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Relator deve apresentar texto da reforma da Previdência na próxima semana, diz Meirelles

  • 10 Abr 2017
  • 19:11h

Meirelles disse que aprovação da reforma é essencial para melhora das expectativas da economia (Foto: Daniel Silveira/G1)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (10) que há expectativa de que o texto do relator da reforma da Previdência seja apresentado na próxima semana. Ele defendeu a importância de que as mudanças em curso na proposta inicial do governo preservem o ganho fiscal para o país. Segundo Meirelles, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator do projeto, “pretende apresentar o relatório na próxima semana para ser votado na Comissão Especial da Previdência. Aí sim será encaminhado para votação em plenário nas próximas semanas”. “Estamos discutindo intensamente e enfatizando a necessidade de se fazer uma reforma que preserve os ganhos fiscais”, disse o ministro após discursar em um evento promovido pelo Jornal O Globo na sede da Bolsa de Valores do Rio nesta manhã. Além de destacar a importância da reforma previdenciárias com seus impactos no longo prazo, Meirelles defendeu que ela precisar ser feita o quanto antes para assegurar a retomada do crescimento do país. “Tem que se aprovar a reforma o mais rapidamente possível de maneira que as expectativas continuem melhorando e que a economia continue crescendo, como já tem dado sinais”. Durante o evento, Meirelles falou também que a União está preparada para o programa de ajuda fiscal aos estados. Ele ressaltou que as dívidas serão postergadas, mas não serão perdoadas. Como as contrapartidas são duras, o ministro da Fazenda disse que não espera a adesão de muitos estados.

Cantor Victor vira réu em processo que apura suspeita de agressão contra a mulher em Belo Horizonte

  • 10 Abr 2017
  • 16:45h

Após indiciamento, Victor se manifesta em rede social (Foto: Instagram/Reprodução)

A justiça de Minas Gerais aceitou denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o cantor Victor Chaves agora é réu em processo por contravenção penal. A decisão foi tomada na última sexta-feira (7), e confirmada pelo Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (10). Victor, da dupla Victor & Léo, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais por vias de fato, que é uma contravenção penal, contra a mulher dele, Poliana Bagatini Chaves. De acordo com o fórum, como o processo corre em segredo de Justiça, não é possível divulgar por qual contravenção penal o Ministério Público o denunciou. Segundo o MPMG, a denúncia foi feita no último dia 5. A Justiça e Ministério Público não divulgaram outros detalhes do processo. 

O G1 procurou o advogado do cantor e aguarda retorno. No dia 4 de abril, a polícia indiciou Victor por suspeita de agredir a mulher no condomínio ondem moram, em Belo Horizonte. Poliana, de 29 anos, fez um boletim de ocorrência no dia 24 de fevereiro contra o marido, de 41 anos, após uma briga no apartamento da mãe do cantor, que também mora no mesmo condomínio. "A Polícia Civil, diante das provas coletadas, concluiu pelo indiciamento de Vitor Chaves pela contravenção penal prevista no artigo 21, do Decreto Lei 3.688, vias de fato, conforme demonstrado no laudo pericial das imagens das câmeras de segurança do prédio e pelo depoimento da vítima", afirmou a corporação em nota oficial. O caso foi investigado pela delegada Danúbia Quadros, chefe da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência (Demid) de Belo Horizonte. O cantor se defendeu, na tarde do dia 4, em um vídeo publicado em uma rede social, a respeito do indiciamento. Ele afirmou que não machucou ninguém, mas conteve uma pessoa "fora de si"."Pessoal, eu venho a público para esclarecer uma coisa diante da qual surgiram e surgem incontáveis boatos. Eu fui indiciado legalmente por vias de fato, contravenção. Ou seja, eu não machuquei ninguém. O que eu pratiquei foi um ato de desespero para conter uma pessoa que estava completamente fora de si de pegar uma criança de um ano. E pela minha filha, o que eu fiz, eu faria de novo. Então, tudo está sendo apurado devidamente", declarou o cantor. No dia seguinte ao indiciamento, o advogado de Victor, Felipe Martins, disse que o inquérito prova que Victor não machucou a mulher e que ele a retirou do elevador. “O Victor foi atingido nos dois principais bens que ele tem, os dois grandes valores, a mãe dele e a filha dele. Então no momento em que ele percebe o que aconteceu com a mãe, aquela situação com que ele se deparou, ele então identifica que há um risco concreto para a filha de um ano, e ele em momento algum machuca a Poliana”, destaca. O advogado Adilson Rocha, doutor em criminologia, disse ao G1 que contravenção penal não é considerada crime e que tem função preventiva - ao contrário do crime que tem função repressiva. Ainda de acordo com Rocha, a contravenção penal tem potencial ofensivo, como bate-boca, empurrão e tapa no rosto, por exemplo, mas que é um tipo de agressão que não deixa lesões, marcas corporais, porque é inferior à lesão corporal.

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Cientista político afirma que 'governo quer manipular a opinião pública

  • 09 Abr 2017
  • 16:12h

(Foto: Reprodução)

O cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Jorge Almeida encara com pouco otimismo o recuo demonstrado pelo governo federal na reforma da Previdência. Nesta semana, o relator, deputado federal Arthur Maia (PPS), disse que fará ajustes nos pontos mais polêmicos do projeto: as regras de transição, as pensões, a aposentadoria rural, o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e as aposentadorias especiais de professores e policiais. A idade de 65 anos para homens, entretanto, será mantida. “Primeiro que não sabemos no que o governo vai recuar de fato, é um balão de ensaio sobre o recuo”, avaliou o especialista. “Essa possibilidade tem a ver com dois fatores vinculados. Um é a rejeição completa da população à reforma da Previdência, que é uma medida para acabar com a previdência pública. E uma rejeição grande ao governo, que chegou de forma ilegítima, e já está isolado de forma popular, sustentado apenas pelo Congresso sem legitimidade e por grandes grupos empresariais que estão apoiando todas as reformas, da Previdência, terceirização, trabalhista…”, prosseguiu. “Tudo isso está vinculado ao corte de verba para políticas públicas, aumento de juros”. 

O professor disse ainda que os protestos que vêm ocorrendo, especialmente os do dia 15 de março, culminando na greve geral do dia 28 de abril, podem intensificar a pressão sobre o Planalto. “Tudo indica que será um dia muito forte de reação ao governo. Isso tudo provoca uma pressão grande aos parlamentares que estão votando nessas medidas antipopulares. A própria bancada de sustentação do governo está preocupada com a sua sobrevivência política. Há uma resistência dentro do próprio Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado”, acrescentou, pontuando que o Congresso Nacional se vê imerso em um contexto de desgaste cada vez maior. “Tudo indica que se não houver nenhuma mudança, a reforma será derrotada. O que ele está querendo fazer é minimizar alguma coisa para conseguir aprovação”, assinalou.Ainda de acordo com Jorge Almeida, nenhuma das mudanças apresentadas é significativa o suficiente para modificar a essência do projeto. “Querem manipular a opinião pública. Se mantiver a idade e o tempo de contribuição, que dava aquela taxa de 65 anos e exigindo 49 anos de contribuição, todos já vimos que a aposentadoria já iria para 70 anos ou mais. As pessoas teriam que começar a trabalhar com 16 anos. O que se falou até agora foi em regra de transição. Agora eu acho que do jeito que está não vai passar, mas não porque o Congresso é bonzinho, mas porque está com medo”. Para o professor, as mobilizações populares contra as reformas devem ser cada vez maiores, mas não se pode prever o que acontecerá a partir de agora. “

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Ex-miss supera dois cânceres, transplante e infarto: 'Nasci, renasci e ressuscitei'

  • 08 Abr 2017
  • 15:01h

(Foto: Reprodução)

Hoje eu não vivo mais pra mim, aquela Aline morreu". É assim que Aline Wega, vencedora do concurso de Miss Campinas em 2004, interpreta a vida após superar dois cânceres, um transplante de medula óssea e um infarto agudo do miocárdio. Mãe de Igor, de 8 anos, a ex-modelo acredita que está viva para cumprir a missão de transmitir às pessoas esperança e força de vontade para passar por dificuldades, além de cuidar do filho. "Nasci, renasci e ressucitei", diz. Depois de encarar a doença duas vezes, o transplante e o infarto, Aline agora pretende ter uma vida "igual a de todo mundo" e ajudar as pessoas. "Se estou viva é pra cuidar do meu filho, porque foi a única coisa que eu pedi pra Deus. Eu vivo para ele e para ajudar os outros", afirma a ex-miss. "Os outros" a que Aline se refere, quer dizer todos aqueles que recebem suas mensagens de motivação, tanto nas redes sociais, quanto em palestras que realiza para difundir informações sobre transplante. "Eu percebo que cada palavra, cada coisinha que eu falo, serve de motivação para muitas pessoas", relata.

'Muitos delatores mentiram para sair da cadeia', acusa presidente do Senado

  • 08 Abr 2017
  • 13:13h

(Foto: Reprodução)

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), acusou delatores da Operação Lava Jato de mentirem em seus depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF) para terem sua pena reduzida. “Muitas vezes, criminosos chegam na frente de um juiz e de um procurador e, para sair da cadeia, são capazes de contar qualquer história, e citar nomes importantes, para se livrar do processo”, disse o parlamentar nesta sexta-feira (7) em entrevista à rádio CBN. Eunício ressaltou que a Lava Jato já provocou mudanças nas práticas políticas e administrativas no Brasil. O presidente do Senado já foi citado por três delatores da Lava Jato em depoimentos ao MPF. O ex-senador Delcídio Amaral (PT-sem partido), o ex-diretor da Hypermarcas, Nelson Mello, e o ex-executivo da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, relacionaram o senador às investigações da Operação Lava Jato.

Temer diz que cedeu até onde podia na Previdência, mas admite ceder mais

  • 08 Abr 2017
  • 11:26h

(Foto: Reprodução)

O presidente Michel Temer afirma que o governo cedeu ao Congresso até onde podia ao concordar em mudar cinco pontos da reforma da Previdência na quinta­feira (6). Ele diz que o "ponto fundamental" do projeto é estabelecer uma idade mínima de aposentadoria, mas admite a possibilidade de criar uma diferenciação para mulheres. "Convenhamos: se nós tivermos a idade de homem de 65 anos, e a de mulher 64 ou 63, não significa que não tenha sido feita uma grande conquista", afirmou o presidente à Folha, em entrevista em seu gabinete no Palácio do Planalto nesta sexta (7). Em seguida, fez a ressalva: "Ainda não está em pauta essa última matéria. Vamos verificar mais para a frente se é necessário ou não". O plano do governo é guardar isso como uma carta na manga para as negociações da reforma quando ela estiver para ser votada no plenário da Câmara. O presidente não quis arriscar uma previsão de votos no projeto. "Não consultei ainda os numerólogos. O que precisamos saber é no dia da votação. Agora, qualquer avaliação é precipitada", diz. Temer argumenta que as mudanças acertadas com o relator, deputado Arthur Maia (PPS­BA), têm impacto "mínimo" sobre a economia que será feita com a reforma. 

As mudanças acertadas são: regras de transição e da aposentadoria rural, acúmulo de pensão e aposentadoria, aposentadorias para policiais e professores, e o benefício assistencial pago a idosos e pessoas com deficiência pobres. "Cedemos até onde podemos", sustenta. "O ponto fundamental da reforma é a questão da idade. Se fixarmos uma idade mínima, porque hoje as pessoas se aposentam com 50 ou 49 anos, já damos um passo avançadíssimo." Temer anunciou que não pretende editar medida de proteção para trabalhadores atingidos pela lei que regulamenta a terceirização. Na sua avaliação, a proposta não causa prejuízo aos empregados. Ele avalia que não cometeu "nenhum erro" desde que assumiu o Planalto, há 11 meses. "Cometi acertos. E acertos derivados de muita coragem. Não creio que tenha praticado nenhum erro", disse. Segundo ele, Renan Calheiros (PMDB­AL) está "atrasado, segundo as concepções da realidade", nas críticas que faz a seu governo. Temer diz não ver "nenhum" conflito de interesses em sua relação com o presidente do TSE 

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Governo discute norma para barrar mais de um sindicato por categoria, diz ministro

  • 08 Abr 2017
  • 10:35h

(Foto: Reprodução)

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou, em entrevista ao G1, que o governo discute uma regulamentação com o objetivo de impor restrições ao registro de sindicatos criados para representar parcela de uma categoria já representada por outro sindicato em atividade. Nogueira disse que "está sendo avaliado" se essa regulamentação também atingiria sindicatos em funcionamento que se enquadram nesse mesmo perfil. "Tem sindicato constituído por categoria e tem sindicato por estabelecimento de negócio. Por exemplo: comerciário que trabalha em uma loja de determinada marca em um shopping é o mesmo comerciário que trabalha [em lojas] na rua. Não pode ter sindicato dos trabalhadores do shopping e da rua", disse o ministro. De acordo com Nogueira, para autorizar a criação de novos sindicatos o ministério observará o princípio constitucional da unicidade sindical. "Se fugir disso [se a categoria já estiver representada por outro sindicato], não pode se criar um sindicato", afirmou.

FGTS inativo: Caixa libera a partir deste sábado os saques do 2º lote

  • 08 Abr 2017
  • 09:47h

(Foto: Reprodução)

Começa neste sábado (8) a segunda rodada de saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O início estava previsto apenas para segunda-feira (10), mas foi antecipado. Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, cerca de 2,3 milhões de trabalhadores vão receber os depóstios dos recursos a que têm direito diretamente em suas contas neste sábado. Esses depósitos marcam o início da segunda fase de saques das contas inativas do FGTS. Nesta fase, podem retirar os recursos os nascidos em março, abril e maio. Ao todo, 7,7 milhões de trabalhadores poderão fazer saques nesta segunda fase. Eles têm direito a um total de R$ 11,2 bilhões. A primeira fase aconteceu ao longo do mês de março, quando puderam sacar recursos de contas inativas os nascidos em janeiro e fevereiro. O programa está previsto para se encerar em julho e, até lá, cerca de R$ 35 bilhões devem ser sacados dessas contas inativas.

Executivo da Odebrecht confessa R$ 17 mi em propinas ao PT por submarinos

  • Tribuna da Bahia
  • 07 Abr 2017
  • 20:08h

(Foto: Reprodução)

O ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht - principal braço do setor de infraestrutura do grupo - Benedicto Barbosa da Silva Júnior disse em seu depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que repassou R$ 17 milhões em propinas, entre 2012 e 2013, ao PT no contrato de construção de cinco submarinos - um deles movido à energia nuclear - para a Marinha. O negócio, de R$ 31 bilhões, foi fechado em parceria com a francesa DNSC, que tem como principal acionista o governo da França, em 2008. "Ele (Marcelo Odebrecht) me alocou R$ 17 milhões ao longo da vida do submarino", afirmou Benedicto Silva Júnior, que é um dos 78 nomes da mega delação da Odebrecht, fechada com a Operação Lava Jato. "Ficou uma deliberação para o Partidos dos Trabalhadores ao longo das suas necessidades. Foi feito como caixa 2, mas não era campanha.

" O delator foi ouvido no dia 2 de março como testemunha da ação movida pelo PSDB, que pede a cassação da chapa presidencial de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), vice de 2014. O dinheiro seria para que as liberações de dinheiro do governo federal no contrato de construção dos submarinos do Programa de Desenvolvimento de Submarino (Prosub) não parassem. "O que eu pedia a Marcelo e ele se envolvia bastante era no fluxo de pagamentos do submarino nuclear. Ele fazia da agenda que ele tinha com as pessoas que… Da importância do submarino nuclear não ficar... Porque chegava o final de ano havia uma retenção, eles só iam pagar em março, era um projeto que demandava cem milhões (de reais) mês", explicou Benedicto. O programa para a construção dos submarinos (batizado de Prosub) foi lançado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assinou a "parceria estratégica" com o então mandatário da França, Nicolas Sarkozy. A DCNS ficou responsável pela transferência de tecnologia ao País e escolheu a Odebrecht como parceira nacional no projeto, sem realização de licitação. Alvo de investigação da Operação Lava Jato, o Prosub foi inicialmente orçado em 6,7 bilhões de euros. O pacote previa a construção de um estaleiro, localizado em Itaguaí, no Rio, a operação e manutenção dos submarinos e a construção de quatro submarinos convencionais e o projeto e a construção do submarino com propulsão nuclear." Segundo a Marinha, o valor estimado até o final do programa é de cerca de R$ 31,85 bilhões. Um dia antes de Benedicto depor ao ministro Herman Benjamin, relator da ação contra a chapa Dilma/Temer, foi Marcelo Odebrecht - preso desde 19 de junho de 2015, pela Lava Jato, em Curitiba - quem foi ouvido. O empresário afirmou que controlava uma "conta corrente" de valores a serem pagos para as campanhas presidenciais do PT de 2010 e 2014. A conta era gerida no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - o chamado departamento da propina, por investigadores -, em nome de "Italiano" e "Pós-Italiano", que eram os codinomes usados para os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, seus interlocutores com o PT e o governo federal nessas tratativas. Segundo Odebrecht, o grupo tinha acertado em 2014 um total de R$ 150 milhões a serem repassados oficialmente e via caixa 2 para a campanha presidencial do PT. Desse valor, ele afirmou que R$ 50 milhões ele pediu que fossem bancados pela área de infraestrutura do grupo, em especial, pelo interesse de que as liberações de recursos do Prosub não parassem. Tanto Marcelo Odebrecht, como Benedicto Silva Júnior afirmaram ao TSE considerar não existir corrupção ou benefício como compensação pelos pagamentos no programa do submarino. Para investigadores da Lava Jato, no entanto, a prática é de crime. Benedicto Silva Júnior disse ainda que se recorda de ter feito "pagamentos autorizados para o Marcelo nos anos de 2012 e 2013" e que "não descarta" ter havido repasses em 2014 - ano da disputa eleitoral. O delator explicou se tratar de propina, supostamente desvinculada de benefícios no contrato com a Marinha. Ele ainda disse que a "Marinha (está) totalmente isenta nesse assunto". "Não seria a fundo de campanha presidencial." Um dia antes, Odebrecht disse que o valor era para a "conta corrente" gerida por ele, e que na divisão interna de responsabilidades do grupo em relação às campanhas, cuidava apenas da disputa presidencial

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Fachin rejeita novo pedido de liberdade de Eduardo Cunha

  • 07 Abr 2017
  • 16:14h

(Foto: Reprodução)

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um novo pedido de liberdade apresentado pela defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Preso em outubro do ano passado, Cunha responde a diversos processos na primeira instância da Justiça e, na semana passada, foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão, pela acusação de receber US$ 1,5 milhão – cerca de R$ 4,6 milhões – pela viabilização de um contrato da Petrobras para a exploração de petróleo no Benin, na África. No despacho que negou seguimento ao pedido de liberdade, Fachin entendeu que o pedido ainda precisa tramitar nas demais instâncias inferiores antes de chegar ao STF. Além disso, levou em conta o fato de o habeas corpus ter sido apresentado antes da condenação, portanto, em situação diferente da atual. “Ressalto que a decisão que manteve a custódia processual não foi examinada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, tampouco pelo Superior Tribunal de Justiça, de modo que o conhecimento prematuro por esta Corte configuraria indevida dupla supressão de instância”, escreveu o ministro. Cunha ainda responde a outras duas ações penais e em outros cinco inquéritos na Justiça. A defesa do ex-deputado argumenta que ele não apresenta mais riscos às investigações e livre, não cometeria mais crimes.

Abono salarial deve acabar para cobrir recuo na Previdência

  • 07 Abr 2017
  • 13:37h

(Foto: Reprodução)

O presidente Michel Temer cedeu às pressões da base aliada no Congresso e autorizou, ontem, mudanças em cinco pontos da proposta de reforma da Previdência, que vão reduzir em pelo menos 17% a economia que o governo projetava para os próximos dez anos nos gastos com o INSS, ou cerca de R$ 115 bilhões, segundo estimativa da Casa Civil. A proposta original da reforma previa economia de R$ 678 bilhões em dez anos. Esse valor, revelou uma fonte da área econômica, terá de ser compensado por medidas adicionais, sendo uma delas o fim do abono salarial, equivalente a um salário mínimo por ano a quem ganha até dois mínimos e que consome cerca de R$ 18 bilhões por ano, alcançando 22 milhões de trabalhadores. 

 

As mudanças foram decididas na parte da manhã, numa reunião entre Temer, alguns ministros e políticos da base governista no Congresso. Coube ao relator da proposta na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), anunciar que as mudanças serão nas regras para trabalhadores rurais, nos Benefícios de Prestação Continuada (para idosos pobres e deficientes), nas pensões, nas aposentadorias de professores e policiais e nas regras de transição para o novo regime previdenciário, conforme antecipou O GLOBO ontem. O governo já havia retirado da proposta os servidores públicos estaduais e municipais, com o mesmo objetivo de facilitar a reforma. Um ano antes da eleição, o governo teria dificuldade em aprovar a reforma no Congresso da forma como elaborou. — Todos esses temas são voltados à atenção dos menos favorecidos — afirmou Maia. De acordo com o relator, a reformulação das regras de transição vai aumentar o número de trabalhadores incluídos nessa faixa: — As prováveis mudanças serão primeiro para reduzir a idade para inclusão na regra de transição, que não fique apenas de 50 anos para frente. E a outra questão é haver uma compatibilização entre idade mínima e tempo de contribuição.

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Padilha diz estar convicto de que proposta da Previdência será aprovada

  • 06 Abr 2017
  • 20:11h

(Foto: Reprodução)

Apesar de o Placar da Previdência feito pelo jornal O Estado de S. Paulo apontar até agora uma derrota para o governo, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quarta-feira (5) estar convicto de que o governo conseguirá aprovar a reforma no Congresso. "Temos 411 deputados. Não será nada 'ah vai ser uma vitória estrondosa'. Não. Temos de ganhar e vamos ganhar", previu Padilha. Ele disse que não há outra alternativa a ser aprovar a proposta. O ministro recebeu com tranquilidade o resultado do placar, que segundo ele vai mudar assim que ficarem claras as alterações na proposta que estão sendo negociadas pelo governo com os parlamentares e incorporadas no texto do relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). "O placar é passageiro. Estamos no início do trabalho e vai efetivamente ganhar cores depois de conhecermos os termos do relatório." Na quarta-feira, o Palácio do Planalto informou que o presidente Michel Temer se reunirá na manhã desta quinta-feira (6) com Padilha, o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, e com Arthur Maia para pontos da reforma. Segundo Padilha, são "pontos sensíveis" as regras para o pagamento do benefício assistencial a idosos e pessoas com deficiência (BPC); a aposentadoria rural; e a regra de transição, que só abrange homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 anos. O ministro adiantou que outros pontos da proposta também estão sendo considerados no relatório, como possíveis alterações. 

 Ele, no entanto, ressaltou que uma nova regra de transição não pode durar mais do que 20 anos e isso é inegociável - pela proposta enviada ao Congresso, a regra para homens dura 15 anos e para mulheres, 20 anos. Para Padilha, estão sendo "expostos" nas reuniões os temas que seriam impeditivos para que o parlamentar ainda resistente vote a favor."Esses temas serão objeto de uma análise mais profunda por parte do governo e o relator vai atender naquilo que for possível." O ministro descartou, no entanto, mudança na idade mínima de 65 anos para aposentadorias. Também não está em cogitação regra diferenciada para homens e mulheres se aposentarem. Padilha ressaltou que a unificação da regra só ocorrerá, na prática, daqui a 20 anos. Na transição, Padilha disse que poderão ser discutidas outras propostas, mas o prazo de no máximo 20 anos é inegociável. "Há ideias com mais de 20 anos. A reforma vai entrar em vigor em 2038. É longa a transição." No Senado, para facilitar a reforma, o líder do governo Romero Jucá vai indicar senadores para acompanhar o relatório na Câmara. O governo, nessa casa, enfrenta resistências do líder do PMDB, Renan Calheiros, que tem batido de frente contra a proposta.

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Ex-deputado federal é condenado a quatro anos de prisão e multa de R$ 492,5 mil

  • 06 Abr 2017
  • 19:09h

(Foto: Reprodução)

Alvo da Operação Lava Jato, o ex-deputado federal André Vargas (PT-PR) foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime fechado. O parlamentar responderá pelo crime de lavagem de dinheiro, de acordo com a sentença publicada nesta quinta-feira (6) pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Segundo informações da Agência Brasil, Vargas também foi condenado a pagar multa de R$ 492,5 mil e está impedido de assumir qualquer cargo ou função pública por nove anos – período referente ao dobro da sua pena. Preso desde abril do ano passado no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, o ex-deputado é condenado pela segunda vez dentro da operação. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pela aquisição de um imóvel em Londrina, ao norte do Paraná, com recursos recebidos através de propina. Os procuradores apontaram ainda que o irmão do ex-deputado, Leon Vargas, e a esposa, Eidilaira Soares Gomes, colaboraram com a compra da residência. Porém, Moro absolveu Eidilaira por falta de provas. Já Leon foi condenado a três anos de prisão e pagamento de multa no valor de 15,7 mil.

Soldado denuncia tortura no Exército do Rio de Janeiro que levou a remoção de testículo

  • 06 Abr 2017
  • 18:11h

Foto: Reprodução / O Globo

Um soldado lotado na 2ª Companhia da 27ª Brigada de Infantaria Paraquedista do Rio de Janeiro denunciou ao Exército uma tortura sofrida há cerca de duas semanas. Segundo informações do jornal O Globo, ele passou por um trote aplicado por um grupo de 18 militares. O calouro teve seus pés e mãos amarrados e foi submetido a dois minutos de espancamento. Os seus superiores desferiram chutes e ainda usaram paus, pedaços de fio e plásticos. Ao final, um cabo conhecido no batalhão como "Cachorro Louco" atacou o soldado com mordidas nas nádegas que chegaram a arrancar pedaços. O calouro foi atendido no Hospital Central do Exército (HCE) e precisou ter um dos testículos extraídos. "Os médicos disseram que o segundo está comprometido e também poderá ser extraído. Não vou mais conseguir saltar ou pular de paraquedas. Além disso, estou sob tratamento psiquiátrico e psicológico para tentar superar o que aconteceu. Eu sonhava em ser militar da Brigada Paraquedista. Me esforcei para passar nos testes. Agora não quero mais. Não tenho mais condições", revelou o militar, que preferiu não se identificar, em entrevista ao jornal O Globo. Segundo ele, outros calouros passaram pelo trote no batalhão. O Exército instaurou um inquérito e os oito cabos indiciados foram afastados. A Força Armada informou ainda que entre 2014 e 2016 investigou cerca de cinco ocorrências de maus-tratos, lesão corporal e outros excessos cometidos em unidades militares do Rio de Janeiro.

Multidão tenta linchar casal, vítima de boato de sequestro de criança no WhatsApp

  • 06 Abr 2017
  • 16:56h

Uma multidão tentou linchar um homem e uma mulher depois que boatos sobre o possível sequestro de uma criança começaram a circular em mensagens no aplicativo WhatsApp.  Segundo informações da Polícia Civil, as vítimas foram apontadas como autoras do crime na história que viralizou e levou a agressão em Araruama, na Região dos Lagos do Rio, nesta quarta-feira (5). O homem e a mulher foram cercados dentro do carro em que estavam e sofreram ferimentos leves. A Guarda Civil e a Polícia Militar foram acionadas e retiraram as vítimas do local. As fotos do carro branco e áudios foram compartilhados pela população local. Em um dos relatos, um homem afirma ser pai de uma criança vítima do casal. Na mensagem ele diz que é para as pessoas tomarem cuidado porque o homem e a mulher estavam abordando crianças e tentando levá-las para dentro do carro. O motorista do veículo cuja foto circulou pelo aplicativo, Luiz Aurélio de Paula, disse que tentou se explicar para a população revoltada, antes que as agressões começassem.

Ele relatou que um grupo invadiu o carro. Para tentar se defender, ele dirigiu até uma padaria para tentar provar aos moradores que estava trabalhando como vendedor.Apesar das explicações, as agressões tiveram início e o número de agressores foi crescendo. De acordo com a Guarda Civil e a PM, cerca de 200 pessoas se aglomeraram em volta do carro e atuaram no crime. O caso aconteceu no bairro Mutirão. Os moradores quebraram partes do carro e tentaram virá-lo. O tumulto só terminou com a chegada das viaturas. Depois que o homem e a mulher foram resgatados, uma mulher que estava no meio da confusão ateou fogo no carro vazio. Ele foi detida e levada para a 118ª Delegacia de Polícia.Luiz conta que ainda tentou defender a mulher que estava no carro, mas não conseguiu. “Me empurraram pra fora da padaria me agredindo, pegaram a pessoa que tava dentro do carro e bateram nela. Eu tentei defender a pessoa, eles montaram em cima de mim… jogaram uma pedra em mim. Aí eu tentei me defender de todas as formas. Quando e vi que soltaram a pessoa que tava no carro eu corri pra dentro da padaria pedindo socorro. Aí o pessoal da padaria ligou pra polícia pedindo socorro”, disse. A viatura da Guarda Municipal também teve o vidro quebrado e um policial ficou ferido. Um dos guardas contou como tudo aconteceu.“A gente defendeu o senhor, até porque, era só suspeita, não tinha nenhuma acusação. O ânimo lá tava de ódio. Tavam querendo pegar o casal para fazer um linchamento. Provavelmente ia acontecer um homicídio lá, eles iam matar o casal. Era um clima muito de ódio”, explica Alex Silvestre, subcomandante da Guarda Municipal em Araruama. A vítima, emocionada, falou sobre a atitude tomada pela população por conta de um boato.“Tinha umas mil pessoas do lado de fora falando que iam me matar por causa desse WhatsApp, que tá incriminando as pessoas e matando as pessoas sem ter culpa. Eu tô morto de vergonha da minha esposa, da minha família, por estar passando uma situação dessa. Tentaram matar um homem trabalhador. O pessoal queria me linchar a troco de quê? Eu não fiz nada de errado. Eu simplesmente tô trabalhando… trabalhando honestamente e ser abordado por homens desconhecidos e ser detonado na sociedade, nas redes sociais a troco de quê? Eu pensei que ia morrer porque tinha muita gente invadindo, querendo invadir a padaria”, desabafou. O caso foi registrado na 118ª Delegacia de Polícia e a Polícia Civil ainda não disse ao G1 quais serão as medidas tomadas quanto aos autores do boato. // Inter TV.

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