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Iluminação Pública já atrai investimentos de mais de R$ 18 bilhões nos próximos 20 anos

  • Case Comunicação Integrada
  • 24 Jun 2021
  • 09:43h

(Foto: Brumado Urgente Conteúdo)

O mercado de iluminação pública brasileiro, por meio de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs), vem se consolidando e já tem contratado para os próximos anos investimentos de R$ 18 bilhões em apenas 51 municípios brasileiros, sendo nove capitais. Para além dos contratos assinados existem mais de 400 projetos em andamento no país, sendo 229 através de consórcios municipais, especialmente em Minas Gerais e Bahia.  

Do montante de investimentos previstos, R$ 310 milhões são provenientes do último leilão que ocorreu em novembro de 2020 para levar a modernização a mais de 100 mil pontos de iluminação, beneficiando uma população em torno de 1,5 milhão de pessoas em Belém, no Pará, e mais de 140 mil pessoas em Sapucaia do Sul. A Caixa também viabilizou, em agosto do ano passado, o leilão de PPP para a modernização a 129,4 mil pontos de iluminação das cidades de Aracaju (SE), Feira de Santana (BA) e Franco da Rocha (SP), somando o investimento de R$ 300 milhões.

O restante dos aportes vem de projetos licitados em que Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuou no edital como Porto Alegre (RS) e Teresina (PI), em 2019, e Vila Velha (ES), Macapá (AP) e Petrolina (PE) em 2020. Juntos, somam 290 mil pontos de luz e investimento aproximado de R$ 859 milhões.

Também entram nessa conta as PPP do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, a primeira capital do país a adotar esse modelo.

Para o primeiro semestre de 2021 estão programados leilões com apoio técnico do BNDES em Curitiba (PR) para modernização de 163 mil pontos de iluminação e investimentos estimados em R$ 330 milhões e Caruaru (PE), que prevê modernizar 31 mil pontos de iluminação, com aportes de R$ 86 milhões. Esse projeto ainda se encontra sob análise da prefeitura.

Ainda no primeiro semestre, está prevista a licitação para a Parceria Público Privada de iluminação pública em Campinas (SP). O projeto está sendo estruturado pela Caixa, e prevê a modernização de 120 mil pontos de iluminação. O total estimado para investimento, operação e manutenção da rede é de aproximadamente R$ 256 milhões.

Todos esses dados, assim como mais informações a respeito do atual e futuro mercado da iluminação pública, constam na segunda edição do Panorama Setorial da Iluminação Pública Privada, divulgada este mês pela ABCIP - Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Iluminação Pública.

O setor foi fortemente impulsionado com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo de Apoio à Estruturação e ao Desenvolvimento de (FEP), administrado pela Caixa Econômica Federal. Os bancos públicos deram maior robustez e segurança jurídica, econômica e tecnológica aos projetos de concessão, preenchendo uma importante lacuna que impedia o pleno desenvolvimento dos projetos de concessão, desde a elaboração dos editais até a assinatura de contratos. Os modelos agora inclusive servem de referência a estruturadores e consultorias contratadas diretamente pelos municípios.

Acreditamos que todo este cenário tem ajudado os investidores a formalizarem as PPP’s do setor, principalmente devido à adequada modelagem dos projetos, da solidez das fontes de financiamento e da possibilidade de resultados no longo prazo. Além disso, a PPP tem se mostrado como importante alternativa para viabilizar investimentos no setor público neste momento de grave crise fiscal, concomitante à pandemia de COVID-19. Para se ter uma ideia, a modernização do parque de iluminação pública - que poderia levar anos para ser desenvolvido – pode ser realizada em até dois anos pela iniciativa privada e trazer reduções de consumo de energia na ordem de 70% ao município.

Está claro que o setor privado é um parceiro competente para auxiliar os municípios no esforço de modernização dos parques de iluminação pública. Além de conhecimento técnico, de gestão dos serviços e acesso às mais novas tecnologias, as empresas têm acesso às fontes de financiamento para o setor. Ao escolher a parceria com iniciativa privada para resolver os problemas de iluminação pública, os municípios liberam recursos orçamentários para investir em áreas prioritárias, tais como ensino, saúde e habitação.

Sem crueldade animal! Conheça o couro vegetal feito de cacto

  • DÉBORA SPITZCOVSKY
  • 21 Jun 2021
  • 14:17h

(Foto: Divulgação)

Um dos grandes símbolos da cultura mexicana, o cacto, agora promete se transformar também em um dos protagonistas do mundo da moda sustentável. Tudo graças a insistência de Adrián López e Marte Cázarez, dois jovens nascidos no país que, mesmo desacreditados, passaram dois anos estudando maneiras de utilizar o típico cacto Nopal do México para produzir um material que pudesse ser usado em substituição ao couro animal. E conseguiram! Juntos, eles desenvolveram o Lineapelle, uma espécie de couro vegetal, altamente respirável e durável, que pode ser usado na fabricação de estofados e artigos de moda. E o melhor de tudo: é 100% cruelty free.

 

Pão nosso de cada dia nos faltaria hoje sem o manejo de pragas e doenças no cultivo de trigo

  • Rafael Iglesias
  • 09 Jun 2021
  • 07:38h

(Foto: Divulgação)

Os agricultores brasileiros aplicaram US$ 2,8 milhões em defensivos agrícolas nas plantações de trigo, ao longo do primeiro trimestre deste ano, para evitar que o pão nosso de cada dia ficasse mais caro. E não somente os pães, mas bolos e todas as massas que levam a tradicional farinha na receita. Sem esse importante investimento, pragas e doenças poderiam causar a perda de até 80% da produção do cereal. 

"O Brasil tem produzido mais de 5,6 milhões de toneladas em uma área equivalente a mais de 2,1 milhões de campos de futebol. Sem o manejo correto e seguro de insetos, fungos e plantas daninhas com defensivos agrícolas, a colheita poderia ser reduzida a 1,1 milhão de toneladas", afirma o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Julio Borges. 

Com base nos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta um valor de 4,1 bilhões para a produção de trigo, a conta para os agricultores seria alta: um potencial prejuízo de até R$ 3,3 bilhões. E que não seria restrito ao campo: sem matéria-prima, também haveria elevação nos preços de derivados do trigo e até de medicamentos que utilizam o gérmen dos grãos. 

"As doenças causadas por fungos, em especial, atormentam os produtores rurais. A ferrugem da folha e a mancha marrom, por exemplo, ocasionam uma quebra potencial de 50% e 80% na safra, respectivamente. O oídio e a mancha amarela, por sua vez, têm prejuízos estimados em 40% da colheita. São números preocupantes", destaca a diretora-executiva do Sindiveg, Eliane Kay. 

E a atenção não se concentra apenas nos fungos, mas também nos insetos – como o coró, lagartas, pulgões e percevejos – e nas ervas daninhas – como o azevém. "Enquanto os insetos, pequenos inimigos, têm uma grande capacidade destrutiva, as plantas invasoras causam uma competição por nutrientes que acaba prejudicando o desenvolvimento ideal do trigo", explica Eliane. 

A solução para essa ameaça iminente é proteger o cereal. A indústria, por meio da ciência e da tecnologia, está empenhada em auxiliar os agricultores a vencer mais esse desafio. "Temos em nosso país recursos modernos para controlar pragas, doenças e daninhas, que se espalham facilmente devido ao clima tropical – propício para a disseminação – e rapidamente podem criar resistência", salienta a diretora. 

Eliane aponta que defensivos, usados de forma correta e segura, protegem o trigo sem causar prejuízo à qualidade do cultivo e à segurança do alimento oferecido à população. "Antes de serem comercializadas, as soluções são testadas e submetidas a longo e rigoroso processo de avaliação. Essa é a garantia de que esses insumos são benéficos para agricultores, comerciantes e consumidores", finaliza. 

Mais de 80% das 5.604.158 toneladas de trigo produzidas no Brasil estão concentradas em dois estados: Paraná (43% do total) e Rio Grande do Sul (40%). Há ainda colheita importante em São Paulo (7%), Minas Gerais (4%) e Santa Catarina (3%). Outros quatro estados também se dedicam a cultura: Goiás (1,2%), Mato Grosso do Sul (0,8%), Bahia (0,3%) e Distrito Federal (0,1%). 

Campanha do BNB "Amigos do Meio Ambiente" debate uso consciente de água e energia limpa

  • Ascom BNB
  • 04 Jun 2021
  • 11:48h

(Foto: Reprodução)

A live "Amigos do Meio Ambiente - Manejo de Água" dá prosseguimento, nesta quarta-feira, 2, à campanha Amigos do Meio Ambiente, do Banco do Nordeste. Com transmissão pelo canal do Banco do Nordeste no YouTube, a partir das 16h, a live faz parte da programação do evento, que segue até o próximo sábado, 5.

A campanha Amigos do Meio Ambiente mobiliza, desde ontem, 1, os clientes do Agroamigo, programa de microfinança rural do Banco do Nordeste, e do Crediamigo, programa de microfinança urbana do BNB, chamando atenção para a importância e as vantagens de medidas sustentáveis na gestão dos microempreendimentos urbanos e rurais.

Na live desta quarta-feira, 2, a programação traz orientações sobre o uso consciente da água e apresenta as soluções de crédito que o BNB oferece aos empreendedores dentro dessa lógica, a exemplo da linha de financiamento Agroamigo Água.

Na sexta-feira, 4, também às 16h, será a vez da live "Amigos do Meio Ambiente - Energia Limpa", na qual serão debatidas questões em torno do uso de energia de fontes renováveis e manejo de resíduos para atividades produtivas. Serão detalhadas as vantagens da linha de financiamento FNE Sol, um dos programas do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) voltados para a geração de energia limpa.

A campanha Amigos do Meio Ambiente abrange diversas ações focadas nos clientes do Agroamigo e do Crediamigo, como gincana de arrecadação de alimentos, distribuição de mudas e sementes e homenagens com o selo "Somos Amigos do Meio Ambiente".

São realizadas, ainda, rodas de conversa sobre políticas de desenvolvimento sustentável e responsabilidade socioambiental do Banco do Nordeste, reunindo clientes dos dois programas e representantes da sociedade e suas instituições, bem como iniciativas de preservação ambiental, seguindo todas as normas de distanciamento recomendadas pelas autoridades sanitárias.

Alvos de investigação da PF, presidente do Ibama e mais quatro são afastados do cargo

  • Redação
  • 01 Jun 2021
  • 09:18h

(Foto: Divulgação PF)

O governo federal publicou nesta terça-feira (1º) no Diário Oficial o afastamento por três meses do presidente do Ibama, Eduardo Bim. A publicação cumpre determinação dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na semana passada. As informações são de Lauro Jardim, jornal O Globo. Bim ocupava o cargo desde 2018, por escolha do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e é investigado pela PF pela prática de crimes ambientais na Amazônia. Além de Eduardo Bim, outros quatro funcionários de alto escalão do Ministério do Meio Ambiente foram afastados: Olivaldi Azevedo, Secretário Adjunto da Secretaria de Biodiversidade; Leopoldo Butkiewicz, Assessor Especial  de Salles; Olímpio Magalhães, diretor de Proteção Ambiental do Ibama; João Pessoa Riograndense, diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama.

Bahia é 2º estado que mais desmata a Mata Atlântica, aponta relatório

  • Redação
  • 27 Mai 2021
  • 09:55h

(Foto: Reprodução)

A Bahia é o segundo estado que mais contribuiu para o desmatamento da Mata Atlântica, segundo o relatório Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado nesta quarta-feira (26) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas (INPE). O recorte leva em consideração o período de 2019 a 2020. O levantamento aponta que, apenas no estado, foram desmatados 3.230 hectares de área de Mata Atlântica. Em relação ao período entre 2018 e 2019, os números caíram – nesses anos, foram 3.532 hectares foram desmatados. A Bahia só desmatou menos que Minas Gerais, que contabiliza 4.701 hectares. Já no Brasil, foram 13.053 hectares de área de Mata Atlântica desmatada, o que representa uma queda de 9% em relação ao ano passado. Apesar da redução, o diretor de Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto, afirma que não se pode falar em uma tendência de queda, já que entre 2018-2019 o aumento do desmatamento foi considerável: 30%.

PF identifica operações financeiras suspeitas de Salles em escritório com a mãe

  • Redação
  • 22 Mai 2021
  • 12:18h

Relatório detalha ainda movimentações atípicas de três servidores da área ambiental e de duas madeireiras durante o governo Bolsonaro | Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente (Foto: Reprodução/Twitter/Ricardo Salles)

A PF (Polícia Federal) apontou operações financeiras suspeitas de Ricardo Salles a partir do escritório de advocacia que ele tem em sociedade com a mãe, durante o período em que exerce o cargo de ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro e em meio a suposta prática de crimes na exportação de madeira ilegal.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a suspeita é descrita pela PF em relatórios que embasam a Operação Akuanduba, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e deflagrada na última quarta-feira (19).

Salles e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, são investigados na operação. 

De acordo coma  reportagem, a PF em Brasília fez uso de relatórios de inteligência financeira produzidos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). A decisão de Moraes cita esse material, mas sem detalhamento. Documentos da polícia trazem pormenores dos relatórios de inteligência financeira, chamados RIFs.

Sobre o RIF relacionado a Salles, a PF diz existir um “conteúdo bastante interessante”. O RIF “aponta para operações suspeitas, realizadas nos últimos dois anos, por intermédio do escritório de advocacia em que o ministro Ricardo Salles é sócio com sua genitora”.

Em nota enviada à Folha, o ministério afirmou que “não há como se defender de algo que não se conhece”. “Até o momento, o ministro não teve acesso ao inquérito, e tampouco a reportagem indicou quais são os fatos a esclarecer.”

Advogado de Salles, Fernando Augusto Fernandes disse ao jornal paulista que há uma mistura de fatos anteriores com fatos que não são criminosos. “Há um claro propósito político para induzir o STF em erro.”

Segundo o defensor, as movimentações financeiras do escritório que integra já foram objeto de investigação anterior, com esclarecimentos ao MP (Ministério Público).

Entidades pelos direitos animais mobilizam redes sociais contra vaquejada e rodeios

  • PV
  • 17 Mai 2021
  • 17:48h

Comissão de Esporte tentará aprovar projetos nesta terça-feira, 18/5 | Imagem: Divulgação

Mais de 200 entidades de defesa dos direitos animais e comissões de proteção animal da Ordem dos Advogados, tentam impedir a votação de dois projetos de lei na Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados. Na pauta desta terça-feira, 18/05, os PL2452 e 7624 provocaram reações nas redes sociais e mobilizam os ativistas em todo o país.

Em vídeo produzido coletivamente, as entidades conclamam: “não vamos levar o sangue e a tortura para o esporte”. Confira: https://youtu.be/ak6YFlNhmvE 

“Em pleno século XXI não podemos permitir que sofrimento, dor e crueldade sejam confundidos com esporte”, afirmou Vânia Nunes, diretora-técnica do Fórum Animal, que congrega mais de 180 entidades pelos direitos animais.

Com mais de 130 mil assinaturas, uma petição criada pelo GEDAI – Grupo de Estudos sobre Direitos Animais e Interseccionalidades, da Universidade de Brasília, mostra que a sociedade está evoluindo para abolir práticas cruéis contra animais, mesmo aquelas que antigamente eram vistas como cultura ou esporte. O documento pode ser visto em http://chng.it/28ydfZBmSF 

Segundo a professora Vanessa Negrini, coordenadora do GEDAI-UnB, “determinadas práticas ditas culturais e esportivas, podem e devem ser abolidas, em virtude de concepções atualizadas de direitos”. Ademais, a pesquisadora sustenta que “a crueldade intrínseca a determinada atividade não desaparece pela mera rotulagem de manifestação cultural ou prática desportiva”.

Para a secretária adjunta da Comissão Nacional da OAB de Proteção e Defesa Animal, a advogada Ana Paula de Vasconcelos, tortura não é cultura ou esporte. “Prova do laço, vaquejada, prova do tambor, rodeio ou qualquer outra prática que envolva o sofrimento e a exploração animal para entretenimento humano, é algo imoral e inconstitucional”. Ela é a patrona da ação ADI 5728, que pede que o STF confirme que práticas envolvendo crueldade contra animais sejam declaradas inconstitucionais.

O deputado Célio Studart (PV-CE) é uma das vozes da resistência contra os PL2452 e 7624 na Câmara dos Deputados. "No que depender de mim, vaquejada não vai ser considerada esporte e não vai tirar um centavo do que é esporte de verdade! Vaquejada é maus-tratos! Tem esporte de verdade que precisa de incentivo, apoio, ajuda! Vaquejada não!", comenta Studart.

“Se coloque no lugar do boi, da vaca, do bezerro, que nessa tortura acaba tendo seu rabo arrancado, a pata quebrada. Temos que lutar contra os maus-tratos aos animais”, defendeu o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP). Na mesma linha, o deputado federal Ricardo Izar (PP-SP) se posicionou contra os projetos, pois considera que “crueldade não é esporte”.

O deputado Fred Costa (Patriota-MG) apresentou na Comissão de Esporte um pedido de adiamento da votação destes projetos e a realização de uma audiência pública para mostrar que vaquejada e rodeio são práticas cruéis que não contam com a aprovação da maioria da população. 

O Delegado Bruno Lima, que é deputado estadual de São Paulo (PSL-SP), falou para seus mais de 1,8milhões seguidores que “não podemos aceitar o entretenimento com base no sofrimento dos animais”.

Em suas redes sociais, com mais de 429 mil seguidores no Instagram, a atriz Anna Lima também defendeu que “vaquejada não é diversão, é violência; não é esporte, é tortura e é crime; diga não à vaquejada”. 

CRUELDADE INTRINSECA:

Maus tratos intensos a animais são inerentes às vaquejadas, indissociáveis delas, pois, para derrubar o boi, o vaqueiro deve puxá-lo com força pela cauda, após torcê-la com a mão para maior firmeza. Isso provoca luxação das vértebras que a compõem, lesões musculares, ruptura de ligamentos e vasos sanguíneos e até rompimento da conexão entre a cauda e o tronco (a desinserção da cauda, evento não raro em vaquejadas), comprometendo a medula espinhal. As quedas perseguidas no evento, além de evidente e intensa sensação dolorosa, podem causar traumatismos graves da coluna vertebral dos animais, causadores de patologias variadas, inclusive paralisia, e de outras partes do corpo, a exemplo de fraturas ósseas. Os corcoveios dos animais exibidos em rodeios também resultam em enorme dor, não só pelas esporas que castigam o pescoço e baixo-ventre, mas também pelo “sédem”, artefato amarrado e retesado ao redor do corpo do animal, na região da virilha, tracionado ao máximo no momento em que ele é solto na arena. Não há possibilidade de realizar vaquejada ou rodeios sem maus-tratos e sofrimento profundo dos animais.

Região: Aves silvestres são apreendidas durante ação integrada

  • Redação
  • 14 Mai 2021
  • 15:18h

(Foto: Divulgação)

Setenta e oito pássaros silvestres foram apreendidos, na tarde desta quinta-feira (13), durante operação conjunta entre a 79ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Poções) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA),na cidade de Poções Os policiais chegaram na localidade, após uma denúncia revelar o comércio ilegal em um imóvel, no bairro de Lagoa Grande. No local indicado foram apreendidas 78 aves aprisionadas em gaiolas e alçapões. De acordo com o comandante da 79ª CIPM, major Alécio Marques de Andrade, os animais foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres, na cidade de Vitória da Conquista, onde passaram por avaliação. O homem acabou conduzido à Delegacia Territorial (DT) da cidade.

 

BNDES tem na fila mais cinco leilões de saneamento para serem efetivados

  • Redação
  • 02 Mai 2021
  • 13:26h

(Foto: Reprodução)

Cinco novos leilões do setor de saneamento estão na fila do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para serem realizados até o primeiro semestre do ano que vem. No total, são R$ 17 bilhões de investimentos para universalizar e modernizar os serviços de água e esgoto para 10,4 milhões de pessoas.

De acordo com a agência Broadcast/Estadão, cada licitação vai seguir um modelo diferente, dependendo da área. Algumas serão feitas por meio de concessão plena, que inclui produção e distribuição de água e esgoto, outras serão feitas por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP) de esgoto ou a concessão apenas da distribuição - como foi o caso da Cedae, leiloada nesta sexta-feira (30), na B3, e considerada um sucesso pelos especialistas.

Pelo cronograma do BNDES, três leilões devem ocorrer ainda neste ano, no segundo semestre: São eles: Amapá (R$ 3 bilhões de investimentos), Porto Alegre (R$ 2,17 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3 bilhões). Alagoas e Ceará ficam para o próximo ano. O Estado de Minas Gerais também iniciou o processo de estudo com o banco de fomento, mas ainda não tem previsão para leilão.

O banco está em negociações ainda para fazer a modelagem dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rondônia. “Não vai faltar investimento no setor”, diz o chefe do Departamento de Desestatização e Estruturação de Projetos do BNDES, Guilherme Albuquerque. Segundo ele, os governadores precisam de bons exemplos, como foi Maceió e Cedae, para aderir às concessões.

Atualmente, o setor privado está presente em 7% dos municípios brasileiros e atende 30 milhões de pessoas. A expectativa é que essa participação dobre com as licitações em andamento. Em 10 anos, essa fatia pode alcançar entre 40% e 50%, segundo cálculos do mercado.

Bolsonaro foi segunda personalidade da Cúpula do Clima mais buscada no mundo

  • Redação
  • 23 Abr 2021
  • 08:16h

(Foto: VEJA)

O presidente Jair Bolsonaro foi o segundo participante da Cúpula do Clima mais buscado em todo mundo, segundo levantamento do Google. Elesó ficou atrás de Joe Biden nas pesquisas mundiais. Nas pesquisas feitas no Brasil, Bolsonaro ficou em primeiro lugar, seguido pelo presidente americano. A informação é da coluna de Lauro Jardim, da do jornal O Globo. Já o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apareceu em oitavo lugar entre os nomes mais pesquisados no mundo, na frente do Papa Francisco. No Brasil, o nome de Salles foi a terceira maior pesquisa, atrás de Bolsonaro e Biden. A pesquisa por “discurso bolsonaro” cresceu 2.500% nas últimas 24 horas no Google. No Youtube, as buscas de maior alta sobre política foram “discurso bolsonaro hoje”, “discurso bolsonaro hoje completo” e “discurso bolsonaro cúpula do clima”.

Sistema ILP associa desempenho econômico e menor custo ambiental

  • Gabriel Faria | Ascom | Embrapa
  • 06 Abr 2021
  • 11:30h

Integração lavoura-pecuária se mostrou mais sustentável em comparação a produções solteiras e ainda deu lucro | Foto: divulgação

Pela primeira vez, uma pesquisa relacionou dados econômicos com indicadores ambientais em uma análise comparativa de sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP), lavoura de soja seguida de milho e pecuária extensiva em localidades do Cerrado e da Amazônia. O trabalho desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e de instituições parceiras mostrou que a sucessão agrícola é mais rentável do que a ILP e a pecuária, porém, com um custo ambiental maior. Com menor impacto ambiental, a ILP é lucrativa, o que a torna essa alternativa mais sustentável para a produção de alimentos nos dois biomas.

Baseado em dados coletados em fazendas de Mato Grosso na safra 2017 e 2018, o trabalho reforça a noção de que com o preço elevado de commodities, os monocultivos agrícolas são mais rentáveis. Entretanto, ao considerar aspectos ambientais da produção, como o uso de recursos renováveis, não renováveis e de insumos externos, o sistema integrado se mostra mais interessante, devido ao menor impacto ambiental por unidade produzida. 

Os principais resultados dessa pesquisa estão no artigo “Sistemas de integração lavoura-pecuária: alternativa de uso sustentável da terra para produção de alimentos no Cerrado e Amazônia do Brasil” publicado no Journal of Cleaner Production. 

A comparação do custo ambiental de cada sistema de produção foi feita utilizando-se uma abordagem metodológica inovadora, baseada no conceito de emergia (veja explicação abaixo). Nessa metodologia, todos os insumos, sejam eles renováveis, como luz solar, chuva, vento e fixação biológica de nitrogênio, ou não renováveis, como a perda de solo, e insumos externos usados na produção, como combustíveis, eletricidade, sementes, fertilizantes, pesticidas e maquinário, são transformados em equivalentes de energia solar.

Da mesma forma, a produção final também é convertida nessa mesma unidade de medida, possibilitando então fazer a correlação da eficiência em termos de emergia e a comparação entre diferentes culturas. 

 

 

Indicadores econômicos e de sustentabilidade

De acordo com a pesquisa, a sucessão agrícola de soja e milho apresentou um lucro líquido de US$ 295 por hectare, contra US$ 235,69 do sistema ILP. Mas no indicador de sustentabilidade de emergia, a ILP obteve 0,67 contra 0,46 da lavoura, em uma escala em que quanto maior o número, mais sustentável é a atividade. 

A pecuária extensiva, por sua vez, como utiliza poucos insumos e grandes extensões de terra, obteve um índice superior, com 5,62. Porém a atividade obteve prejuízo financeiro de US$ 0,58 por hectare no período avaliado, e apresentou baixo desempenho na avaliação das emissões de carbono equivalente. 

De acordo com os resultados de carbono-emergia, o sistema integrado apresentou sequestro de 2,71 toneladas de CO2eq para cada joule produzido (unidade de medida da energia), enquanto o sistema agrícola emitiu 3,70 t CO2eq e a pecuária extensiva apresentou uma emissão de 7,98 t CO2eq para cada joule produzido.

Conforme a pesquisa, os indicadores de emergia mostraram que o custo social da sucessão soja/milho é maior do que os benefícios para a sociedade. O lucro da atividade está relacionado ao intenso uso de insumos externos, fator que reduz o nível de sustentabilidade do sistema a longo prazo. 

“Para manter altos índices produtivos, são necessários cada vez de mais insumos externos. Isso gera um círculo vicioso, no qual, embora se aumente a produtividade, o custo ambiental fica cada vez mais elevado”, explica o coordenador do estudo, Júlio César dos Reis, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril.

Já no caso da pecuária extensiva, o baixo desempenho produtivo e a elevada emissão de gases de efeito estufa tornam o sistema mais insustentável. De acordo com o pesquisador da Embrapa Acre, Judson Valentim, essa é uma atividade de baixa produtividade dos recursos naturais (solo, água e radiação solar), de mão-de-obra e capital, aspecto que interfere na eficiência. 

“No sistema de pecuária de corte tradicional a produtividade obtida é de seis arrobas de carne/hectare/ano. Quando essa mesma área é utilizada em sistemas de integração lavoura-pecuária, o produtor consegue obter uma safra de soja, uma safrinha de milho e ainda produzir boi safrinha. Isso resulta em maior eficiência no uso dos recursos naturais e do capital investido”. ressalta Valentim, ao frisar também o papel ambiental da atividade:

“Além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, por unidade de produto, contribui para diminuir a pressão por desmatamentos, ajudando a manter a floresta em pé. Esses ganhos indicam que os sistemas integrados são mais eficientes na conversão de recursos ambientais e econômicos em produtos finais,” conclui.

Apoio a políticas públicas

As avaliações mostraram que os sistemas ILP se mantiveram lucrativos, com grande redução nos impactos ambientais. Dessa forma, os autores do estudo consideram os sistemas integrados como uma alternativa viável para uso em grande escala, possibilitando suprir a demanda pela produção de alimentos, com um menor impacto ambiental. 

Para o coordenador da pesquisa, o resultado serve como base para o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem a maior adoção de sistemas integrados.

“Para convencer as pessoas na perspectiva ambiental, é preciso valorar esse serviço. Do contrário, o produtor continuará usando a forma que dá mais lucro. É preciso criar outros mecanismos de financiamento e de compensação pelos serviços ambientais”, analisa Reis.

De acordo com os autores do estudo, políticas públicas como o Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC) ajudam, mas ainda estão aquém da meta estipulada em sua criação. A desburocratização, facilitação do crédito, disponibilidade e capacitação de assistência técnica são algumas das ações que contribuiriam para o aumento da adoção dos sistemas mais sustentáveis.

O que é emergia?

O termo emergia ou “energia incorporada” foi concebido pelo cientista Howard Odum no ano de 1963, a partir da observação da falta de compatibilidade entre a economia convencional e o ambiente. O conceito busca combinar elementos para avaliar produtos e serviços da economia em um valor comum aos produtos e serviços naturais, ou seja, o valor energético (ou ecológico) dos bens obtidos da natureza.

Assim, a emergia é definida como a energia útil necessária para os processos de criação de um novo produto ou serviço. De modo prático, é o método pelo qual é possível considerar como as várias formas de energia, ou seja, a luz solar, a água, os combustíveis fósseis ou os minerais como os fertilizantes, se expressam quando utilizadas nos processos que irão gerar um novo bem ou serviço.

O reconhecimento das diferenças qualitativas dessas capacidades energéticas é que melhor representa o cerne conceitual da metodologia emergética, e que pode ser empregada como análise contábil dos índices de sustentabilidade dos sistemas de produção agropecuária.

A metodologia 

Para realizar a contabilidade emergética e a avaliação de sustentabilidade das fazendas estudadas, os cientistas usaram uma plataforma metodológica composta por um conjunto de planilhas capaz de considerar informações sobre os fluxos de matéria e energia nos processos produtivos. Esses dados envolveram: as características produtivas e ambientais das propriedades rurais, os aspectos regionais do município e, de uma forma mais abrangente, as características produtivas do sistema agropecuário do País.

As informações das fazendas, processadas no estudo, foram obtidas em trabalhos de campo e de dados pré-existentes. Já as informações utilizadas no escopo amplo (município e país), foram obtidas em levantamentos censitários oficiais e de fontes secundárias.

Os pesquisadores organizaram sistematicamente a linguagem dos fluxos de energia associados aos processos de mudança que ocorrem quando da introdução de novas práticas ou intervenções nos estabelecimentos rurais, como tipo de manejo ou tecnologias agropecuárias inseridas nos sistemas.

Como os processos produtivos agropecuários e florestais envolvem fluxos financeiros e de estoques de materiais e energia bem específicos, os pesquisadores classificaram os balanços energéticos para determinar o estado de sustentabilidade das fazendas, com dados específicos para cada tipo de insumo, recurso e produto, com seus respectivos ‘valores de unidade energética’. Esses dados foram então transportados para figuras que representaram diagramas de sistema e gráficos analíticos, com os quais se realiza a contabilidade energética e que possibilitaram a análise das assinaturas emergéticas e a avaliação detalhada dos índices de sustentabilidade dos sistemas estudados.

Como explicam os pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente, Geraldo Stachetti, e da Embrapa Gado de LeiteInácio de Barros, pôde-se comparar, por exemplo, o papel da erosão do solo, que impõe grandes déficits energéticos, devido à relevância dos insumos e dos processos naturais que promovem a fertilidade. A expressão desse serviço ambiental é favorecida nos sistemas pecuária e ILP, menos sujeitos à erosão que as lavouras. Já a fixação biológica de nitrogênio se faz mais presente nas lavouras, e favorecem a ILP com efeito residual, mas não as pastagens. 

Esses exemplos explicam o porquê do maior custo energético, e do maior contraste entre os sistemas, estar representado pelos fertilizantes e corretivos do solo, empregados em maiores volumes nas lavouras, seguido da ILP e da pecuária. Assim, os custos energéticos (medidos como ‘joules solares totais’) se mostraram maiores nas lavouras, 10% menores na ILP e 64% na pecuária.

Por outro lado, recursos renováveis ofertados pela natureza conformam 25% da energia nas lavouras, frente a 31% na ILP e até 66% na pecuária. 

“Ao se integrarem os índices dos fluxos de energia dos diferentes sistemas, e contrastá-los com os resultados econômicos, demonstram-se claramente as vantagens ambientais do sistema ILP”, analisa Stachetti.

Avaliação econômica

O trabalho de avaliação econômica de sistemas integrados em Mato Grosso já vem sendo realizado por meio de uma parceria entre a Embrapa Agrossilvipastoril, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e a Rede ILPF. 

A equipe do projeto acompanha os custos de produção de fazendas que utilizam sistemas ILP ou ILPF. Para as comparações, são usados dados de fazendas de referência, ou fazendas modais, de cada região. 

Em trabalhos anteriores, esse grupo já identificou o efeito poupa-terra dos sistemas ILPF e também como a diversificação desses sistemas reduz os riscos financeiros para o produtor. 

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Chapada: Quatro municípios da região podem entrar para o grupo de geoparques globais da Unesco

  • Informações do Correio 24h
  • 31 Mar 2021
  • 17:30h

A região chapadeira pode ganhar o segundo Geoparque Global da Unesco no Brasil | FOTO: Reprodução/Setur |

Quatro municípios da Chapada Diamantina: Andaraí, Lençóis, Mucugê e Palmeiras podem entrar para o grupo dos geoparques globais da Unesco. O projeto do Geoparque Terra do Sincorá será submetido à chancela da organização internacional, que ajuda a capacitar a comunidade e a proteger o patrimônio natural da região. Ainda em andamento, o projeto só não foi ainda encaminhado para à Unesco para sua avaliação em função da pandemia de covid-19. O projeto, capitaneado por uma associação da região que tem à frente os empresários Deoclides Lopes Araújo e Renato Azevedo, tem o objetivo da inclusão desta importante área da região e de fortalecer as comunidades destes municípios e o geoturismo. Embora tenha 161 Geoparques Globais da Unesco espalhados por 44 países, o único do Brasil, atualmente, é o de Araripe, no estado do Ceará. Com isso, a Chapada Diamantina poderá ganhar o segundo Geoparque Global da Unesco no Brasil. 

Ibicoara: Terreno desmatado equivalente a 7 campos de futebol é encontrado em área de proteção ambiental

  • Informações do G1/BA
  • 12 Jan 2021
  • 10:23h

oram encontrados cerca de 126 metros cúbicos de madeira no local — Foto: Reprodução/TV Bahia

Um terreno desmatado de cerca de sete hectares, o que equivale a sete campos de futebol, foi descoberto em uma área de proteção ambiental da cidade de Ibicoara, na Chapada Diamantina, no último fim de semana. Segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente e da Companhia Independente de Polícia e Proteção Ambiental da cidade, a fiscalização chegou à área desmatada após de denuncias de incêndios no local, que fica a cerca de cinco quilômetros da zona urbana da cidade. Aproximadamente 126 metros cúbicos de madeira foram encontrados no local e, segundo a prefeitura, o material será doado. A administração municipal acredita que o local teria sido desmatado para uma plantação irregular de café. Ainda segundo a prefeitura de Ibicoara, a área desmatada fica dentro de uma propriedade privada. Os proprietários estão sendo procurados.

 

Sob risco de escassez até 2030, água entra na mira do mercado financeiro

  • Alexandre Santos
  • 11 Dez 2020
  • 13:51h

Foto: FreePik

Diante das projeções de que o mundo enfrentará um déficit de 40% de água até 2030, segundo afirma principal relatório da Unesco para a sustentabilidade da água, o mercado financeiro já começa a se movimentar para investir no segmento.

Reportagem da Exame Invest, nesta semana, a água começou a ser negociada por meio de contratos de futuros na Bolsa Mercantil de Chicago (CME, na sigla em inglês). Cada contrato representa 10 acre-pés de água, ou 12334,8 metros cúbicos e sua liquidação será com base no índice Nasdaq Veles California Water, que tem seu valor definido pelos preços praticados nos cinco principais mercados de água da Califórnia.

É nesse contexto que a Itaú Asset lançou o fundo ESG H2O Ações. Voltado para o mercado global de água, o fundo terá participação em 50 empresas do segmento por meio do ETF iShares Global Water UCITS (IH2O). Listado na bolsa de Londres, o ativo acumula 39,5% de alta desde 2018 – e somente neste ano subiu 7%.

“O fundo vai olhar para dois grupos: um de serviços de água e infraestrutura e o outro de equipamentos e materiais de água. Não é só serviço de abastecimento. É todo o ecossistema de água, até para a tese de investimento ser diversificada”, afirma Victor Vietti, superintendente de recomendação do Itaú Unibanco.

“Nós sabemos que a água doce é um bem cada vez mais escasso e é de se esperar que empresas que se relacionem de forma positiva com o ecossistema da água consigam se beneficiar desse ambiente”, diz Renato Eid, diretor de estratégia beta e integração ESG da Itaú Asset.

Eid conta que a ideia inicial é tomar exposição a esse mercado por meio de ETF, mas não descarta a possibilidade de o fundo passar a investir em contratos futuros de água. “Se fizer sentido a tese de investimento, não tem por que não.”

A taxa mínima de aplicação no fundo é de 1 real. Mas, como é livre para investir até 100% do patrimônio no mercado internacional, é, por questões regulatórias, dedicado a investidores qualificados, com mais de 1 milhão de reais em investimentos. Sua taxa de administração é de 0,9%, sem taxa de performance.