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Projetos baianos contra violência recebem apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos

  • 20 Jun 2016
  • 11:52h

(Foto: Reprodução)

Dois projetos baianos estão entre os 15 selecionados que receberão apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos, por meio do edital 'Juntos/as contra a violência que mata a juventude brasileira'. A Revista Afirmativa, com o projeto 'A juventude comunica pelo direito à vida', e o Odara Instituto da Mulher Negra, com o projeto 'Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar', receberão R$ 40 mil do fundo e têm até um ano para executar seus projetos. As doações totalizam R$ 560 mil, distribuídos após crivo do comitê formado pela advogada Valdênia Paulino, do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Sapopemba, em São Paulo; o jornalista Itamar SIlva, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase),no Riod e Janeiro; e o economista José Carlos Zanetti, da Cese, na Bahia. O edital considerou como critérios de avaliação diversidade regional, adequação ao foco do edital, impacto social, potencial efeito multiplicador, criatividade, caráter inovador, consistência da proposta, conexão com redes, fóruns, articulações e vínculo com as comunidades. 

Conta de João Santana teria recebido US$ 16,6 mi da Odebrecht, segundo delator

  • Estadão Conteúdo
  • 20 Jun 2016
  • 09:41h

(Foto: Reprodução)

O executivo Vinícius Veiga Borin relata, em delação, que a offshore Shellbill Finance, do marqueteiro das campanhas presidenciais de Dilma Rousseff (2010 e 2014) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006), teria recebido US$ 16,6 milhões de três offshores usadas pelo "departamento de propinas" da Odebrecht. O valor é quase o triplo do já rastreado no exterior pela Lava Jato na conta do marqueteiro com apoio de autoridades suíças - US$ 6,4 milhões. Além disso, a operação identificou que João Santana e sua mulher e sócia Monica Moura teriam recebido no Brasil outros R$ 23,5 milhões. Os repasses já identificados pela operação deram origem a uma denúncia contra os marqueteiros e os executivos da Odebrecht que atuavam no Setor de Operações Estruturadas - nome oficial do departamento que cuidava da contabilidade paralela da maior empreiteira do País e que foi descoberto pelos investigadores na 23.ª fase da Lava Jato, chamada Acarajé. Em seu relato aos procuradores da força-tarefa, Borin, que atua no setor financeiro desde 1976, diz que, com o avanço da operação, o executivo Luiz Eduardo, atualmente preso e réu na Lava Jato, "começou a solicitar informações de pagamentos para algumas contas". Borin trabalhava no Meinl Bank, em Antigua, e cuidava das contas da empreiteira. Neste levantamento sobre as transações "aparentemente suspeitas", aparece os repasses das contas Klienfeld, Innovation e Magna, todas ligadas à Odebrecht segundo o delator, para a conta da Shellbill. Os investigadores suíços já haviam identificado as contas Klienfeld e Innovation como pertencentes, de fato, ao grupo Odebrecht e, até mesmo, encaminhou as informações sobre elas às autoridades brasileiras. 

O próprio João Santana, ao ser preso pela Polícia Federal em fevereiro, admitiu que usava conta da Shellbill, que não foi declarada por ele à Receita Federal. Na ocasião, disse que usou a conta para receber dinheiro de campanhas no exterior. Agora, os investigadores esperam avançar sobre novas transações com os nomes de outras empresas offshores que teriam sido usadas para transitar os pagamentos ilícitos da empreiteira. Em seu depoimento, agora sob análise do juiz Sérgio Moro que vai decidir se homologa a colaboração premiada de Borin, o delator associa de forma direta as offshores que mantinham contas no banco em que ele atuava com a Odebrecht. Desde que a Lava Jato fechou o cerco ao "departamento da propina", a Odebrecht vem negociando um acordo de delação premiada. A empresa informou que não iria se manifestar sobre o depoimento de Borin. O criminalista Fabio Tofic Simantob, que defende João Santana, disse que a defesa só vai se manifestar sobre o caso perante o juiz. As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.

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Temer suspende patrocínio de R$ 11 milhões para blogs políticos

  • 19 Jun 2016
  • 16:03h

(Foto: Reprodução)

O governo previa gastar este ano mais de R$ 11 milhões com patrocínios em sites de política. Após a posse do presidente interino, Michel Temer, no dia 13 de maio, essas despesas tiveram seu pagamento suspenso em junho. A justificativa para a suspensão dos contratos, segundo fontes do Palácio do Planalto, é que o dinheiro público estava abastecendo blogs de opinião, o que, na avaliação da nova gestão, contrariava o interesse público. O campeão de patrocínio federal, sob a gestão da presidente afastada, Dilma Rousseff, era o site Brasil 247, idealizado pelo jornalista Leonardo Attuch, cuja previsão de patrocínio para este ano somava R$ 2,1 milhões. No documento que o GLOBO teve acesso, 19 sites recebiam patrocínio do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras, Ministério da Justiça, Ministério da Previdência Social, Ministério da Educação e Ministério da Saúde. Já o jornalista Luis Nassif, idealizador do site GGN, receberia até o fim do ano R$ 1,15 milhão. Em terceiro lugar estava o Diário do Centro do Mundo (DCM), dirigido pelo jornalista Paulo Nogueira, com previsão de receber R$ 1,11 milhão este ano. Também recebiam patrocínios de estatais e ministérios os sites Conversa Afiada, Carta Maior, Esmael Morais, O Cafezinho, Opera Mundi, Viomundo, Pragmatismo Político, Revista Forum, Sul 21, Carta Capital e Sidney Rezende. Um interlocutor do presidente interino explicou que alguns desses sites, como o Congresso em Foco, o El Pais, o Blog do Kennedy Alencar, o Observatório da Imprensa e o Fato Online, têm características jornalísticas e conteúdo de interesse público, mas que, por uma questão jurídica, a Casa Civil não conseguiu diferenciar tecnicamente esses dos demais e foi obrigada a solicitar o cancelamento de patrocínios a todos eles. Os jornalistas Sidney Rezende e Luis Nassif também tiveram contratos de programas na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) cancelados. A medida foi tomada por Laerte Rímoli, que assumiu por três semanas a presidência da empresa. Por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal, o jornalista escolhido por Dilma para comandar a EBC, Ricardo Melo, retomou o posto e viabilizou a concessão de uma entrevista de Dilma a Nassif, na condição de colaborador da empresa. 

Governo proíbe exposição de marcas não organizadoras da Rio 2016 durante jogos

  • 19 Jun 2016
  • 10:01h

(Foto: Reprodução)

O governo do estado enviou nesta quarta-feira (15) para apreciação da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um projeto de lei sobre medidas a serem tomadas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016. Entre as determinações está a proibição do chamado “marketing de emboscada por intrusão”, ou seja, a exposição de marcas, negócios, estabelecimentos, produtos, serviços ou qualquer atividade promocional no espaço público, principalmente pontos turísticos. O artigo 7º, que dispõe sobre o assunto, proíbe qualquer forma de atenção pública a marcas que não são organizadoras dos Jogos Olímpicos. “(...) Para assegurar ao Rio 2016 e às pessoas por ele autorizadas a, com exclusividade, divulgar suas marcas, distribuir, vender, dar publicidade ou realizar propaganda de produtos e serviços, bem como outras atividades promocionais, nas áreas de interesse, suas principais vias de acesso, em locais claramente visíveis a partir daquelas e no espaço aéreo correspondente”, diz o texto. As áreas de interesse são os locais oficiais dos Jogos Olímpicos, principais pontos turísticos, qualquer outro lugar de interesse do Rio 2016 que esteja definido em regulamento próprio e as imediações. 

A matéria foi enviada com solicitação de regime de urgência e, segundo o líder do governo na AL-BA, deputado Zé Neto (PT), a expectativa é que o projeto seja votado no plenário até dia 30 deste mês. "Porque senão chega julho, começa recesso, e fica em cima das Olimpíadas", explicou Zé Neto, lembrando que a Casa fica em recesso por um mês.O projeto de lei ainda prevê a concessão gratuita de bens do Estado ao Rio 2016, podendo até a organização dos jogos explorá-los comercialmente durante o período da concessão; a suspensão de publicidade e propaganda de terceiros (considerados como aqueles que não são entidades organizadoras do evento) em veículos ou instalações do sistema de metrô que circulem, iniciem ou terminem a prestação de serviço dentro das áreas de interesse ou que atendam ao público dos jogos. Por causa das medidas, o Estado poderá até suspender acordos, atos administrativos ou contratos públicos que interfiram no andamento dos jogos. O projeto de lei também autoriza a comercialização de bebidas alcoólicas nos locais oficiais e a mudança no horário de funcionamento das repartições públicas do estado durante as Olimpíadas. Os Jogos Olímpicos Rio 2016 começam no dia 5 de agosto.

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A castração química impede estupradores? Entenda como o tratamento funciona

  • Uol Notícias
  • 18 Jun 2016
  • 20:02h

(Foto: Reprodução)

O caso do estupro de uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro causou grande discussão nas redes sociais e motivou protestos contra a cultura do estupro. Entre alternativas e suposições de como frear a violência sexual, alguns comentários questionaram por que o Brasil não adotava a "castração química" para estupradores. Mas você sabe o que é este procedimento? O método consiste em uma forma temporária de privar o paciente de impulsos sexuais com uso de medicamentos hormonais. Ou seja, não ocorre a remoção dos testículos e o homem continua fértil, mas por ter oscilações na dosagem dos hormônios ele passa a ter dificuldade para ter e manter as ereções e há redução daquele estímulo interno que funciona como fonte de fantasias e nos conduz a procurar situações eróticas. A alternativa ganhou força com um projeto de lei apresentado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) em 2013, que está tramitando na Câmara e teve um relator designado, o deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF), em junho deste ano. O texto prevê o "tratamento químico voluntário para a inibição do desejo sexual", mas não especifica como e com quais drogas o método seria aplicado.  Como funciona a "castração química"? O método consiste em tentar bloquear a testosterona, diminuindo drasticamente o desejo sexual e até a ereção.

 

Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)

Existem dois tipos de drogas usados para o procedimento. Um deles simplesmente inibe a produção da testosterona. Já o outro remédio estimula altos níveis da produção hormonal: o corpo é enganado ao acreditar que há uma produção excessiva de testosterona e inibe a produção natural. Os nomes dos medicamentos usados variam, existem drogas injetáveis ou orais, que os pacientes precisam tomar diariamente, mensalmente, uma vez por trimestre ou semestre. As doses também não são fixas, cada medicação tem uma posologia diferente. E, segundo os médicos, o tratamento é caro. De acordo com o urologista e professor da UnB (Universidade de Brasília), Eduardo Ribeiro, os produtos usados em casos de castração química são como os indicados para pacientes com câncer de próstata em estado avançado. O câncer de próstata precisa da testosterona para crescer e se desenvolver, então existe um tratamento de bloqueio da testosterona para diminuir a agressividade da doença em casos graves, o processo é semelhante. "A droga pode ser comprada na farmácia por um valor em torno de R$ 2 mil a R$ 3 mil por injeção, no caso de remédios que precisam ser usados uma vez a cada três meses", diz Meller. Além disso, o médico afirma que o produto não é de fácil acesso. "É necessário ter receita com carimbo do médico." É importante até não se assustar com o termo: "castração química". Segundo o psiquiatra Danilo Baltieri, coordenador do Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC, o tratamento de testosterona não é uma castração. "Essa palavra é muito forte, mentirosa. Não temos uma privação da eficácia, temos um tratamento, uma diminuição de impulsos. Esse termo é mais jurídico do que médico".

O método é efetivo para estupradores?

"O que acontece é que o impulso sexual do indivíduo diminui, mas o interesse continua. Em casos de estupradores não é apenas uma questão orgânica que importa, o problema também é 'intelectual'", afirma Ribeiro. "É claro que a castração não cura, não transforma a ideologia. Mesmo se não tiver ereção, o agressor pode praticar violência sexual de outras maneiras", diz Ribeiro. As drogas vão mexer com o organismo do homem, mas não impedem o agressor de repetir os delitos. Apesar de ter o impulso sexual diminuído, a libido e os desejos continuam. Além disso, como o projeto de lei não deixa claro quais serão os termos de uso, médicos também se preocupam com o uso contínuo dos remédios. "O criminoso vai se medicar pelo resto da vida? Em longo prazo, esse tipo de medicação pode ter efeitos colaterais como osteoporose, perda de massa muscular, dificuldades na memória e até doenças vasculares", afirma Meller. Na Indonésia, por exemplo, um decreto que autoriza a castração química de pedófilos e exige que usem dispositivos de monitoramento eletrônico em liberdade condicional foi aprovado em maio deste ano, em resposta a um estupro coletivo e assassinato de uma menina de 14 anos. Apesar do decreto, a associação médica nacional pediu para seus membros não cooperarem e afirmou que "com base em provas científicas, a castração química não garante a perda ou a redução do desejo e potencial comportamento sexual violento". Segundo o psiquiatra Danilo Baltieri, coordenador do Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC, um estuprador precisaria ser avaliado por especialistas para saber qual seria o tratamento indicado, qual o diagnóstico exato e se o melhor seriam consultas psiquiátricas ou remédios. "Cada caso é um caso, o problema pode ser uma doença, agressividade ou aprendizado cultural. O preso deve ser tratado como qualquer outro, mas é preciso separar as decisões médicas das jurídicas e não padronizar tratamentos". De acordo com estudos desenvolvidos na UnB, em 2010, mesmo em casos de transtornos mentais, como a pedofilia, 90% dos agressores respondem bem a tratamento psiquiátrico aliado a antidepressivos, e apenas 10% precisam também de medicamentos hormonais de controle da testosterona. Mesmo nestes casos é recomendada a terapia. Apesar das incertezas e polêmicas, o método é usado em alguns países. Nos Estados Unidos, doze Estados usam a castração em casos de violência sexual. Na Califórnia, por exemplo, até a castração cirúrgica é proposta para criminosos reincidentes que quiserem redução de sua pena. Na Argentina, a província de Mendoza adotou a castração química após notar grandes índices de reincidência nos casos de crimes sexuais.

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Brasil irá exigir certificado internacional de vacinação de febre amarela

  • 18 Jun 2016
  • 18:04h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde passará a exigir, a partir da primeira quinzena de julho, o Cerificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) aos viajantes com destino ou que vierem da República Democrática do Congo e Angola. A medida é uma recomendação do Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), devido ao surto de febre amarela urbana que estão ocorrendo nos países desde dezembro do ano passado. A orientação, que tem caráter temporário, foi definida em reunião do Comitê durante a Assembleia Mundial da Saúde, ocorrida no fim de maio, na Suíça. A medida também tem objetivo de prevenir para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos que acontece no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Manaus. Os viajantes em trânsito por esses países devem apresentar o certificado com data de vacinação com, pelo menos, 10 dias anteriores à viagem. A exigência permanecerá até novas recomendações da OMS. O Ministério da Saúde encaminhou a decisão às embaixadas de Angola e República Democrática do Congo, assim como a do Rio 2016. A pasta solicitou, também, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ) que comunique as companhias aéreas e de turismo essa orientação.

Delator liga Aécio a esquema na Petrobras

  • 18 Jun 2016
  • 15:02h

(Foto: Reprodução)

O ex-deputado Pedro Corrêa afirmou em depoimentos de sua delação premiada que o então deputado (hoje senador) Aécio Neves (PSDB-MG), foi um dos responsáveis pela indicação do diretor de Serviços da Petrobras, Irani Varella, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Segundo Corrêa, Varella era responsável por conseguir "propinas com empresários para distribuir com seus padrinhos políticos" por meio de seu genro, identificado apelas como Alexandre.  Esta é a primeira vez que o nome do senador tucano é relacionado por um delator da Operação Lava Jato a um suposto esquema de pagamento de propinas na Petrobras.  Em nota divulgada por sua assessoria, Aécio disse que Corrêa é desprovido de qualquer credibilidade e sua afirmação é falsa e absurda.  O senador, presidente nacional do PSDB, já foi citado outras vezes no âmbito das investigações da Lava Jato por delatores como o doleiro Alberto Youssef, o senador cassado Delcídio Amaral (sem-partido-MS), o lobista Fernando Moura e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.  Aécio é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal abertos a partir da delação premiada de Delcídio. Uma das investigações tem como objetivo saber se Aécio atuou para "maquiar" dados da CPI dos Correios, em 2005, e esconder a relação entre o Banco Rural e o chamado mensalão mineiro. O senador também é alvo de uma outra linha de investigação no STF, que apura se ele recebeu propina de Furnas, subsidiária da Eletrobrás.

 

'Devedores' 

No anexo 08 da delação de Corrêa, no qual trata do tema "CPI Petrobras", o ex-deputado afirma que os partidos comprometidos com a estatal, tanto da base aliada ao governo federal, como da maioria da oposição, "eram devedores aos empresários que financiavam as suas eleições nos Estados e tinham negócios com a Petrobras". "Os quais os diretores da estatal, indicados pelos políticos, facilitavam os seus negócios e cobravam propina para distribuir aos partidos políticos."  Neste trecho do depoimento, o ex-deputado afirma que no governo FHC, por exemplo, o diretor de Serviços era "Irany Varella, indicado na época pelos deputados Aécio Neves (PSDB-MG), Alexandre Santos (PMDB-RJ) e Paulo Feijó (PMDB-RJ)".  Segundo Corrêa, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de 2003, Irani Varella manteve relação com o PT, mas acabou sendo substituído no cargo por Renato Duque, condenado na Lava Jato e cumprindo prisão preventiva em Curitiba "O operador de Irany Varella, que conseguia as propinas com os empresários, para distribuir com seus padrinhos políticos era o seu genro, de nome Alexandre", afirma o ex-deputado na depoimento da delação premiada. Irani Varella foi nomeado diretor da área de Serviços da Petrobras em novembro de 2001. Duque o substitui no cargo no início de 2003. A reportagem não conseguiu contato nesta sexta-feira (17) com Alexandre Santos e Paulo Feijó. A assessoria do Instituto Fernando Henrique Cardoso informou que não conseguiu localizar o ex-presidente.

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A 49 dias da Olimpíada, Rio decreta calamidade pública

  • 18 Jun 2016
  • 14:03h

(Foto: Reprodução)

A 49 dias dos Jogos Olímpicos, o governo do Estado do Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública nesta sexta­feira, 17, no Diário Oficial Estadual. O texto assinado pelo governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), apontou a “grave crise financeira no Estado do Rio de Janeiro, que impede o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016”. O governo também argumenta que a crise econômica “vem acarretando severas dificuldades na prestação dos serviços públicos, na saúde, na educação, na mobilidade e na gestão ambiental”. Até as 17 horas desta sexta, a assessoria do governo não sabia detalhar as consequências práticas dessa medida. Pelo artigo 2º do decreto, as autoridades competentes ficam autorizadas a “adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos essenciais” para a realização das Olimpíadas do Rio. 

O artigo 3º prevê que “as autoridades competentes editarão os atos normativos necessários à regulamentação do estado de calamidade pública para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016”. Por fim, o artigo 4º determina que o decreto entrará em vigor na data de sua publicação, ou seja, nesta sexta­feira. Para justificar a medida, o governo estadual elencou oito itens: “a grave crise econômica que assola o Estado do Rio de Janeiro”; “a queda na arrecadação, principalmente a observada no ICMS e nos royalties e participações especiais do petróleo”; “os esforços de reprogramação financeira já empreendidos para ajustar as contas estaduais”; “que a crise vem impedindo o Estado do Rio de honrar seus compromissos para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos”; “que tal fato vem acarretando severas dificuldades na prestação dos serviços públicos essenciais e pode ocasionar ainda o total colapso na segurança pública, na saúde, na educação, na mobilidade e na gestão ambiental”; “que a interrupção da prestação de serviços públicos essenciais afeta sobremaneira a população”; “que já nesse mês de junho as delegações estrangeiras começam a chegar na cidade do Rio, a fim de permitir a aclimatação dos atletas para a competição que se inicia no dia 5 de agosto”; e que “os eventos possuem importância e repercussão mundial, onde qualquer desestabilização institucional implicará um risco à imagem do país de dificílima recuperação”. Os governos federal e estadual estudam desde a semana passada uma saída legal para que a União preste socorro financeiro emergencial ao Rio de Janeiro, a fim de garantir recursos ainda pendentes para a Olimpíada, além do dinheiro para pagar salários atrasados de servidores. Na noite desta quinta­feira, 16, Dornelles reuniu­se com o presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, em jantar no Palácio do Jaburu, em Brasília. Estavam presentes também o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e o presidente da Assembleia Legislativa e do PMDB­RJ, Jorge Picciani. Estava em estudo a edição de duas medidas provisórias para permitir a liberação de recursos da União para o Estado, que pleiteia R$ 3 bilhões em verba federal. Além do pagamento de salários de funcionários públicos, os recursos serão usados para pagar benefícios de policiais militares, como o Regime Adicional de Serviço (RAS), e para a conclusão da linha 4 do metrô, que fará a ligação entre Barra da Tijuca (zona oeste) e Ipanema (zona sul). O governo planejava usar como argumento para as duas medidas provisórias a situação crítica das finanças do Estado, agora explicitada com a decretação do estado de calamidade pública no setor. As MPs seriam usadas porque têm efeito imediato e já passam a vigorar enquanto tramitam no Congresso. Salários atrasados. Neste mês de junho o governo do Rio voltou a atrasar o pagamento de salários dos servidores ativos, inativos e pensionistas do Poder Executivo. Sem dinheiro em caixa para pagar integralmente os vencimentos de maio, o Estado anunciou que quitaria apenas 70% da folha de pagamento no último dia 14, com desembolso de R$ 1,1 bilhão. O atraso atinge 393.143 mil servidores. Apenas os 85.737 funcionários ativos da secretaria de Educação receberam integralmente no dia 14. Até agora não há data para pagar o valor restante – o governo fluminense anunciou que a data seria informada nesta semana. O Estado do Rio definiu uma conta para o cálculo da primeira parcela de cada servidor. Foi decidido que os trabalhadores receberão no dia 14 R$ 1.000 mais 50% da diferença entre o valor líquido do seu vencimento e a parcela de R$ 1.000. Um servidor que recebe, por exemplo, R$ 4.000 líquidos, terá depositados R$ 1.000 mais R$ 1.500 (valor corresponde à metade da diferença entre R$ 4.000 e R$ 1.000). Os servidores ativos da Educação serão pagos com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que, de acordo com o governo estadual, podem ser destinados apenas aos servidores da ativa. Não é a primeira vez que o Estado do Rio atrasa o pagamento dos servidores. Em abril decidiu postergar para maio o pagamento dos vencimentos de março de parte dos servidores aposentados e pensionistas. Em ação movida pela Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ­RJ) bloqueou R$ 649 milhões de contas bancárias do Estado para regularizar esse pagamento. Os vencimentos foram pagos, mas o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que os recursos depositados nas contas eram oriundos de financiamentos para investimentos e não poderiam, por lei, ser usados para pagar folha de pessoal.

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'Todo dia nos perguntamos: quem vai cair hoje?', diz Dilma

  • 18 Jun 2016
  • 10:43h

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Questionada sobre a saída do terceiro ministro do governo Temer por causa das investigações da Operação Lava Jato, a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou na tarde desta sexta-feira, 17, que “todo dia nós acordamos e nos perguntamos: quem vai cair hoje?”, em discurso feito na Universidade Federal de Pernambuco, no Recife. Citado em delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pediu ontem demissão do Ministério do Turismo. Nos 35 dias de gestão interina do peemedebista caíram também Romero Jucá, ex-titular do Planejamento, e Fabiano Silveira, que chefia a pasta da Transparência. Os dois deixaram o governo em razão da divulgação de gravações feitas por Machado que mostravam a discussão sobre medidas para barrar a Lava Jato. Dilma reiterou críticas ao governo Temer e acrescentou que “eles não venceram, são interinos”. A presidente afastada é alvo de um processo de impeachment em análise no Senado por ter, segundo os autores do pedido do procedimento, o jurista Miguel Reale Jr. e a advogada Janaina Paschoal, autorizado manobras contábeis para melhorar artificialmente as contas públicas e, ainda, pela edição de uma série de decretos que resultaram na abertura de créditos suplementares. Na quinta-feira, 16, em Salvador, Dilma declarou que Temer “está desmontando tudo” ao ser abordada sobre novos limites de gastos em saúde e educação apresentados pela equipe econômica do governo interino. “Estão desmontando tudo e tentando esconder que deram um golpe”, disse ela. Ao discursar no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, Dilma afirmou que o governo Temer pratica o “desmonte” valendo-se de programas que não passariam pelas urnas. 

Temer quer reduzir EBC e fechar TV Brasil; mudança inclui fim do mandato do presidente

  • 17 Jun 2016
  • 18:01h

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O presidente interino Michel Temer (PMDB) quer reduzir a atuação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), inclusive com o encerramento da TV Brasil. Segundo projeto de lei que o Executivo enviará ao Congresso, outras linhas de negócio da empresa seriam mantidas, como agência de notícias, produção independente de conteúdo, monitoramento de mídia e o portal, em troca de mudanças estruturais. De acordo com a Folha, a mudança na lei da EBC permite o fim do Conselho Curador - grupo formado por 22 integrantes com mandatos de dois anos e que, nesta semana, criticou o governo por querer extinguir a empresa - e do mandato para o presidente, que poderá ser destituído a qualquer momento - recentemente, o atual presidente Ricardo Melo, indicado da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), ganhou na Justiça a permanência no cargo, após ter sido destituído por Temer. Caso essas medidas sejam aprovadas, Melo poderá deixar o cargo definitivamente. 

Força-tarefa da Lava-Jato avalia não ter indícios para prender Lula

  • Bahia Notícias
  • 17 Jun 2016
  • 16:52h

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Os procuradores da República que atuam na Operação Lava-Jato não pretendem pedir a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles afirmaram que nenhum dos episódios enseja gravidade suficiente para justificar o cárcere imediato do líder petista. A opinião se firmou a partir das investigações realizadas pela Polícia Federal (PF) e da denúncia feita contra Lula pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). De acordo com o ZH Notícias, os integrantes do Ministério Público Federal (MPF) argumentam que o ex-presidente não intimidou testemunhas, não moveu dinheiro no Exterior, ou tentou eliminar provas, assim como ocorreu com outros réus da Lava-Jato. Os procuradores procuram, ainda, não transformar Lula num mártir político e evitar a intensa repercussão – com diversos protestos - do dia em que a PF o levou em uma viatura policial para depor. Lula pode responder por corrupção passiva (dois a 12 anos de prisão) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão) nos casos do sítio e do triplex. Mesmo se for denunciado e condenado por Moro, Luiz Inácio pode pegar pena mínima, por ser réu primário, e ter o direito a recorrer em liberdade, até seus casos serem julgados em segundas instância, em um Tribunal Regional.

Temer pode ser citado em delação da Odebrecht, afirma coluna

  • 17 Jun 2016
  • 14:01h

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Após o presidente interino Michel Temer ser citado na delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, os participantes dos meios jurídicos envolvidos na negociação da delação premiada da Odebrecht começam a discutir a possibilidade de o peemedebista aparecer nas informações que serão prestadas pela empresa à Justiça. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, a empreiteira fez doações ao PMDB na campanha de 2014, quando Temer era candidato a vice-presidente na chapa da presidente Dilma Rousseff. O PT teria, por sua vez, participado da negociação sobre o dinheiro que seria destinado à legenda do vice. Os valores destinados ao partido poderiam chegar a R$ 50 milhões.

Polícia conclui inquérito de estupro coletivo no Rio com sete indiciados

  • 17 Jun 2016
  • 13:18h

Polícia divulga resultado do inquerito sobre estupro coletivo de jovem no Rio (Foto: Matheus Rodrigues/G1)

A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (17), o resultado das perícias do caso da jovem de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo no Morro da Barão, na Zona Oeste do Rio. A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) recebeu todos os laudos periciais, inclusive o do celular de Raí de Souza, de 22 anos, um dos três suspeitos que estão presos pelo crime. O inquérito foi concluído e sete pessoas pessoas foram indiciadas. Os indiciados por estupro de vulnerável e divulgação de imagens são: Raí de Souza, que gravou e transmitiu o vídeo; Raphael Duarte Belo, que fez uma selfie e transmitiu o vídeo; e um menor conhecido como Perninha – neste caso, o processo será desmembrado e encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude, e ele responderá por ato infracional análogo aos crimes. Por estupro, serão indiciados Moisés Camilo de Lucena, conhecido como Canário, e um dos traficantes do Morro da Barão e Sergio Luiz da Silva, o Da russa, chefe do Morro da Barão. Outros dois serão indiciados por divulgação das imagens: Michel Brasil da Silva e Marcelo Miranda.

 

O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte, que chegou a ser preso, não vai ser indiciado por nenhum crime, por falta de prova. "Hoje eu estou trazendo a conclusão do inquérito. É um crime que chocou o Brasil e vai fazer história no país, até pela forma hedionda que ele foi praticado", afirmou a delegada Cristiana Bento. "A polícia trabalha com prova técnica. Foram sete indiciados neste crime. Por uma perturbação ou trauma pode ter ficado uma falsa memória. Se houver mais, estou apurando peças para eventuais participantes", acrescentou. Segundo a delegada, o celular do Raí era uma das principais fontes das investigação. "Raí em seu depoimento ele disse que tinha jogado fora. A gente sabia que era a principal fonte de prova o celular de Rai. A gente tinha que procurar a todo custo. Mais de dois mil perfis de Facebook e Twitter foram investigados", afirmou. "Arquivos e imagens encontradas no celular do Rai serão enviadas à Dcod [Delegacia de Combate às drogas] para investigar possível envolvimento com o tráfico de drogas da região", disse a delegada Cristiana. A análise pericial do aparelho feita pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e entregue à delegacia nesta quinta-feira (16). Cristiana Bento afirmou que a pena de estupro de vulnerável é de 15 anos, a produção do material é de oito anos e a transmissão é de seis anos. Segundo a delegada, a vítima prestou três depoimentos à polícia. "Quando ela foi acolhida pelo programa de proteção, a polícia não entrou mais em contato com ela". "A gente espera que a pena seja exemplar para que isso não volte a existir", concluiu Cristiana Bento.

 

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Citado em delação, ministro Henrique Alves pede demissão do Turismo

  • 16 Jun 2016
  • 18:03h

(Foto: Reprodução)

Após ser citado no acordo de delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu demissão do cargo na tarde desta quinta-feira (16), informou a assessoria do Palácio do Planalto. Na delação, ex-presidente da Transpetro afirmou que repassou a Henrique Alves (PMDB-RN), R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014. A propina para Henrique foi paga, conforme o ex-presidente da Transpetro, da seguinte forma: R$ 500 mil em 2014; R$ 250 mil, em 2012 e R$ 300 mil em 2008. Os valores foram repassados, segundo ele, pela Queiroz Galvão. Outros R$ 500 mil foram pagos em 2010 a Alves, pela Galvão Engenharia, de acordo com a delação. Os recursos eram entregues por meio de doações oficiais, mas eram provenientes, segundo Machado, de propina dos contratos da subsidiária da Petrobras. Sérgio Machado detalhou que Henrique Alves costumava procurá-lo com frequência em busca de recursos para campanha. Procurada na quarta-feira (15), a Galvão Engenharia diz que não vai se pronunciar.

Governo Temer vai alterar meta fiscal de 2017

  • 16 Jun 2016
  • 16:04h

(Foto: Reprodução)

O ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, confirmou, nesta quinta-feira (16/6), que o governo vai modificar alguns itens do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017, um deles é a meta de resultado primário. A proposta autoriza um déficit primário de até R$ 65 bilhões para a União e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi projetado para 1%. O número foi calculado pela equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A mudança já era aguardada pelos integrantes da Comissão de Orçamento, mas os parlamentares esperavam que o ministro interino apresentasse hoje o novo valor. Segundo Oliveira, o Ministério do Planejamento “esteve envolvido nos últimos dias na elaboração da proposta que impõe um teto de gastos para a União”. O texto foi enviado ontem à Câmara dos Deputados (PEC 241/16).  A revisão também vai atingir os indicadores macroeconômicos e os montantes previstos para receita e despesa, excluindo o estimado com a arrecadação da CPMF. De acordo com o projeto, R$ 33,2 bilhões de receita com a contribuição, no entanto, a proposta ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados.  Não consideraremos para 2017 projetos que não estejam aprovados. Trabalharemos com uma receita realista”, afirmou Oliveira, após ser questionado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator-geral da proposta orçamentária de 2017. Os novos números devem chegar a Câmara nas próximas semanas.