no terminal e se recusa a continuar o voo", respondeu, relatando o episódio pela última vez.

Miss teen universo sofre ataque cardíaco e morre aos 19 anos

  • Veja
  • 11 Mar 2019
  • 09:10h

(Reprodução/Instagram)

A modelo holandesa Lotte Van Der Zee, de 19 anos, faleceu na última quarta-feira, 6, vítima de um ataque cardíaco. A notícia foi dada pelos seus pais, em uma publicação na conta de Lotte, miss teen universo em 2017, no Instagram.“Nossa pérola, nosso tudo, faleceu na noite de quarta-feira, 6 de março, às 22h47. É inacreditavelmente surreal que nossa amada Lotte não esteja conosco mais. Nossos corações estão realmente quebrados. Nós gostaríamos de agradecer a todos pelo apoio e pelas mensagens de conforto”, diz o texto, escrito pelos pais da modelo e compartilhado junto com uma foto em que jovem sorria durante uma viagem da família à cidade de Westendorf, na Áustria.Segundo publicações assinadas pelo casal Bert van der Zee e Eugeniek van het Hul, Lotte foi socorrida, primeiro em um hospital, ainda na cidade austríaca. Depois de alguns dias em coma, a jovem ainda chegou a ser transferida para um hospital acadêmico de referência, em Munique, na Alemanha.

Menino de 9 anos tenta assaltar joalheria com arma de brinquedo

  • Extra Globo
  • 28 Fev 2019
  • 18:10h

(Foto: Extra Globo)

Um menino de 9 anos foi flagrado por câmera de segurança tentando assaltar uma joalheriaem Moreno (província de Buenos Aires, Argentina) com uma arma de brinquedo.As imagens mostraram o menino entrando na loja, aproximando-se do balcão e tirando a arma falsa da calça. O incidente ocorreu em 16 de fevereiro. Segundo o jornal "La Nación", Nicolás García, dono da joalheria, percebeu que o menino não tinha uma arma de verdade e o enxotou da loja, sem resistência. "O menino me disse para entregar tudo, para não ser um idiota porque ele me queimaria. Não pude levá-lo a sério", contou o proprietário. A mãe do menino, identificada como Daniela, de 28 anos, reconheceu o filho ao assistir ao vídeo. Ela confirmou que a criança tem uma réplica de pistola. A argentina disse que o filho foi expulso da escola no ano passado por mau comportamento. Daniela afirmou, ainda, ter jogado fora a arma de brinquedo após o incidente. A polícia investiga se adultos estavam por trás da ação do menino.

Médicos descartam aborto e fazem cesárea em menina de 11 anos que sofreu estupro

  • Bahia Notícias
  • 28 Fev 2019
  • 16:16h

Foto: Reprodução / La Nota

Após ter sido estuprada pelo parceiro da avó, uma menina de 11 anos foi obrigada a fazer uma cesárea, em um hospital de Tucumán, no Noroeste da Argentina.  De acordo com informações do Estadão, mesmo a garota tendo solicitado autorização para fazer um aborto e sendo coberta pela lei, já que o país dá o aval em casos de estupro e risco à saúde, os médicos decidiram realizar o parto da garota, grávida de cinco meses. "Ela foi forçada a dar à luz. Além de ser uma vítima de estupro e ter tentado cometer suicídio duas vezes, sua saúde estava em perigo", disse à agência EFE a advogada da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, Soledad Deza.  A gravidez foi detectada em 31 janeiro, na 19ª semana, e imediatamente a menina expressou o desejo de fazer o aborto. "Eu quero que vocês tirem isso de dentro de mim que foi colocado pelo velho", disse ela, segundo registro médico anexado ao processo judicial.  Em entrevista à TV, Cecilia Ousset, ginecologista e uma dos médicos na sala de cirurgia, afirmou que o secretário executivo de saúde da Província, Gustavo Vigliocco, a convocou para realizar o aborto, mas ela recusou alegando objeção de consciência (questões morais ou religiosas) e a intervenção foi passada para seu marido. Segundo a publicação, Vigliocco havia dito antes que a garota era capaz de seguir a gravidez, já que pesava mais de 50 kg. Mas ao chegar ao hospital, a médica contou que encontraram uma menina com “corpo infantil não desenvolvido” brincando com uma cadeira de plástico. “Minhas pernas ficaram moles, era impressionante”, lembrou Ousset. Na sala de cirurgia, o anestesista e a enfermeira também alegaram objeção de consciência. A médica afirmou ainda que não era possível fazer o aborto pela vagina, porque o corpo da garota não estava desenvolvido e nem teria condições de chegar ao oitavo mês de gestação.  A ginecologista afirmou ainda que a menina apresentava sintomas de pré-eclâmpsia e poderia morrer. Por esse motivo, a equipe decidiu realizar uma microcesariana e em seguida levar o bebê a uma incubadora neonatal. Após o parto, amostras do cordão umbilical e da placenta foram encaminhados para a realização de exames de DNA, que podem confirmar que o companheiro da avó, que está preso, é o agressor.A advogada da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, Soledad Deza, no entanto, discorda da abordagem. Segundo ela, nem havia necessidade de pedir a intervenção do Judiciário, nem solicitar o consentimento de um conselho médico. "Quando a vida está em perigo, não há necessidade de adiar a prática", explicou. "Aqui houve grandes violações dos direitos da menina impulsionadas pelo sistema de saúde apoiado pelas autoridades", disse, acrescentando que já houve casos semelhantes na Província porque "a saúde sexual não está na agenda" do governo local. 

'Menor recém-nascido do mundo' tem alta do hospital de Tóquio

  • EBC
  • 27 Fev 2019
  • 18:43h

Foto: Foto Hospital Universitário Keio

Um recém-nascido que veio ao mundo com apenas 268 gramas teve alta na semana passada em um hospital no Japão, cinco meses após nascer. Os médicos afirmam que ele é o menor menino nascido prematuro a ir para casa com saúde.O garotinho nasceu em agosto, com apenas 24 semanas de gestação, em uma cesariana de emergência. Era tão pequeno que cabia na palma da mão do médico. Ele recebeu tratamento na UTI até semana passada, cerca de dois meses após a data em que deveria ter nascido.Ao receber alta, o bebê já estava com 3,2 kg, e agora já consegue se alimentar normalmente. "Só posso dizer que estou feliz que ele cresceu tanto, porque sinceramente eu não tinha certeza que ele iria sobreviver", diz a mãe do menino, de acordo com o Hospital Universitário Keio, em Tóquio. O médico Takeshi Arimitsu, que atendeu o caso do garotinho, disse à BBC que ele é o menor recém-nascido do mundo do sexo masculino a receber alta do hospital, de acordo com a base de dados de menores bebês da Universidade de Iowa, nos EUA. Arimitsu diz que quer mostrar que "existe a possibilidade de que bebês saiam do hospital com saúde apesar de terem nascido pequenos". Antes do bebê japonês, o recorde pertencia a um menino nascido na Alemanha com apenas 274 gramas. A menor menina a sobreviver também nasceu no país, em 2015, e pesava 252 gramas. O Hospital Universitário Keio diz que a taxa de sobrevivência de bebês pesando menos de um 1 kg ao nascer é de cerca de 90% no Japão – o índice cai para 50% para bebês com menos de 300 g. Entre os menores recém-nascidos, a taxa de sobrevivência é muito menor para meninos do que para meninas. Os médicos não sabem dizer com certeza por que isso acontece. Alguns acreditam que pode estar ligado ao desenvolvimento mais lento dos pulmões em bebês do sexo masculino.

Funerárias processam pastor acusado de simular ressurreição

  • G1
  • 27 Fev 2019
  • 17:28h

Foto: Facebook Alph Lukau/ BBC

Um grupo de diretores de funerárias na África do Sul disse que processará um autoproclamado profeta que afirmou ter ressuscitado um morto.Um vídeo do pastor Alph Lukau, em que ele aparece gritando "levante-se" para um homem deitado em um caixão, que, em seguida, se ergue e é celebrado por fiéis, viralizou. As empresas funerárias dizem que foram manipuladas a se envolverem na farsa organizada do lado de fora da igreja de Lukau, próximo a Joanesburgo. O caso foi ridicularizado e criticado por muitos no país. "Não existem milagres. São tentativas de ganhar dinheiro com o desespero do nosso povo", disse a Comissão para a Promoção e Proteção de Comunidades Culturais, Religiosas e Linguísticas à emissora estatal da África do Sul.

Funerárias alegam danos à sua reputação

Três empresas funerárias que dizem ter sido enganadas agora estão tomando medidas legais por danos à sua reputação. A Kingdom Blue, a Kings & Queens e a Black Phoenix disseram à imprensa local que os representantes da igreja os enganaram de diferentes formas. "Supostos membros da família do falecido" disseram à Kings & Queens que tiveram um "conflito com um outro fornecedor de serviços funerários". Os clientes também supostamente colocaram "adesivos da Black Phoenix em um carro particular" para parecerem críveis para a Kings & Queens quando foram contratar um carro fúnebre da empresa. O caixão, dizem os diretores de funerárias, foi adquirido da Kingdom Blue. A igreja de Lukau, a Alleluia Ministries International, não respondeu ao pedido de comentários da BBC.

Mulher raspa o cabelo, finge ter câncer e arrecada R$ 37,5 mil

  • iBahia
  • 26 Fev 2019
  • 15:19h

(Foto: Reprodução/Facebook)

Jessica Krecskay, de 25 anos, foi presa acusada de fraude. A moradora de Florence (Kentucky, EUA) raspou o cabelo, fingiu ter câncer e começou uma campanha para arrecadar doação para custear o "tratamento". A americana conseguiu R$ 37,5 mil, de amigos e colegas de trabalho, dizendo estar com câncer terminal. Jessica alegava ter tido metástase de um tumor originado nos ovários. A fraudadora manteve a mentira desde 2013. Em 14 de fevereiro, Jessica foi presa. Ela pode ser condenada a até 10 anos de prisão, de acordo com reportagem da revista "People". "Essas pessoas caridosas começaram a doar dinheiro, a arrecadar fundos, a pagar as contas dela, a trabalhar nos turnos dela para que ela não precisasse trabalhar", disse à emissora WLTW o promotor Rob Sanders. Entre outros gastos, Jessica usou a verba para viajar com a família à Disney World. Alguns doadores, entretanto, começaram a desconfiar. A gota d'água para levar o caso à polícia foi um vídeo registrando Jessica "passando mal". Caída no chão, a golpista é vista escrevendo serenamente no smartphone. Depois disso, ela se levanta rapidamente, como se nada tivesse acontecido, quando o elevador chega ao andar em que ela se encontra "agonizando". Pressionada a apresentar um diagnóstico, Jessica acabou se esquivando. Até receber uma visita da polícia.

Em protestos, venezuelanos exigem abertura das fronteiras com Brasil e Colômbia

  • 23 Fev 2019
  • 14:48h

Foto: Alan Chaves/G1 RR

No dia "D" da oposição ao regime Nicolás Maduro para recebimento de doações de alimentos e medicamentos do exterior, centenas de venezuelanos protestaram neste sábado (23) nas regiões de fronteira com Brasil e Colômbia. Os manifestantes reivindicam que o governo de Caracas autorize o ingresso de caminhões com ajuda humanitária para atender cidadãos venezuelanos afetados pela crise econômica e política do país sul-americano. Os protestos ocorrem após o fechamento das fronteiras da Venezuela com Brasil e Colômbia por ordem do presidente Nicolás Maduro. Na área de fronteira com a Colômbia, houve conflito entre manifestantes e integrantes das forças de segurança venezuelanas. Em meio ao protesto, venezuelanos atiraram pedras contra os policiais, que revidaram com gás lacrimogêneo. Ônibus e roupas foram queimados nos protestos. Treze pessoas ficaram feridas. De acordo com a agência Reuters, três soldados venezuelanos desertaram dos postos na fronteira.Autoproclamado presidente interino da Venezuela, o líder oposicionista Juan Guaidó partiu do município colombiano de Cúcuta, no final da manhã deste sábado, em um comboio com mantimentos e remédiosem direção a Ureña, município venezuelano que fica na fronteira com a Colômbia. Guaidó pretente furar o bloqueio das forças de segurança do regime Maduro. Em um pronunciamento em Cúcuta, o líder da oposição, que se declarou presidente há um mês, exigiu que o governo venezuelano autorize o ingresso no país das doações estrangeiras. Em Roraima, o chanceler brasileiro Ernesto Araújo fez um apelo neste sábado para que as forças de segurança da Venezuela abram as fronteiras com o Brasil para permitir o ingresso de caminhões com alimentos e medicamentos doados pelos governos brasileiro e norte-americano para cidadãos venezuelanos. O presidente da Colômbia, Iván Duque, também defendeu neste sábado que Caracas aceite ajuda externa. Em Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, um grupo de venezuelanos exigiu de forma pacífica nas ruas do município de Roraima que o país vizinho aceite a ajuda humanitária enviada pelos governos brasileiro e norte-americano. Pacaraima é uma das principais portas de entrada de venezuelanos no território brasileiro. "Deixem passar a ajuda humanitária", gritavam os manifestantes aos soldados da força de segurança venezuelana. A polícia e o exército não divulgaram uma estimativa de quantas pessoas participaram do protesto.

Maduro diz que fechará fronteira da Venezuela com o Brasil nesta quinta (21)

  • 21 Fev 2019
  • 15:06h

Foto: Carlos Eduardo Ramirez/Reuters

Nicolás Maduro disse nesta quinta-feira (21) que a Venezuela irá fechar sua fronteira com o Brasil esta noite, a partir das 20h, pela hora local, 21h em Brasília. "A partir das 20h de hoje, quinta-feira, 21 de fevereiro, fica fechada total e absolutamente até novo aviso, a fronteira com o Brasil", afirmou o líder chavista em fala exibida no canal estatal VTV. "Vale mais prevenir do que lamentar." O anúncio acontece em meio à pressão para que ele permita a entrada de ajuda humanitária oferecida pelos EUA e por países vizinhos após pedido do auto-proclamado presidente interino Juan Guaidó. Maduro vê a oferta de ajuda humanitária como uma interferência externa na política do país.Ele também está estudando o fechamento da fronteira venezuelana com a Colômbia. Guaidó iniciou nesta quinta a viagem de 800 km à fronteira da Colômbia, onde vai pressionar para a entrada de ajuda humanitária.

'Como um drink me deixou cega'

  • 21 Fev 2019
  • 08:13h

Foto: BBC

Hannah Powell estava se sentindo exausta e não parava de vomitar após uma noite de balada com amigos em Zakynthos, na Grécia, em agosto de 2016. Mas não eram apenas sinais de uma ressaca. A jovem de 23 anos tinha bebido vodca misturada com metanol, também conhecido como álcool metílico. Ela diz que não sabia que a substância perigosa havia sido misturada à bebida. Os rins de Hannah entraram em colapso e ela ficou cega. Só percebeu que havia algo errado quando acordou no seu quarto de hotel achando que as luzes estavam apagadas. "Eu sugeri que abríssemos a cortina e meus amigos disseram que elas já estavam abertas, mas eu não percebi na hora o que estava acontecendo", disse a jovem à BBC. "Eu pensei que eles estivessem brincando, então levantei para acender as luzes. Foi aí que eu comecei a entrar em pânico, porque foi quando percebi que as luzes estavam acesas e que eu não conseguia enxergar nada." Hannah, da cidade britânica de Middlesbrough, foi levada ao hospital da ilha de Zakynthos antes de ser transferida para uma ilha maior da Grécia. Ela estava tão confusa e delirante que pensou estar sendo sequestrada. "Eu não entendia porque não conseguia enxergar. Eu pensei que fosse alguma coisa (tampando) meu olho ou na minha cabeça. Lembrava remotamente de falar com meu pai ao telefone", conta. "Eu me lembro de esconder meu telefone nas axilas, pensando que fossem tirá-lo de mim." Exames feitos no hospital confirmaram que Hannah havia ingerido metanol. Haviam servido a ela, num bar, vodca falsificada, misturada à substância tóxica. Os amigos, que tinham bebido a mesma coisa, chegaram a passar mal e sentir dores no estômago, mas os sintomas passaram. "Aparentemente, gangues fazem as vodcas clandestinamente e vendem aos bares por preços mais baratos. E os bares abastecem seu estoque com essas bebidas", explica Hannah. "Então, se você é um consumidor, acha que está comprando vodca Smirnoff, mas não é. Eles colocam os líquidos em garrafas verdadeiras de Smirnoff."

Foto: Hannah Powell

Hannah voltou para casa semanas depois e teve que se ajustar à nova vida, sem visão. Os rins também pararam de funcionar e ela teve que passar 18 meses fazendo hemodiálise, até receber um órgão doado pela mãe. Hannah conta que, no início, via tudo "completamente preto". Depois de um tempo, passou a enxergar tudo "muito embaçado". A jovem diz que se esforça para fazer as coisas sozinha e que espera receber um cão-guia para ganhar maior independência. "Eu costumava acordar tendo esquecido que tinha perdido a visão. Ia me arrumar e percebia que não conseguia achar minha maquiagem, meu alisador de cabelos. Eu abria uma paleta de sombras de olho e o conteúdo parecia todo preto, sendo que estava cheio de sombras de cores diferentes", diz. Até ações trivais – como fazer uma xícara de chá - ganharam novos contornos, e ela diz constantemente tropeçar em degraus e ter dificuldades em encontrar coisas. Passaram-se três anos desde as férias na ilha grega que mudaram a vida de Hannah. Até agora, ninguém foi responsabilizado pelo que ocorreu. A jovem diz que álcool falsificado possivelmente ainda é amplamente vendido em locais turísticos, como Zakynthos. "Eu já não esperava que fossem punidos, mas acho que alguém deveria. Ou o bar sabia que tinha álcool manipulado ou alguém fez essa mistura. De qualquer forma, eu não tive nada a ver com isso. Eu nunca teria bebido se soubesse." Hannah afirma que está determinada a viver uma vida normal desde que perdeu a visão. Ela vai à academia e ao cinema. Faz compras e celebra o aniversário dos amigos como fazia antes. A ONG RNIB, dedicada a pessoas com deficiência visual, ajudou Hannah a voltar a trabalhar. Ela utiliza um equipamento especial para atuar com recepcionista de uma clínica médica. "Minha irmã foi maravilhosa. Ela me ajudou a voltar a usar minha maquiagem. E tivemos que ordenar as minhas roupas por cores, porque eu não conseguia identificar de que cor eram", conta. "Eu continuo saindo com meus amigos, principalmente para tomar chá ou ir ao cinema. Gostava de ir ao cinema para ficar sentada lá, parada, e observar se conseguia enxergar um pouco mais. E mesmo se não conseguisse, dava para entender o filme ouvindo e era bom simplesmente sair de casa." Hannah diz que sempre escolhe algo para focar e a ajudar a manter a postura positiva. Neste ano, está planejando se mudar para uma casa nova. Ela também quer retornar a Zakynthos um dia, porque não consegue se lembrar bem do tempo que passou lá. Espera recobrar essa memória ao voltar à ilha grega. "A última coisa que eu quero é ter medo de fazer tudo. Minha mãe se preocupa quando digo que vou para a academia. Até hoje ela pergunta: 'Como você vai chegar lá? Você consegue enxergar os carros?" "Eu não consigo ver todos os carros, mas a alternativa seria ficar em casa. Eu sou jovem e não quero me acostumar a ficar em casa por medo de sair. Eu ainda tropeço e hesito. Mas isso não me incomoda mais."

Mundo: Menino é enterrado vivo na neve pelos guardiões por não decorar versículos da Bíblia

  • 05 Fev 2019
  • 18:09h

Um menino de 7 anos foi enterrado vivo pelos seus guardiões legais na neve como punição por não decorar versículo da Bíblia. O caso ocorreu em Manitowoc (Wisconsin, EUA).Ethan Hauschultz tinha um histórico de abusos cometidos pelos guardiões, Timothy, de 48 anos, e Tina Hauschultz, de 35, e por seu irmão mais velho, de 15, contou reportagem da "Newsweek".Em uma ocasião, Ethan recebeu mais de cem socos e pontapés e teve um tronco pesado rolado sobre o seu corpo.De acordo com legista, o menino morreu de hipotermia. Ele tinha traumas na cabeça, no abdome e no peito e uma costela fraturada.Não há informação sobre o grau de parentesco entre a vítima e os guardiões. Também não foi esclarecido por que a guarda foi retirada dos pais biológicos."Quando cheguei ao hospital, Ethan não tinha batimento cardíaco e a temperatura dele era de 23 graus. Eu quero justiça", disse Andrea Everett, mãe biológica da vítima.Timothy, Tina e o irmão de Ethan foram presos. Eles vão responder por homicídio.

Mundo: Polícia prende enfermeiro de clínica onde mulher com grave deficiência engravidou e deu à luz

  • 24 Jan 2019
  • 14:11h

Foto: Maricopa County Sheriff’s Office via AP

Um enfermeiro de uma clínica em Phoenix, Arizona, onde uma mulher com grave deficiência que estava internada havia anos deu a luz a um bebê em dezembro, foi preso, disse a polícia nesta quarta-feira (23). Nathan Sutherland, de 36 anos, é acusado agressão sexual e abuso de adulto vulnerável. Autoridades disseram que ele foi enfermeiro da vítma na clínica Hacienda Healthcare, onde ocorreu o caso. A polícia chegou a ele depois que as autoridades obtiveram uma ordem judicial para coletar uma amostra de DNA sua, que foi comparada ao DNA do bebê. Em 29 de dezembro, a paciente internada há mais de dez anos deu à luz. O seu estado físico a impede de consentir sobre atos sexuais, o que deu início à investigação sobre quem a havia atacado. A polícia começou a fazer exames de DNA para identificar quem seria o pai biológico da criança. Policiais disseram que a mulher, de 29 anos, tinha origem indígena e era parte de um grupo da reserva San Carlos Apache. A imprensa divulgou que ela foi vítima de afogamento há mais de 10 anos, o que causou o que vinha sendo descrito como um estado vegetativo ou, outras vezes, de coma. Nesta terça, a família da vítima disse em comunicado que, diferentemente do que vinha sendo divulgado pela imprensa, ela "não está em coma", mas tem "deficiências intelectuais significativas" decorrentes de convulsões que sofreu no início de sua infância. "Ela não fala, mas tem alguma capacidade de mover seus membros, cabeça e pescoço", disse a família por meio de seu advogado. "Ela responde ao som e é capaz de fazer gestos faciais. O importante é que ela é uma filha amada, embora com deficiências intelectuais significativas ". "Em nome da tribo, eu estou profundamente chocado e horrorizado com o tratamento dado a uma de nossas integrantes", disse o chefe da tribo, Terry Rambler, quando o caso veio à tona. "Quando você tem uma pessoa amada sob cuidados paliativos, quando eles estão ainda mais vulneráveis e dependente dos outros, você confia nos cuidadores. Infelizmente, um dos cuidadores não era confiável e se aproveitou dela", lamentou Rambler.

Ninguém sabia da gravidez

"Nenhum dos funcionários estava ciente de que ela estava grávida até o momento que ela estava dando à luz", disse uma fonte da família à rede Fox, quando as investigações estavam em andamento. "Pelo que me disseram, ela estava gemendo. E eles não sabiam o que havia de errado com ela", disse a fonte. Ela ainda informou que soube pela clínica que o bebê está saudável e que uma enfermeira que estava no local ajudou no parto. A clínica informou aos familiares que mudou o protocolo de atendimento e disse que, sempre que um funcionário precisar entrar no quarto de uma paciente, será acompanhado de alguma funcionária com ele.

Brasil enfrenta superlotação nos presídios e epidemia de violência doméstica, diz ONG

  • 17 Jan 2019
  • 19:06h

Foto: Doidam10/Freepik

O Brasil enfrenta uma epidemia de violência doméstica e a superlotação do sistema carcerário, aponta a ONG Human Rights Watch. Nesta quinta-feira (17), a ONG divulgou os resultados de um relatório anual sobre problemas no respeito aos direitos humanos em 90 países. O estudo destaca o problema da violência generalizada contra as mulheres no Brasil. Ele indica que a polícia não investiga devidamente milhares de casos de agressões, de maneira que muitos dos responsáveis não são processados. No fim de 2017, mais de 1,2 milhão de casos estavam pendentes nos tribunais O diretor para a divisão das Américas da Human Rights Watch, José Miguel Vivanco, denunciou ao Bom Dia Brasil uma “epidemia de violência contra a mulher”. Segundo ele, a Lei Maria da Penha, de 2006, é uma das melhores do mundo para combater esse tipo de violência, mas a estrutura precária não consegue fazer com que ela seja aplicada como deveria. “Lamentavelmente, podemos dizer que no Brasil há uma epidemia de violência doméstica, que não é suficientemente abordada, protegida, atendida pela parte do Estado”, afirmou ao Bom Dia Brasil José Miguel Vivanco, que é diretor para a divisão das Américas da Human Rights Watch. Em todo o país, onde vivem mais de 200 milhões de habitantes, o número de casas que oferecem acolhimento para as mullheres vítimas de violência caiu de 97 para 74.

Sistema carcerário lotado

A Human Rights Watch destacou que, em junho de 2016, mais de 726 mil pessoas estavam presas no Brasil. Porém, o sistema carcerário só tinha capacidade para abrigar a metade deles. No fim de 2018, o número de presos era estimado em mais de 841 mil. Além da superlotação, o estudo aponta que menos de 15 % dos presos estudam ou trabalham. A assistência médica para os encarcerados é frequentemente deficitária. Na avaliação da ONG, essas falhas no sistema carcerário aliadas à deficiência no número de agentes penitenciários tornam impossível que o estado brasileiro mantenha controle sobre as prisões.

Homicídios

O número de assassinatos também chamou a atenção da ONG. Em 2017, o número de homicídios bateu recorde: 64 mil. Porém, apenas 12 mil foram denunciados pelo Ministério Público. Entre as vítimas de homicídios não esclarecidos, o relatório cita a vereadora Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes. A violência policial também aumentou. Em 2018, no Rio de Janeiro, as mortes causadas por policiais aumentaram 44% em relação ao mesmo período do ano anterior. “O Rio de Janeiro tem 17 milhões de pessoas. A polícia matou 1400 civis. Nos Estados Unidos, um país com 325 milhões de pessoas, no mesmo período, a polícia em confronto com civis matou 1000. São números que em alguns casos podem ser equiparados com conflitos armados internos ou até internacionais”, declarou José Miguel Vivanco.

Crítica a Bolsonaro

Na edição deste ano do relatório, que tem 674 páginas, a organização analisa dados coletados entre o fim de 2017 e novembro 2018. O diretor-executivo da ONG, Kenneth Roth, defendeu que governos autoritários têm espalhado ódio e intolerância pelo mundo, mas enfrentam uma crescente resistência por parte dos defensores dos direitos humanos, da democracia e do Estado de direito. Durante apresentação do relatório, Roth citou o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, entre os governantes conhecidos por práticas autoritárias, como o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, e da Hungria, Viktor Orbán.“O novo presidente do Brasil, Bolsonaro, é o mais recente exemplo [de governante] autoritário. Ele entra no grupo de figuras como [Recep] Erdogan, da Turquia; [Abdel Fatah al-] Sissi, do Egito; [Rodrigo] Duterte, das Filipinas; [Viktor] Orbán, da Hungria; [Vladimir] Putin da Rússia e Xi Jinping, da China."