BUSCA PELA CATEGORIA "COVID-19"

Covid ainda é uma das principais causas de mortes no Brasil

  • Por Folhapress
  • 29 Mar 2023
  • 14:35h

Foto: Reprodução

Apesar da mortalidade por Covid ter caído em 2022, a doença se mantém entre as cinco principais causas de morte no Brasil, segundo levantamento feito pelo DeltaFolha utilizando dados do SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) do Ministério da Saúde.
 

Em 2020, quando começou a pandemia, morreram 194.976 pessoas de Covid. Com isso, ela se tornou a principal causa de morte por todos os tipos (incluindo causas externas, como acidentes e mortes violentas). O quadro se repetiu em 2021, quando foram contabilizados 424.133 óbitos apenas por Covid.
 

 

Nos últimos dois anos, as mortes por Covid superaram os dois principais tipos de causas de morte no país na última década: doenças do aparelho circulatório (incluindo infarto do miocárdio e doença isquêmica) e neoplasias (tumores). Porém, em fevereiro de 2022, a Covid deixou de ser a principal causa de morte no país, ocupando o segundo lugar, atrás de doenças cardiovasculares (um conjunto variado que inclui diversos tipos de doenças).
 

E, em março, por fim, chegou à sexta posição, atrás de doença isquêmica do coração, doenças cerebrovasculares (AVC), outras doenças cardiovasculares e infecções respiratórias. Os números para 2022, porém, ainda são preliminares.
 

O cenário mais favorável, segundo os especialistas, deve-se principalmente ao avanço da vacinação, mas ainda é importante olhar para o impacto da Covid na saúde.
 

"Certamente não estamos vendo aqueles números elevados de mortes [por Covid] como a gente tinha antes", diz a demógrafa, professora na Universidade Harvard e colunista da Folha de S.Paulo Márcia Castro. "Para ter esse patamar de volta, só com um outro patógeno ou alguma variante que escapasse totalmente de anticorpos."
 

Castro ressalta ainda que, apesar da melhora, não é possível prever qual será o patamar anual de mortes pela doença. "Acompanhando as hospitalizações por SRAG [síndrome respiratória aguda grave] por Covid conseguimos estimar a mortalidade de acordo com a tendência nos últimos meses, mas ainda não temos esse número."
 

A pesquisadora lembra ainda que as diferentes coberturas vacinais de reforço na população também entram nessa conta. "Em um cenário hipotético em que todas as pessoas recebam os reforços, mesmo assim a mortalidade não vai ser zero, sempre vai existir uma taxa de mortes, mas há muito atraso vacinal."
 

A porcentagem no número total de mortes anuais no país por Covid também caiu nos últimos meses. Se em abril de 2021, o mês que mais registrou mortes por Covid, 41,85% das mortes no país foram pelo coronavírus, ela representou cerca de 1,89% das mortes em setembro de 2022, quando foram disponibilizados os últimos dados, porcentagem similar ao que se registra de mortes por homicídio (1,8%).
 

"Nós tivemos dois picos terríveis que foram em maio de 2020 e depois nos primeiros meses de 2021, mas depois disso a mortalidade foi reduzindo, de tal forma que hoje nós estamos voltando ao nosso patamar basal", explica o epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da USP Paulo Lotufo.
 

Os efeitos da Covid em outras doenças, porém, podem ainda demorar a ser notados. "O excesso de mortalidade nos dois primeiros anos e ainda em 2022 devido à Covid foi direto, mas a pandemia pode ter provocado uma redução na sobrevida de pacientes com câncer que acabaram morrendo antes do tempo. Por isso, os efeitos nas outras causas de morte ainda estão em observação", afirma ele.
 

Já é sabido que a Covid provocou uma redução na expectativa de vida global, de cerca de 1,8 ano, mas no Brasil tal diferença chegou a 4,4 anos, conforme aponta um estudo conduzido por Castro.
 

"A Covid certamente teve um impacto nas mortalidades por outras causas, mas enquanto em algumas reduziu [porque tiveram menos mortes por aquela causa], em outras ela aumentou, como diabetes e doenças renais. Ela [Covid] não é uma causa de morte independente", diz a demógrafa.
 

É importante observar que a Covid é uma causa única, enquanto doenças cardiovasculares representam um conjunto de doenças que inclui várias causas. Alguns tipos de causas de morte vão apresentar variação quanto ao sexo, idade, condição social ou região do país.
 

Para a assessora técnica sênior da Vital Strategies e ex-diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, o cálculo do impacto que a Covid teve em outras doenças depende de dados estratificados e que são muitas vezes difíceis de obter a nível nacional.
 

Um exemplo que ela cita é o cálculo de excesso de mortalidade feito nos Estados Unidos por pesquisadores do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças). Em alguns locais, como NY, o excesso de mortalidade verificado foi causado 60% por Covid (mortes diretas pela infecção do coronavírus), enquanto o restante foram causas associadas. "A gente sabe que a Covid pode ser uma causa associada ao comparar grupos de pessoas com a condição prévia de saúde e que tiveram ou não Covid. Esses efeitos podem durar ainda um tempo até serem bem definidos", avalia.
 

Marinho lembra que a doença que mais teve mortes associadas com a Covid foi diabetes. Um estudo mostrou que 40% dos pacientes diabéticos internados por Covid morreram pela doença, e a taxa de pessoas com diabetes cresceu nos últimos dois anos.
 

"O custo da saúde será ainda muito maior, porque se antes tínhamos um total de pessoas a cada ano que necessitavam de hospitalização e atendimento médico, agora é muito maior. E, infelizmente, não temos critérios bem definidos para avaliar as sequelas de Covid", diz.

CONTINUE LENDO

Mulheres, fumantes e pessoas acima de 40 anos têm maior risco de desenvolver Covid longa

  • Por Ana Bottallo | Folhapress
  • 24 Mar 2023
  • 14:50h

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Um novo estudo apontou os riscos associados ao desenvolvimento de sintomas da chamada Covid longa. Entre eles estão ser do sexo feminino (56% maior), ter idade entre 40 e 69 anos (21% maior) e ser fumante (10%).
 

Outras comorbidades, como a imunossupressão (50%), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC; 38% maior) e doença isquêmica do coração (28%) também estiveram associadas ao maior risco de aparecimento dos sintomas.
 

Os riscos foram maiores também em pessoas que necessitaram atendimento hospitalar ou foram internadas em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) durante a fase aguda da doença (risco 148% e 137% maior, respectivamente).

Já a vacinação com pelo menos duas doses dos imunizantes contra Covid teve uma redução de mais de 40% no risco de pós-Covid.
 

Os dados são de uma revisão sistemática que avaliou as condições associadas à síndrome pós-Covid. O artigo foi publicado nesta quinta (23) na revista especializada Jama Internal Medicine por pesquisadores britânicos.
 

A síndrome de pós-Covid é definida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a persistência de sintomas até três meses após a infecção aguda pelo coronavírus e com a duração de pelo menos dois meses.
 

Entre os principais sintomas da pós-Covid estão aqueles associados a problemas neurológicos (perda de olfato, perda de paladar, esquecimento, confusão, dificuldade de concentração, problemas de sono, queda de cabelo) e relacionados ao sistema pulmonar (falta de ar, dificuldade para respirar, tosse comprida).
 

Para avaliar os fatores de risco associados à Covid longa, os pesquisadores buscaram estudos que incluíram pacientes adultos, com sintomas ocorrendo no mínimo três meses após o quadro de Covid e que continham informações sobre sexo, idade, condições de saúde prévias e status vacinal. Após a busca, eles chegaram a um total de 41 estudos com um total de 860.783 pacientes. Os dados incluem pacientes das Américas, Europa, África e Ásia.
 

A pesquisa consistiu em fazer uma meta-análise (análise dos dados publicados em estudos anteriores, sem a coleta de novas informações) dos fatores de risco listados nas publicações anteriores.
 

Vassilios Vassiliou, autor correspondente do estudo e pesquisador da Escola Médica de Norwich (Reino Unido), disse que o estudo é o maior e mais detalhado até hoje, e a análise multivariada permite afirmar com segurança os principais fatores de risco associados ao pós-Covid. "Mais do que isso, permite atribuir um peso de risco adicional para cada fator de risco. Por exemplo, se alguém for fumante e obeso, ele vai ter o risco do tabagismo e pela obesidade, atingindo um risco geral de 1,27 [27% maior]", diz.
 

De acordo com ele, embora as mulheres tenham um risco um pouco maior para a pós-Covid, os homens também são afetados significativamente pela Covid longa -e esse risco é agravado quando há condições pró-inflamatórias, como algumas formas de asma e o sobrepeso. Por outro lado, a vacinação tem um papel importante tanto na proteção da fase aguda quanto na pós-Covid.
 

O estudo conclui que os diferentes riscos encontrados mostram como a síndrome pós-Covid é uma condição complexa e multifatorial. "O que nosso estudo mostra, além do benefício da vacinação, é que um estilo de vida mais saudável com redução de peso e do tabagismo, além de todos os benefícios que trazem para outras doenças cardiovasculares e câncer, também têm redução no risco da Covid longa", finaliza.
 

PAXLOVID REDUZ SINTOMAS DE PÓS-COVID
 

Em um outro estudo publicado também nesta quinta-feira (23) na revista Jama Internal Medicine, cientistas do Serviço de Pesquisa e Desenvolvimento de St. Louis (Missouri), da Universidade de Washington, da Fundação de Educação e Pesquisa de Veteranos do Missouri e do sistema de saúde St. Louis, nos EUA, encontraram uma ação de redução no risco geral de desenvolver sintomas pós-Covid em pacientes que fizeram uso do Paxlovid.
 

O antiviral, que é uma combinação dos medicamentos nirmatrelvir e ritonavir, esteve associado a uma redução de 24% do surgimento de sintomas pós-Covid quando utilizado na fase aguda da doença por cinco dias com dois comprimidos ao dia.
 

De acordo com a pesquisa, que avaliou mais de 280 mil pacientes e que tiveram exame confirmado para Sars-CoV-2 no período de 3 de janeiro a 31 de dezembro de 2022, dentre os quais 35.717 receberam o tratamento com Paxlovid, o risco de hospitalização após o quadro agudo foi também 24% menor e o risco de morte pós-Covid foi reduzido em 47%.
 

Como conclusão, os autores afirmam que o tratamento com Paxlovid, independentemente do histórico médico ou status vacinal, reduziu o risco de desenvolvimento de sintomas pós-Covid, sendo assim um benefício inequívoco da droga.
 

No Brasil, o Paxlovid ainda foi incorporado ao SUS (Sistema Único de Saúde) em março de 2022, mas entidades médicas e especialistas criticam a falta de acesso ao tratamento e o quantitativo reduzido de unidades.
 

Diversos relatos de profissionais de saúde dizem que a droga não está disponível em hospitais públicos do país.
 

No final do ano passado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou sua comercialização em farmácias. Atualmente, ele pode ser encontrado em farmácias, com a necessidade de prescrição médica, por quase R$ 5.000.
 

Ele é indicado para adultos que não se encontram sob uso de oxigenação, mas que correm o risco de evoluir para quadros graves de Covid.

CONTINUE LENDO

Covid-19: Bahia tem cerca de 6 milhões de pessoas com esquema vacinal incompleto ou não vacinadas

  • 06 Fev 2023
  • 15:27h

Foto: Bruno Concha/Secom

A Bahia tem 5.960.660 pessoas não vacinadas contra a Covid-19 ou com o esquema vacinal incompleto até terça-feira (31), segundo informações da Secretaria da Saúde (Sesab).

Mais de 12 milhões de pessoas com 12 anos ou mais fazem parte do público-alvo da imunização. Destes, de acordo com a Sesab, 995.420 (7,8%) estão com a 1ª dose em atraso e 902.861 (7,7%) não receberam a 2ª dose.

O número é ainda maior quando se trata de doses de reforço em atraso: 2.803.116 (25,8%). Outras 1.259.263 (16,3%) não tomaram a quarta dose.

Salvador retoma nesta segunda-feira (6) a aplicação da 1ª dose da vacina contra a Covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias com ou sem comorbidades, com a Pfizer Baby. A aplicação de doses para este público ficou suspensa por cerca de um mês por falta de doses, mas uma remessa do imunizante chegou na Bahia no último sábado (4).

A mobilização contempla ainda a vacinação para crianças de 5 a 11 anos de idade, residentes na capital baiana, e a aplicação da 1ª a 5ª dose. O atendimento nos postos é das 8h às 16h.

População a partir de 6 meses de idade poderá tomar dose de reforço contra Covid-19 em março

  • g1
  • 02 Fev 2023
  • 19:06h

Foto: Semsa

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (31) que a partir de março toda a população a partir de 6 meses poderá tomar em março a dose de reforço da vacina bivalente da Pfizer contra Covid-19.

A pasta detalhou o chamado Programa Nacional de Vacinação de 2023, com campanhas que serão feitas ao longo do ano para reforçar a imunização dos brasileiros e tentar reverter as baixas coberturas vacinais, em queda há mais de cinco anos no país.

O cronograma foi dividido em cinco etapas. A primeira será feita a partir do dia 27 de fevereiro, com o início da aplicação das vacinas bivalentes da Pfizer como reforço contra a Covid-19 para grupos mais vulneráveis à doença.

A imunização contra a gripe, feita todos os anos com a vacina Influenza, começará em abril. Para maio, está prevista uma ação de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo, que será feita em escolas.

"As etapas e fases foram organizadas de acordo com os estoques existentes, as novas encomendas realizadas e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes das vacinas", disse o Ministério da Saúde em um comunicado.

Segundo a pasta, praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta. Em 2022, a cobertura vacinal da poliomielite ficou em 72% - em 2013, esse índice foi de 100,7%.

Confira as cinco etapas do cronograma, de acordo com as informações divulgadas pelo governo:

 

Etapa 1 - fevereiro

 

Vacinação contra Covid-19: reforço com a vacina bivalente

Público-alvo:

 

  • Pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19;
  • Pessoas com mais de 60 anos;
  • Gestantes e puérperas;
  • Pacientes imunocomprometidos;
  • Pessoas com deficiência;
  • Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
  • Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
  • Trabalhadores e trabalhadoras da saúde.

 

Nessa etapa, a estimativa populacional é de 52 milhões.

 

Etapa 2 - março

 

Intensificação da vacinação contra Covid-19: adolescentes e adultos

Público-alvo: toda a população com mais de 12 anos.

 

Etapa 3 – março

 

Intensificação da vacinação de Covid-19: crianças e adolescentes

Público-alvo: crianças de 6 meses até adolescentes de 17 anos.

 

Etapa 4 – abril

 

Vacinação contra a gripe

Público-alvo:

 

  • Pessoas com mais de 60 anos;
  • Adolescentes em medidas socioeducativas;
  • Caminhoneiros e caminhoneiras;
  • Crianças de 6 meses a 4 anos;
  • Forças Armadas;
  • Forças de Segurança e Salvamento;
  • Gestantes e puérperas;
  • Pessoas com deficiência;
  • Pessoas com comorbidades;
  • População privada de liberdade;
  • Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
  • Professoras e professores;
  • Profissionais de transporte coletivo;
  • Profissionais portuários;
  • Profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;
  • Trabalhadoras e trabalhadores da saúde.
  • Etapa 5 - maio

     

    Multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas

    De acordo com o ministério, serão duas semanas de atividades de mobilização e orientação. Estudantes, pais e responsáveis serão comunicados sobre a necessidade de levar para as escolas a Caderneta de Vacinação para avaliação.

CONTINUE LENDO

Estudo indica maior proteção contra variante ômicron em pessoas vacinadas com a três doses

  • Bahia Notícias
  • 31 Jan 2023
  • 07:10h

Foto: Jéssica Pires Farias/UFOB

Resultados de um estudo feito com 286 voluntários durante um surto de Covid-19 reforçam a importância da terceira dose da vacina para a proteção contra o SARS-CoV-2, incluindo a variante ômicron do vírus.

O trabalho, publicado no Journal of Medical Virology, mostra ainda que os vacinados com três doses possuíam mais anticorpos capazes de neutralizar o coronavírus do que os voluntários que não haviam completado o esquema vacinal ou mesmo os que já haviam tido a doença previamente. Mais de 80% dos infectados do estudo não tinham tomado a terceira dose.

“Ainda que alguns dos testados previamente infectados pudessem apresentar uma maior quantidade de anticorpos que reconheciam o vírus, os vacinados com três doses possuíam uma melhor qualidade de anticorpos, ou seja, que não apenas reconheciam como efetivamente neutralizavam o SARS-CoV-2”, conta Jaime Henrique Amorim, professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), que coordenou o estudo junto com Luiz Mário Ramos Janini, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

 

As amostras foram coletadas na cidade de Barreiras, no oeste da Bahia, durante um surto da ômicron ocorrido entre janeiro e março de 2022. Pacientes que chegavam a uma unidade de saúde com sintomas gripais tinham coletadas amostras de swab nasal. A maior parte teve colhidas ainda amostras de sangue.

Os vírus presentes nas amostras foram isolados e sequenciados, confirmando que eram da cepa ômicron. Os pesquisadores então separaram amostras do soro do sangue dos pacientes para testar a ação dos anticorpos sobre essa variante e sobre a cepa original de Wuhan, que deu origem à pandemia.

“Os anticorpos presentes nas amostras dos vacinados com três doses se mostraram capazes de neutralizar não apenas a cepa original de Wuhan, como também a variante ômicron. Isso não ocorreu com os não vacinados ou que tomaram uma ou duas doses”, comenta Robert Andreata-Santos, que realiza estágio de pós-doutorado na EPM-Unifesp e é um dos primeiros autores do artigo, junto com Jéssica Pires Farias e Josilene Pinheiro, da UFOB. As informações são da Agência Fapesp.

CONTINUE LENDO

Reforço bivalente contra a Covid-19 deverá ser aplicado a partir de 27 de fevereiro, prevê Saúde

  • Bahia Notícias
  • 27 Jan 2023
  • 10:52h

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (26), data prevista para o início da aplicação do reforço bivalente de imunização contra a Covid-19. Segundo o órgão, isso deverá acontecer no no fim de fevereiro. A perspectiva foi apresentada durante a primeira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2023, realizada em Brasília (DF), na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).

A expectativa do ministério é que, a partir de 27 de fevereiro, pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, recebam o reforço bivalente. Confira como será a divisão:

Fase 1: pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;

Fase 2: pessoas entre 60 e 69 anos;

Fase 3: gestantes e puérperas;

Fase 4: profissionais de saúde.

As informações foram apresentadas pelo diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis (SVSA/MS), Éder Gatti. "Fechamos o ano de 2022 com baixa cobertura vacinal em quase todas as imunizações. Também encontramos um baixo estoque de vacinas. Por isso, temos o risco real de desabastecimento de imunizantes importantes para o nosso calendário, como a BCG, Hepatite B e tríplice viral, por exemplo", alertou.

 

Com o cenário, Éder pontuou o risco da reintrodução de casos de poliomielite em território nacional. "Os nossos passos serão de reforço ao compromisso com a ciência, o fortalecimento da atenção primária e ações complementares, como a vacinação nas escolas", adiantou.

Vacinação contra Covid-19 na Bahia completa dois anos com 35 milhões de doses aplicadas, diz Sesab

  • g1 BA
  • 19 Jan 2023
  • 20:12h

Foto: Betto Jr./Secom

A aplicação da primeira dose de vacina contra a Covid-19 na Bahia completa dois anos nesta quinta-feira (19).

No dia 19 de janeiro de 2021, uma enfermeira, uma idosa, um médico e uma indígena foram os primeiros imunizados com a Coronavac e, desde então, mais de 35 milhões de doses das vacinas foram aplicadas em todo o estado, de acordo com a Secretaria da Saúde (Sesab).

Em 2020, primeiro ano da pandemia, 10.287 mortes foram registradas na Bahia. Já em 2022, quando a vacinação já estava em fase avançada, o número caiu para 3.487 mortes, uma redução de mais de 66%.

Apesar da ampliação da vacinação para crianças e até para bebês, em 2023 mais de seis milhões de pessoas estão com o esquema vacinal incompleto.

De acordo com a secretária Estadual da Saúde, Roberta Santana, o número é preocupante principalmente por causa do verão, época em que a Bahia recebe milhares de turistas e é palco de grandes festas, como Iemanjá, no dia 2 de fevereiro, e o carnaval, que será entre os dias 16 de 21 de fevereiro.

Fundação Oswaldo Cruz estuda antiviral para combater a Covid-19

  • Bahia Notícias
  • 19 Jan 2023
  • 12:13h

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a empresa Microbiológica e o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), trabalha para desenvolver um antiviral de uso oral contra a Covid-19. As informações são da Agência Brasil.

Pesquisa da fundação demonstrou que a substância, batizada de MB-905, foi purificada a partir da cinetina e demonstrou-se eficaz para inibir a replicação do vírus Sars-CoV-2 em linhagens de células humanas hepáticas e pulmonares, além de auxiliar a frear o processo inflamatório desencadeado pelo vírus.

A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Communication, e o dossiê pré-clínico foi encaminhado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que, a partir da aprovação do órgão, seja iniciada a primeira fase de ensaios clínicos.

O pesquisador Thiago Moreno, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, um dos principais autores do estudo, disse que “a ideia é que a gente possa então cumprir todas as etapas necessárias para o desenvolvimento desse medicamento no Brasil, desde a fase de planejamento, síntese, caracterização química, caracterização de mecanismo de ação e os estudos pré-clínicos de segurança, tolerabilidade e eficácia. Nosso objetivo é que essa substância possa se tornar um antiviral inovador, desenvolvido no Brasil desde a sua concepção, visando a que a gente tenha mais independência nesse tipo de tecnologia que teria alto custo de importação para o [Sistema Único de Saúde] SUS”, explicou.

 

A substância MB-905 desorganiza o genoma do vírus e causa uma catástrofe na síntese de seu material genético (RNA), processo crucial para a replicação viral. Além de atuar como antiviral, a substância também conseguiu frear o processo inflamatório desencadeado pelo novo coronavírus, o que é fundamental para combater a covid-19 já que a doença também serve como gatilho de uma resposta inflamatória no organismo do paciente. Isso influenciou a pesquisa desde o ponto de partida.

 

“Ajustamos o nosso processo de identificação de substâncias a partir de algumas premissas: a substância precisava ser antiviral; precisava ser antiviral numa célula-alvo, como as células do trato respiratório; precisava funcionar como antiviral também em células do sistema imune, que o vírus consegue invadir e destruir, como os monócitos; e precisaria reduzir os níveis de marcadores inflamatórios associados com a infecção viral.”, explicou Thiago Moreno.

 

“O que quero dizer é que eu não estou buscando um antiviral sozinho. Como a dexametasona, como uma aspirina, esse produto não consegue reduzir qualquer tipo de inflamação, mas somente uma inflamação seletiva induzida pelo vírus. A gente entende também que isso pode ajudar essa substância a ter potencialmente uma janela terapêutica um pouquinho mais ampla, por conseguir talvez reduzir tanto a fase antiviral quanto a fase inflamatória associada ao vírus”, afirmou.

 

Os pesquisadores explicaram, que a covid-19 não será curada com um único medicamento. Segundo eles, será necessário administrar um coquetel de medicamentos para tratar os casos mais graves da doença e aqueles de maior risco, como os de pacientes com comorbidades. Com base no mecanismo de ação da MB-905, portanto, o grupo investigou que substâncias poderiam potencializar o efeito da cinetina.

 

O estudo também identifica vantagens do MB-905 em relação a outras substâncias cujo benefício clínico foi demonstrado em ensaios independentes. O remdesivir, por exemplo, é injetável, enquanto a cinetina será administrada como comprimido, possibilitando que o paciente receba o medicamento o mais precocemente possível.

 

Já em relação ao molnupiravir, o MB-905 obteve melhores resultados em testes de segurança. Como desorganiza o genoma viral sem interferir no da célula, a cinetina foi considerada segura.

CONTINUE LENDO

Bahia registra 724 casos de Covid-19 e cinco mortes nas últimas 24h

  • 19 Jan 2023
  • 08:15h

Foto: Prefeitura de Salvador

A Bahia registrou 724 casos de Covid-19 e cinco mortes pela doença nas últimas 24h, segundo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) nesta quarta-feira (18). Além disso, 1.532 casos estão ativos.

Dos 1.781.952 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.749.084 são considerados recuperados e 31.336 morreram, mas a Sesab alerta que estes dados ainda podem sofrer alterações.

Os dados mostram ainda os índices da ocupação de leitos exclusivos para pacientes com a doença. No estado, a taxa geral é de 17%. Já na capital baiana, é de 21%.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 2.082.214 casos descartados, 373.930 em investigação e 71.719 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta.

Todos os detalhes sobre o boletim epidemiológico podem ser conferidos no site da Sesab ou pela Central Integrada de Comando e Controle da Saúde do órgão.

Vacinação incompleta e reinfecção aumentam risco de Covid longa, indicam pesquisadores do Albert Einstein

  • Metrópoles
  • 11 Jan 2023
  • 16:10h

Foto: Reprodução/Cb Estevam/CCOMSEx

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e pelo Hospital Israelita Albert Einstein mostra que pessoas reinfectadas pelo coronavírus, bem como as que não completaram o esquema vacinal contra a Covid-19, correm maior risco de sofrerem com sintomas da Covid longa.

A descoberta foi divulgada na última sexta-feira (6), em um artigo publicado em versão de pré-print na plataforma medRxiv. Ele mostra também que as mulheres são as mais afetadas pelos sintomas da Covid longa.

Os cientistas analisaram dados de 7.051 profissionais de saúde do hospital infectados pelo coronavírus entre 2020 e 2022. Desses, 1.933 (27,4%) continuaram com sintomas persistentes da doença por mais de quatro semanas.

Os problemas mais comuns foram dor de cabeça (53,4%), dores musculares ou nas articulações (46,6%) e congestão nasal (45,1%). Cinco em cada dez profissionais (51,4%) tiveram três ou mais sintomas.

O estudo mostrou que infecções anteriores aumentam o risco de Covid longa entre os voluntários. Entre os participantes que tiveram apenas uma infecção, 25,8% continuaram com os sintomas depois do fim do período de infecção, e nos que ficaram doentes duas ou mais vezes, a porcentagem foi de 38,9%.

A vacinação ajudou a proteger a maioria dos profissionais de saúde. Apenas 1,5% dos que completaram o esquema vacinal com as quatro doses desenvolveram Covid longa. Em contrapartida, a recorrência de sintomas persistentes entre os que não receberam nenhuma dose antes da infecção foi de 36,7%; 29% para os que tomaram duas doses; e 15% para os com três doses.

Por fim, o estudo também revelou que as mulheres correm até 21% mais risco de conviver com sintomas persistentes da doença em comparação com os homens. Os pesquisadores ainda não conseguiram esclarecer o motivo, mas sugerem que as mulheres são mais preocupadas com a saúde e tendem a procurar por atendimento médico e, por isso, são diagnosticadas com maior frequência. As informações são do portal Metrópoles. 

Bahia registra 1.412 casos de Covid-19 e 29 mortes pela doença nas últimas 24 horas

  • g1 BA
  • 28 Dez 2022
  • 10:04h

Foto: Getty Images via BBC

A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 1.412 casos de Covid-19 e 29 mortes pela doença, segundo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) nesta terça-feira (27). Além disso, 4.408 casos estão ativos.

Dos 1.765.433 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.729.818 são considerados recuperados e 31.207 morreram, mas a Sesab alerta que estes dados ainda podem sofrer alterações.

Os dados mostram ainda os índices da ocupação de leitos exclusivos para pacientes com a doença. No estado, a taxa geral de ocupação é de 36%, e em Salvador de 39%.

O boletim epidemiológico desta terça-feira contabiliza também 2.072.374 casos descartados e 371.262 em investigação. Na Bahia, 71.240 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta terça.

Todos os detalhes sobre o boletim epidemiológico podem ser conferidos no site da Sesab ou pela Central Integrada de Comando e Controle da Saúde do órgão.

BA registra 162 casos e uma morte pela doença nas últimas 24 horas

  • g1 BA
  • 26 Dez 2022
  • 09:03h

Foto: Reprodução/TV Bahia

A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 162 casos de Covid-19 e uma morte pela doença, segundo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) neste domingo (25). Além disso, 5.865 casos estão ativos.

Dos 1.763.971 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.726.945 são considerados recuperados e 31.161 morreram, mas a Sesab alerta que estes dados ainda podem sofrer alterações.

Os dados mostram ainda os índices da ocupação de leitos exclusivos para pacientes com a doença. No estado, a taxa geral de ocupação é de 39%, e em Salvador de 41%.

O boletim epidemiológico deste domingo contabiliza também 2.072.004 casos descartados e 370.895 em investigação. Na Bahia, 71.187 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h deste domingo.

Todos os detalhes sobre o boletim epidemiológico podem ser conferidos no site da Sesab ou pela Central Integrada de Comando e Controle da Saúde do órgão.

Governo da BA anuncia decreto que flexibiliza medidas contra a Covid

  • g1 BA
  • 23 Dez 2022
  • 16:11h

Foto: Governo da Bahia

O Governo da Bahia publicou, nesta sexta-feira (23), um decreto que flexibiliza as medidas contra a Covid-19. O material, veiculado no Diário Oficial do Estado, tem como base dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), que apontam para um cenário de queda no número de casos ativos da doença no estado.

O que diz o decreto

  • Permanecem autorizados em todo o território baiano os eventos e atividades em zonas rurais e urbanas, em logradouros públicos ou privados realizados em auditórios, circos, parques de exposições, feiras, passeatas, parques de diversões, espaços culturais, teatros, cinemas, museus, espaços congêneres e afins, templos para atos religiosos litúrgicos e os eventos desportivos coletivos profissionais.
  • Visitantes e acompanhantes de pacientes em unidade de saúde terão acesso condicionado à utilização da máscara de proteção com boa vedação e à comprovação da vacinação.
  • A imunização deverá ser comprovada com apresentação do documento atualizado, fornecido no momento da imunização, ou do Certificado COVID, obtido através do aplicativo "CONECT SUS” do Ministério da Saúde.

 

Fica obrigado o uso de máscara de proteção:

 

  • Em hospitais e demais unidades de saúde, tais como: clínicas e Unidades de Pronto-Atendimentos - UPAs, farmácias e drogarias;
  • Transportes públicos, tais como: trens, metrô, ônibus, lanchas e ferry boat, e seus respectivos locais de acesso como estações de embarque;
  • Indivíduos que estejam apresentando sintomas gripais, tais como: tosse, espirro, dor de garganta ou outros sintomas respiratórios, ou que tenham tido contato com pessoas sintomáticas ou com confirmação da doença;
  • Para indivíduos com confirmação de Covid-19, mesmo que assintomáticos;
  • Para indivíduos imunossuprimidos, ainda que em dia em relação ao esquema vacinal contra Covid-19
  • Para idosos, com idade superior à 60 (sessenta) anos, e gestantes, ainda que em dia em relação ao esquema vacinal contra Covid-19

 

Em nota, o governo do Estado sinalizou que caberá à Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (AGERBA) a contribuição com a fiscalização do cumprimento do decreto, bem como a edição de normas complementares que se fizerem necessárias.

O decreto é aplicado a órgãos e entidades integrantes da administração pública estadual e municipal.

CONTINUE LENDO

Como a onda de Covid na China pode afetar o Brasil; entenda

  • g1
  • 20 Dez 2022
  • 15:07h

Foto: REUTERS/Aly Song

O mundo começa a ficar atento e preocupado diante do cenário de uma onda de Covid-19 na China. As exatas proporções do surto entre os 1,4 bilhões de chineses são desconhecidas, mas a explosão dos casos já causa superlotação em hospitais e mortes.

Os casos da doença aumentaram após o fim da política Covid zero, conjunto de restrições imposto pelo governo chinês desde 2020 para tentar eliminar transmissão do vírus entre os bilhões de habitantes do país.

O que explica a explosão dos casos? Segundo infectologistas ouvidos pelo g1:

  • Flexibilização das restrições, que permitem maior mobilidade e mais pontos de aglomeração;
  • Baixa cobertura vacinal das doses de reforço e entre os idosos;

Quais os principais impactos que a explosão da Covid pode causar no mundo?

A situação pode afetar de forma sanitária e econômica em outros países, como no Brasil;

  • A principal preocupação é sobre o risco do surgimento de novas variantes mais transmissíveis e que escapem da proteção que as atuais vacinas dão para casos graves da doença;
  • Risco de falta dos mais diversos tipos de insumos (incluindo material hospitalar e medicamentos) produzidos pela China e exportados para todos os continentes.

Falta transparência: cenário incerto na China

De acordo com a agência de notícias RFI, quase um terço da população de Pequim está com suspeitas de estar com o coronavírus - isso significa que 22 milhões de pessoas podem estar infectadas. Além disso, há relatos de lotação em hospitais e sobrecarga em necrotérios e crematórios.

"Estamos acompanhando com muita, mas muita apreensão", diz o médico Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

"O que está acontecendo na China seria muito parecido com o que aconteceu no Brasil no pico da variante gama (início de 2021). Só que, na população chinesa, não se conta aos milhões, se conta aos bilhões", afirma.

Nos dados disponíveis de forma pública pelo governo chinês, o cenário é outro - o motivo, segundo especialistas, é a falta de transparência. Na segunda-feira (19), foram confirmadas oficialmente as duas primeiras mortes por Covid desde o começo do dezembro, quando começaram as flexibilizações que estavam em vigor há quase três anos.

De acordo com a Rede Análise Covid-19, com base no monitoramento do Our World In Data:

 

  • China chegou a registrar mais de 71,3 mil casos de Covid em 29 de novembro;
  • Dado mais recente disponível é de 13 de dezembro, com 7,1 mil casos no dia;
  • Duas mortes após o fim da Covid zero foram registradas em 3 de dezembro; desde então, não há dados disponíveis.

Milhões de mortes: previsões para a China

Cientistas projetam que a China tenha de 1 a 2 milhões de mortes por Covid por conta do fim das restrições e pela falta de atendimento à população.

 

  1. Em maio, cenário com a possibilidade de mais de 1,5 milhão de mortes foi divulgado em estudo na revista científica "Nature Medicine"; pesquisadores projetaram um aumento de 15 vezes na demanda por atendimento em UTI.
  2. Para Zhou Jiatong, chefe do Centro de Controle de Doenças de Guangxi, que fica ao sul da China, a possibilidade é de que 2 milhões de pessoas morram de Covid no país na nova onda.
  3. Já um estudo da Universidade de Hong Kong prevê que a China registre cerca de 1 milhão de mortes depois do fim das restrições sanitárias.

O que explica a nova onda?

A baixa cobertura vacinal de dose de reforço e entre os idosos, além da flexibilização das medidas restritivas, são apontadas como fatores principais para a explosão da Covid na China.

 

  • A China tem uma alta cobertura vacinal na primeira e na segunda dose (91% e 89%), mas apenas 57% da população tomou doses de reforço - são elas que garantem a proteção completa, principalmente frente à variante ômicron e suas sublinhagens;
  • Entre idosos, cerca de metade das pessoas com 80 anos ou mais receberam as primeiras vacinas e menos de 60% da faixa etária entre 60 e 69 anos estão totalmente vacinadas;
  • Além disso, o governo chinês decidiu não usar as vacinas bivalentes, que são mais eficazes contra a ômicron e suas sublinhagens, predominantes hoje no mundo.

"Estudos científicos já mostraram que os idosos chineses não gostam de vacinar, porque seguem a medicina tradicional chinesa, que não inclui vacina. Esse é um ponto muito importante. É outra cultura", coloca o infectologista Alexandre Naime Barbosa.

Há risco de novas variantes?

 

Infelizmente, sim. "Toda variante mais perigosa acontece quando a transmissão está descontrolada. Sempre que você tem uma taxa de transmissão altíssima, o vírus encontra o ambiente ideal para se reproduzir em alta escala", coloca Barbosa.

"Existe um risco de seleção natural, de novas variantes que venham a surgir e com impacto no futuro relacionado a novas ondas", afirma também o infectologista Julio Croda.

A mesma opinião tem a infectologista e professora da Unicamp, Raquel Stucchi: "A grande de preocupação é o surgimento de novas variantes, que venham desafiar as vacinas ou as medicações que temos hoje para impedir formas graves da doença".

Com a alta taxa de transmissão da Covid na China e parte da sua população não vacinada, o receio dos especialistas é que possa aparecer uma "super ômicron", ou seja, uma cepa muito mais transmissível do que a que conviemos hoje. "Isso seria algo bem possível, um cenário bem provável", diz Barbosa.

E os impactos no Brasil?

Existe a possibilidade de que o vírus que atualmente circula na China se espalhe, causando picos de transmissão em outros países. Mas, com uma população com a vacina em dia e sem novas mutações, a tendência é de que não haja aumento nas hospitalizações e mortes.

A curto prazo, o que mais preocupa - inclusive aqui no Brasil - é a possibilidade de falta de insumos médicos e farmacêuticos, usados para a fabricação de medicamentos, por exemplo - isso porque a China detém a produção global desse tipo de produto.

"É possível, devido ao caos que provavelmente está instalado no sistema de saúde chinês, que nós tenhamos um desabastecimento desses produtos básicos ou elevação de preço", ressalta Alexandre Naime Barbosa.

"Podemos ter problemas como falta de seringas, luvas, respiradores, pois a maioria desses produtos vem da China", coloca o infectologista Julio Croda.

CONTINUE LENDO

Covid-19: Bahia registra 238 casos e 21 mortes pela doença nas últimas 24 horas

  • g1 BA
  • 20 Dez 2022
  • 09:04h

Foto: Prefeitura de Salvador

A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 238 casos de Covid-19 e 21 mortes pela doença, segundo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) nesta segunda-feira (19). Além disso, 7.430 casos estão ativos.

Dos 1.753.836 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.715.313 são considerados recuperados e 31.093 morreram, mas a Sesab alerta que estes dados ainda podem sofrer alterações.

Os dados mostram ainda os índices da ocupação de leitos exclusivos para pacientes com a doença. No estado, a taxa geral de ocupação é de 62%, e em Salvador é de 70%.

O boletim epidemiológico desta segunda-feira contabiliza também 2.068.436 casos descartados e 369.559 em investigação. Na Bahia, 70.847 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta segunda.

Todos os detalhes sobre o boletim epidemiológico podem ser conferidos no site da Sesab ou pela Central Integrada de Comando e Controle da Saúde do órgão.