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Anvisa deve aprovar nesta quarta-feira o uso de autoteste de Covid

  • por Mateus Vargas | Folhapress
  • 19 Jan 2022
  • 12:09h

Foto: Fernanda Galvão

A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve aprovar nesta quarta-feira (19) o uso do autoteste de Covid-19 no Brasil.
O Ministério da Saúde pediu na última quinta-feira (13) para a agência liberar o exame que pode ser feito em casa. Utilizado há meses em outros países, os autotestes são proibidos no país por causa de uma resolução da Anvisa de 2015.

Pela regra, o ministério precisa propor uma política pública para liberar a entrega dos exames ao público leigo. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já sinalizou que os produtos não devem ser comprados pelo governo federal.

Técnicos da agência também tentavam levar para a mesma reunião a votação sobre pedido de uso da Coronavac para o público de 3 a 17 anos. Mas a análise da diretoria deve ser feita em outra data, ainda nesta semana, pois alguns pareceres sobre a vacina estão sendo finalizados.

 

 

A tendência é aprovar o autoteste e o uso da Coronavac em crianças e adolescentes, mas a decisão final depende do voto da maioria dos cinco diretores da Anvisa.
 

A testagem no Brasil está centrada em clínicas, farmácias e serviços públicos, que não estão conseguindo atender à demanda diante da circulação da variante ômicron.
 

Entidades científicas cobraram, na semana passada, uma política de testagem mais ampla do governo federal e a permissão do exame em casa. A procura pelos testes disparou com o avanço da contaminação na virada do ano.
 

O ministro Queiroga disse que o autoteste pode desafogar as unidades de saúde, mas afirmou que a compra do produto para o SUS pode não ter o efeito desejado.
 

"O Brasil é um país muito heterogêneo, de muitos contrastes. A alocação deste recurso para aquisição de autoteste, distribuir para a população em geral, pode não ter resultado da política pública que nós esperamos", disse o ministro no último dia 14.
 

Presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa disse à Folha que os autotestes devem ser mais baratos que exames de antígeno vendidos em farmácia. "Hoje a gente vê valores de R$ 70 a R$ 150 (de testes de antígeno) nas farmácias. O autoteste deve ficar de R$ 45 a R$ 70", afirma Gouvêa.
 

Na proposta envidada à Anvisa, o ministério orienta que pacientes que detectaram a infecção pelo autoteste procurem atendimento em unidade de saúde ou teleatendimento para confirmar o diagnóstico e receber orientações.
 

Segundo a mesma nota, a autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19, juntamente com a vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social.
 

VACINA
 

A campanha de vacinação das crianças foi aberta na última sexta-feira (14), com o imunizante da Pfizer destinado ao grupo de 5 a 11 anos. O primeiro imunizado foi Davi Seremramiwe Xavante, um menino indígena de 8 anos.
 

Integrantes da Anvisa afirmam que algumas condições podem ser definidas para aprovar a Coronavac para o grupo de 3 a 17 anos. Entre elas, que o laboratório paulista se comprometa a gerar dados sobre o uso das doses no Brasil, além de apresentar o desfecho de estudo global que está sendo conduzido na China, África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas.
 

Os pareceres das áreas técnicas devem apontar que a vacina demonstra dados sólidos de segurança. Além disso, destacar que o imunizante é largamente aplicado nos mais jovens em outros países, como o Chile. O país andino já imunizou 1,4 milhão de pessoas entre 3 e 17 anos.
 

O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças, caso haja aprovação da Anvisa. Como a vacina é do mesmo modelo aplicado em adultos, estados já se planejam para destinar doses estocadas ao público mais jovem.
 

A vantagem da Coronavac é a disponibilidade de doses, devido ao fato de que o imunizante parou de ser usado pelo governo federal.
 

A vacinação de crianças e adolescentes é tema sensível no governo Jair Bolsonaro (PL), pois o mandatário distorce dados e desestimula a imunização dos mais jovens. Ele chegou a ameaçar expor nomes de servidores da Anvisa que aprovaram o uso de vacinas da Pfizer em crianças.
 

Em nota divulgada no último dia 8, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, rebateu insinuações de supostos interesses escusos da Anvisa na vacinação de crianças e cobrou retratação do presidente.

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Datafolha: 81% dos brasileiros apoiam 'passaporte da vacina' para locais fechados

  • Bahia Notícias
  • 18 Jan 2022
  • 18:04h

Foto: Lula Bonfim / Bahia Notícias

Uma parcela de 81% dos brasileiros é favorável à cobrança de um “passaporte da vacina” contra a Covid-19 para a entrada de pessoas em locais fechados, como bares, restaurantes, casas de show e escritórios, de acordo com um levantamento do instituto Datafolha. Outros 18% são contrários à exigência do comprovante de vacinação, enquanto 1% não soube responder.

Segundo o Datafolha, o maior percentual de favoráveis à medida ocorre entre mulheres (87%), pessoas com mais de 60 anos (87%), com ensino fundamental (86%) e que ganham até dois salários mínimos (85%).

Os grupos com maior rejeição à obrigatoriedade da vacina para entrar em lugares fechados são homens (24%), pessoas de 25 a 34 anos (22%) e que ganham mais de dez salários mínimos (28%).

O apoio à exigência da vacinação é maior no Sudeste (84%) e menor na região Sul (75%). Também há maior apoio entre espíritas (87%) e católicos (85%) do que entre evangélicos (76%). Entre as ocupações, as donas de casa são as mais favoráveis (90%), e os empresários (60%) a categoria em que o apoio é menor.

A pesquisa foi feita por telefone nos dias 12 e 13 de janeiro, com 2.023 pessoas de 16 anos ou mais em todos os estados do Brasil. A margem de erro é de 2%, para mais ou para menos.

Pessoas curadas da Covid que se vacinam têm 90% de proteção, diz estudo

  • Bahia Notícias
  • 18 Jan 2022
  • 11:45h

Foto: Reprodução / Rafaela Felicciano / Metrópoles

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido publicou um estudo que  mostra evidências de que as pessoas que se recuperam da Covid-19 e são vacinadas com duas doses dos imunizantes adquirem uma proteção robusta e duradoura contra o novo coronavírus.

Conforme divulgou o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, pesquisadores do governo britânico, liderados pela consultora médica e chefe da agência, Susan Hopkins, analisaram os dados de 35 mil profissionais de saúde.

Os pesquisadores identificaram que os não vacinados que foram diagnosticados com a doença desenvolveram 85% de proteção contra uma nova infecção no intervalo de três a nove meses após se recuperarem. Mas a taxa caiu para 73% no prazo de 15 meses depois a infecção.

Já as pessoas que tomaram as duas doses das vacinas no intervalo de três a nove meses depois de se curarem da Covid-19 tinham 91% de proteção por mais de um ano. Depois de 15 meses a proteção caiu para 90%.

 

Mais 1,2 milhão de doses de vacinas pediátricas da Pfizer chegam ao Brasil

  • Bahia Notícias
  • 17 Jan 2022
  • 07:05h

Foto: UPS / ALFTV / Receita Federal

Um voo com mais 1,2 milhão de doses pediátricas da Pfizer chegou ao Brasil neste domingo (16). Inicialmente, a previsão era que o carregamento fosse chegar no dia 20 de janeiro, mas a entrega foi antecipada. As informações são da CNN Brasil.

As doses são destinadas para a imunização de crianças entre 5 a 11 anos, e chegaram no Aeroporto de Viracopos, em Campinas-SP, na manhã deste domingo. Agora, elas serão distribuídas para os estados. O voo veio de Amsterdam, na Holanda, e pousou por volta das 9h.

Na quinta-feira (13), o governo já havia recebido 1,2 milhão de doses da Pfizer para crianças, que foram distribuídas para os estados brasileiros e o Distrito Federal. A imunização do público infantil começou em algumas localidades ainda neste fim de semana, mas deve se intensificar nos próximos dias.

O governo federal assinou um contrato para adquirir mais 100 milhões de doses da Pfizer ao longo de 2022, podendo solicitar mais 50 milhões.

Bahia atinge 8.560 casos ativos de Covid-19

  • Bahia Notícias
  • 15 Jan 2022
  • 12:23h

Foto: Divulgação / SESAB

A Bahia registrou nesta sexta-feira (14) 8.560 casos ativos de Covid-19. De acordo com a pasta, última vez que o estado teve um número de ativos maior ao de hoje foi em 24 de julho dos ano passado, quando foram registrados 9.042 ocorrências. 

Nas últimas 24 horas, foram computados 2.430 casos do novo coronavírus, 1.118 recuperados e 8 óbitos. Dos 1.286.166 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.249.956 já são considerados recuperados e 27.650 tiveram óbito confirmado.

Na Bahia, 53.417 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

VACINAÇÃO

Até o momento o estado tem 10.871.534 pessoas vacinadas com a primeira dose, 261.744 com a dose única, 8.966.799 com a segunda dose e 1.710.986 com a dose de reforço.

Garoto indígena de 8 anos é a 1ª criança a ser vacinada contra Covid no Brasil

  • Bahia Notícias
  • 14 Jan 2022
  • 18:07h

Foto: Reprodução / Fábio Vieira / Portal Metrópoles

A primeira criança a ser vacinada contra a Covid-19 é um menino indígena da etnia Xavante.  Davi Seremramiwe, de 8 anos, foi vacinado em São Paulo, em evento simbólico realizado nesta sexta-feira (14) pelo governo de São Paulo, no Centro de Convenções Rebouças, zona oeste da capital.

O pai de Davi, cacique Jurandir Seremramiwe, participou da cerimônia por videoconferência. “Estou muito feliz de ver ele tomar a primeira dose, como um exemplo para a criançada de 5 a 11 anos. Que o resto do Brasil possa fazer esta campanha para que amanhã tenhamos alegria, sorriso e saúde em primeiro lugar. Vacina é importante. E que nós tenhamos toda a criançada 100% vacinada”, disse.

Davi tem deficiência motora e assim como ele, outras sete crianças com comorbidades foram vacinadas. O governador João Doria (PSDB) afirmou que “este é um dia histórico para o estado e para o país”.

Conforme divulgou o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, além de Davi, foram vacinados: Caue Henrique dos Santos, 11, que tem síndrome de Down; Luis Felipe Barbosa, 11, que é quilombola e tem síndrome de Down; Valentina Moreira, 6, que fez transplante de rim; Leonardo Martinez, 5 anos, com síndrome de Down; Caio Emanoel de Oliveira, 10, que fez transplante de rim; e Grasiele de Oliveira, 8, que tem síndrome de Down.

Os postos paulistas começam a imunizar as crianças de 5 a 11 anos na segunda-feira (17/1). Os critérios a serem adotados na campanha serão definidos em âmbito municipal, mas o estado já recomendou que, assim como ocorrerá na capital, sejam priorizadas as crianças quilombolas, indígenas e com comorbidades ou deficiências.

O estado de São Paulo já começou a enviar doses para seus municípios. À medida que foram recebendo as doses, as prefeituras poderão definir o cronograma da campanha da imunização. São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, inicia a vacinação ainda hoje.

São Paulo tem 4,3 milhões de crianças nesta faixa etária aptas a serem vacinadas. Por enquanto, o estado recebeu, no primeiro lote, 240 mil doses da Pfizer para o público infantil.

Estudo aponta que Sars-CoV-2 pode ficar no organismo por mais tempo que a quarentena

  • Bahia Notícias
  • 14 Jan 2022
  • 14:54h

Foto: Reprodução / Freepik

A infecção por Sars-CoV-2 pode ficar no organismo por mais tempo que a quarentena, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Plataforma Científica Pasteur-USP (PCPU), apoiado pela Fapesp e publicado na revista Frontiers in Medicine.

Segundo o Viva Bem, do Uol, um homem de 38 anos apresentou durante 20 dias sintomas leves de Covid-19 e permaneceu por mais 232 dias com o novo coronavírus sendo detectado no organismo. O caso atípico da infecção faz parte de um grupo de 38 pacientes acompanhados semanalmente, no início da pandemia, pelos especialistas. 

O estudo é um alerta sobre os riscos de liberar pacientes com Covid-19 após sete ou 14 dias do teste positivo, como previam os protocolos iniciais. 

"Dos 38 casos que acompanhamos, dois homens e uma mulher foram atípicos, permanecendo mais de 70 dias com o vírus detectável no organismo. Baseados nesse resultado, podemos dizer que cerca de 8% dos infectados pelo SARS-COV-2 podem apresentar capacidade de transmissão do vírus por mais de dois meses, sem necessariamente apresentar qualquer sintoma durante a fase final da infecção", explica Marielton dos Passos Cunha, primeiro autor do estudo, realizado durante estágio de pós-doutorado na PCPU.

No início de 2021, pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) apresentaram outra evidência de que mesmo pacientes com sintomas leves o vírus pode permanecer ativo no organismo por mais tempo do que o esperado. Os especialistas analisaram 29 amostras de secreção nasofaríngea de pessoas que testaram positivo para Covid-19.

Laboratórios alertam sobre falta de insumos para testes de Covid-19

  • 13 Jan 2022
  • 14:09h

Foto: Freepik

A alta demanda de exames laboratoriais para o diagnóstico da Covid-19 pode levar à falta de insumos necessários para a realização desses testes. O alerta foi feito pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

Diante da alta considerável de casos de infecção pelo novo coronavírus, principalmente vinculada à variante Ômicron, houve um significativo aumento da capacidade produtiva global de testes, tanto PCR como de antígeno. Caso os estoques não sejam recompostos rapidamente, poderá ocorrer a falta da oferta de exames.

"Quando avaliamos as notícias que vêm de outros países, de que eles já estão sem insumos, é certo que o problema chegará ao Brasil", explica o presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik. "Não é possível mensurar nesse momento até quando poderemos atender, pois os estoques são variados dependendo do laboratório e da região, mas há um risco real de desabastecimento", afirma o executivo.

A entidade recomenda a priorização de pacientes para efetuarem os testes. "O ideal seria seguirmos testando todo mundo que se expôs de alguma forma, porém, com o cenário que vislumbramos a curto prazo, recomendamos fortemente que sejam submetidos a testes apenas os pacientes que tenham maior gravidade de sintomas, pacientes hospitalizados e cirúrgicos, pessoas no  grupo de risco, gestantes, trabalhadores assistenciais da área da saúde, e colaboradores de serviços essenciais, cessando a testagem de contactantes, assintomáticos e pessoas com sintomas leves, que devem permanecer em isolamento até que o cenário seja normalizado, deixando a possibilidade de teste para os pacientes mais críticos", reitera Shcolnik.

Chega ao Brasil primeiro lote de vacinas da Pfizer para crianças

  • Bahia Notícias
  • 13 Jan 2022
  • 09:09h

Foto: Divulgação / Pfizer

Chegaram ao Brasil, na madrugada desta quinta-feira (13), as primeiras doses da vacina da Pfizer contra Covid-19 destinadas a crianças de 5 a 11 anos. A remessa com 1,2 milhão de doses será distribuída a estados e municípios para iniciar a aplicação. 

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, 4,3 milhões de doses pediátricas serão entregues neste mês. Esta remessa é a primeira de três que serão enviadas ao país.

Na lista divulgada pela pasta, a Bahia receberá 7,07% dessas doses, o que equivale a 304,010 mil imunizantes (veja aqui). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde a expectativa é de que a vacina chegue à capital baiana entre hoje (13) e amanhã (14). 

Segundo o Ministério da Saúde, durante o primeiro trimestre devem chegar ao Brasil cerca de 20 milhões de doses pediátricas, destinadas ao público-alvo. Em fevereiro, a previsão é que sejam entregues mais 7,2 milhões, e em março, 8,4 milhões.

Covid-19: Em meio a alta de casos, Conselho de Saúde defende adoção de mais restrições

  • por Vitor Castro / Nuno Krause
  • 11 Jan 2022
  • 09:01h

Foto: Reprodução / Paula Fróes / GOVBA

Em meio a uma pandemia de Covid-19 e diversos surtos de gripe (H3N2) no estado, um sinal de alerta se acende para os poderes públicos. A segunda-feira (10) foi marcada por uma série de anúncios, a nível municipal e estadual, visando frear o avanço das contaminações pelo SarsCov2. Diante deste cenário, o Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) demonstra preocupação e defende a adoção de medidas mais restritivas. 

 

Para o presidente do CES, Marcos Sampaio, o momento é considerado crítico. De acordo com ele, o número de pessoas que estão aguardando regulação para leitos, além dos indicadores de ocupação destes já demonstram a necessidade de recuo nas medidas de flexibilização. 

 

“Um momento muito crítico. Os indicadores, em alguns aspectos, são piores do que no início da pandemia. Estamos vivendo, em minha opinião, uma quarta onda, e precisamos ter muita atenção. O indicador mais importante neste momento está sendo as portas de entrada dos atendimentos de urgência e emergência, tanto públicas quanto privadas. O tempo de espera. Os trabalhadores começam também a dar sinais de cansaço”, avaliou. 

 

Nesta segunda, o secretário da Saúde de Salvador, Léo Prates, afirmou que a cidade "não vai comportar" a alta demanda de pacientes do interior do estado que vêm se tratar na capital. "Eu fui diretamente nas UPAs, funcionando aos fins de semanas, os multicentros, a vacinação. Precisamos que todos façam esforço, governo federal, do estado, as prefeituras, porque sozinhos não vamos suportar. A gente ouve falar que o Ministério [da Saúde] quer reduzir o financiamento para as prefeituras. Seria o colapso final do Sistema de Saúde, porque a maioria não vai suportar", disse (relembre aqui). 

 

O prefeito Bruno Reis, por outro lado, destacou que a capital tem realizado "uma série de manobras" para evitar problemas, e garantiu que, "neste momento, não há como ter um colapso no Sistema de Saúde". Na opinião do gestor, colapso significa "fechar a porta da UPA [Unidade de Pronto Atendimento] e deixar de atender".

 

De acordo com o último boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), nesta segunda-feira (10) a Bahia registra uma taxa de ocupação de 44% nas enfermarias adulto, 68% nas enfermarias pediátricas. Já as unidades de tratamento intensivo (UTIs) têm uma ocupação de 83% na pediátrica e 63% na adulto. 

 

Para o presidente do Conselho Estadual de Saúde, estes são dados alarmantes. “Se a gente for pegar os dados, e pegar os critérios que foram utilizados anteriormente, o próprio dado já diz qual é a etapa que devemos entrar. Eu comemorei essa coerência no decreto diminuindo o número de público nos eventos (entenda aqui). Mas 3 mil pessoas ainda é um número muito grande. Eu acho que precisa unificar as decisões”, comentou.

 

Ainda de acordo com Marcos Sampaio, a falta de alinhamento entre governo estadual e municipal, podem trazer resultados negativos no futuro. “O que temos sentido falta é de que não dá para trabalhar somente com os indicadores da Covid. Precisamos trabalhar com os indicadores das síndromes gripais. Uma pessoa que estiver gripada com H3N2 e tomou duas ou três doses da Covid pode entrar em qualquer espaço. Não existe ainda um critério. Medidas mais duras de restrições devem sim ser tomadas, ampliadas. Não sei se seria o momento de lockdown, mas medidas mais duras precisam ser sinalizadas. Você tá vivendo três ondas. Covid, Síndrome de Gripe e H3N2. Precisa tratar e criar medidas de restrição para esses cenários. Não adianta exigir o passaporte de vacina e ter uma pessoa que viaje gripada em um ônibus, entre em um estabelecimento público, por exemplo”, defendeu.

 

Para Sampaio, ainda não é o momento de suspender completamente as atividades, mas sim de reduzir gradativamente, do mesmo modo que estas foram flexibilizadas.

 

“Você foi flexibilizando de forma coordenada, então precisa fazer um plano coordenado de medidas. Não dá para chegar e fechar tudo, também porque precisamos nos preocupar com economia. Agora, não dá para dizer que não terá a lavagem do Bonfim, como é o caso de Salvador, mas nenhuma festa paga foi interrompida. Não dá para criar essa ideia de que para os pobres as medidas são duras, de evitar a mobilidade das pessoas. Mas os mais ricos da cidade, que podem pagar ingresso, com alto índice de acometimento dos próprios artistas. Precisa-se criar medidas para que pessoas com síndromes gripais cumpram um mínimo de quarentena. Não dá para entrar em mercado, em cinema, ir para Shopping, transitar nos ônibus, porque aumenta o contágio”, finalizou.

'Flurona' pode causar quadros respiratórios mais graves? Entenda

  • por Samuel Fernandes | Folhapress
  • 10 Jan 2022
  • 18:10h

Foto: Unsplash

Casos de 'flurona', como ficou conhecida a coinfecção de Covid-19 e influenza, já foram registrados em algumas partes do país. Os diagnósticos surgem em um momento em que o Brasil enfrenta uma forte onda de quadros gripais severos que já lotam hospitais em algumas cidades.
A reportagem conversou com alguns especialistas para entender se existe alguma peculiaridade em casos de uma pessoa que é infectada por dois vírus e quais os efeitos que a dupla infecção por Covid-19 e influenza pode ter em um paciente.

O primeiro ponto é que uma dupla infecção causada por vírus é comum, explica Fernando Spilki, virologista e coordenador da Rede Corona-ômica BR-MCTI, um projeto de laboratórios que sequencia os genomas de amostras do Sars-Cov-2 no Brasil.

"Quando você vai estudar fora de um período de pandemia [...], você encontra um percentual muito alto de coinfecção [entre diferentes vírus]", afirma.

 

 

Spilki detalha que, em 2020, primeiro ano da pandemia, já tinham sido detectados casos de coinfecção entre Sars-CoV-2 e H1N1. Esses diagnósticos eram mais raros porque havia pouca circulação de influenza no Brasil. No entanto, o cenário mudou.
 

"Agora, a tempestade perfeita está formada: você tem muitas infecções por H3N2, especialmente por essa cepa Darwin que é responsável por esse surto atual no Brasil, e por outro lado você tem [...] uma onda se formando com ômicron. Então vai dar muita chance para que as pessoas se coinfectem com esses dois [patógenos]", diz.
 

Mesmo com esse cenário, Spilki afirma que não existem indicações que um diagnóstico positivo de gripe e Covid possa acarretar situações mais graves nos pacientes.
 

"A gente inclusive vê casos de coinfecção em pessoas com doença leve, então não é o fato de ter a coinfecção [que necessariamente indica a severidade da doença]", afirma.
 

É a mesma visão de Cristina Bonorino, imunologista e professora da UFCSPA (Universidade Federal de Ciência da Saúde de Porto Alegre).
 

"Parece ser uma coisa intuitiva dizer que, se tem mais de um vírus ao mesmo tempo, vai ficar pior, mas na verdade não é isso que acontece, depende muito da pessoa, da idade, das comorbidades", afirma.
 

Para o caso de coinfecções com Sars-CoV-2, Bonorino explica que "nenhum [estudo] mostra um risco aumentado", mas ela também ressalta a necessidade de continuar monitorando a situação, já que o coronavírus ainda é muito novo.
 

Ela também diz que os casos de coinfecção agora estão sendo mais relatados porque as medidas sanitárias estão sendo relaxadas, o que não tinha acontecido em larga escala anteriormente.
 

"A gente teve uma queda nos casos de influenza no ano passado por causa do distanciamento e por causa das máscaras, que inibem a circulação de todos os vírus. No que as restrições começaram a afrouxar, começaram os pequenos surtos de outros vírus e agora está tendo de gripe", afirma.
 

Aspecto parecido é apontado por Maurício Nogueira, professor da faculdade de medicina de São José do Rio Preto. Ele diz que a maior circulação de diversos vírus pelo país é "reflexo da total liberalização que a gente fez depois de dois anos parados".
 

O panorama crítico já é sentido em diferentes regiões. Hospitais, por exemplo, já precisam lidar com o aumento de pacientes com Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Gerson Salvador, médico do hospital universitário da USP (Universidade de São Paulo), já observou o aumento de casos críticos no atendimento a pacientes.
 

Ele relata que, em meados de novembro, já era visível o aumento do número de pacientes com Srag e que a maioria era de casos positivos de influenza. Salvador relaciona isso com a epidemia de gripe no Rio de Janeiro.
 

Em dezembro, no entanto, os números de casos a Covid-19 também subiram. "A gente viu aumentar muito rápido os casos de Covid-19. Nesse momento, a gente tem que lidar com pacientes com influenza e Covid grave", relata Salvador.
 

O médico, entretanto, reitera que essa situação não se relaciona necessariamente à coinfecção em si de coronavírus e influenza, mas sim à alta taxa de disseminação dos dois vírus pelo Brasil, que podem resultar em complicações respiratórias mesmo em infecções de somente um dos patógenos.
 

"Estar infectado com dois vírus ao mesmo tempo não quer dizer que vai ter quadro de maior gravidade. [Isso] não é uma outra doença", afirma.
 

Nogueira também defende que a coinfecção entre vírus não deve ser o ponto central de preocupação, por ser "um fenômeno relativamente comum".
 

"Nós temos que nos preocupar com a Covid, com as formas de transmissão e com a vacinação", diz.
 

Os diagnósticos de Sars-CoV-2 voltaram a subir de forma vertiginosa diante da variante ômicron, que tem uma alta taxa de transmissibilidade.
 

Um levantamento feito com mais de 2.400 amostras de testes RT-PCR especiais identificou uma prevalência média de 92% da nova variante nos positivados a Covid-19 no Brasil.
 

Dados preliminares também já indicam que o esquema vacinal de duas doses ou dose única tem redução significativa de anticorpos neutralizantes contra a ômicron. Mesmo assim, os imunizantes ainda são de extrema importância para evitar casos graves da doença, como hospitalizações e mortes.
 

Para Nogueira, inclusive, a transmissão exacerbada da ômicron e a vacinação defeituosa de crianças são os grandes problemas sanitários brasileiros que precisam ser enfrentados.
 

"A ômicron, a alta taxa de transmissão e o atraso para vacinar criança: esses são problemas que a gente tem que discutir", conclui.

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Ministério da Saúde pedirá liberação de autoteste de Covid-19 para a Anvisa

  • Bahia Notícias
  • 10 Jan 2022
  • 17:50h

Foto: AEN/Divulgação

O Ministério da Saúde vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta semana uma autorização para o uso de autoteste de Covid-19 no Brasil. Outros países já utilizam esse teste para agilizar o diagnóstico da doença.

Segundo o G1, atualmente, a venda do autoteste não é liberada no Brasil. O exame pode ser feito em casa com a coleta do material no nariz com cotonete ou por saliva. O autoteste, no entanto, tem sensibilidade menor do que outros exames, como o RT-PCR, e está sujeito ao erro do paciente não treinado.

Na sexta-feira (7), a Anvisa emitiu uma nota esclarecendo que as regras atuais só permitem “o registro de autoteste de doenças infectocontagiosas passíveis de notificação compulsória, como a Covid-19, caso haja uma política de saúde pública e estratégia de ação estabelecida pelo Ministério da Saúde”.

"Para a adoção de uma eventual política pública que possibilite o uso de autoteste para Covid-19, é fundamental considerar os fatores humanos e a usabilidade do produto, medidas de segurança do produto, limitações, advertências, cuidados quanto ao armazenamento, condições ambientais no local que será utilizado, intervalo de leitura, dentre outros aspectos”, completou a agência.

A Anvisa informou que ainda não recebeu uma solicitação formal.

Ministério da Saúde quer acelerar vacinação infantil com Coronavac

  • por Raquel Lopes | Folhapress
  • 10 Jan 2022
  • 09:03h

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças caso o imunizante seja aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Como a vacina é a mesma utilizada em adultos, estados já se planejam para aplicar doses no público infantil. Hoje, há estoques, e o imunizante é apontado por especialistas como boa opção para crianças.

O Instituto Butantan entrou com novo pedido para a aprovação do uso da Coronavac em crianças e adolescentes, de 3 a 17 anos, em 15 de dezembro. O prazo de avaliação da Anvisa ainda não terminou.

Integrantes do Ministério da Saúde dizem que ainda não se pode estabelecer prazo para terminar a imunização das crianças no Brasil.

De acordo com interlocutores da pasta, o ritmo dependerá da possível inclusão da Coronavac no cronograma e de uma eventual ampliação da quantidade de doses adquiridas da Pfizer no primeiro trimestre.

O planejamento inicial é receber até março 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer contra a Covid-19, suficientes para imunizar cerca de metade da população de 5 a 11 anos.

Em nota, o ministério afirmou que "adquire e distribui apenas os imunizantes aprovados pela Anvisa, inclusive em casos de ampliação de faixas etárias". O Instituto Butantan foi procurado, mas não se manifestou até a conclusão desta reportagem.

Nesio Fernandes, vice-presidente da região Sudeste do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário da Saúde do Espírito Santo, confirmou que estados já planejam usar a Coronavac.

Ele explicou que a vacina tem se mostrado eficaz em países que já aplicam o imunizante em crianças. Ela está sendo usada na maioria dos países sul-americanos e na China, onde já foram aplicadas mais de 120 milhões de doses no público infantil.

A Coronavac ajudaria ainda a ampliar a faixa etária de crianças imunizadas para três anos e não tem restrição para aplicação junto com outros imunizantes do calendário das crianças para outras doenças.

"Caso tenha o aval da Anvisa, é possível que as crianças estejam completamente imunizadas até o final de fevereiro. Muitos estados possuem estoque da vacina. Com o calendário atual da entrega da Pfizer, isso só ocorreria em junho", afirmou Fernandes.

O governo de São Paulo já reservou 12 milhões de doses de Coronavac para o uso em crianças de 3 a 11 an os. Em nota, a Secretaria de Saúde disse que começaria a usar o imunizante imediatamente após aprovação da Anvisa.

As secretarias de Saúde do Pará, da Paraíba e de Minas Gerais também afirmaram que pretendem usar o imunizante em crianças. Os três estados têm Coronavac em estoque.

Amazonas, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, Tocantins e Goiás disseram que aguardam a aprovação da Anvisa e a orientação do Ministério da Saúde.

A Bahia afirmou que não usará a Coronavac em crianças. Os demais estados não responderam.

Eduardo Jorge da Fonseca Lima, membro do Departamento Científico de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19), ressaltou que a vacina é segura para crianças por causa da tecnologia.

"O vírus inativado é conhecido pelos pediatras. Os estudos demonstraram que essa vacina produz anticorpos e poucos eventos adversos", afirmou.

O novo pedido do Instituto Butantan para aplicar Coronavac em crianças e adolescentes é o segundo feito para esta faixa etária. O primeiro, apresentado em julho, foi avaliado pela agência reguladora e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados.

A Anvisa tem 30 dias para avaliar os documentos. O prazo pode ser congelado até que novos documentos sejam apresentados caso seja solicitada uma complementação.

Já houve uma interrupção do prazo de oito dias, de 22 de dezembro a 30 de dezembro. Se não houver mais nenhuma paralisação, o prazo para a diretoria colegiada votar sobre a indicação ou não do imunizante para o público infantil termina ainda em janeiro.

A agência reguladora tem realizado rodadas de reuniões sobre a vacina Coronavac. Assim como na vacina da Pfizer, os dados têm sido debatidos com especialistas e convidados.

Isabella Ballalai, vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), disse que a Coronavac pode ser uma ótima opção para o público infantil se aprovada pela Anvisa.

No entanto, ela ressalta que os pais, caso tenham oportunidade, devem levar os filhos para receber o imunizante da Pfizer, já autorizado.

A Anvisa autorizou o uso da vacina da Pfizer para imunizar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 em 16 de dezembro. O público infantil foi incluído no plano nacional de vacinação em 5 de janeiro.

Lima, da SBP, disse que um estudo do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) mostra que, de 8,7 milhões de crianças que tomaram a vacina da Pfizer pediátrica, houve 12 casos de miocardite. O número é considerado muito baixo, e as crianças tiveram alta.

A vacina além de proteger as crianças, ainda aumenta a cobertura vacinal. Quanto mais pessoas imunizadas, menor a circulação do vírus.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que, "desde o início da campanha de vacinação, todas as decisões foram tomadas de forma conjunta" entre a pasta e representantes de estados e municípios.

"A pasta reforça que todas as orientações técnicas são comunicadas imediatamente aos estados e municípios desde o início da campanha e reforça a orientação para que todos sigam as medidas pactuadas", afirmou o ministério.

Anvisa aprova registro de insumo e Brasil terá vacina 100% nacional contra Covid-19

  • Bahia Notícias
  • 07 Jan 2022
  • 14:09h

Foto: Rodrigo Pereira / Fiocruz

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (7), o registro do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) fabricado pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a produção da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. Isso significa que o Brasil terá um imunizante totalmente nacional.

“Todas as vacinas disponibilizadas no Brasil pela Fiocruz serão produzidas com todas as etapas realizadas no Brasil com o IFA nacional. Para essa decisão, a Anvisa avaliou os estudos de comparabilidade. Estes estudos demonstram que, ao ser fabricado no país, o insumo mantém o mesmo desempenho que a vacina importada”, informou a Anvisa.

Desde 2021, a Anvisa produzia a vacina no laboratório em São Paulo, o IFA, no entanto, era importado pela biofarmacêutica AstraZeneca.

“A decisão desta sexta-feira conclui a transferência de tecnologia feita pela Fiocruz e que teve início ainda no ano passado”, completou a Anvisa.

A Fiocruz possui oito lotes finalizados de IFA. A matéria-prima é suficiente para fornecer 12,5 milhões de doses de vacina. A distribuição ao Ministério da Saúde, no entanto, dependia da autorização concedida pela Anvisa nesta sexta.

Mais da metade de casos de Covid-19 no Brasil já é da ômicron, aponta levantamento

  • por Folhapress
  • 06 Jan 2022
  • 15:12h

Foto: Myke Sena / Ministério da Saúde

A variante ômicron já é responsável por 58,33% dos casos de Covid-19 rastreados no Brasil, segundo levantamento feito pela plataforma Our World in Data. Os dados correspondem à participação da nova cepa em todas as sequências analisadas até duas semanas anteriores ao dia 27 de dezembro. A variante B1.1.529 foi descoberta na África do Sul em novembro.
 

Segundo a plataforma, ligada à Universidade de Oxford e considerada uma referência na publicação de dados sobre a pandemia, a ômicron era responsável por apenas 2,85% até o dia 13 de dezembro no país. Houve, portanto, uma explosão no número de casos em duas semanas, confirmando assim a sua alta transmissibilidade.
 

A variante também já é dominante em outros países, como os Estados Unidos (80% dos casos rastreados), Reino Unido (95,91%), África do Sul (93,85%), Argentina (85,11%), França (80,34%), Japão (77,12%), México (55,17%) e Chile (51,59%).
 

A existência da nova cepa foi reportada à OMS (Organização Mundial da Saúde) no dia 24 de novembro, após o surgimento de casos na África do Sul. Desde então, houve a confirmação de infecções provocadas pela ômicron nos cinco continentes.
 

No mesmo dia, ministros da Saúde de países do G7 alertaram que a variante necessitava de uma ação urgente. "A comunidade internacional enfrenta a ameaça de uma nova variante altamente transmissível da covid-19, que requer ação urgente", disseram os ministros em um comunicado conjunto, na ocasião.
 

Além de ser altamente transmissível, ela conta com grande número de mutações. Até o momento, os pacientes identificados com a variante demonstraram, entre os sintomas mais comuns, cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e dor de garganta.
 

Na quarta-feira (5), dados preliminares de um sequenciamento genético realizado pela Secretaria Municipal da Saúde e pelo Instituto Butantan apontaram 50% de prevalência para a variante ômicron do novo coronavírus na capital paulista.
 

O estado de São Paulo teve um aumento de 30% em novas internações por Covid-19 nos hospitais públicos e privados na última semana. O número de novos hospitalizados com a doença subiu de 425 para 552 na primeira semana do ano, impulsionado pela ômicron, já em transmissão comunitária no Brasil, e pelas festas de fim de ano.
 

O mundo também registrou um novo recorde de casos de Covid-19 em apenas 24 horas, com 2,59 milhões de infecções registradas, segundo o Our World in Data.
 

O número foi mais uma vez impulsionado pelos Estados Unidos, que registraram 869,1 mil casos, dado inferior ao de segunda (3), quando foram contabilizados mais de 1 milhão de infectados em apenas um dia.
 

A OMS disse na quarta que as evidências até agora sugerem que a ômicron está causando formas menos graves da doença. No entanto, as autoridades de saúde pública alertaram que o grande volume de casos de ômicron ameaça sobrecarregar os hospitais, alguns dos quais já estão lutando para lidar com uma onda de pacientes com Covid-19, principalmente entre os não vacinados.