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Salário mínimo vai subir para R$ 945,80 a partir de 1º janeiro

  • Correio 24h
  • 01 Set 2016
  • 14:54h

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O salário mínimo para o ano que vem ficará em R$ 945,80, anunciou o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira. O valor consta do texto do Projeto de Lei do Orçamento Geral da União de 2017, enviado ontem pelo governo ao Congresso Nacional. A proposta foi entregue por Oliveira e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), logo após a posse do presidente Michel Temer. Além da previsão para o salário mínimo, o texto traz outros parâmetros para a economia brasileira no ano que vem, entre eles estimativas de inflação, de 4,8% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e de resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que mede a soma de todas as riquezas produzidas no país, de crescimento de 1,6%. O projeto prevê taxa de câmbio média de R$ 3,40 para US$ 1 e taxa Selic (juros básicos da economia) de 12,1% ao ano em 2017. Outra previsão do texto é que o déficit primário do governo deve ficar em 2% do PIB no ano que vem, contra 2,7% do PIB esperados para este ano. Isso porque o governo prevê uma redução de 0,54 ponto percentual nas despesas primárias do Governo Central, que devem passar de 19,84% do PIB em 2016 para 19,30% do PIB em 2017. 

“Significa que não há nenhum crescimento real. É uma medida rigorosamente de acordo com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto”, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O mesmo ministro enfatizou, ainda, que o país passa neste momento por recuperação da confiança, com recuperação dos preços dos ativos, como ações de empresas privadas, e valorização dos títulos públicos. “Isso vem junto com a recuperação da confiança. Em seguida, começam os sinais de recuperação do crédito,  a recuperação do consumo e do investimento e, finalmente, a recuperação do mercado de trabalho”, garantiu. “No fim do processo, vamos voltar a ter o país crescendo de acordo com seu potencial”, acrescentou. Meirelles citou diversos dados para demonstrar o início do processo de recuperação da economia brasileira, como a redução do prêmio de risco do país e das previsões do mercado para inflação, taxas de juros e índices de confiança. “A economia está se recuperando de forma pronunciada”, completou.

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Wagner diz que Temer devia ter sido preso por conspiração: ‘A gente é generoso demais’

  • Bahia Notícias
  • 01 Set 2016
  • 12:11h

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O ex-ministro Jaques Wagner defendeu que o agora presidente Michel Temer (PMDB) deveria estar preso por conspirar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), concretizado nesta quarta-feira (31) no Senado Federal. Ao deixar Brasília, após acompanhar o processo ao lado da ex-presidente, Wagner defendeu que o futuro do peemedebista poderia ter sido mais sombrio caso a democracia brasileira fosse “mais madura”. “Ele vai ser chamado a vida inteira de golpista, vai ser chamado de presidente interventor, porque não tem legitimidade. Na verdade, quem devia estar preso era ele, porque conspirou. E em qualquer democracia mais madura... É porque a gente é generoso demais. Na verdade, o Palácio do Jaburu virou o centro da conspiração. Não foi um julgamento, foi uma eleição indireta fantasiada de julgamento de impeachment”, defendeu. O ex-ministro defende que está “transparente” que não houve crime de responsabilidade, mas admite que erros da gestão de Dilma podem ter contribuído para o resultado do processo. “Basicamente, o impeachment surge de uma tentativa sorrateira dos que perderam a eleição de nos tirar do poder. Evidentemente que encontrou em erros políticos nossos, na condução da articulação política... Em erros não, em dificuldades que a gente tinha na condução da política econômica. Então, relação política ruim, crise econômica ascendente, criou-se um caldo de cultura que foi favorável àqueles que queriam ganhar no tapetão, que eu chamo de golpe, de estupro à democracia, o que for, mas que não tem legitimidade”, lamentou. “O interventor que vai assumir, todo mundo sabe, fala para quem quiser ouvir que não tinha condições de se eleger deputado federal em São Paulo. 

Então eu acho que são anos complicados para a política brasileira, porque a falta de legitimidade deixa o governante muito claudicante”, completa. Mesmo assim, Wagner garante que o impeachment, financiado por “seguimentos da elite conservadora brasileira e parte da classe política brasileira”, só ocorreu porque o grupo liderado pelo senador Aécio Neves (PSDB-DEM) não aceitou a derrota nas eleições presidenciais. “Não se conformaram que o Partido dos Trabalhadores e a sua coligação, que um simples operário e depois que uma mulher assumisse a Presidência da República. Quatro derrotas parece que foi muito para eles. E eles tinham certeza de que, terminando o mandato dela, as chances da gente fazer o quinto mandato com o presidente Lula voltando era muito grande. Então eu diria que bateu o desespero. E é claro isso quando você percebe que, desde o resultado da eleição de 2014... Primeiro eles acharam que iam ganhar, até porque houve uma divulgação dos resultados começando pelo Sul. E a gente sabe que muitos foram comemorar em Minas Gerais com Aécio [Neves] e voltaram com o rabo entre as pernas porque o resultado não foi o que esperaram. E aí falaram das urnas, falaram de crime eleitoral, e desde fevereiro ou março de 2015 inventaram a tese do impeachment sem crime e foram forçando a barra pra inventar um crime que se encaixasse”, resumiu.

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Dilma recorre ao Supremo e pede novo julgamento do impeachment

  • 01 Set 2016
  • 10:50h

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A ex-presidente Dilma Rousseff apresentou nesta quinta-feira (1º) uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a condenação no impeachment e determinar que o Senado realize uma nova votação no processo. O impeachment de Dilma foi aprovado pelo plenário do Senado por 61 votos a 20. Ela foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional Protocolado às 9h14 desta quinta, o mandado de segurança foi distribuído por sorteio para o ministro Teori Zavascki, que será o relator do caso. O pedido inclui um pedido de decisão liminar (provisória) para suspeder os efeitos da decisão desta terça, de modo que o presidente Michel Temer volte a ser interino até uma decisão final do plenário do STF sobre a ação. O mandado de segurança é um tipo de recurso judicial usado por alguém que considera que tem os direitos violados.

Além de um novo julgamento no impeachment, a defesa de Dilma pede que o STF anule dois artigos da Lei 1.079, de 1950, usados pela acusação para imputar crimes de responsabilidade a Dilma. A estratégia vinha sendo estudada antes da decisão do Senado,como adiantou o G1 na última sexta (30). A ideia é que a Corte declare como contrários à Constituição de 1988 o item 4 do artigo 10 da lei e o artigo 11. O primeiro define como crime de responsabilidade "infringir, patentemente, e de qualquer modo, dispositivo da lei orçamentária" e foi usado para enquadrar os decretos que abriram créditos suplementares supostamente incompatíveis com a meta fiscal, o que só seria possível com aval do Congresso. O outro é o artigo 11, que define crimes de responsabilidade "contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos", como por exemplo, "contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, ou efetuar operação de crédito sem autorização legal". Assim, se esses artigos fossem eliminados na legislação, faltaria base para enquadrar os atos imputados a Dilma como crimes, o que poderia a absolver no segun O ex-ministro e advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, já havia informado nesta quarta-feira (31) que iria acionar o STF para contestar o impeachment. Na ocasião, ele disse que as ações iriam contestar "irregularidades formais no processo".

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INSS convoca 1,6 milhão para revisar benefícios por incapacidade

  • 01 Set 2016
  • 09:32h

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INSS começou nesta quinta-feira (1º) a convocar os segurados para fazer revisão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por meio de exames. Ao todo são 530 mil beneficiários com auxílio-doença e 1,1 milhão de aposentados por invalidez com idade inferior a 60 anos que passarão por avaliação. Os beneficiários serão convocados por meio de carta para a realização da perícia médica. Após o recebimento da carta, terão cinco dias úteis para agendar a perícia, por meio da central de teleatendimento 135, segundo o Ministério da Previdência. Quem não atender ao chamado do INSS no prazo estabelecido terá o benefício suspenso. A reativação só ocorrerá mediante o comparecimento do beneficiário e o agendamento de nova perícia. 

Para reforçar a convocação, também serão emitidos, a partir de novembro, avisos aos beneficiários por meio dos terminais eletrônicos das agências bancárias. Nos casos de segurados com domicílio indefinido ou em localidades não atendidas pelos Correios, a convocação será feita por edital publicado em imprensa oficial. Para facilitar a convocação, os beneficiários devem manter o endereço atualizado no INSS. A alteração pode ser realizada por meio da central de teleatendimento 135 ou pela internet (www.previdencia.gov.br). Os beneficiários não precisam se antecipar à convocação e comparecer ao instituto antes de serem convocados. Para evitar filas desnecessárias e sobrecarga nas agências de atendimento, o INSS informa que organizou a revisão dos benefícios em lotes com critérios pré-definidos. Os beneficiários serão convocados por meio de carta para a realização da perícia médica. Após o recebimento da carta, terão cinco dias úteis para agendar a perícia, por meio da central de teleatendimento 135, segundo o Ministério da Previdência. Quem não atender ao chamado do INSS no prazo estabelecido terá o benefício suspenso. A reativação só ocorrerá mediante o comparecimento do beneficiário e o agendamento de nova perícia. Para reforçar a convocação, também serão emitidos, a partir de novembro, avisos aos beneficiários por meio dos terminais eletrônicos das agências bancárias. Nos casos de segurados com domicílio indefinido ou em localidades não atendidas pelos Correios, a convocação será feita por edital publicado em imprensa oficial. Para facilitar a convocação, os beneficiários devem manter o endereço atualizado no INSS. A alteração pode ser realizada por meio da central de teleatendimento 135 ou pela internet (www.previdencia.gov.br). Os beneficiários não precisam se antecipar à convocação e comparecer ao instituto antes de serem convocados. Para evitar filas desnecessárias e sobrecarga nas agências de atendimento, o INSS informa que organizou a revisão dos benefícios em lotes com critérios pré-definidos.

Critérios
O agendamento e a convocação da revisão obedecerão a critérios como idade do segurado (da menor para a maior) e o tempo de manutenção do benefício (do maior para o menor). Assim, serão chamados primeiro os segurados mais jovens e que recebem o benefício há mais tempo. Os primeiros 75 mil convocados são beneficiários de auxílio-doença que têm até 39 anos de idade e mais de dois anos de benefício sem passar por exame pericial.

Perícia
O perito poderá realizar até quatro perícias diárias referentes à revisão, que serão inseridas na agenda diária de trabalho já na primeira hora da jornada. As agendas já marcadas serão cumpridas de modo a não prejudicar os segurados agendados, segundo o INSS. Aproximadamente 2,5 mil dos 4,2 mil peritos do quadro do INSS trabalharão nas perícias de revisão. O INSS trabalha com uma possibilidade de reversão entre 15% e 20% para os benefícios de auxílio-doença. Caso esse número se confirme, o governo calcula que a economia para os cofres chegue a R$ 126 milhões por mês. O valor médio desses benefícios é de R$ 1.193,73.

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Convocação de beneficiários para nova perícia será feita por carta, define INSS

  • 31 Ago 2016
  • 20:01h

(Foto: Reprodução)

A convocação dos beneficiários de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez que terão de passar por nova perícia será feita por carta, com aviso de recebimento. Nos casos de segurados com domicílio indefinido ou em localidades não atendidas pelos Correios, a convocação se dará por edital publicado em imprensa oficial. A determinação está em resolução do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (31). O INSS poderá adotar outras formas de convocação, caso necessário, diz o texto. Depois do recebimento da carta ou edital, o beneficiário tem 5 dias úteis para agendar a perícia médica, por meio da Central de Teleatendimento 135. Quem não comparecer na data agendada terá o benefício suspenso. "A reativação do benefício será feita quando do comparecimento do segurado e realizado o devido agendamento da perícia médica". No início de julho, o governo Michel Temer anunciou que faria um "pente-fino" na concessão desses dois benefícios, para inibir fraudes e melhorar o caixa do governo. Esse processo de revisão está previsto na Medida Provisória 739/2016, em tramitação no Congresso. Em até dois anos, o governo espera reavaliar 1,7 milhão de benefícios. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, ao qual o INSS agora é vinculado, o gasto anual do governo com pessoas que se enquadram no grupo dessa revisão é de R$ 7,5 bilhões por auxílio-doença e R$ 20 bilhões no caso de aposentadoria por invalidez. Com a revisão, a expectativa é de uma economia aproximada de R$ 7 bilhões por ano.

Jean Wyllys ‘rasga’ título de eleitor e pede: ‘Diretas Já!’

  • Bahia Notícias
  • 31 Ago 2016
  • 18:01h

(Foto: Reprodução)

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) publicou nesta quarta-feira (31) uma foto de um título de eleitor rasgado minutos após os senadores decidirem pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A imagem, compartilhada em seu perfil no Facebook, foi acompanhada por um texto em que o parlamentar afirma que “venceram os canalhas, os falsos profetas, os ufanistas de araque, os que votaram contra o Bolsa-Família, os que falam abertamente na restrição de direitos das pessoas LGBT, os que são contra cotas raciais mínimas, os grileiros de terra, os que nutrem ódio pelo indígenas”. “Nessa votação, venceram os que se lambuzam, de norte a sul do país, com o dinheiro de empreiteiros corruptos, com os banqueiros sonegadores; os que vivem dos sobrenomes herdados, os que nunca trabalharam, os que creem que o progresso do país é a melhoria das próprias contas bancárias”, acusou. Segundo Wyllys, porém, “essa luta não terminou” e haverá resistência ao “governo golpista”. “O Brasil não desistirá de sua democracia. DIRETAS JÁ!”, convocou.

Dilma diz impeachment é segundo golpe de estado que enfrenta na vida

  • 31 Ago 2016
  • 16:21h

(Foto: Reprodução)

Em seu primeiro pronunciamento após a aprovação do impeachment pelo Senado, a agora ex-presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (31) que a decisão dos senadores é o segundo golpe de estado que enfrenta na vida. A petista disse ainda que os senadores que votaram pelo seu afastamento definitivo rasgaram a Constituição e consumaram um golpe parlamentar. "Apropriam-se do poder por um golpe de estado. É o segundo golpe de estado que enfrento na vida. O primeiro, o golpe militar apoiado na truculência das armas da repressão e tortura que me atingiu quando era jovem. O segundo, o golpe parlamentar desfechado hoje por meio de uma farsa jurídica, me derruba do cargo para o qual fui eleita pelo povo." Leia ao final desta reportagem a íntegra do discurso de Dilma. A petista comparou ainda a decisão do Senado a uma "eleição indireta" que substituiu o resultado das eleições de 2014, em que ela foi reeleita. E afirmou que irá "recorrer em todas as instâncias possíveis" contra o impeachment.

"Hoje, o Senado Federal tomou uma decisão que entra para a história das grandes injustiças. Os senadores que votaram pelo impeachment escolheram rasgar a Constituição Federal, decidiram pela interrupção do mandato de uma presidente que não cometeu crime. Condenaram uma inocente e consumaram um golpe parlamentar", disse. Dilma fez o pronunciamento no Palácio da Alvorada, em Brasília, ao lado de um grupo de aliados, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também acompanharam o discurso cerca de 30 manifestantes contrários ao impeachment que protestavam em frente ao Alvorada e foram autorizados a entrar. O plenário do Senado aprovou nesta quarta, por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o impeachment de Dilma Rousseff. A presidente afastada foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para funções públicas. Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e também exercer outras funções na administração pública.

Leia a íntegra do discurso de Dilma após a aprovação do impeachment pelo Senado:

Ao cumprimentar o ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva, cumprimento todos os senadoras e senadores, deputadas e deputados, presidentes de partido, as lideranças dos movimentos sociais. Mulheres e homens de meu País.

Hoje, o Senado Federal tomou uma decisão que entra para a história das grandes injustiças. Os senadores que votaram pelo impeachment escolheram rasgar a Constituição Federal. Decidiram pela interrupção do mandato de uma Presidenta que não cometeu crime de responsabilidade. Condenaram uma inocente e consumaram um golpe parlamentar.

Com a aprovação do meu afastamento definitivo, políticos que buscam desesperadamente escapar do braço da Justiça tomarão o poder unidos aos derrotados nas últimas quatro eleições. Não ascendem ao governo pelo voto direto, como eu e Lula fizemos em 2002, 2006, 2010 e 2014. Apropriam-se do poder por meio de um golpe de Estado.

É o segundo golpe de estado que enfrento na vida. O primeiro, o golpe militar, apoiado na truculência das armas, da repressão e da tortura, me atingiu quando era uma jovem militante. O segundo, o golpe parlamentar desfechado hoje por meio de uma farsa jurídica, me derruba do cargo para o qual fui eleita pelo povo.

É uma inequívoca eleição indireta, em que 61 senadores substituem a vontade expressa por 54,5 milhões de votos. É uma fraude, contra a qual ainda vamos recorrer em todas as instâncias possíveis.

Causa espanto que a maior ação contra a corrupção da nossa história, propiciada por ações desenvolvidas e leis criadas a partir de 2003 e aprofundadas em meu governo, leve justamente ao poder um grupo de corruptos investigados.

O projeto nacional progressista, inclusivo e democrático que represento está sendo interrompido por uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa facciosa e venal. Vão capturar as instituições do Estado para colocá-las a serviço do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social.

Acabam de derrubar a primeira mulher presidenta do Brasil, sem que haja qualquer justificativa constitucional para este impeachment.

Mas o golpe não foi cometido apenas contra mim e contra o meu partido. Isto foi apenas o começo. O golpe vai atingir indistintamente qualquer organização política progressista e democrática.

O golpe é contra os movimentos sociais e sindicais e contra os que lutam por direitos em todas as suas acepções: direito ao trabalho e à proteção de leis trabalhistas; direito a uma aposentadoria justa; direito à moradia e à terra; direito à educação, à saúde e à cultura; direito aos jovens de protagonizarem sua história; direitos dos negros, dos indígenas, da população LGBT, das mulheres; direito de se manifestar sem ser reprimido.

O golpe é contra o povo e contra a Nação. O golpe é misógino. O golpe é homofóbico. O golpe é racista. É a imposição da cultura da intolerância, do preconceito, da violência.
Peço às brasileiras e aos brasileiros que me ouçam. Falo aos mais de 54 milhões que votaram em mim em 2014. Falo aos 110 milhões que avalizaram a eleição direta como forma de escolha dos presidentes.

Falo principalmente aos brasileiros que, durante meu governo, superaram a miséria, realizaram o sonho da casa própria, começaram a receber atendimento médico, entraram na universidade e deixaram de ser invisíveis aos olhos da Nação, passando a ter direitos que sempre lhes foram negados.

A descrença e a mágoa que nos atingem em momentos como esse são péssimas conselheiras. Não desistam da luta.

Ouçam bem: eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer.

Quando o Presidente Lula foi eleito pela primeira vez, em 2003, chegamos ao governo cantando juntos que ninguém devia ter medo de ser feliz. Por mais de 13 anos, realizamos com sucesso um projeto que promoveu a maior inclusão social e redução de desigualdades da história de nosso País.

Esta história não acaba assim. Estou certa que a interrupção deste processo pelo golpe de estado não é definitiva. Nós voltaremos. Voltaremos para continuar nossa jornada rumo a um Brasil em que o povo é soberano.

Espero que saibamos nos unir em defesa de causas comuns a todos os progressistas, independentemente de filiação partidária ou posição política. Proponho que lutemos, todos juntos, contra o retrocesso, contra a agenda conservadora, contra a extinção de direitos, pela soberania nacional e pelo restabelecimento pleno da democracia.

Saio da Presidência como entrei: sem ter incorrido em qualquer ato ilícito; sem ter traído qualquer de meus compromissos; com dignidade e carregando no peito o mesmo amor e admiração pelas brasileiras e brasileiros e a mesma vontade de continuar lutando pelo Brasil.

Eu vivi a minha verdade. Dei o melhor de minha capacidade. Não fugi de minhas responsabilidades. Me emocionei com o sofrimento humano, me comovi na luta contra a miséria e a fome, combati a desigualdade.

Travei bons combates. Perdi alguns, venci muitos e, neste momento, me inspiro em Darcy Ribeiro para dizer: não gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores. A história será implacável com eles.

Às mulheres brasileiras, que me cobriram de flores e de carinho, peço que acreditem que vocês podem. As futuras gerações de brasileiras saberão que, na primeira vez que uma mulher assumiu a Presidência do Brasil, a machismo e a misoginia mostraram suas feias faces. Abrimos um caminho de mão única em direção à igualdade de gênero. Nada nos fará recuar.

Neste momento, não direi adeus a vocês. Tenho certeza de que posso dizer “até daqui a pouco”.

Encerro compartilhando com vocês um belíssimo alento do poeta russo Maiakovski:

"Não estamos alegres, é certo,
Mas também por que razão haveríamos de ficar tristes?
O mar da história é agitado
As ameaças e as guerras, haveremos de atravessá-las,
Rompê-las ao meio,
Cortando-as como uma quilha corta."
Um carinhoso abraço a todo povo brasileiro, que compartilha comigo a crença na democracia e o sonho da justiça.

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Senado aprova impeachment, Dilma perde mandato e Temer assume

  • 31 Ago 2016
  • 13:40h

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O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (31), por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o impeachment de Dilma Rousseff. A presidente afastada foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional. A decisão foi tomada na primeira votação do julgamento final do processo de impeachment. A pedido de senadores aliados de Dilma, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski,decidiu realizar duas votações no plenário. A primeira, analisou apenas se a petista deveria perder o mandato de presidente da República. Na sequência, os senadores irão apreciar se Dilma deve ficar inelegível por oito anos a partir de 1º de janeiro de 2019 e impedida de exercer qualquer função pública. Até a última atualização desta reportagem, a segunda votação ainda não havia sido realizada. Segundo a assessoria do Supremo, ainda nesta quarta, oficiais de Justiça notificarão a ex-presidente e o presidente em exercícioMichel Temer sobre o resultado do julgamento. Temer deve ser empossado presidente da República ainda nesta quarta, em sessão do Congresso Nacional que será realizada no plenário da Câmara. Já Dilma deverá desocupar em até 30 dias o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em Brasília, e terá reduzida para oito servidores sua equipe de assessores, seguranças e motorista.

Com 58% das inscrições, mulheres são maioria no Enem

  • 31 Ago 2016
  • 12:42h

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Quando foi criado, há 18 anos, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tinha o objetivo de avaliar os concluintes do ensino médio no país. Este ano, o Enem chega à maioridade e o perfil do candidato é bem diferente. Na Bahia, as mulheres são maioria. Elas têm entre 21 e 30 anos, se declaram pardas, se consideram de baixa renda e já concluíram o ensino médio. A assistente administrativa Nathalie Xavier, 23 anos, concluiu o ensino médio em 2010 e desde então faz as provas do Enem. Ganhou uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) em Administração, mas acabou abandonando. Hoje, paga um curso de Técnico em Enfermagem e quer ser enfermeira.

“O curso é mais barato, comecei logo, mas quero conciliar com o superior”, diz Nathalie, que já notou a presença feminina nas provas. “Vejo as salas muito mistas, mas a população de Salvador tem muitas mulheres. Acho natural a maioria ser mulheres”. Para ela, há explicação também para a maioria já ter concluído o ensino médio. “Tenho muitos amigos que fazem o Enem como preparação para concurso”, diz. Com a quarta maior população do país, a Bahia abriga 7,7% dos 8,6 milhões de inscritos no Enem em 2016. São 664.698 candidatos, distribuídos em 160 cidades. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 4,9 milhões de mulheres se inscreveram este ano para o exame – 58% dos candidatos. Dessas, 406.168 estão na Bahia, onde o percentual de mulheres é de 61%, contra os 39% de homens - 258.530 candidatos.

Destaque 
O percentual de baianas é 1% maior do que em 2015, quando a Bahia tinha 60% de mulheres e era o estado com a maior proporção de mulheres na prova: 353.070 candidatas, contra 227.001 homens. Este ano, 53 mil mulheres a mais farão a prova no estado. A maioria (34%) tem entre 21 e 30 anos.  O Mapa do Ensino Superior no Brasil de 2016 aponta que, nas instituições privadas,  47,1% dos que ingressaram em cursos presenciais em 2014 tinham de 19 a 24 anos. Em 2014, 58% dos candidatos do Enem também eram mulheres, mas 70% tinha até 24 anos. Para a doutora em Educação e  professora do Instituto Federal da Bahia (Ifba),  Telma Brito, a expansão da universidade pode ter contribuído para essa mudança. “A extensão do ensino superior no Brasil acabou levando oportunidade para essas pessoas”, diz. Segundo ela, o público acima de 21 anos estava “ausente”. “São pessoas que passaram a ter oportunidade”. Isso não significa que os concluintes do ensino médio têm deixado de fazer a prova. Mas, segundo ela, que  o número de candidatos que não ingressou na universidade imediatamente após o término da educação básica cresceu. Mais da metade dos candidatos no país foi considerada de baixa renda e  o percentual na Bahia é ainda maior: 87%. Ou seja, 575.542 candidatos não pagaram a inscrição.  Tanto na Bahia quanto no Brasil, mais da metade dos candidatos ao Enem em 2016 já concluiu o ensino médio. Entre os baianos, só 16% concluirá em 2016. O menor grupo é o dos que não concluíram nem estão cursando o ensino médio. Eles somam 5% no país. Há ainda quem fará a prova para ter o certificado do ensino médio. Na Bahia, 12,37% dos 664.698 inscritos buscam a certificação.   O Ministério da Educação (MEC) alegou não ter tempo hábil para analisar o que provocou a mudança  e disse não ter informações sobre o perfil em anos anteriores nos estados.

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Senado decide nesta quarta (31) se afasta Dilma definitivamente da Presidência

  • 31 Ago 2016
  • 10:13h

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Após seis dias de julgamento, o Senado decide nesta quarta-feira (31) se a presidente afastadaDilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade e deve ser afastada definitivamente do cargo. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que também comanda o julgamento do impeachment, marcou para as 11h desta quarta a votação final do processo de impeachment da petista. O horário foi definido após acordo com senadores na sessão desta terça (30). Para o impedimento definitivo de Dilma, são necessários ao menos 54 votos entre os 81 senadores. Antes da votação, outros 4 senadores poderão se manifestar, sendo 2 a favor do impeachment e 2 contra, por no máximo 5 minutos cada um. O tempo poderá ser dividido por mais senadores, se houver acordo entre eles.

Diferentemente de votações sobre propostas legislativas, os líderes partidários não poderão orientar os parlamentares como votar. "O voto de cada Senador deverá exprimir a respectiva convicção de foro íntimo", conforme diz o roteiro do julgamento. O último ato antes da votação é a leitura, por Lewandowski, da seguinte pergunta: "Cometeu a acusada, a Senhora Presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?"Os senadores a favor do impeachment deverão votar "Sim" e os senadores contrários "Não". A votação será aberta e cada senador terá a opção registrada no painel eletrônico. Após o fim da votação, Lewandowski escreve e lê a sentença e pedirá que todos os senadores a assinem. O documento será publicado na forma de uma resolução. A acusação e a defesa serão informadas oficialmente do resultado e o presidente interino Michel Temer comunicado. Se Dilma for absolvida, ela será imediatamente reabilitada ao mandato, do qual está afastada desde maio. Se for condenada, ficará inelegível por oito anos a partir de 2018, ano em que ela encerraria o segundo mandato.

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William Bonner revela porque foi obrigado a assumir fim de relação com Fátima Bernardes

  • Uol Notícias
  • 31 Ago 2016
  • 09:31h

(Foto: Reprodução)

Numa reunião com profissionais do Jornal Nacional, pouco antes das 16h de ontem (30), William Bonner falou brevemente sobre sua separação de Fátima Bernardes, após 26 anos de casamento. Bonner apenas justificou à sua equipe o motivo de o casal ter feito o anúncio numa rede social (o Twitter) em pleno processo de julgamento do impeachment de Dilma Rousseff. Disse que ele e Fátima não pretendiam falar sobre a separação agora, mas decidiram antecipar porque uma revista de circulação nacional descobriu que o casal já não morava mais junto. O anúncio da separação foi feito pouco depois das 21h de segunda-feira (29) no Twitter. Em contas separadas, Fátima e Bonner publicaram um texto idêntico sobre o fim da união. A separação virou um dos principais assuntos nas redes sociais, na imprensa e nas rodas de conversa, ofuscando a discussão sobre o impeachment e o futuro político do país. Segundo jornalistas da Globo, Bonner e Fátima estão separados já faz alguns meses. Ele deixou a casa onde vivia com a mulher e os filhos na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, e passou a morar em um apartamento na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul _perto da sede da Globo. Durante muito tempo considerado um casal 20 do telejornalismo brasileiro, Bonner e Fátima dividiram a bancada do Jornal Nacional durante 14 anos. Fátima deixou o telejornal em 2011 para se dedicar ao Encontro. Eles têm três filhos, os trigêmeos Laura, Vinicius e Beatriz. Embora já circulassem rumores de que Bonner e Fátima estavam separados, o anúncio supreendeu os bastidores da Globo

Ataques a instituições financeiras apresentam queda de 75,9% em julho, diz Febraban

  • 30 Ago 2016
  • 18:02h

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O total de ocorrências criminais contra instituições financeiras, entre consumadas e tentadas, registrou queda de 75,9% em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês em 2015. Os dados são da Superintendência de Gestão Integrada da Ação Policial da Bahia (SIAP), órgão da Secretaria da Segurança Pùblica do Estado (SSP-BA). Considerando os sete primeiros meses do ano, a redução média foi de 60,8% em relação ao mês anterior. “Mais uma vez, os dados mostram que as parcerias firmadas entre os bancos e as Secretarias de Segurança Pública de todo o País trazem excelentes resultados no combate à criminalidade”, afirma o diretor de operações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Leandro Vilain. Nesse mesmo período, em relação a ataques a caixas eletrônicos, a queda foi de 88,2%, considerando a região metropolitana de Salvador; 73,7% na capital; 52,3% no interior. Considerando todo o estado, a redução foi de 71,4%; foram registradas 38 ocorrências de 01 de janeiro a 31 de julho deste ano ante 133 no mesmo período de 2015. Neste mês, foram registradas 7 ocorrências contra instituições financeiras em todo o estado, 22 no mês anterior. Vilain relembra que foi lançado em julho um projeto de colaboração entre a entidade e SSP em Lauro de Freitas, para permitir uma comunicação rápida e direta entre os bancos e as autoridades públicas. 

Câmara aprova reformulação de projeto que vai destinar R$ 6 milhões por ano à cultura

  • 30 Ago 2016
  • 16:51h

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A Câmara Municipal de Salvador aprovou por unanimidade nesta terça-feira (30) a reformulação do projeto Viva Cultura, que planeja destinar R$ 6 milhões por ano por meio de incentivos fiscais. Segundo o texto, ele deve durar dez anos, totalizando R$ 60 milhões.  O projeto estava inativo desde 2010 e as alterações sugeridas pela nova gestão buscam "alinhar o programa às demandas e tendências da atualidade no que se refere ao incentivo fiscal para o campo da cultura, tornando-o mais abrangente, menos burocrático, mais eficiente, assegurando a efetiva participação das entidades representativas dos artistas e agentes culturais do município". O contribuinte incentivador vai receber  Secretaria Municipal da Fazenda um Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento Cultural (Cidec), que servirá para o pagamento do ISS e do IPTU. Os investimentos devem contemplar projetos culturais de 16 áreas, incluindo artesanato, artes visuais, circo, dança, festivais de artes e cultura, fotografia, literatura, museus, música e teatro.

Morador de rua usa máquina de cartão para pedir esmola no semáforo

  • 30 Ago 2016
  • 14:54h

(Foto: Reprodução)

Um morador de rua de São Paulo usa um jeito criativo para pedir esmolas no semáforo. Alessandro de Assis Koga, o 'Japonês', usa uma máquina de cartões de crédito e débito que encontrou na rua para pedir esmolas. "Boa tarde, abençoado. Fortalece o meu lado? Não tem trocado? Sem problema. Crédito é, no máximo, em cinco parcelas, ok?", disse ele ao abordar o motorista de uma SUV preta. Na verdade, de acordo com a Folha, a máquina não funciona e é apenas uma forma de chamar a atenção dos motoristas. "Quem vai me dar o cartão assim? O negócio é que faz o cara prestar a atenção em você, dar risada", explicou. Quando o motorista arranca com o carro, faz cara feia ou parece estar com medo, ele só agradece. "Se não der certo, é porque não ia dar de jeito nenhum mesmo", acrescentou Regiane Souza Rodrigues, companheira de Alessandro. O nissei disse ter vivido oito anos no Japão, trabalhando em fábricas como a Suzuki. Atualmente vive do que arrecada no semáforo, na Avenida Rudge.

Cardozo chora após encerrar defesa: 'Condenação de Dilma seria 'uma pena de morte política'

  • 30 Ago 2016
  • 14:14h

O ex-ministro José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma Rousseff, faz a defesa da presidente afastada no julgamento do processo de impeachment no Senado Federal, em Brasília (Foto: André Dusek/Estadão C

Advogado de Dilma Rousseff, o ex-ministro José Eduardo Cardozo afirmou que a condenação da presidente afastada no julgamento do processo de impeachment seria "uma pena de morte política" e "uma execração". Nesta terça-feira (30), ele fez no Senado a defesa da presidente afastada e disse que a acusação recorre a "pretextos" para condenar Dilma, cometendo um "assassinato de reputação". Cardozo chorou ao deixar o plenário. Antes dele, haviam discursado a advogada de acusação, Janaína Paschoal, que também chorou (assista). A acusação teve ainda pronuncioamento do advogado Miguel Reale Júnior. Afirmou ainda daqui a um tempo ninguém se lembrará "do que Dilma é acusada". 

"O que dirão?", perguntou, antes de responder: "Ela foi acusada porque ousou ganhar uma eleição afrontando interesses daqueles que queriam mudar os fumos do país. Ela foi condenada porque ela ousou não impedir que investigações contra corrupção no Brasil não tivessem continuidade". No final do discurso em plenário, o advogado disse esperar que, no futuro, algum ministro da Justiça peça desculpas à presidente afastada, caso ela seja condenada. "Peço a Deus que, se Dilma for condenada, um novo ministro da Justiça, tenha a dignidade de pedir desculpas a ela; se viva, a ela; se morta, a sua filha e seus netos. Que a história absolva Dilma Rouseff se vossas excelências quiserem condená-las. Mas, se quiserem fazer justiça aos que sofreram violência de estado, julguem pela justiça. Não aceitem que nosso país sofra um golpe parlamentar. Para que Dilma não sofra a pena de morte política", repetiu. Aos senadores, concluiu: "Julguem pela justiça, julguem pelo estado de direito, julgem pela democracia".

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