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Brasil deverá ter moeda digital emitida pelo Banco Central

  • Agência Brasil
  • 24 Mai 2021
  • 14:08h

As novas diretrizes foram anunciadas nesta segunda-feira (24) | Foto: Reprodução

O Brasil poderá ter uma moeda digital emitida pelo Banco Central (BC), como uma extensão da moeda física. O BC anunciou, nesta segunda-feira (24), em Brasília, as diretrizes para a criação da moeda no país.

Em nota, a instituição disse que “tem promovido discussões internas e com seus pares internacionais visando ao eventual desenvolvimento” da moeda. Afirmou que a moeda deve “acompanhar o dinamismo da evolução tecnológica da economia brasileira”.

Diretrizes

Entre as diretrizes estão a ênfase na possibilidade de desenvolvimento de modelos inovadores a partir de evoluções tecnológicas, como contratos inteligentes (smart contracts), internet das coisas (IoT) e dinheiro programável; a previsão de uso em pagamentos de varejo; e a capacidade para realizar operações online e eventualmente operações offline.

A distribuição ao público será intermediada por custodiantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), sem remuneração às instituições.

Também deverá ser garantida a “segurança jurídica em suas operações” e a “aderência a todos os princípios e regras de privacidade e segurança determinados, em especial, pela Lei Complementar nº 105, de 2001 (sigilo bancário), e pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais”.

De acordo com o Banco Central, a tecnologia de criação da moeda deve “seguir as recomendações internacionais e normas legais sobre prevenção à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa, inclusive em cumprimento a ordens judiciais para rastrear operações ilícitas”. A moeda também deve permitir pagamentos em outros países.

Cronograma

Na nota, o BC diz ainda que é preciso aprofundar a discussão com o setor privado antes de definir um cronograma de implementação da moeda. “O diálogo com a sociedade permitirá uma análise mais detalhada não apenas de casos de usos que possam se beneficiar da emissão de uma CBDC [sigla em inglês referente a Central Bank Digital Currencies, moedas digitais emitidas pelos bancos centrais], como também das tecnologias mais adequadas para sua implementação”.

Evento promovido pelo Sebrae conecta pessoas em prol da inovação e do empreendedorismo

  • Redação
  • 24 Mai 2021
  • 11:19h

Startup Day tratou agendas estratégicas, como o Marco Legal das Startups | Foto: Reprodução

Por meio da sétima edição do Startup Day, o Sebrae incentivou o ecossistema de inovação e estimulou o debate sobre empreendedorismo no Brasil. O evento foi realizado no sábado (22), totalmente online.

A programação recheada de especialistas contou com a participação de pessoas de todo território brasileiro. A abertura do Startup Day teve a participação do presidente do Sebrae, Carlos Melles; do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, e do coordenador de Empreendedorismo Inovador e Novos Negócios do ministério da Economia, Rafael Wandrey.

O presidente do Sebrae abriu o sétimo Startup Day elogiando seu caráter democrático. “Nós, do Sebrae, estamos muito felizes por conectarmos tantas pessoas e instituições que acreditam na inovação e contribuem para a realização desta iniciativa. Estamos focados na digitalização dos pequenos negócios, assim como na modernização do ambiente de inovação brasileiro. O Startup Day demostra nosso empenho em fomentar e entusiasmar a criação e o desenvolvimento de startups no nosso país. Espero que vocês aproveitem muito a programação”, declarou Melles. Ele destacou a aprovação recente do Marco Legal das Startups, que trará mais segurança para o ecossistema, e agradeceu o apoio dos Ministérios da Economia, da Tecnologia, da Cidadania e demais parceiros.

O ministro Marcos Pontes incentivou o público a participar ativamente do Startup Day ao longo do dia, além de ressaltar a importância de aplicar os aprendizados em suas rotinas de negócios. “Participem, apliquem e convidem aqueles que ainda não conhecem o Startup Day. Esse evento tão envolvente com todos os atores do ecossistema de inovação brasileiro”, disse. O coordenador Rafael Wandrey observou como esse tipo de evento impulsiona a inovação: “Neste ano vamos bater o recorde de startups aceleradas, graças a iniciativas como o Startup Day, o Inovativa, entre tantas outras. Agora temos o Marco Legal das Startups que, sem dúvidas, trará mais segurança jurídica para negócios inovadores. O nosso objetivo é transformar o Brasil em um dos maiores polos de tecnologia e empreendedorismo no mundo”.

No primeiro painel do Startup Day, Carol Paiffer, fundadora da Atom Investimentos, sócia do Instituto Êxito de Empreendedorismo e jurada do programa Shark Tank Brasil, deu uma aula sobre investimentos. Segundo a especialista, o mercado de investimentos está em alta, com cada vez mais pessoas aplicando dinheiro em negócios e na bolsa de valores. “Há basicamente dois tipos de investimentos os de renda fixa e os de renda variáveis. O retorno está geralmente atrelado aos riscos que você está disposto a correr. Se quer ter mais retorno, precisa correr mais riscos. Em um curto período, o Brasil passou de 300 mil investidores na bolsa de valores para mais de 3 milhões, é uma tendência em ascensão”. A especialista também deu dicas de como conseguir um investidor para seu negócio: “Quando se trata de receber investimentos, é necessário ter um pitch com números na ponta da língua. É preciso estar alinhado ao perfil de investidor que você deseja. Ninguém gosta de ouvir que qualquer tipo basta, seu sócio/investidor precisa perceber que vai ganhar dinheiro com você”.

Marco Legal das Startups
O Marco Regulatório das Startups foi tema do painel mediado pelo analista de Políticas Públicas do Sebrae, Gabriel Rizza, com a presença do secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim e o presidente da Associação Brasileira das Startups (ABStartups), Felipe Matos. Rizza mostrou panorama de como o texto do Marco Legal das Startups começou a ser criado. “O Marco é fruto de uma grande discussão para estimular produtos e serviços inovadores, facilitar investimentos, melhorar o ambiente de negócios, além de propor a mudança da relação do estado com as startups. O processo começou em 2019, com grupos de trabalho discutindo quais eram os principais pontos, depois foi feita uma consulta pública. Assim, consolidaram o texto que foi aprovado no Congresso para melhorar o tratamento dispensado às startups brasileiras”, relembrou.

Para Alvim, o trabalho feito antes da aprovação no Legislativo, com a participação de diversas instituições do setor público e privado, foi fundamental para a evolução do Marco Legal das Startups. “Mais de 80 instituições já vinham conversando sobre a necessidade de se ter um texto que tratasse as startups com suas especificidades. Em 2019, o MCTI e o ME se uniram para dar voz a esses debates culminando na aprovação. Também já existia uma discussão no parlamento, isso criou uma facilidade para a aprovação. Mesmo com alterações que sofreu, o Marco é um avanço para as startups brasileiras, tem um caráter transformador, irá produzir novos e mais postos de trabalho. Vamos aumentar o número das startups brasileiras com essa nova legislação”, afirmou.

Felipe Matos destacou que o Marco Legal é apenas o começo de tudo que precisa ser feito em favor da inovação. “Sem dúvidas, a provocação anterior fez diferença na aprovação do Marco. No entanto, o nosso ambiente regulatório ainda precisa ser muito melhorado, quando se trata de políticas públicas para o ecossistema de inovação. Independentemente de qualquer coisa, ter uma regulação é um grande marco, com perdão pelo trocadilho. O reconhecimento das figuras das startups para a economia do país é um avanço. Porém texto ainda é tímido, precisamos seguir avançando nesse sentido”, observou o presidente da ABStartups.

Oportunidades na Amazônia
O último painel do Startup Day foi dedicado às oportunidades de negócios inovadores na Amazônia. O encontro moderado pelo diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, teve a presença da CEO da Amazônia Hub, Kaline Rossi, da CEO da Manioca, Joanna Matins, e do gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato Cabral. As duas empresas revelaram que tiveram crescimento dos seus resultados, mesmo com a pandemia.

“As oportunidades no território amazônico são gigantes. O segredo é o empreendedor ter um foco no que vai investir. Na Manioca, por exemplo, nosso grande objetivo é conectar os produtos da Amazônia com o mercado, tornando a floresta cada vez mais próxima de todo Brasil. A Amazônia tem sabores muito gostosos, nós trabalhamos para levar isso para o Brasil e para o mundo”, indicou Joanna. Kaline, da Amazônia Hub, disse ser essencial a sustentabilidade da biodiversidade, da cultura e do tempo amazônico. “Amazônia tem suas particularidades, é uma terra única, conhecemos suas dores e os amores. Trabalhar com produtos da floresta exige esse cuidado com todos os ativos que ali existem. Gerar negócios e manter a floresta em pé é fundamental. Na Amazônia Hub temos mais de 50 tipos de produtos, nos dedicamos a conectar isso com o país”, contou e empreendedora.

O programa Inova Amazônia foi apresentado por Paulo Renato, de acordo com o gerente, a iniciativa estimula a inovação na floresta de maneira sustentável. “Existe um desejo, uma curiosidade, um interesse pelos produtos dessa região. Mas como pessoas que moram longe podem saciar essas vontades? Através do Inova Amazônia, o Sebrae vai capacitar empreendedores para que tenham oportunidade de explorar um negócio na Amazônia de forma sustentável, orientando a geração de negócios mantendo a floresta preservada”, declarou.

Bruno Quick encerrou o Startup Day refletindo sobre o trabalho que o Sebrae desenvolve para incentivar a inovação de maneira sustentável. “Aproximar ciência e inovação do mundo dos negócios é um dos objetivos desse evento. Ao falar de inovação pensamos na quebra de barreiras, de paradigmas e nada melhor do que ter a Amazônia como referência de oportunidades para inovar. Na mesma proporção que o território oferece riquezas, ele apresenta desafios no sentido do desenvolvimento sustentável. Inovação e sustentabilidade não se fazem sozinhos, é por isso que o Sebrae reúne diversos atores do ecossistema de inovação para tratar do assunto. Com o Inova Amazônia teremos mais uma grande oportunidade de fomentar o empreendedorismo, respeitando a biodiversidade da região”, finalizou o diretor.

Fabricante do iPhone lançará carro elétrico popular em 2023

  • Redação
  • 22 Mai 2021
  • 13:31h

Veículo do 'Projeto Pear' será comercializado na América do Norte, Europa, China e Índia | Foto: divulgação/Fisker

As empresas Foxconn, fabricante do iPhone, e a Fisker fecharam uma parceria para desenvolver um novo carro elétrico popular. A previsão das companhias é que sejam produzidas 150 mil unidades do veículo já no final de 2023. O carro deve custar 30 mil dólares (cerca de R$ 158 mil, na conversão atual). O desenvolvimento do veículo será de responsabilidade da Fisker, já a montagem será realizada pela Foxconn, nos Estados Unidos. O Projeto Pear (sigla em inglês para Revolução Automotiva Elétrica Pessoal) será comercializado na América do Norte, Europa, China e Índia. Segundo a Fisker, o novo projeto “repensará o carro em relação a proporção, desenho, funcionalidades e conectividade de usuários”. A expectativa é que, a partir de 2024 sejam produzidas cerca de 250 mil unidades do veículo.

Câmara aprova projeto que proíbe despejo de imóveis na pandemia

  • Agência Câmara de Notícias
  • 19 Mai 2021
  • 13:28h

Proposta suspende os atos praticados desde 20 de março de 2020, exceto aqueles já concluídos | Foto: Reprodução

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18), por 263 votos a 181, o projeto que proíbe o despejo ou desocupação de imóveis até o fim de 2021, suspendendo os atos praticados desde 20 de março de 2020, exceto aqueles já concluídos. A proposta (PL 827/20) será enviada ao Senado.

De acordo com o substitutivo aprovado, do deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP), serão suspensos os efeitos de qualquer ato ou decisão de despejo, desocupação ou remoção forçada coletiva de imóvel privado ou público, urbano ou rural, seja os de moradia ou para produção.

No caso de ocupações, a regra vale para aquelas ocorridas antes de 31 de março de 2021 e não alcança as ações de desocupação já concluídas na data da publicação da futura lei.

A proposta é de autoria dos deputados André Janones (Avante-MG), Natália Bonavides (PT-RN) e Professora Rosa Neide (PT-MT). “O projeto protege os mais vulneráveis, aqueles que passam fome e ainda têm de arranjar dinheiro para pagar o aluguel, afirmou Natália Bonavides.

Segundo André Janones, “o texto apenas ajuda as pessoas a cumprirem as medidas de isolamento, garantindo o direito básico de preservação da vida e dando segurança jurídica nesse período de pandemia”.

A deputada Professora Rosa Neide lembrou que houve despejos em seu estado. “Infelizmente, é o capital que predomina, e o projeto preserva a população do campo e da cidade que mais precisa”, argumentou.

Decisão

As medidas como ordens de despejo ou liminares proferidas antes do período de calamidade pública decretado no ano passado não poderão ser efetivadas até 31 de dezembro de 2021.

Nem mesmo medidas preparatórias ou negociações poderão ser realizadas. Somente após o fim desse prazo é que o Judiciário deverá realizar audiência de mediação entre as partes, com a participação do Ministério Público e da Defensoria Pública, nos processos de despejo, remoção forçada e reintegração de posse.

Para o relator, as medidas não inovam em relação ao que já foi aprovado no ano passado. “O projeto evita o despejo em um momento de pandemia, mas também preserva os locadores que possuem apenas um imóvel alugado”, disse Camilo Capiberibe.

Equipamentos urbanos

Para os fins do projeto, considera-se desocupação ou remoção forçada coletiva a retirada definitiva ou temporária de indivíduos e famílias de casas ou terras que elas ocupam sem a garantia de outro local para habitação isento de nova ameaça de remoção.

A nova habitação oferecida deve ter ainda serviços básicos de comunicação, energia elétrica, água potável, saneamento, coleta de lixo, estar em área que não seja de risco e permitir acesso a meios habituais de subsistência, como o trabalho na terra ou outras fontes de renda e trabalho.

Imóvel regular

Quanto aos imóveis urbanos alugados, o projeto também proíbe a concessão de liminar de desocupação até 31 de dezembro de 2021.

Isso valerá para as situações de inquilinos com atraso de aluguel, fim do prazo de desocupação pactuado, demissão do locatário em contrato vinculado ao emprego ou permanência de sublocatário no imóvel.

Entretanto, o benefício dependerá de o locatário demonstrar a mudança de sua situação econômico-financeira em razão de medidas de enfrentamento à pandemia a tal ponto que tenha resultado na incapacidade de pagamento do aluguel e demais encargos sem prejuízo da subsistência familiar.

A proibição será aplicada somente a contratos cujo valor mensal de aluguel seja de até R$ 600 para imóveis residenciais e de até R$ 1,2 mil para imóveis não residenciais.

Acordo frustrado

Se a tentativa de acordo entre locador e locatário não tiver sucesso em relação a desconto, suspensão ou adiamento do pagamento de aluguel durante a pandemia, o locatário poderá desistir do contrato sem multas ou aviso prévio de desocupação também até 31 de dezembro de 2021.

Essa possibilidade será aplicável ainda para imóvel não residencial urbano no qual se desenvolva atividade profissional que tenha sofrido interrupção contínua em razão da imposição de medidas de isolamento ou quarentena por prazo igual ou superior a 30 dias.

O texto de Capiberibe prevê que essa desistência do contrato sem multas ou aviso prévio não será aplicada quando o imóvel objeto da locação for o único de propriedade do locador, fora aquele utilizado para sua residência, e desde que os aluguéis consistam na totalidade de sua renda.

SENAI CIMATEC e mineradora desenvolvem projeto para exploração de minerais preciosos na Bahia

  • Redação
  • 19 Mai 2021
  • 07:51h

Iniciativa inédita que envolve tecnologia e inovação | Foto: Divulgação/Assessoria

O SENAI CIMATEC e a Mineradora Tabuleiro estão desenvolvendo o projeto Terras Raras, iniciativa inédita que envolve tecnologia e inovação para tornar possível a exploração de minerais de terras raras na Bahia, antes inviável.

O projeto estratégico e inovador tem o objetivo de estudar e desenvolver um novo conceito de extração de terras raras economicamente viável e sustentável no que diz respeito ao meio ambiente. Além disso, a empreitada pretende também promover a produção técnico-científica de artigos com expressivo fator de impacto no campo acadêmico.

A Mineradora Tabuleiro é uma startup focada na pesquisa e viabilização extrativa de minerais críticos e especiais no estado da Bahia, com mais de 20 mil hectares de área por todo o estado. Os minerais em destaque nas pesquisas da empresa são o grafite, terras raras, barita, quartzo industrial, quartzo rutilado (gema), entre outros.

Com financiamento da EMBRAPII, o SENAI CIMATEC será responsável pelo desenvolvimento do projeto, por meio da estrutura técnico-laboratorial da instituição. As experiências bem-sucedidas do SENAI CIMATEC voltadas para indústria e mineração, algumas premiadas, como Petrobras e Nexa Mineração (ex-Votorantim), foram essenciais para essa parceria com a Mineradora Tabuleiro.

O gerente executivo de Negócios do SENAI CIMATEC, André Oliveira, ressalta a grande oportunidade para as duas empresas se destacarem nacional e internacionalmente nesse setor. “A parceria com a Mineradora Tabuleiro, por meio do projeto Terras Raras, é estratégica para o CIMATEC, pois nos posiciona na fronteira tecnológica desse setor, no cenário brasileiro e da América Latina. Além disso, o fato dessa parceria ser com uma empresa baiana é também de extrema relevância, pois está vinculada a nossa missão de apoiar o desenvolvimento da indústria local”, explica André.

Os diretores da Mineradora Tabuleiro, Gabriel Keller, Sandro Santos e Janaina Marques, investem na sustentabilidade e redução de impactos ambientais e já projetam a continuidade dos estudos visando o aproveitamento de rejeitos e exploração a seco para outras substâncias a partir de jazidas exclusivas na Bahia. “Caminhamos sempre de mãos dadas com a ciência de forma responsável, transparente e ética”, afirma Janaina Marques.

As terras raras são matérias-primas na produção de superimãs, eletrônicos, equipamentos para defesa, indústria aeroespacial, energia, dentre outros segmentos. Recebem esse nome por serem de difícil extração, uma vez que os desafios de remoção e processamento não são pequenos, principalmente, por causa da disponibilidade limitada de conhecimentos técnicos para a separação dos minerais-minério contendo terras raras.

Segundo dados da United State Geological Service (2015), as reservas brasileiras de terras raras podem chegar a 3,5 bilhões de toneladas. Embora se posicione como o maior detentor de reservas de terras raras no mundo, o Brasil ainda possui uma produção baixa.

A China desponta como maior concorrente do setor com 95% da produção mundial e dona de 37% das reservas conhecidas. O país possui esse domínio porque, desde 1970, adotou a pesquisa e o desenvolvimento para extração e beneficiamento de terras raras como política de estado e segurança nacional. O mercado mundial dos óxidos de terras raras é da ordem de US$ 5 bilhões ao ano.

A Mineradora Tabuleiro e o SENAI CIMATEC buscam viabilizar uma patente industrial própria e 100% nacional por meio da geração deste novo processo de metalurgia extrativa de beneficiamento de terras raras. “Estamos muito motivados para desenvolver uma rota tecnológica que permita o beneficiamento desse importante mineral a partir do minério brasileiro, com suas características e particularidades. Isso permitirá que, no futuro, a Bahia e o Brasil se tornem importantes investidores no mercado de terras raras, que certamente será um vetor do desenvolvimento tecnológico e industrial nas próximas décadas”, salienta André, que está animado com o projeto e com expectativas bastante positivas.

Depois de obter a licença para iniciar o processamento do mineral em solo baiano, a mineradora também pretende estender o uso da tecnologia desenvolvida a mineradores a cooperativas parceiros.

OCDE: taxar herança é ‘imposto certo no momento certo’

  • Redação
  • 11 Mai 2021
  • 09:46h

Entidade diz que medida pode reduzir desigualdade com menos custos e distorções que imposto sobre fortunas | ECONOMIA Publicado em 11/05/2021 às 09h00. OCDE: taxar herança é ‘imposto certo no momento certo’ Entidade diz que medida pode reduzir desigualdad

Chefe de políticas tributárias e estatística da ODCE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), David Bradbury disse que taxar herança é “o imposto certo na hora certa” para o período pós-pandemia de Covid-19.

A entidade divulgou nesta terça (11) um relatório em que analisa esse tributo em 24 de seus 37 membros e faz recomendação para melhorar seus desenhos e elevar sua arrecadação. É “o imposto certo”, segundo a OCDE, porque trabalhos empíricos mostram que ele tem custos menores de implantação e provoca menos distorções que os tributos sobre fortunas —que já foi abandonado na maioria dos países que o implantaram, mas voltou à discussão com a necessidade de financiar a retomada pós-Covid-19.

“Os números mostram que são os mais ricos os que mais se beneficiam de patrimônio herdado e que a concentração de riqueza tem crescido nas mãos do 1% e dos 10% mais ricos, criando um círculo vicioso”, acrescentou o diretor do Centro de Políticas Tributárias da OCDE, Pascal Saint-Amans.

Apesar de acharem a tributação de heranças como uma política socialmente justa, os especialistas da OCDE dizem que a economia política de sua implantação é difícil, porque ele é um dos impostos mais impopulares, principalmente entre a classe média, segundo informações da Folha de S.Paulo. “Existe um mito de que os ricos conseguem escapar do imposto e quem paga a conta é a classe média”, disse o diretor.

BC propõe regras para criação de saque e troco em dinheiro no Pix

  • Larissa Garcia | Folhapress
  • 10 Mai 2021
  • 16:33h

(Foto: Reprodução)

O BC (Banco Central) colocou em consulta pública, nesta segunda-feira (10), proposta com regras para criação de saque e recebimento de troco em dinheiro no Pix, sistema de pagamentos instantâneos.

A previsão é que os chamados Pix Saque e Pix Troco possam ser usados pelos consumidores no segundo semestre deste ano.

De acordo com o BC, ambos os serviços possibilitarão a retirada de recursos em espécie, mas o Pix Saque é uma transação exclusivamente para saque e o Pix Troco está associado a uma compra ou prestação de serviço. No último caso, o cliente faz uma compra, por exemplo, e passa um valor superior ao do produto para receber o restante em dinheiro.

A proposta prevê que os usuários tenham quatro saques gratuitos por mês, seja utilizando Pix Saque ou Pix Troco. A partir da quinta transação, as instituições financeiras ou de pagamentos poderão cobrar uma tarifa pela transação (descontada em conta).

Apenas a instituição pode impor tarifa, quem saca o dinheiro não poderá ser cobrado diretamente no ato do saque pelo estabelecimento que realiza a operação.

Além disso, o BC definirá o limite de valor máximo que o usuário poderá sacar por dia, a princípio estipulado em R$ 500.

"Respeitado esse limite máximo, as instituições participantes do Pix e os agentes de saque definirão em contrato bilateral as condições para a prestação do serviço. Ou seja, os estabelecimentos comerciais e demais agentes de saque terão liberdade de definir se querem ofertar apenas Pix Saque, apenas Pix Troco ou ambos; os dias e períodos que pretendem disponibilizar o serviço; informações sobre os valores (exemplo, apenas múltiplos de R$ 10), entre outros", explicou a autarquia em nota.

Para utilizar os novos serviços, o consumidor fará um pagamento via Pix, com a leitura de um QR Code. A diferença é que, ao invés de receber um produto ou serviço, receberá o valor correspondente em espécie.

Todos que tiverem conta em uma das instituições participantes do Pix poderão utilizar os serviços.

As regras serão submetidas a sugestões da sociedade e do mercado em consulta pública até 9 de junho.

"As duas inovações trarão mais conveniência aos usuários, ampliando a capilaridade do serviço de saque; e o aumento da competição ao proporcionar melhores condições de oferta e de precificação dos serviços de saques, principalmente pelas instituições digitais e todas as demais instituições que não contam com rede própria de agências ou de ATMs [caixa eletrônico]", disse o BC.

Dicas no orçamento familiar; a vida pós aposentadoria

  • Mário Guedes
  • 10 Mai 2021
  • 13:09h

É bastante corriqueiro fazer a pergunta “O que você vai ser quando crescer?” a uma criança. Pena que na idade adulta ninguém pergunte o que as pessoas querem ser quando se aposentarem. Questionar sobre o futuro após a aposentadoria seria útil e poderia tornar menos traumático esse momento de mudança.

Adicione mais um ingrediente a essa receita para uma futura depressão: a dificuldade financeira.

A grande maioria das pessoas se aposenta mal financeiramente. O porquê disto?

Devido a grande maioria não fazer planejamento financeiro prévio para o momento tão esperado, o momento da aposentadoria, obrigando-se muitas vezes a continuarem trabalhando após se aposentarem para manter o padrão de vida. Continuar trabalhando pode ser uma coisa saudável, mas que seja por opção de vida e não por necessidade.

Poucos dos que se aposentam fazem planejamento financeiro focando num horizonte futuro de 20, 30 anos de aposentadoria. Pelo contrário, olham para seus recursos e despesas no médio curto prazo, com a ideia de que poderão reduzir suas despesas futuramente, assim que julgar necessário. Daí um grande equívoco, principalmente no cenário atual de alta da inflação, em que os gastos principalmente com saúde estão assumindo proporções assombrosas.

Portanto amigo, se você ainda não acumulou o patrimônio que gostaria, não há outra saída senão rever o seu orçamento familiar. E daí a importância de saber exatamente para onde está indo o dinheiro que você ganha, porque você certamente vai precisar priorizar gastos. Se você vive em família, ou seja, tem esposa (o) e filhos, todos devem se unir e participar do esforço de mudança dos hábitos.

 

Longevidade da população vai alterar o cenário do mercado imobiliário

  • Jennifer da Silva | MF Press Global
  • 09 Mai 2021
  • 11:17h

Envelhecimento da população pode alterar a compra e venda de imóveis, revela o especialista em mercado imobiliário | Foto: Reprodução

Não é segredo para ninguém que o Brasil está envelhecendo. Para se ter ideia, o censo de 2010 revelou que 19,6 milhões de brasileiros estavam com mais de 60 anos de idade, e em 2019 este número já era de 28 milhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Existem várias razões para este crescimento, mas dentre elas, os avanços da medicina e a queda das taxas de mortalidade e natalidade são alguns dos fatores que já contribuem para as alterações nos índices do mercado imobiliário.

Essa mudança demográfica reflete não apenas no planejamento do Estado, que terá que arcar com mais aposentadorias do que consegue pagar, mas também com todo o mercado, entre eles o imobiliário. Especialista em venda, locação e administração de Imóveis, Rafael Scodelario acredita que, em alguns anos, adequações serão cada vez mais comuns para comportar esse novo público.  “As pessoas mais velhas possuem uma vantagem que é a facilidade de crédito, visto que a estabilidade financeira se traduz em uma melhor chance de aprovação de financiamento imobiliário, por exemplo. Porém, o imóvel para esse público costuma ter características próprias, necessitando de adequação”.

Segundo o especialista, esse perfil geralmente já possui um imóvel e adquire outro para fins de lazer ou mesmo para estar mais próximo da família ou em ambientes menores, que facilitem a locomoção e promovam a praticidade. 

Além disso, é preciso que a sociedade se prepare para um aumento de idosos ativos e independentes, os empreendimentos imobiliários também já planejam locais que atendem essa faixa etária. “As empresas começam a pensar em residências que mantenham a produtividade dessas pessoas, com serviços específicos nas redondezas, locais para a socialização, visto que a solidão é figura presente no envelhecer, por exemplo. É importante considerar que, geralmente, idosos buscam casas e apartamentos que mantenham o maior nível de independência e autonomia física”, comenta o especialista.

Porém, também não é prudente para o mercado generalizar esse público. Rafael Scodelario ressalta que, assim como qualquer cliente do mercado, há idosos que preferem apartamentos a casas, há quem goste de locais mais agitados, outros de casas de campo. “Todo cliente possui desejos e particulares. O mercado não pode ignorar aspectos que são essenciais para faixas etárias mais elevadas, mas também não há como padronizar os empreendimentos para uma categoria de idoso apenas”, alerta. 

O especialista lembra que o aumento da longevidade pode ser um campo fértil para a empregabilidade do setor. “Os idosos possuem características que são extremamente relevantes para ser um bom corretor de imóveis, como poder de escuta, negociação com base em experiências próprias e paciência. O mercado pode encontrar na população mais idosa, com dificuldade em se realocar no mercado de trabalho, uma boa força de trabalho”, finaliza.

Na primeira semana do fim de isenção de tributos, diesel sobe 5% nos postos do Brasil

  • Redação
  • 09 Mai 2021
  • 10:15h

Combustível, que é o mais usado no país, atingiu média de valor de R$ 4,405 por litro | ECONOMIA Publicado em 08/05/2021 às 18h00. Na primeira semana do fim de isenção de tributos, diesel sobe 5% nos postos do Brasil Combustível, que é o mais usado no paí

Na primeira semana do fim de isenção de tributos, o preço médio do diesel subiu 5% nos postos de combustíveis do Brasil, segundo apontou uma pesquisa publicada na sexta-feira (7) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e divulgada pelo jornal Folha de São Paulo.

De acordo com a publicação, o levantamento da agência reguladora mostra que o valor do combustível, que é o mais utilizado no país, disparou 5% em relação à semana anterior, atingindo média de R$ 4,405 por litro.

Apesar do aumento, na última sexta-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro afirmou, ao ser questionado por um apoiador, que o preço dos combustíveis no país vai “baixar de novo”, após a recente queda do dólar.

“O dólar caiu de novo, pode deixar que nos próximos dias [o preço do combustível] vai baixar de novo”, disse Bolsonaro, na entrada do Palácio da Alvorada, em transmissão pelas redes sociais.

Ainda conforme a Folha, o movimento de alta do diesel ocorre após o fim do prazo pelo qual vigorou um decreto editado no início de março pelo presidente, que zerou por dois meses as alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre o óleo diesel, visando conter as sucessivas altas dos preços do produto.

A pesquisa da ANP, além do diesel, apontou para aumentos nos preços da gasolina e do etanol. O valor médio da gasolina comum atingiu R$ 5,515 por litro, alta de 0,9% na comparação semanal, enquanto o biocombustível —seu concorrente nas bombas— subiu 2,1% no período, a R$ 3,99/litro.

STF proíbe bancos de cobrarem por cheque especial não utilizado

  • Matheus Teixeira | Folhapress
  • 04 Mai 2021
  • 11:23h

(Foto: Reprodução)

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por unanimidade, que é inconstitucional bancos cobrarem tarifa por cheque especial não utilizado. Os ministros anularam resolução do Conselho Monetário Nacional que permitia a cobrança por mera disponibilização de cheque especial, mesmo que não fosse usado pelo cliente. O ministro Gilmar Mendes, relator da matéria, suspendeu a norma em abril de 2020 e, em novembro do mesmo ano, todos os integrantes da corte votaram para referendar a decisão liminar (provisória) do magistrado. Agora, a corte analisou o mérito da ação e reafirmou a ilegalidade da cobrança. O julgamento ocorreu na sessão do plenário virtual que foi até a última sexta-feira (30). Os ministros concordaram com o relator. Gilmar afirmou que essa taxa só poderia ter sido criada por meio lei por ter a mesma natureza de um tributo. “Não afirmo, evidentemente, que a cobrança dessa tarifa é tributo, mas tem todas as características (‘autorização’ de cobrança pelo Estado, por meio de instrumento jurídico substitutivo do Parlamento - artigo 1º da Lei 8.392/1991) e se apresenta como tal”, disse. O ministro também afirmou que a resolução é inconstitucional por ser direcionada apenas a pessoas físicas e microempreendedores individuais. “Ou o serviço em si é cobrado, independentemente de quem seja mutuário, ou não pode ser cobrado apenas de parcela dos consumidores dessa modalidade de crédito, tendo em vista que, na sociedade atual, o dinheiro e o tempo são cada vez mais escassos e valiosos”, disse.A medida do CMN foi adotada como uma recompensa aos bancos, uma vez que a mesma resolução limitou em 8% ao mês os juros cobrados em empréstimos feitos no cheque especial. “Para precificar o interesse de mercado das instituições financeiras, que tiveram seus lucros reduzidos com a contraprestação do ‘cheque especial’, o CMN acabou autorizando que os bancos cobrassem por algo que nunca foi permitido: a simples disponibilização mensal de limite de cheque especial, ainda que não usufruído”, disse Gilmar. Nos autos do processo, o CMN havia afirmado que a alteração na cobrança tinha o objetivo de tornar a modalidade de crédito mais eficiente, estabelecendo um limite para a taxa de juros. Os ministros julgaram uma ação do Podemos sobre o tema. Por meio de nota, a Federação Brasileira de Bancos afirmou que as instituições financeiras não cobram a tarifa desde a decisão individual do ministro Gilmar Mendes no ano passado. "Em cumprimento à decisão do Supremo, a Febraban informa que suas associadas não realizam qualquer cobrança de tarifa pela disponibilização de cheque especial ao cliente desde 16 de abril de 2020, data em que foi publicada a liminar suspendendo a eficácia do artigo 2º da Resolução 4.765 do Conselho Monetário Nacional".

Orgulho regional: Produção de café do Planalto da Conquista alcança mercado dos Estados Unidos e Europa

  • Redação
  • 02 Mai 2021
  • 07:01h

(Foto: Reprodução)

Um orgulho que movimenta a economia e gera empregos em Vitória da Conquista e região há décadas. A produção de café continua em alta no Planalto da Conquista, região que abrange cerca de 15 municípios. A Bahia é o quarto maior produtor de café do país, e o Planalto da Conquista o maior produtor do fruto em todo o Norte e Nordeste. E as vendas por aqui têm alçado voos ainda maiores. Para se ter uma ideia, cerca de 75% da produção regional de café tem ido para mercados estrangeiros, principalmente Estados Unidos e Europa. São cerca de 500 milhões em dinheiro injetados na economia local todos os anos. Os dados foram divulgados em reportagem especial exibida pela TV Sudoeste.

Conta de luz passará para a bandeira vermelha e ficará mais cara em maio

  • Redação
  • 01 Mai 2021
  • 10:21h

Anúncio foi feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica | Foto: Reprodução

A conta de energia ficará mais cara no mês de maio com a entrada ao patamar vermelho 1, conforme anunciou nesta sexta-feira (30) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A cada 100 kWh (quilowatt-hora) será adicionado um valor de R$ 4,169. De acordo com a Aneel, o período seco se inicia em maio e, por causa disso, os principais reservatórios sofrerão com o desabastecimento. O cenário aponta para um patamar desfavorável de produção das hidrelétricas. “Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos relacionados ao GSF (risco hidrológico) e o (PLD) preço da energia no mercado de curto de prazo”, afirmou o órgão, em comunicado.

Petrobras reduz preços do diesel e da gasolina nas refinarias

  • Agência Brasil
  • 01 Mai 2021
  • 09:39h

(Foto: Reprodução)

O preço da gasolina e do diesel será reduzido a partir de amanhã (1º) nas refinarias da Petrobras. A estatal anunciou hoje (30), no Rio de Janeiro, que o litro da gasolina passará de R$ 2,64 para R$ 2,59 (- R$ 0,06 ou -1,9%), enquanto o do diesel cairá de R$ 2,76 para R$ 2,71 (- R$ 0,05 ou -1,8%). 

O combustível vendido pelas refinarias da Petrobras é adquirido por distribuidoras e passa também pelos postos revendedores antes de ser vendido ao consumidor final. Até chegar aos veículos, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biodiesel e etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis.

Por isso, a estatal afirma que a variação de preços nas refinarias tem influência limitada no preço encontrado pelos motoristas nos postos de revenda. Os reajustes nos preços de diesel e gasolina são usados pela Petrobras para buscar equilíbrio com o mercado internacional, acompanhando as variações do valor global dos combustíveis e da taxa de câmbio entre o real e o dólar.

A estatal defende que as mudanças nos preços praticados nas refinarias devem ocorrer sem periodicidade definida, acompanhando as condições de mercado e da análise do ambiente externo. Segundo a empresa, “isso possibilita competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos”.

Crise impulsionada pela pandemia deverá provocar novo aumento nos preços do trigo, gordura, açúcar e embalagens

  • Brumado Urgente
  • 30 Abr 2021
  • 08:33h

A pandemia vem provocando aumentos constantes dos insumos utilizados no setor de panificação | (Foto: Reprodução)

O reflexo da crise alavancada pela pandemia provocada pelo novo coronavírus tem sido maior em alguns setores da econômica, especialmente na área alimentícia que vem sofrendo com aumentos sucessivos, os quais vêm encarecendo ainda mais os itens da cesta básica.

Com isso, o “pãozinho nosso de cada dia” tem ficado mais salgado devido ao preço da farinha de trigo que tem aumentado sucessivamente durante a pandemia e por conta do dólar. Além dela, outros insumos, como a gordura que faz parte dos ingredientes do pão, subiu 100%, além da margarina, que aumentou 30%, o açúcar 50%, até as embalagens, no mesmo percentual.

No caso do trigo, como o Brasil não é autossuficiente na produção, necessita de importação da matéria-prima, sendo que mais da metade do que é consumido no país é importado da Argentina.

Diante disso, o setor de panificação, inevitavelmente, terá que repassar o custo ao cliente final, pois, a realidade de aumentos consecutivos vem desde o início da pandemia, apesar de que vale ressaltar que o setor vem fazendo o “possível e o impossível” para que o consumo possa continuar, sem afetar demais o bolso da clientela que é composta na base da pirâmide, que são as classes C e D.

Outro fator que tem que ser levado em conta é que o preço das embalagens também subiu porque a maioria é feita do mesmo material que a seringa e outros materiais hospitalares, o que vem sendo elencado como prioridade.  

Então, por mais que se façam todos os esforços para evitar aumentos no produto final, não haverá outra saída, mas, fica a esperança que a pandemia será brevemente controlada e os preços poderão voltar aos patamares anteriores.